História Brothers Conflict... ( Incesto. ) - Na Corda Bamba.

                            ***MIKE***

_ Sim. Pois não? ( Falo os olhando com naturalidade. )

_ Podemos entrar? ( O careca pede, mas sei que é uma "ordem". )

_ Claro, que falta de educação a minha. ( Falo abrindo a porta e os dando passagem. Olho para Alice, que estava se toalha sentada no sofá. Droga, havia esquecido que ela não estava vestida. Penso forçando-me parecer natural. ) Alice, vá colocar uma roupa. ( Falo apontando para as escadas. Os policiais a olham e em seguida me encaram. )

_ Você anda de toalha com o seu irmão pela casa? ( O mais baixo fala erguendo a sobrancelha. )

_ Pensei que não tinha problema em andar do jeito que eu quisesse em minha própria casa. ( Alice fala se levantando e seguindo até a escada. )

_ Adolescentes. ( Falo me forçando um sorriso. Eles me olham e estreitam os olhos. ) Então, o que lhes trouxeram aqui? 

_ Sobre a casa queimada e o "suposto" desaparecimento de seu pai.

_ Q-que? ( Alice fala descendo um degrau e aparecendo de toalha novamente. ) C-como assim? O que houve? ( Ela pergunta vindo em nossa direção. Ela parece perplexa. ) Mike, você sabe sobre o que esses homens estão falando? ( Sim, claro que sim. Não só sei, como foi eu que causei isso tudo. Penso, porém fico em silêncio, até ele ser quebrado por um dos policiais. )

_ Acho que você ainda não sabe por causa do assalto. ( O policial falou a fitando. )

_ Que assalto? Meu pai foi assaltado e queimaram a casa dele? Eu não estou entendendo nada! ( Alice fala já se estressando. O policial deixa um sorriso de lado escapar. )

_ Que assalto? ( Ele pergunta me olhando. Porra, fudeu. )

_ Alice, vai se vestir. Não é coisa de garota ficar só de toalha na frente de visitas! ( Falo a olhando com reprovação. Ela cruza os braços, fecha a cara e sai da sala. ) 

_ Ainda não terminei de falar com ela. ( O policial alto fala me olhando com a cara amarrada. ) 

_ Não mesmo? Por que até onde eu sei, ela é menor de idade, eu estou como seu responsável, ela está em sua casa, e até onde eu saiba você não poderia entrar se eu não o convidasse, visto que você não tem um mandato para isso. E nem uma convocação para um interrogatório. ( O policial coloca a mão em sua cintura. Não, ele coloca a mão no cabo da sua arma. Respiro fundo e finjo um sorriso de lado. Ando até a porta da sala, sem olhar para trás. A abro e faço sinal para eles. ) Sim, terminamos. 

_ Vamos voltar com um mandato se é assim que prefere. ( O policial mais baixo fala andando até a porta. )

_ Não se esqueçam de ler a ficha dela no hospital da próxima vez. ( Falo fechando a porta. Por favor, por favor... Isso. Um dos policiais coloca a mão na brecha da porta, impedindo que eu a feche. A abro e o olho com naturalidade. )

_ Por quê deveria? ( O policial mais baixo pergunta. )

_ Ela passou por um traumatismo craniano. Fez até uma cirurgia. Os médicos falaram para não forçarem lembranças contra ela. O assalto foi uma das quais ela se esqueceu, e quem sou eu para lembrá-la disso? ( Falo meio triste. )

_ Sinto muito. ( O policial fala e depois os dois se entre olham. ) Nós não queríamos, nem sabíamos. Desculpe. Tenho uma filha com um problema parecido. Ela não se lembra de nada que aconteceu no passado, é triste. 

_ Eu lamento. ( Falo o olhando. Ele concorda com a cabeça e se vai. Fecho a porta sem me preocupar com a demora. Assim que rodo a chave, corro em direção ao segundo andar. Merda. )

                                   ***ALICE.***

                Eu não acredito, quem ele pensa que é para falar daquele jeito comigo? Me esconder coisas e mentir pra mim? Que droga! Ando de um lado para o outro no "meu quarto". Que droga esta acontecendo aqui!? Vejo Mike me olhando do lado de fora do quarto. 

_ O que foi aquilo? ( Falo e cruzo os braços o encarando. Mike se aproxima e entra no quarto. Mesmo tendo de olhar para cima para encará-lo continuo firme e forte. ) Tô esperando as respostas! ( Falo sem paciência. )

_ Calma pequena. ( Mike fala sorrindo de lado. Não mudo minha expressão séria. ) Aconteceu muita coisa... ( Ele fala ficando sério e com a voz vaga. ) 

_ Então já deveria ter falado. ( Falo me virando e indo sentar na cama. )

_ Eu falei para os médicos que você havia sido assaltada. 

