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História BROTHERs - A 100 por hora, mais perto de Deus


Escrita por: _Melpomene

Notas do Autor


Olár, gente muito obrigada por todos os fav. e por estarem lendo.
My love K Jumbie c a r a l h o, mt mt mt obriga por seus coments eu apenas n sei n sei o que falar ~insira aqui um emoji de lhama emocionada~ , irei responder todos <3
Essse capitulo ahm...sem spoiler é? haha

Boa Leitura xoxo

Capítulo 5 - A 100 por hora, mais perto de Deus


Ele ainda tinha a sensação de estar naquela pequena sala tropical encarando o monstro que habitava aquelas águas. Imaginava toda a forma do ser que não se revelou por completo. Algo que ia além de suas escamas, ou lábios dourados que escondiam a morte. Por um momento naquela noite Tom teve a sensação de estar sendo atraído para dentro do lago, mas tão rápida quanto veio ela se foi.

A figura de beleza tão perturbadora encarava-o com uma serenidade que fazia meu estômago se agitar. Certamente ele precisava de uma voz para atrair o que quisesse para aquele lugar. Quando sua pálpebra interna reluziu o rapaz do lado de fora pareceu mais reclinado a se afogar. Mas talvez aquela não fosse à intenção do “animal”.

Em seguida ambas as pálpebras, interna e externa, fecharam-se e abriram-se rapidamente, o mostro agitado. Seus sentidos atentos ao som da maçaneta sendo girada na sala a metros de distância dali, onde momentos antes ele espiava Mary e seu convidado.

Para o blear tudo se passava mais devagar do que costumava ser. Os detalhes daquele local não ficaram tão grudados em sua mente quanto à existência daquela criatura. Tudo parecia propositalmente ensaiado para que ele tivesse conhecimento dela e colhesse todos os dados possíveis daquele breve momento que parecia à eternidade de horas.

O som dos saltos em atrito com o chão verdadeiramente irritavam a raridade. Era um tinido incomodo. Deixava-o sem muito controle sobre suas emoções. Como naquele momento a vontade de silenciar quem fosse o responsável por produzir aquele ruído, sabendo que ali ele habitava. Eles sabiam que já não era mais um “encontro” a dois. O monstro mergulhou escondendo-se entre as algas e a escuridão profunda.

Quando Pandora não encontrou Tom na sala de espera, imaginou que os segredos já corrompidos poderiam correr riscos maiores. Ao adentrar o corredor em busca do assassino sua tensão amenizou. Tom estava a poucos passos dela olhando uma das telas favoritas na coleção de Mary, obra de Rembrandt pintada em 1632.

- Aprecia pinturas á óleo Sr.Tom? – questionou Pandora, falhando ao tentar esconder que procurava vestígios de algo por ali. Queria certificasse que o blear não tinha visto, nem ouvido nada. Mas ele parecia tão hipnotizado pela pintura que ela se convenceu de que nada de errado tinha acontecido.

- Não – esclareceu, virando-se para a jovem que sorria largamente para ele. Claro, era só um blear não compreenderia a importância de todas aquelas obras. Tom sabia que era exatamente o que ela pensava. Ela lhe deu as costas e ele a seguiu. Talvez a maior fraqueza dos Alfas e Ômegas fosse sua arrogância, ela os tornava ignorantes. Eles subestimavam uma espécie que já tinha lhes dado motivos suficientes para não serem subestimados.

O mesmo veiculo que havia o transportado mais cedo aguardava na porta da mansão. O caminho de volta ao bar foi também silencioso. Do banco de trás Tom observou o mesmo motorista com o rosto coberto por uma mascara de gás. Certamente era mais sensível ao oxigênio produzido artificialmente. Não havia uma parte do corpo dele que não estivesse coberta, por quê? O cheiro do couro que vestia podia estar confundindo o odor que exalava do corpo. Era difícil identifica-lo, mas Tom duvidava que fosse algo entre as espécies listadas na cadeia alimentar.

