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História Brutal Insanity - Capítulo Único


Escrita por: elusive

Notas do Autor


Olá jóveins! Como vão?
Eu acordei louca da cabeça com vontade de escrever uma oneshot para comemorar o mês do terror e deixar meu lado psicopata aflorar um pouco... Afinal, nessa época do ano a gente consegue dar umas desculpas aceitáveis para as maldades que passam na nossa cabeça (ou não) 😈

Essa história contém elementos moralmente abusivos e descrição de detalhes no ponto de vista do executor que podem ser visualmente perturbadoras, então se você é muito sensível a esse tipo de leitura, poupe-se do sofrimento :)
É isso! Eu planejei postar essa one só no final do mês, mas sou muito ansiosa para conseguir esperar! haha
Happy Halloween adiantado folks! 💀

Capítulo 1 - Capítulo Único


Eu finalmente tinha as três só para mim. Amarrei-as às cadeiras de forma que pudessem ver umas as outras quando eu liberasse as vendas dos olhos. Sob a luz fraca e bruxuleante do armazém elas pareciam deusas deliciosas. Não via a hora de conhecê-las mais de perto.

A primeira já estava há mais de vinte e quatro horas comigo. Deveria estar com fome e talvez frio. Tive de fazê-la esperar por todo esse tempo até que conseguisse raptar as outras duas. Não conseguiria começar o meu trabalho se não tivesse público para me assistir.

Ela sentiu minha presença, talvez denunciada pelo meu cheiro almiscarado, e estremeceu.

— Boa noite, princesa. — sorri quando seus olhos assustados encontraram os meus e piscaram repetidamente para se acostumarem à luminosidade. — Sentiu saudades?

Os olhos enormes eram de um belíssimo azul que agora pareciam ainda mais incríveis com a vermelhidão pós-choro. Seu cabelo loiro estava um pouco mais pastoso, mas o tom dourado continuava iluminando sua pele bronzeada. A boca estava ainda borrada com os resquícios de batom rosa, mas continuava carnuda e deliciosa. Seus peitos falsos por baixo do vestido também se mantinham apetitosos. Eu não via a hora de tocá-los.

— Por favor... — ela começou a gemer com sua voz embargada.

— Shhh. — tapei sua boca com delicadeza. Mantive meu sorriso carinhoso. — Espere só um minuto.

Segui para a segunda. Era mais alta e misteriosa. Deus, ela até era mais gostosa que a loira. Esta era um pouco mais atlética e carnuda que a outra e certamente suas curvas eram obra de uma natureza muito generosa.

Soltei sua venda que eu havia apertado com muita força. Ela berrou quando me viu, se inquietou e fez a cadeira bambear. Não a culpei, era a primeira vez que estava me vendo.

— Acalme-se. — segurei seus ombros e pousei um beijo suave em suas bochechas rosadas. — Não há o quê temer, raposinha.

— Onde estou? — ela continuava com a voz grave berrando nos meus ouvidos. — Me tire daqui! Quem é você? O que fez comigo, seu maníaco?

— Ah, raposinha, não seja assim. — tirei os fios acobreados de sua testa suada. — Nós só vamos nos divertir um pouco. Agora tenha um pouco de calma.

— SOCORRO! — ela voltou a bradar. — Me solte daqui, seu animal!

— Ei! — calei-a com uma bofetada rápida no mesmo lado da face que eu havia beijado. — Não gosto de garotas rebeldes. Cale a porra da boca e não me faça perder a paciência.

Ela manteve a cabeça caída para baixo e pude ouvir sua garganta reclamar antes de seguir para a última garota. Esta terceira não estava me excitando em nenhum sentido. Talvez eu a descartasse antes das outras apenas para acalmar meus nervos. Era demasiadamente simples e nem mesmo usava maquiagem. Parecia desleixada e tinha uma natureza tão amarronzada quanto a minha. A pele era bem comum, o cabelo escuro e volumoso emoldurava um rosto quase sem formas distintas. Apenas as maçãs do rosto eram altas, o que me fez imaginar como seria enfiar meus punhos naquele osso sobressaltado.

Ela franziu o cenho e abriu os olhos com dificuldade. Engoliu em seco — pude ver o nódulo de sua garganta subir e descer — e me encarou com olhos profundos e nervosos.

