História Brother's • Imagine Park Jimin • Yaoi • EM HIATUS • - 0.6

- Filho, tem alguém que quer te ver!

Gritou minha mãe com seu jeito doce de sempre.

- Estou cansado, mãe! Trabalhei muito ontem!

Era mentira, eu não estava cansado de tanto trabalhar, estava cansado de mim mesmo. Por mais que eu quisesse riscar Namjoon da minha vida eu não conseguia. Era algo idiota pois pelo jeito que ele me tratava já devia ter esquecido há muito tempo.

Me acomodei na cama, apertando a colcha de rosa que tanto gostava. Peguei meu celular e coloquei uma música aleatória. Demorei alguns segundos para decifrar qual era, mas assim que começou percebi que era You Don't Know Love. Estava aproveitando com calma a música até ouvir o refrão se aproximar. Levantei e fiz do celular meu microfone.

- Você não conhece o amor, você só pensa em si mesmo! Pare de chorar como se fosse uma criança! Você ainda não conhece o amor, você só pensa em si mesmo!Eu tenho que falar como me sinto pra você?

Ouvi uma voz se aproximando. A porta de meu quarto foi aberta.

- Não é isso. Por que você está sendo tão antiquado? Eu te fiz chorar sem querer, sei disso.

Namjoon completava com sua voz grave. Parei o que fazia. O observei e ele fez o mesmo. Não fizemos nada, apenas continuamos ouvindo a música tocar. Os segundos se passaram e estávamos na mesma posição, corpo frente à corpo e expressões diferentes. Ele sorria e eu... Bem, eu estava confuso.

Seus olhos eram ainda mais bonitos ao vivo. Suas covinhas eram as coisas mais fofas que já havia visto. Seu sorriso era branquinho. Seu cabelo bagunçado estava perfeito.

- Eu posso parecer indiferente, mas meu coração é somente para você, apenas para você.

Indiretamente algumas lágrimas caíram de meus olhos. Namjoon caminhou em minha direção ainda com o sorriso pequeno nos lábios. Seus braços contornaram meu corpo, começando um abraço quente. Retribuí, molhando todo a sua camisa vermelha com minhas lágrimas. O celular ainda estava na minha mão trêmula. A música terminou acompanhada de nosso abraço. Namjoon segurou meu rosto, acariciando minha bochecha com seu polegar.

- O-o que... Faz... A-aqui?

Disse em meio à soluços.

- Me perdoa, Jin. Durante todo esse tempo eu só te machuquei, te fiz derramar lágrimas que não valiam a pena. Fui cego o suficiente pra não perceber que você era tudo que eu precisava. Eu sou estupido.

Namjoon me olhava esperançoso por uma resposta. Respirei fundo e falei.

- Eu sou estupido, eu sou estupidamente apaixonado por você.*

Sorrimos juntos e na mesma intensidade. Fui puxado para um novo abraço, mais apertado que o outro.

- Como chegou aqui?

Disse sem o encarar.

- Eu pedi dinheiro pro meu pai e disse que era uma coisa muito importante.

- Você não devia ter feito isso.

- Mas era uma coisa muito importante. Era você.

Sorri, afundando minha cabeça em seu peito.

- Há quanto tempo você gosta de mim, Jin?

- Ah... Desde que nos conhecemos.

- Mas já fazem dois anos!

- Eu sei.

Ri fraco.

- Por que não me contou?

- Por que você sempre falava das garotas que beijava e sempre imaginei que era hétero. E bem... Fiquei com medo de acabar com nossa amizade. Espera, como você soube que eu gostava de você?!

Levantei meu rosto, o encarando.

- Jimin e (S/N) me falaram, porque se dependesse de mim eu não perceberia nunca. Jin, devia ter me contado antes.

Ignorei completamente sua frase anterior.

- Nammie, você já beijou algum menino?

- Já. Mas nunca contei pra ninguém com medo da reação deles.

- Que besteira.