_ E porque não me contou? ( Pergunto enquanto ele se ajoelha na minha frente. )

_ Por que não queria estragar os momentos que tivemos quando chegamos. ( Ele fala me encarando. Seu rosto estava quase na altura do meu, só um pouco mais alto. )

_ … ( Continuo o encarando. Mike passa a mão no rosto e logo em seguida no cabelo, o colocando para trás e suspirando. )

_ Fui atrás do nosso pai… Eu, eu… ( Minha respiração falha e tento parecer série, porém o medo do desconhecido  me possui, e Mike percebe. ) Quando cheguei já estava tudo queimado. E eu não pude me vingar. Eu queria matá-lo Ali. Mas ele, ele fugiu com o dinheiro que eu havia dado a ele. ( Mike fala e segura a minha a minha mão. Olho nossas mãos juntas e reparo o quanto a minha é pequena. Isso me faz ser mais fraca? Não, as aparências enganam, aprendi isso da pior forma. )

_ Se quando você chegou lá a casa já estava queimada, como o Flofy tá vivo? Como as minhas coisas estão aqui? ( Pergunto sem pensar. As palavras vinham e eu as deixava saírem. )

_ O que? ( Mike fala me olhando, eu sinto seus olhos pousarem em sobre mim. ) 

_ Isso mesmo, como Mike? ( Falo e levanto o rosto para encará-lo. )

_ Eu havia ligado para o Dean. ( Ele fala sério. Sinto seu maxilar travado. Ele deve está nervoso. Mike se levanta bruscamente e coloca a mão no bolso. ) Não acredita? Liga para ele então! ( Mike fala jogando o celular contra a parede, que rebate e cai na cama ao meu lado. ) Esperava mais de você Alice. ( Mike fala se virando e saindo do quarto. )

_ Mike… ( Sussurro olhando-o desaparecer no corredor. ) 

                [ … ] O relógio na parede me matava a cada minuto. Já é noite e Mike ainda não apareceu. Eu não devia ter sido tão dura com ele. Ele não fez nada, quem fez foi o nosso pai, sempre é ele. Olho o celular de Mike em cima da mesa da sala. O pior é que nem posso ligar para ele, e não quero envolver o Dean nessa história. Suspiro e deito no chão da sala frustrada. O tapete é macio e felpudo. Olho o relógio e vejo que já se passou um minuto. Mordo meu lábio inferior para tentar controlar a ansiedade. Escuto o barulho da porta se abrindo e vejo Mike entrando. Ele estava sem camisa, sua blusa social estava em seu ombro e seu cinto estava frouxo. Ele estava rubro e seus cabelos bagunçados. Ele nem me olha. Passa direto e tropeça na ponta do tapete. 

_ É ASSIM? ( Grito me levantando. ) CHEGA EM CASA A ESSA HORA E BEBADO? ( Grito e Mike se vira. )

_ Ha, você, a pequena que não acredita no irmão. ( Mike fala e se joga no sofá. ) 

_ Mike! ( Falo o olhando. ) Por quê diabos você está com o cinto frouxo? ( Pergunto com a cara amarrada. )

_ Bebi muito, muito mesmo. Precisei mijar. Acho que estaria pelado se o Dean não me ajudasse. ( Mike fala com a cara afundada no sofá. ) Alice, eu te odeio, mas eu te amo. E eu me odeio por isso. ( Mike sussurra e pega no sono. O silêncio agonizante paira pela sala. Dobro as mangas da camisa de Mike que eu estou usando e vou em sua direção. Pego o seu cabelo e o prendo em um pequeno rabo de cavalo para trás. Retiro seus sapatos e suas meias. Viro o corpo de Mike para cima com uma certa dificuldade, senti um pouco de dor nas costelas. Tiro seu cinto e em seguida sua calça, deixando-o só com uma cueca verde. O olho e fico pensando no que ele havia dito a pouco... Corro até o meu quarto e pego uma coberta. O cubro e desligo as luzes. Me deito no tapete, não que não tenha espaço ao lado de Mike, ou no outro sofá, tem até mesmo os quartos, só que eu realmente estava me sentindo melhor daquele jeito. Assim eu podia ver o corpo do Mike inteiro, desde seu corpo sarado, até seu rosto rubro pela bebida. Não sei se sinto raiva ou pena, se acho ridículo ou fofo... Não sei de nada, nunca soube. Nunca havia passado na minha cabeça que estaria aqui com Mike desse jeito hoje. Mas mesmo se não fosse um xixi, que direito eu teria de reclamar? Ele não é meu namorado, não é nada mais do que o meu irmão. E quando ele se declarou, eu não correspondi. E até hoje ele se declara sem pedir que eu corresponda. Por que estou com ciúmes? Olho para o teto e me encaro no espelho enorme do mesmo. Podia ver Mike deitado com o braço pendurado e a sua mão no chão. )