— Olá. — sorri por educação. — Seja bem vinda.

Ela só fez me fitar em silêncio. Deve ter ouvido com atenção o que disse para a ruiva. Belisquei a ponta de seu nariz pequeno e deixei-a para trás, desinteressado.

— Queridas — comecei retornando para o centro e deixando que elas voltassem suas atenções a mim. — é tão bom tê-las aqui comigo. Eu devo dizer que foi muito fácil trazê-las até aqui, deveriam ter mais cuidado da próxima vez que... — fiz uma pausa dramática. — Oh, eu sinto muito. Não haverá uma próxima vez, não é mesmo? — e gargalhei me divertindo.

— Você vai nos matar, não vai? — a loira continuava choramingando. — Por favor, não faça isso, por favor. Eu faço qualquer coisa por você, apenas me deixe voltar para casa.

Franzi meus lábios e cruzei os braços fingindo considerar a súplica dela.

— Ah, princesa, você não precisa fazer muita coisa para mim. Olhe para você. Basta que fique quieta para que eu me satisfaça.

— Você é um monstro depravado. — a ruiva cuspiu, mas não me acertou. — Seu estuprador de merda.

Eu tive de rir com o adjetivo que me fora dado. Era uma piada, não era?

— Raposinha, esse tipo de comparação me deixa chateado. — e fiz um beicinho sonso.

* * *

Gastei um bom tempo domando as garotas e contando-lhes meu plano de sequestro. Irritei-me com a loira que não parava de chorar e clamar por piedade. Também acabei acertando mais tapas na ruiva toda vez que ela tentava me insultar com seus gritos desesperados. A terceira garota apenas assistia como se meu espetáculo não fosse tão atraente. Em um momento tive de puxar seu cabelo para trás para me certificar que não havia raptado uma surda-muda nojenta. Gostei quando o gemido de dor soou pelos seus lábios secos e os olhos se apertaram para que não chorasse.

Agora, um pouco depois da meia-noite, decidi que não iria esperar para começar a me satisfazer. A única coisa que me incomodava era a dúvida: eu as devoraria ferozmente e imediatamente como um lobo faminto, ou degustaria o processo com fineza?

Estava tentando me decidir entre as opções quando as garotas voltaram a berrar como criancinhas no primeiro dia de aula. Revirei os olhos e bufei com irritação. Elas não parariam nunca?

— Calem a boca! — ordenei.

— Vai se foder, seu maníaco! — a ruiva misturava revolta com medo em sua voz embargada. — Deixe-nos ir! Deixe-nos ir agora! A polícia vai te encontrar e você vai ser assassinado no seu primeiro dia de cadeia, exatamente como um animal asqueroso merece.

— Por favor, tenha piedade de nós. — a loira simplesmente não parava de derramar lágrimas no rosto. Começava a me enojar a falta de confiança que ela tinha. — Por favor, senhor. Eu sei que você não quer fazer isso, sei que você não é mau.

— Creio que vocês têm opiniões divergentes. — voltei-me para elas com minha faca longa de cozinha. — Uma acredita que eu sou um maníaco, — apontei com a faca para a ruiva. — outra crê que eu posso ser misericordioso. Vocês precisam entrar num acordo, meus amores.

— Você é um exibicionista. — ouvi ressoar a voz até então estranha para mim.

— Como? — me voltei para a terceira garota e senti uma de minhas sobrancelhas arquear.

— Você só quer se exibir. — a voz dela era naturalmente tranquila, quase cansada. — Você tem dons e deveria exibi-los para nós. Aliás, você parecia mais interessante no noticiário do ano passado.

Senti um comichão no canto esquerdo da minha boca e não contive o sorriso que se formou. Ela sabia quem eu era. Reconheceu-me. Isso fazia de mim um cara famoso?

Mas ela estava certa. Meu show estava atrasado e eu deveria puxar as cortinas antes que o público perdesse a animação.

O choro incessante e irracional da loira me ajudou a tomar a decisão final. Eu estava faminto por aquele sentimento, deveria afogar-me de vez e não experimentá-lo aos goles.

