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História BROTHERs - Uma espécie acima de todas


Escrita por: _Melpomene

Notas do Autor


Hey dudes, boa leitura xoxo

Capítulo 7 - Uma espécie acima de todas


 

Houve um curto período de tempo entre as crianças criadas em laboratórios e os alfas, entre a guerra e os dias da reconstrução terrestre, onde outras espécies foram trazidas a vida. Muitos dos novos habitantes sabiam disso, tinham ou tiveram contato direto com essas criações. Foram mortos por saberem, ou por elas. Nós deveríamos ser o segredo mais obscuro da terceira guerra mundial, mas erámos apenas parte dele.

O que aconteceu conosco não se repetiu com os demais. Fomos reproduzidos, nos misturamos e não puderam nos conter. Saímos dos laboratórios e nossa nova condição obrigou os governantes a aceitar que não voltaríamos para eles, tão pouco seriamos submissos a executar os propósitos para o qual inicialmente fomos criados. Ainda que muito de nossa natureza primitiva pudesse ser encontrada em nós, tínhamos uma estranha liberdade. Talvez por isso os experimentos não pararam.

Pandora, cujo o nome remetia a uma lenda de tempos muito além da existência humana, carrega em si toda os sentimentos ruins do mundo. Sua presença emanava uma tristeza tão profunda que era capaz de despertar os sentimentos mais horrendos e a partir deste sentimento, levar o envolvido a óbito.

Sensitivos. Frágeis diante do novo ecossistema, mas guardam em si informações genéticas milenares. As memorias de seus antepassados eram armazenadas através de cada nascimento. Podem absorver suas memorias e te destruir através delas. Nenhuma informação lhe é oculta, e não há segredo que eles não possam descobrir. Sua mente é como um disco rígido de armazenamento infinito.

Tritões. Meio homem, meio peixe. Controladores das águas e todos os seres que nela habitam, monstros que criam ilusões nas mentes de suas presas atraindo-as para morte. A mais bela das criaturas ao se apaixonar, tão vulnerável ao mal que emana, quanto aqueles cujo o coração entrega. Quase imortais, resistente a mudanças de tempo e hora, tão fortes sobre dois pés, quanto em sua forma natural.

Lupo. De pele negra, tão escura quanto a noite, sua forma animal é considerada a mais extraordinária dentre as espécies. Eu diria, extraordinária por inteiro.  Ao transformar-se em pantera sua pelagem é branca, tão luminosa que dizem cegar os que cruzam seu caminho.

Muitos deles estavam ali, comportando-se como betas e blear’s. Talvez sem proposito algum, talvez prontos para se unir aos revoltosos, ou para detê-los quando chegasse a hora. Até quando os alfas conseguiriam manter tudo aquilo em segredo eu não saberia dizer, mas muitos deles nem sempre reagiam bem a essas descobertas.

Escorei-me na porta do bordel, vendo os mesmos homens entrarem e sair. Acendi um cigarro e ali fiquei. Foi como um Déjà vu. A ideia de já ter vivido aquilo pareceu tão forte e real, que por um instante perdi o fôlego. O alfa que vinha alterado em minha direção não devia ter mais que 17 anos. Ele nem ao menos cogitou entrar na “casa”, o olhar que me dirigiu deixava claro seus pensamentos, mas eu não estava disponível naquela noite. Meu turno já tinha se encerrado.

Sem um convite formal, ele apenas me estendeu a mão para que eu o acompanhasse.

- Me desculpe criança, mas meu horário já acabou.

- Pago o dobro do seu valor – insistiu. A voz suave, porém, firme não disfarçava sua real natureza. Garotos de tão pouca idade raramente procuravam os Blear’s mais velhos.

- Seu primeiro cio? – Questionei em meio a uma tragada – Talvez alguém lá dentro possa te ajudar.

