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História Bruxa Amaldiçoada - Uma prova


Escrita por: MariaElisabet3

Capítulo 16 - Uma prova


Fanfic / Fanfiction Bruxa Amaldiçoada - Uma prova

Acordei.
Era manhã de domingo.
Fiz toda a rotina matinal.

Olhei o jardim.
Dei bom dia aos vizinhos.
Decidi ir à casa de Luna e Beatrice.

Avisei a minha avó e fui. Ela disse que não havia problema e que quando eu voltasse ela iria me falar mais sobre o fato de eu ser uma bruxa.

Ah, no tempo em que fiquei desacordada,  ganhei uma bicicleta, minha avó me deu (Talvez como pedido de desculpas). Então não precisei ir andando até a casa delas.

Chamei e elas me chamaram para almoçar.
Então liguei para minha avó e avisei ela, para não ficar preocupada.

Estávamos sentada na sala esperando dar o horário do almoço.

Eu: E aí? Novidades?

Luna: Nenhuma.

Bia: E você?

Eu: Se eu contasse não acreditariam.

Luna: Sério?

Bia: Am?

Eu: Sério, eu ainda tô pasma. Nem sei se tô acreditando mesmo.

Bia: Tua avó te contou?

Eu: Do que você está falando?

Luna: Do que você está falando?

Eu: Eu e Charles nos beijamos.

Luna: Eu sabia.

Eu: Mas eu não estou apaixonada, é claro!

Bia: Sei.

Eu: Nem conheço ele direito.

Luna: Mas pra quem chegou agora e já beijou ele, tá boa em.

Bia tocou na minha mão.

Bia: Droga!

Uma mulher entrou na sala.

Mulher: Ela já sabe.

A Bia mostrou a palma da mão dela para mim.

Eu: O que foi?

Havia um redemoinho de vento pequenino na mão dela.

Eu: Vocês sabiam o tempo todo e não me falaram nada. Aliás, vocês também são.

Luna: Todas nós somos, até a tia Fê. E não podíamos contar. Sabemos de sua história e quando percebemos que você não sabia que era uma, não podíamos falar.

Fê era a mulher que tinha chegado na sala.

Bia: É uma tradição. A família da pessoa que fala toda a verdade.

Fê: Somos descendentes da família da Balbina.

Eu: A deusa do ar.

Luna: Andou estudando em.

Eu: Primeiro teoria.

Bia: É a parte mais fácil.

Luna: E chata.

Fê: Se vocês não souberem do passado, não farão escolhas sábias no futuro.

Eu: Eu que o diga.

Bia: A maldição, é  verdade?

Eu: Sim.

Luna: Que triste.

Eu: Não, está tudo bem. Eu sei o que vou fazer.

Fê: Faça o que o seu coração mandar Katherine.

As palavras de Fê foram bem profundas e me causaram um arrepio.
Eu passei as mãos ligeiramente no meu corpo.

Luna: Está com frio?

Eu: Não, está tudo bem.

Fê: Vamos almoçar.

Bia: A hora mais esperada.

Fomos até a mesa.
Almoçamos.
Depois ficamos conversando, até dar final de tarde.
Antes de ir para casa, resolvi passar numa lanchonete.

Eu: Um descafeinado por favor.

- Dois.

Alguém falou no pé de meu ouvido.
Eu me virei e olhei.

- Não se lembra de mim?

Eu: Você é?

- Tyler.

Eu: Tio Tyler?

Tyler: Isso.

Tio Tyler era o irmão adotivo do meu pai.
Antes dos meu país morrerem ele convivia muito com a gente. Mas depois foi se afastando, tanto, que depois da morte deles, eu nunca mais tinha ouvido falar nele.

Eu: Você está muito diferente.

Tyler: Eu sei. Hum. Acho que sua avó não falou de mim.

Eu: Está acontecendo muita coisa.

Tyler: Sei disso.

Eu: É impressão minha ou eu sou a última a saber das coisas?

Tyler: Talvez seje só impressão.

Eu: Talvez.

Tyler: Agora dê um abraço no tio aqui. Estava morrendo de saudades.

Eu o abracei.

O atendente entregou os descafeinados para nós e fomos caminhando até a porta da lanchonete.

Eu: Então, está só de passagem?