Tirei do meu bolso o pequeno controle remoto e acionei o botão para ligar as caixas de som ao fundo. Meus ombros relaxaram quando Beethoven tocou meus tímpanos com um de seus tranquilizantes concertos. Fui até a primeira moça com minha faca em punho. Conferi o fio com o polegar e este estava quase tão fino e afiado quanto uma navalha. Vi seus olhos arregalarem-se e seu corpo esguio e bronzeado se encolher de pavor. Rasguei seu vestido de paetês vermelhos com a ponta da faca revelando o que tinha por baixo do pano. Ela me observava com o choro preso na garganta.

Quando deixei o metal afiado deslizar pela sua coxa direita, ela gritou e franziu o rosto em dor. O que era uma reação um tanto exagerada para um corte tão superficial. O sangue pulsou devagar para fora do sulco e manchou suas pernas magras.

— Por favor... — suplicou. — Por favor, eu lhe imploro para que não me mate, por favor.

Tentei ignorar. Minhas mãos subiram para a calcinha branca que vestia. Era minúscula e imediatamente se manchou de vermelho quando a puxei para baixo.

— Interessante. — murmurei com os olhos vidrados na vulva quase completamente despida de pelugem.

Consegui arreganhar suas pernas depois de vencer o esforço da parte dela e enfiei de modo brusco dois dedos para dentro da cavidade seca. Ela tentava tirar minha cabeça do meio de suas pernas e soluçava angustiada a cada toque meu.

Seu cheiro era forte demais e sobressaía-se ao aroma do sangue. Talvez fosse as longas horas sem banho, mas eu imaginava que ela deveria ter acolhido algum tipo de esperma antes mesmo de eu raptá-la. Senti repulsa, o que fez o início do meu entusiasmo se esvair completamente. Nem mesmo seus peitos enormes sob o sutiã me encorajavam a continuar. Suspirei indignado.

Deslizei um dedo para o corte e apertei. Ela gritou mais.

— Ah meu Deus! Por favor, meu Deus, por favor!

Fiquei de pé e a encarei com atenção. Sua voz não parava de berrar e, ao lado dela, a ruiva também se encolhia e chorava. Agora ela não passava de uma visão nojenta. Toda aquela maquiagem borrada escorrendo pelo rosto, o desespero e o enorme pranto que fazia por uma coisa tão mínima. Os lábios volumosos estavam disformes ao se contorcerem junto ao choro. Meu interesse por ela agora era somente o de matar.

Assim, minha faca voou para seu abdômen com violência. Foi gostoso sentir as últimas vibrações de seu corpo. Tirei a arma lentamente, sentindo a textura da carne e o sangue jorrar em mim, quente e viscoso. Enterrei novamente a faca abrindo outra ferida em sua barriga lisa como se a fodesse com minha arma.

Era belíssimo vê-la desfalecer ainda com sua última expressão estampada no rosto. Horror, espanto, agonia. Arranquei a lâmina e larguei-a de lado para tomar em minhas mãos ensanguentadas o rosto sem vida. Eu sorri para aqueles olhos apagados. A sensação era tão boa, tão reconfortante, tão prazerosa... Uma pena que a gritaria contínua me fez despertar de volta à realidade.

A ruiva.

— Quer calar a boca?

Ela não conseguia mais me insultar ou atirar suas rebeldias. Apertava os olhos e balançava a cabeça descontroladamente. Seu rosto foi borrado por alguns esguichos de sangue que combinavam com o tom do seu cabelo.

— Raposinha... — estiquei uma mão suja para tocá-la, mas ela se sobressaltou ainda mais.

— Vai para o inferno! Você é um monstro, um monstro! Como você pode ser tão desumano e imundo?

— Do mesmo jeito que você não consegue calar essa sua boca porca. — me virei para a morena que apenas encarava as reações da outra. — Você poderia ensiná-la a se portar direito, não acha?

Pela primeira vez vi aqueles lábios delicados se abrirem num sorriso.

— Eu pensei que você sabia lidar com elas. — respondeu me olhando diretamente nos olhos. — Da outra vez você foi muito mais paciente e cauteloso.

Ela falava dos crimes que cometi no ano anterior no estado do Michigan. Exatamente o mesmo padrão: três garotas sem nenhum vínculo umas com as outras, raptadas e assassinadas brutalmente.

Passei um ano inteiro esperando para repetir a dose, mas confesso que não me planejei tanto quanto a primeira vez. Afinal, eu sabia que esta seria a última. Os federais me pegariam desta vez e eu nunca mais sentiria o prazer de matar novamente.