Dei um peteleco em sua testa. Passei meus braços em torno de seu pescoço, o abraçando com mais carinho.

- Filho, eu e sua mãe tem... Ai meu Deus. Desculpa!

Meu pai gritou. Nem estávamos fazendo nada e ele reagiu daquele jeito. Desfiz o abraço com Namjoon e apareci na porta.

- Pai, calma! Só era um abraço.

- C-claro! Olha, eu e sua mãe temos que sair. Por favor, Kim Seokjin, não faça nada na minha cama.

- O QUÊ? PAI! Minha nossa, eu quero enfiar minha cabeça no chão agora!

- Filho, não sou burro. Agora, tchau.

Caminhou até a porta, saiu e a fechou novamente.

- Seu pai é bem impuro.

Cruzou os braços e se encostou na parede.

- Não fala isso, estou morto de vergonha!

- Vem cá.

Ele abriu os braços, caminhei em sua direção e me encaixei naquele abraço.

- Seu cheiro é tão bom, Jin. Tão doce.

Apertei o tecido de sua camisa. Meu rosto ardia e meu coração parecia estar numa corrida pois estava à mil por hora. Namjoon acariciou meus cabelos.

- Por quanto tempo vai ficar aqui?

- Três dias.

- SÓ ISSO?!

Afastei metade de nossos corpos, o observando.

- Mas você pode me visitar no hotel sempre que quiser.

Oi? Eu ouvi isso direito? Meu amor vem lá da casa do caralho e decide que vai ficar em um hotel? Nem a pau!

- Espera, como assim te visitar num hotel? Você veio de Ilsan só pra me ver e acha que vou te deixar dormir em outro lugar sem ser na minha casa? Tá muito enganado, ok?

- Quê?

- Você ouviu bem, Kim Namjoon, vai dormir aqui.

- Seus pais deix...

- Não se preocupa! Eles vão deixar, com certeza.

Sorriu largo. Namjoon me puxou novamente para o abraço.

Permanecemos ali por um tempo que eu não consegui calcular até que o dongsaeng me encarou.

- Jin...

- Hm..?

- Eu te amo.

- Eu também te amo.

Disse, juntando lentamente nossos lábios. Após alguns segundos Namjoon iniciou um beijo. Sabe aqueles beijos que não tem como você resistir? Então. De leve ele sugou meu lábio inferior e depositou ali uma mordida fraca.

Separei o beijo por conta da falta de ar e o encarei, estávamos sorrindo. Outro beijo, na mesma calma e intensidade do anterior. Antes que pudesse perceber já estávamos andando até meu quarto com passos lentos e atrapalhados.

“Caímos” na cama. Namjoon estava sobre mim, se apoiando com as mãos em volta de meu corpo. Rápidos selos entre nossos sorrisos me fizeram perceber que o que estava acontecendo era real e não coisa da minha cabeça.

Antes que notasse meu moletom estava sendo puxado para cima. Segurei com força o braço de Namjoon, que me encarou assustado.

- Desculpe, Jin.

Nos sentamos na cama com os rostos extremamente enrubescidos. Me dei conta do que havia feito: atrapalhado o momento que tantas vezes sonhei.

- Foi por impulso. É que...

Ri baixo, atrapalhando sua frase. Rodeei meus braços em volta de seu corpo e o beijei novamente. Com suas mãos Namjoon me puxou para seu colo. Suas pernas já esticadas faziam ser um confortante lugar.

Demos pouca atenção para nossos membros já enrijecidos, apenas trocávamos carícias e beijos. Mas esse período durou pouco.

Fui colocado na mesma posição de antes, corpos colados e rosto próximos. Namjoon voltou a dedilhar meu moletom até tirá-lo com minha ajuda. Fiz o mesmo consigo, jogando para algum canto do quarto sua camisa vermelha que ainda estava úmida por conta de minhas lágrimas.

Estávamos nos encarando sorrindo novamente, aproveitando cada segundo ao lado do outro.