- Não. Quero uma distração e você parece bom o suficiente – encarei novamente a figura a minha frente. Seus cabelos lisos, de fios castanhos, num corte clássico lhe davam um charme além do natural. Era um pouco menor que eu, deduzi que pela idade ainda cresceria mais. Sua estrutura corporal era condizente com a de sua espécie. Vestia um blazer xadrez de tons azul marinho e verde escuro. Tinha um belo rosto e não mentia. Seu corpo não emanava o calor de alfa no cio, sua agitação devia ser fruto de outra coisa – O dobro do que você ganhou na noite – sorri ladino, definitivamente era um belo conjunto.

Apaguei o cigarro e segurei sua mão sendo guiado para o carro que o esperava próximo dali. Com cavalheirismo que não era costumeiro daquela espécie, o vi abrir a porta para que eu entrasse. O fiz e em seguida ele se juntou a mim, permanecendo quieto. Fiz o mesmo apesar da curiosidade que a situação me despertou. Nem uma passada de mão ou oral? Certo.

O caminho até o local onde provavelmente ele teria pelo que pagava foi silencioso. Sem movimentos bruscos, ou respirações entrecortadas. Ele parecia concentrado em seus pensamentos. Certamente me daria algum trabalho. Alfas jovens e preocupados são instinto puro. Desviei o olhar de seu rosto, sabendo que nem o breu dentro do veículo disfarçaria o fato de que o encarei por um bom tempo.

Do lado de fora via as luzes dos postes passarem como borrões, misturando-se aos arranha-céus que já não cobriam toda paisagem como antes. Era um céu escuro e morto. Sem estrelas ou lua. Escuro, como a imensidão de um imenso e infinito vazio.

- Meu nome é Steve Harrington – disse quando o carro havia parado. Abriu a porta e novamente me estendeu a mão. Começava a pensar que aquele garoto jamais contratou um prostituto antes.

Estávamos diante de um enorme edifício e Steve me conduziu para dentro. Era claramente uma área central de Nova York onde pessoas como eu não frequentavam. Caminhamos pelo extenso saguão, era tarde e poucas pessoas ainda estavam acordadas. Subimos para seu apartamento pelo elevador, e quando lá dentro sua mão ainda segurava a minha, mesmo quando eu fiz menção de solta-la.

No apartamento me mostrou os cômodos e o quarto onde ficaríamos. Me ofereceu um banho de sais e eu aceitei, afinal, quando se aceita um cliente ele faz de você o que quer até a hora do pagamento.

- Estarei te esperando, leve o tempo que precisar – e mesmo depois, quando eu já estava limpo e usando as roupas que foram deixadas sobre a cama para mim, ele não me exigiu um nome, nem mesmo minha carteira para comprovar que eu estava limpo.

Voltei ao quarto ele estava recostado na porta de vidro, observando a quase completa escuridão que a cidade se tornava de noite. Ciente da minha presença voltou-se para dentro do quarto, cujo a iluminação suave deveria tornar tudo mais confortável, mas nos dois sabíamos que aquilo só funcionava para betas. Fazíamos o que tinha de ser feito independentemente do local, ou hora.

Steve desabotoou minha camisa deixando meus ombros expostos. Beijou o local suavemente, continuando até sussurrar em meus ouvidos para que eu me ajoelhasse. Obedeci, abrindo seu cinto e logo em seguida o zíper da calça que ele vestia, descendo-a junto com sua roupa intima. Segurei seu membro, que mostrava sinais de excitação e voltei a encará-lo. Não era preciso ser tão experiente para saber o que aquilo lhe causaria.

 Ele acariciou meu rosto com uma de suas mãos os olhos brilhando em luxuria e desejo já não pareciam os mesmos do garoto que tinha me abordado na entrada da casa.

- Tão doce – murmurou, enquanto lentamente lambia a cabeça de seu pênis. Eu devia ter reconhecido aquele olhar.

 


Notas Finais


TEMA: Uma fanfic que se situe em NY.


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