— Acho que o calor do Arizona está me afetando um pouco. — brinquei piscando para ela.

Virei e vi a ruiva nos observando com terror no rosto. Parecia que vomitaria a qualquer momento.

— Que merda é essa? Você é uma maníaca também? — ela gemia enojada.

— Somente uma admiradora do trabalho. — a garota continuava inabalável e extremamente calma.

Senti meu estômago revirar repentinamente. Uma admiradora. Eu tinha uma admiradora.

— Ah Deus, vocês são dois psicopatas. Por que não me mata logo? Eu não aguento mais esse cheiro, não suporto a desumanidade de vocês! — as lágrimas grossas escorriam. — Apenas me mate de vez, eu não aguento mais...

Eu fui até minha mesa de ferramentas enquanto a cabeça vermelha continuava lamentando e se desesperando. Puxei a marreta e caminhei de volta sentindo o peso puxar para baixo o lado direito do meu corpo.

Beethoven ainda tocava graciosamente. Já a moça, quando enxergou seu destino em minhas mãos, grasnou como uma louca.

Impulsionei a marreta para que atingisse sua cabeça. Seu último urro ecoou e ela caiu no chão ainda presa à cadeira. Não tive tempo de verificar se já estava desacordada. Meus músculos braçais trabalharam para que o peso da marreta atingisse o crânio mais uma, duas, cinco vezes ininterruptas.

Como um lobo, me agachei no corpo e minhas mãos buscaram despir o quadril da ruiva. Ela se mostrou naturalmente morena quando deparei seus pelos pubianos. Abri o fecho frontal do sutiã e, sedento, agarrei aqueles seios macios e naturais. O corpo logo perderia o calor, eu precisava me excitar o mais rápido possível.

— Então você realmente transou com os corpos... Eu achei que necrofilia não combinava com um cara como você.

Eu, que tentava desabotoar meu cinto com uma das mãos, parei e estiquei os olhos para cima. Ela acompanhava a tudo e parecia descontente com minha atitude.

— Um cara como eu? — repeti largando o seio na minha mão esquerda e ficando de joelhos. — O que quer dizer?

— Você alguma vez fodeu uma pessoa viva? — ela ignorou minha pergunta.

Eu sorri e prendi o riso frouxo que tomaria minha boca. Ela era minha admiradora, mas não gostava que eu praticasse necrofilia. Eu já havia transado com uma mulher viva, sim. Uma única vez, quando perdi minha virgindade aos quinze.

— Você deveria experimentar. — vi seus olhos cintilarem para mim.

Saí de cima do corpo e fui atraído para ela como um cachorro para a carne. O que ela estava fazendo? Eu gostava daquilo. Estaria ela recompensando por sua beleza simplória? Ou deveria eu considerá-la com mais atenção?

Tudo o que fiz em seguida aconteceu com uma agilidade natural. Desamarrei seus braços e pernas da cadeira sem pensar duas vezes. Agarrei-a pelo cabelo e a arrastei comigo para fora dali. Ela sorria para mim, aquela vadia. Meu abdômen parecia ferver debaixo da camiseta.

Fora do armazém a madrugada caía com pesar sobre a solidão do lugar. O som de Beethoven ficou abafado para trás e o silêncio começou a nos engolir.

Minhas pernas atravessaram o gramado até minha casa. Levei-a até meu quarto. Ela estava agora recebendo um tratamento que eu nunca antes ofereci a nenhuma outra.

Quando caiu na minha cama vi que também estava ligeiramente suja de sangue, respingos pelo pescoço e rosto. Não desviava seus olhos de mim por nenhum minuto. Sua boca entreaberta sugava o ar com exigência, fazia seu peito subir e descer com rapidez. Percebi que eu mesmo também começava a respirar pesadamente. Meu coração batia mais acelerado, meu abdômen parecia se contrair e notei que meu membro já estava rijo sob a calça. Fui tomado pela urgência de sentir algo dentro de mim.