Uma das mãos de Namjoon já não estavam mais em volta de meu corpo, ela caminhou até o bolso de sua calça preta e voltou novamente para meu campo de visão. Uma embalagem quadrada e azul, uma embalagem de camisinha.

Inverti nossas posições. Distribuí demorados beijos no caminho de seu rosto até seu abdômen, dando leves mordidas no trajeto. Abri o botão de sua calça e puxei pela barra a mesma para baixo, a retirando.

Voltei atenção ao seu órgão, deslizando minha mão sobre o local. Sua box estava úmida por conta do pré-gozo. Pus dois dedos dentro da barra de sua cueca e a puxei lentamente, deparando-me com seu membro pulando pra fora.

Sorri com a visão privilegiada e rapidamente abriguei metade de seu pau dentro de minha boca. Relaxei toda a minha garganta e pus tudo dentro de mim. Namjoon liberou um gemido. Ah... Aquele gemido.

Movimentei minha boca para cima e para baixo numa velocidade média. Aqueles dedos enroscaram-se nos fios do meu cabelo, me auxiliando.

Sobia, descia. Lento, rápido. Com a língua, com os dentes. Parcialmente, inteiro.

Acelerei o que fazia, roubando mais gemidos abafados de meu amor. O encarei na medida que seus gemidos aumentaram de tom. Os olhos fechados, o lábio sendo mordido, o suor transparecendo em sua testa e as bochechas levemente avermelhadas.

Tirei seu membro de minha boca, passei minha língua por sua glande e fui puxado para cima, Namjoon me beijou com ferocidade de luxúria. Fui deitado ao seu lado rapidamente e tive a bermuda retirada antes que pudesse notar. Fui acariciado por alguns segundos.

- Nam, por favor...

- Você quer mais? Huh?

- Q-quero.

Abaixou minha box e a jogou em um canto da cama. Namjoon se inclinou até mim, distribuindo chupões e mordidas em meu pescoço. O pacote de camisinha foi aberto, sem ceder seus carinhos ele pôs sozinho e rapidamente.

- Vou ser carinhoso. Não se preocupe.

Beijou-me com calma enquanto entrelaçava nossos dedos.

- Eu não estou.

Se posicionou melhor na cama, colocando minhas pernas em torno de sua cintura e roçou seu membro em minha entrada. Me contorci de prazer. Aquilo era tão gostoso e nem havia sido fodido ainda.

- Posso?

Assenti e logo após senti meu interior ser completado aos poucos por Namjoon. Liberei um grito fino e agarrei a colcha rosa. Doía, ardia, não tinha aquela história de prazer.

Aos poucos me acostumei com a sensação e movimentei meu quadril para trás, acolhendo-o mais em meu interior. Já não doía tanto e a lubrificação da camisinha aliviava o ardor.

As estocadas lentas e delicadas deram lugar a fortes e profundas. Eu gemia alto, não me importava se algum dos vizinhos ouvisse. Me sentia completo. Apertei forte sua mão ao ser acertado em um ponto específico.

- A-ah! N-Nammie!

Me contraí mesmo sem ter chegado ao ápice. Foi um ato incontrolável. Derramei uma lágrima que não sabia o real motivo de ter sido liberada. Namjoon a enxugou com sua mão livre e sorriu malicioso pra mim.

- T-tão apertado...!

As estocadas se mantiveram com força e velocidade. Fui atingido mais vezes na próstata enquanto meu pescoço era alvo de chupões, beijos e mordidas. Meu pau latejava com aquilo.

O som de nossos corpos se chocando aumentava assim como o prazer gerado. Agarrei o cabelo de Namjoon e o puxei para próximo à mim. Tentei beijos mas os gemidos e movimento dos corpo só me concederam alguns demorados selares.

Namjoon passou a me masturbar, levando-me ao delírio em poucos minutos de movimentação.