       Abro os olhos de vagar, a visão turva me deixa tonta. Pisco algumas vezes para espantar o sono. Olho para o lado e vejo que Mike ainda estava dormindo. Não consigo saber se o que eu fiz o colocando contra a parede ontem foi certo. Suspiro e ando até o banheiro e lavo o rosto. Me encaro no espelho. Essa casa é surreal, este lugar e lindo… Pera… Se o Mike tinha uma casa porque ele foi morar com meu pai? Podia ver meu reflexo rindo de mim, apontando o dedo em minha direção e rindo. Ele está me fazendo de palhaça, está me escondendo coisas das quais ele nunca pensaria que uma menina boboca descobriria. Ele me usou como todos os outros. Corro até a sala e abro as gavetas com as cartas. Tento procurar a última que ele tentara enviar. Foi quando eu fiz 15 anos, então tenho que achar a data. Não acho essa merda junto com essas. Corro para o andar de cima e vasculho o seu escritório. Não sei o que quero achar, nem sei se quero achar nada. Mas sinto que à algo de errado nisso tudo. Reviro seu escritório de ponta cabeça. Uma das gavetas da escrivaninha estava trancada. Vou até a cozinha e pego uma faca. Tento arrombar a fechadura, porém sem sucesso. Então começo a enfiar a faca na brecha entre a gaveta e a fechadura. "Ha, merda!" Me corto. Coloco a mão na boca e sinto o gosto do meu sangue. Olho para o espelho ao meu lado e meu reflexo me olhava e ria. Ela discorda com a cabeça e coloca a mão sobre a minha, me ajudando a abrir a gaveta. Pego a gaveta e a viro no chão. Tinha vários papéis e um porta retrato. Olho o porta retrato. Minha mãe estava abraçada com um homem pomposo e meu irmão com uma garota loira de olhos que eu não pude ver a cor porque estavam fechados para o beijo que ela e Mike estavam dando. O meu sangue infestava o vidro da foto. Olho para o lado e vejo ela levantando a sobrancelha e fazendo "sim" com a cabeça. Eu respiro fundo. Sinto ela atrás de mim me abraçando, e pegando a faca do chão. Eu sei o que ela quer… Sinto ela segurando meu braço e passando a faca nele, uma, duas, três vezes. Cada vez mais fundo, a dor e o prazer eram sem igual. 

_ QUE PORRA É ESSA ALICE? ( Mike grita e vem correndo. Em minha direção. ) Larga essa merda! ( Ele fala puxando a faca da minha mão. Olho meu reflexo no espelho e ela sorrir, ela sorrir para mim. ) Por que você está rindo Alice? Tá maluca porra! QUE INFERNO! ( Mike grita e crava a faca na escrivaninha com um gesto rápido e cheio de raiva. ) 

_ Por que você foi morar comigo? Quem é essa garota? ( Falo ainda segurando o porta retrato. ) Por quê você não para de mentir? ( Falo o olhando. Ele me olha pálido. Mike corre para fora do escritório e volta logo em seguida com uma blusa qualquer. Ele enrola a blusa no meu braço e fica em silêncio enquanto eu o olhava de lado. ) Quem é esse homem perto da nossa mãe? Por quê você parou de me enviar as cartas, de verdade, o real motivo? Não acredito que desistiu só porque ele as jogava no lixo, isso não faz sentido, não depois de tanto tempo que você ficou as enviando. 