Arranquei a camiseta, a calça e a cueca com dois simples movimentos. A garota me assistia com idolatria. Meu corpo foi de encontro ao dela, minhas mãos nervosas, ensanguentadas e impacientes arrancando-lhe a calça empoeirada e a calcinha de algodão. Ela puxou sua camiseta para fora do corpo enquanto eu tateava pelas suas costas para buscar a abertura do sutiã. Finalmente estava nua. E viva.

Deslizei minha boca para suas pernas. Minha língua a tocou com ferocidade e eu a senti encharcada de volúpia. Ah, era tão quente ali dentro. Só tive tempo de chupá-la duas vezes, meu membro queria estar ali com mais fome que minha língua.

Ela agarrou meu rosto e me encarou quando puxei suas pernas para cima das minhas.

— Quem é você? — ela perguntou com a boca deliciosa chamando por mim.

— Gates. — murmurei quase ficando emudecido de paixão. — Mas eles me chamarão de Brian Haner nos noticiários dessa semana.

— Espero que fotografem a nós dois aqui na cama. — ela deslizou seus dedos curiosos pelo meu rosto e lábios. — E que saibam que fui sua última.

Ela falava como se soubesse exatamente o que aconteceria, o que eu planejava fazer. Parecia ler minha mente, conhecer-me de verdade.

Beijei sua boca e enfiei meu membro dentro de sua cavidade apertada. Ela gemeu na minha boca, eu gemi de volta quando ela se contraiu por dentro. Aquilo era maravilhoso. Era quente, molhado e tinha vida própria. As contrações do seu estreito eram uma coisa deliciosa que eu não havia experimentado em anos. Os gemidos e gritos orgásticos tomavam minha cabeça e me davam muito mais prazer que música clássica.

Porra, onde ela se escondeu todos esses anos? Eu só queria ter a conhecido antes, transado com ela antes. Talvez até pudéssemos ter nos casado se nos fosse dada a oportunidade. E nós transaríamos todos os dias para que, assim, eu acalmasse a fera dentro de mim. Era essa minha sede, então? Paixão? Luxúria? Amor, talvez?

Sim, era isso, não era? Afinal, ela me admirava como o homem que sou.

Era isso. Amor.

* * *

O orgasmo dela encheu meu peito de satisfação e eu a preenchi com tudo o que poderia lhe dar. Meu gozo lhe melou as pernas e nós ficamos um eterno minuto nos encarando com atenção. Ela brincou com meu cabelo sujo de sangue e coçou minha barbicha com suas unhas. Eu quis matá-la só porque aquele sentimento que ela me fazia sentir era bom demais para eu que pudesse suportar dentro do meu peito.

Quando saquei a pistola da gaveta da mesinha de cabeceira ela não se alarmou. Eu estava certo, ela já sabia qual seria nosso destino.

— Como se sente agora? — foi ela quem perguntou.

— Em paz. — respondi sinceramente. — Me sinto eu paz, anjinha.

Ela afagou meu rosto e sorriu pela última vez. Estava pronta.

— Eu prometo que não vai doer.

— Eu sei.

Fechou os olhos com tranquilidade e deixou que eu encostasse o cano em sua testa. Foi estranho experimentar um nódulo desconfortante no fundo da garganta, mas desarmei a pistola e puxei o gatilho sem pestanejar. Seu sangue quente esguichou em meu rosto e eu sorri para ela. Para aquela simplória garota que eu nem mesmo sabia o nome. A minha garota.

Meus dentes vibraram em contato com o metal gelado. O tiro na boca seria muito mais difícil de que a bala percorresse outro caminho que não fosse em direção ao meu cérebro. Deixei meus olhos recaírem sobre ela outra vez, uma última vez. Esperava que meu corpo caísse sobre o dela e que os federais mandassem nossas fotos para os jornais e noticiários. Eu não me importaria em dividir minha fama com ela. Queria mesmo que fôssemos relembrados juntos pela eternidade.

Fechei meus olhos por fim, me despedindo de seu cadáver nu.

Puxei outra vez o gatilho com o indicador trêmulo.

Explodi.


Notas Finais


Se você nutriu algum tipo de empatia por esse casal, então é melhor marcamos um horário, eu e você, no psicólogo! :x
Eu, pessoalmente, não achei a história tão forte quanto eu gostaria que ficasse, mas ainda assim espero que aqueles que leram tenham gostado. Se chegou até aqui, por favor me deixe saber a sua opinião ❤
Até a próxima!~


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