Aquilo estava sendo impossível de aguentar. Meu ponto fraco estava sendo atingido repentinas e excitantes vezes. Os gemidos estavam cada vez mais roucos e desgastados.

- N-Nammie... E-eu vou...

Não completei a frase. Fui atingido uma última vez e me desfiz.

- A-ah... Namjoon!

O corpo inteiro se enfraqueceu. Minha entrada se contraiu. A visão embaçou. As costas se arquearam. A respiração descompassada fez-se ausente. Uma nova lágrima surgiu, dessa vez de prazer. Me desfiz, sujando todo o nosso abdômen.

Namjoon gemeu arrastado, o mesmo aconteceu com ele. Com as forças que ainda tinha ele se removeu de mim, caminhou até a lixeira de meu quarto e jogou a camisinha suja com seu líquido esbranquiçado fora. Deitou-se na cama, me abraçou e selou vagarosamente nossos lábios.

- Jin, você é o melhor que já me aconteceu.

Acariciou meus cabelos enquanto sorria. Beijei sua bochecha.

- Eu sei.

Riu baixo.

- Vamos tomar um banho e arrumar essa bagunça.

Levantou, ignorando completamente sua nudez. Coloquei um pé no chão mas ao tentar levantar senti um forte incômodo. Deitei novamente e Namjoon não deixou de ver que eu estava desconfortável.

Se inclinou até mim e me pegou no colo estilo “noiva”. O guiei com o indicador até o banheiro, Namjoon ora ou outra se batia em paredes e cantos da casa, eu apenas ria das reclamações que ele soltava.

Assim que chegamos no banheiro ele me pôs na banheira e abriu a torneira. Se sentou atrás de mim e continuou com as carícias e fofuras. Eu ainda estava dolorido mas aos poucos esquecia ao prestar atenção em suas mãos massageando meu cabelo com shampoo.

{•••}

- Prontinho! Acabamos de limpar tudo!

Sentei-me devagar na cama, ainda doía um pouco. Namjoon sorria, me dando a visão de suas perfeitas covinhas.

- Ainda está doendo?

- Tá.

- Foi mal.

- Eu gostei. Porquê foi com você.

Levantei e o abracei. Ouvimos barulhos vindos da sala e caminhamos até lá. Meus pais estavam trazendo as sacolas do carro para a cozinha. Namjoon foi até eles e pegou as sacolas.

- Eu levo, Senhores Kim.

Me encostei na parede, sorrindo abobado. Minha mãe caminhou até mim com uma pequena caixa em mãos e me entregou.

- Chocolate pra você e pro seu namorado.

- Mãe, ele não é meu namorado!

Embirrei.

- Não, claro que não.

Sorriu.

- Por que não saem pra aproveitar? Aposto que ele viajou de longe pra te ver.

- Tem razão. Ah, mãe... O Namjoon pode dormir aqui? É que eu não quero que ele durma em um hotel...

- O namorado do meu filho vem visitar ele e você acha que eu não vou deixar vocês dormirem agarradinhos?

- Eu te amo, mãe!

- Também te amo, filhote. Agora vai.

Dei-lhe um beijo na testa e corri – mesmo com dificuldade – até Namjoon, segurei em sua mão e o trouxe para fora de casa.

Continuamos com caminho com assuntos aleatórios enquanto dividíamos a caixa de chocolate.

Havia anoitecido mas mesmo assim continuávamos perambulando por Gwacheon. Paramos num posto de gasolina pra comprar água e só então voltamos pra casa.

{•••}

- Jin, onde tá o colchão que eu vou dormir?

- Que mané colchão, Namjoon. Vai dormir na minha cama.

Sorri e joguei o travesseiro em sua direção.

- Fecha a porta e vem.

Assim fez, fechou a porta e deitou-se ao meu lado, acomodando seu corpo junto ao meu.

- Eu te amo.

Deu-me um beijo no pescoço que me fez arrepiar e logo após soltar um riso.

- Eu sei, seu bobo.