Tyler: Na verdade, vou passar uns dias aqui na cidade.

Eu: Nossa, que legal. Em qual hotel está ficando?

Tyler: Não é hotel, estou de visita na sua casa.

Eu: Ah, claro! Porque iria para outro lugar né?!

Ele riu.

Tyler: Tem algum problema?

Eu: Nenhum. Agora eu tenho certeza que sou a última a saber.

Ele riu.

Tyler: Vem comigo.

Eu: Não dar, tô de bicicleta.

Tyler: Tudo bem, a gente se ver lá então.

Eu: Até mais.

Tyler: Até.

Ele entrou no carro e se foi.

E eu fui com minha bicicleta.

Estava em uma rua escura.
Ouvi alguém chamando meu nome.

- Kat. Katherine?

Eu olhei para trás e estava Charles fechando a loja dele.
Parei a bicicleta e me direcionei a ele.

Eu: Oi, tudo bem?

Charles: Sim e com você? 

Eu: Está sim.

Charles: Está tarde, não deveria andar sozinha assim.

Eu: Eu agora sou uma bruxa.

Dei uma risada.

Charles: Eu também sou e morro de medo de encontrar um assassino ou ladrão de poderes por aí.

Nós rimos.

Eu: Você é bruxo, a Lara, Bia. Nada mais me surpreende aqui. Isso inclui um ladrão de poderes.

Charles: Você ainda não viu nada.

Eu: Tô loca pra ver.

Falei em um tom de sarcasmo.

Charles: Então vem.

Ele puxou a minha mão e me levou para um quarto nos fundos da loja.

Eu: O que vai fazer?

Charles: Te mostrar uma coisa.

Ele pegou umas velas e colocou elas em cima da mesa.

Eu: Não vai invocar nenhum espírito não né?

Ele riu.

Charles: Certeza que não.

Eu dei um suspiro.

Charles: Quando eu estava aprendendo, isso foi a primeira coisa que minha avó me ensinou.

Eu: Acho que não estou preparada para essa parte.

Charles: Relaxe, só se concentra.

Eu: Ta.

Eu fez um gesto com a mão e a vela acendeu.

Charles: Agora é a sua vez.

Eu tentei a primeira vez e não consegui.

Eu: Eu não consigo.

Charles: Pensa que isso aqui é uma prova.

Eu: Um prova?

Charles: É. Você faz a primeira e tira uma nota vermelha.

Eu tentei de novo.

Charles: Você faz a segunda e também tira uma nota vermelha.

Eu tentei novamente.

Charles: Okay. Se concentra. Pensa em algo que te dar forças, se concentra nos seus sentimentos, sinta tudo que está a sua volta.

Eu: Sério?

Charles: Muito sério. Agora a quarta e última prova, a que decidirá se você vai passar ou não na matéria.

Eu respirei fundo.
Foquei na vela e me concentrei nos meus sentimentos.
Fiz o gesto com a mão e... acendeu.

Charles: Você conseguiu.

Eu dei um sorriso.

Eu: Então eu passei na matéria?

Charles: Na de acender velas? Claro. Mas essa é a mais fácil. Tem outras piores. Muitas outras.

Eu: Você super me anima pra esse lance de bruxa.

Eu falei sarcasticamente.

Charles: Faço o que posso.

Nós rimos.

Eu: Tenho que ir.

Charles: Ei, você aceita sair comigo, uma hora dessas, por aí? 

Eu: É... acho melhor eu focar nesse lance de bruxa. Mas se sobrar um tempo, quem sabe né?

Fomos caminhando até a porta.

Eu dei um beijo na bochecha dele.

Eu: Até mais.

Charles: Até.

Ele ficou com um sorriso bobo (O que foi bem estranho).

Eu: Porque está rindo?

Charles: Você me deu um beijo na bochecha.

Eu: Ah! Me desculpe.

Charles: Não, está tudo bem. É que dias atrás você nem suportava ver minha cara.

Eu: Dias atrás eu era uma humana normal, agora eu sou uma bruxa.

Ele deu sorriso.

Eu peguei minha bicicleta e fui para casa.

Quando cheguei, minha avó estava no quarto dela.
Eu tomei meu descafeinado, conversei um pouco com meu tio e dormi.



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