Com esse pensamento vago sua atenção foi para a maleta de dinheiro em seu colo. Ele podia sentir que estava sendo observado. Sabia que tal atitude não era pessoal, afinal ele também tinha observado o que fosse por debaixo daquelas roupas. A maleta destacava-se no breu do veiculo. Para os alfas tratava-se de poder, para os alfas era o dinheiro que interessava a blear’s como Tom, mas existiam peculiaridades sobre aquela geração que eram desconhecidas. O fato de terem criado todas aquelas espécies faziam os governantes sentirem-se seguros o suficiente sobre eles.

Blear’s, raridades, ou segredos cobertos em pele de couro. Trava-se apenas disso para os alfas. Nada de extraordinário, apenas serventes. Ainda assim aquilo não tinha sido suficiente para manter sua família a salvo. Tom se lembrava, pois houve uma época em que pode pronunciar seu sobre nome, quando ele tinha uma família. Seu pai Sam Kaulitz, um alfa de posses, porém não governante, tinham tomado para si uma Blear da primeira geração. A ela deu o nome de Eva e com ela teve oito bebês, sete homens e uma linda garotinha.

Não eram humanos, não foram feitos para ser. Eles não deviam se reproduzir, aprender, evoluir, desejar, pensar. Não seja esperto, não seja rápido. Não chore. Não sinta.

Eva inicialmente era sua experiência. Ele queria provar que as crianças vindas dos laboratórios podiam aprender. Foram anos trabalhando com Eva, ela era um pouco difícil de lidar. Sam trazia com sigo algumas cicatrizes dos primeiros dias de ensinamento, mas ele teve algum progresso. Sentia orgulho disso. Foi na mesma época em que se apaixonou pela jovem. Eva Kaulitz poderia ter sido a mais evoluída de nossa espécie, ela tinha aprendido com excelência tudo o que lhe fora passado. Mas quando tiveram seu primeiro filho o alfa compreendeu que jamais poderia levar os avanços de seu progresso para a corte.

Ensinar Eva não eliminava a ameaça que ela significava para os governantes, ao invés disso tornava a mulher uma ameaça maior. Pois sabedoria não eliminava sua genética modificada, o conhecimento de si mesma ampliava seu poder. Ela era então seu pequeno segredo. A noite que estava agarrada em sua memoria trazia-lhe a sensação de perturbação.

“Certifique-se que seus filhos são normais Sam, não quero ter que leva-lo a suprema corte”, Tom era pequeno demais para entender, mas sabia que não eram normais. Se fossem colocadas as oito crianças uma ao lado da outra jamais saberiam que eram irmãos, nem mesmo os gêmeos eram parecidos. Quando seu pai os separou na tentativa de salvá-los ele pode compreender. Uma família com oito crianças não-humanas, um pai alfa e uma mãe blear evoluída era uma ameaça significativa a dominação do poder dos representantes das três potências.

A rua parecia tão deserta quanto antes. Tom observou o carro se afastar, quando o barulho de uma porta batendo chamou a atenção. Alguém belo e jovem empurrava um homem bêbado para fora. Suas roupas nada mais eram que um par de luvas e um vestido de tela que deixava completamente amostra sua lingerie preta. Observou por um momento. A beleza era hipnotizante, seus traços mesclavam-se de modo lascivo entre o masculino, feminino e animal. Identificou um nome gravado em relevo sobre a clavícula “omahyra”. Pareceu-lhe perfeito para alguém como ela, agora ele sabia. Omahyra era nascida mulher, provavelmente criada no mesmo berço que ele.

Ao sentir que era observada a jovem virou-se retribuindo o olhar firme de Tom. Pela tornozeleira prata que ela portava ele sabia que era uma mercadoria cara e seus serviços deveriam ser tão excepcionais quanto os dele. Encaixou a maleta sobre as costas e subiu na moto que estacionou ao vir para o bar no inicio daquela noite. Enquanto se afastava ele pode ouvir os gritos arrastados do bêbado. Oma olhou para o cara que tentava se erguer da sarjeta, apenas mais um blear como ela, como o cara na moto.

“Obedeça”, pensou.


Notas Finais


TEMA: Uma fanfic com 10 passos sobre “com ser_____” ou ”como não ser ____”.

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