_ Cala a boca. ( Mike fala baixo. )

_ Me fala a VERDADE! ( Mike me segura pelos ombros e me olha de cima com raiva. )

_ EU MANDEI CALAR A PORRA DA BOCA! Você pirou? Você quer se matar? Que crise existencial é essa garota!? PORRA! ( Ele me solta e pega o porta retrato da minha mão. ) É a porra do namorado dela. ( Ele fala colocando as coisas na gaveta. ) Por quê se cortou? ( Ele pergunta mais calmo. )

_ Você está me usando igual os outros. Você mente pra mim. ( Falo encarando a mini poça de sangue no chão, o meu sangue. )

_ Você também menti, mas não tento me matar por isso. ( Mike fala ríspido. ) Pensei que eu era o problema, mas vi que é você. ( Ele fala e se levanta. ) Você sempre querendo ser o centro das atenções. Você não é a única com problemas Alice! Não é a única que sofreu, que sente dor ou medo! Se você não sabe o que esta acontecendo, imagina eu?! ( Mike fala e soca a porta. ) Eu falo que te amo e você pede sexo. Eu peço para fazer "sexo" e você fica com vergonha. Eu choro e você finge não ver! Só existe você no seu mundinho sombrio e fechado! ( Ele me olhava e balançava a cabeça em negativo. ) Não sei porque me importo tanto com você. Não consigo entender o porque de eu me jogar na frente de uma bala por você! Eu só, só sei que faria sem pensar. E você fica ai me comparando aos outros! Não sou igual a eles, muito menos a você. Eu sou diferente, tenho coragem de fazer coisas que ninguém teria. Sangue frio para isso, e tudo por você. Sua menina mimada. ( Mike fala saindo e me deixando só com os meus pensamentos. Olho para a gaveta. Olho meu reflexo no espelho e ele apontava para ela e sorria confirmando com a cabeça. Abro a gaveta de novo. Tem algo aqui, sei que tem. Mexendo nos papéis pintados de vermelho do meu sangue, acho uma carta sem o selo. Ela nunca foi enviada. E é para mim. Data do meu aniversário de 15 anos. A abro, porém a única coisa que tinha era um convite, um convite de casamento. O abro e vejo a foto da minha mãe e daquele homem nele. Eles se casaram? Olho seu nome; Yang Kristen Stewart. Corro até meu quarto e pego meu celular para pesquisar. "Ele era dono de uma empresa de advocacia, um homem bem sucedido com 50 anos. Se casou e depois de um ano morre em um acidente de carro com a sua mulher, Jessica Parker Kristen." A minha mãe. Continuo lendo a matéria. "Milionário, sem filhos legítimos, deixa de herança todos seus bens para seu filho adotado, Michael Kristen Arata, que faz faculdade de direito. Mas sera que um menino tão jovem vai conseguir administrar uma empresa tão importante e valiosa assim? Só o tempo nos dirá." O Mike… Eu sabia. O Mike mentiu. Começo a jogar as roupas do meu armário em cima da cama. Juntando e as guardando em uma mala preta.

                    ***MIKE.***

     Merda, Alice vai acabar descobrindo tudo. Pensa Mike, pensa! Grito comigo mesmo em meus pensamentos. Ela é doida, eu preciso cuidar dela, se ela ficar só ela pode se matar. Escuto barulhos de gemidos. Droga, ela deve ter se soltado. Penso indo em direção a sala. Levanto o tape felpudo e fofo e abro o alçapão. Desço as os degraus e ligo a luz ao chegar lá em baixo. Ando em direção ao seu corpo caido e amarrado a uma cadeira. Levanto a cadeira. E a olho, ela não parece nada bonita agora. Seus cabelos sedosos parecem fios de cabo de vassoura, sua pele macia e sedosa estava suja e fedida. Seus seios fartos não resolveriam seus problemas agora. Ela me olhava com raiva, medo, ódio. 

_ Me tira daqui seu merda! ( Ela fala com a voz falha por falta de força. )

_ Já falei para ficar quietinha, não quero que você incomode a Ali, ela já sofreu muito. Você não acha que ela merece ser feliz!? ( Falo colocando uma mordaça nela. Ela tenta se soltar, inutilmente, claro. ) Shiu, preciso que você colabore para que eu pense em algo para fazer a Ali feliz. Estou preocupado com ela, de verdade. ( Falo pegando uma agulha cheia com um líquido transparente. ) Sabe, tenho receio de que ela descubra toda a verdade e decida ir, decida me deixar. Eu a amo, e é claro que não faria mau nenhum a ela, mas se ela ir, qual vai ser o sentido da vida? Tudo que eu fiz até hoje foi por ela. Eu ia contar, ontem, eu ia falar tudo, mas vi que ela vacilou em sua resposta, percebi o medo que ela tem do desconhecido, da verdade. Acho que ela me odiaria se descobrisse tudo. ( Falo injetando a agulha em seu pescoço. ) Amo ter essas conversas com você. Agora descanse, bons sonhos. Durma bem Louis. 

                                   CONTINUA>>>