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História Bruxa Amaldiçoada - Incenso, deuses e chamas


Escrita por: MariaElisabet3

Capítulo 8 - Incenso, deuses e chamas


Fanfic / Fanfiction Bruxa Amaldiçoada - Incenso, deuses e chamas

Depois de ter saído mais cedo de casa para não ter que encontrar com minha avó, estava no pátio da escola olhando para o nada.

Luna: Katherine?
 
Ela colocou a mão em frente ao meu rosto.

Luna: Katheriiiineee.

Eu: Calma, eu tô aqui.

Bia: Até que enfim.

Luna: Vamos.

Eu: Pra onde?

Bia: Na dona Maria.

Eu: Am?

Luna: Você não disse que se sente estranha e tal, eu sei como você se sente e também sei como resolver.

Eu dei uma risada.

Eu: Achei que você estava brincando quando disse que me ajudar. Eu já tô acostumada com isso.

Luna: Já tive essa fase e tenha certeza que não é a "suposta puberdade".

Bia e eu rimos.

Bia: E mesmo que você já esteja acostumada, você vai gostar. É bom para a alma.

Eu: E as aulas?

Bia: Um dia sem não faz mal a ninguém.

Eu: Não sei não, a situação com minha avó já não está boa.

Luna: Relaxe, ela não dizer muuuita coisa.

Bia: Mais vai dizer.

Eu: Super me acalmou.

Luna: Ah vai, vamos nós três. Eu tô super precisando.

Eu: Ta bom.

Nós pegamos um táxi e fomos até uma casa bem afastada do centro da cidade.
A casa era de madeira, aparentemente antiga. Tinha uma idosa na porta.

Luna: Dona Maria.

Bia: Saudades.

Maria: Quando tempo. Olá Katherine Adams.

Eu: Como ela sabe meu nome? Am, ah, me desculpe, prazer em conhece-lá.

Luna: Não faça muitas perguntas apenas relaxe.

Maria: Entrem.

Nós entramos. A casa era toda ajeitadinha.
Ela nos guiou até uma sala praticamente vazia.
Tinha umas almofadas e um tapete.
Sentamos separadamente com as pernas cruzadas de frente para ela.

Dona Maria: Esvaziam a mente e respire.

Pensamento: Isso parece meditação. Que estranho. Eta! Tenho que esvaziar a mente. Como eu esvazio a mente?

Maria: Tem gente que não está esvaziando.

Pensamento: Ela está lendo minha mente? Am? Não, pera. Agora eu esvazio.

Maria: Muito bem.

Ela pegou um incenso, com aroma de eucalipto e espalhou pela sala.

Ela falou em um tom de voz baixo.

Maria: Afaste-se energias negativas e dê lhe proteção.

Ela pegou outro incenso, dessa vez com aroma de lavanda.

Maria: Calma-te e Purifica-te.

Eu respirava profundamente.

O incenso dessa vez foi com aroma de Manjerona.

Maria: Amor, oh amor! Prevaleça em tuas belas almas.

Ela ascendeu três velas.

Maria: Deusa da Terra, Camill. Deusa do ar, Balbina. Deus da água, Severo. Deus, do fogo, Xavier. Deusa da noite, escuridão, das estrelas e da lua, Selene. Deus do dia, da luz e sol, Carlos. Oh deuses peço para que lhe dê forças, proteja seus filhos e descendentes. Ancestrais Adams e Maddalon. HOYÊ!

Eu apaguei.

Minutos depois acordei e percebi que todas também haviam apagado.

Eu estava assustada.

Maria: Sente-se. Não precisa ficar assustada.

Todas sentamos.

Ela pegou um óleo e passou em nossa mão.

Pensamento: Que estranho!

Maria: Esfreguem a mão uma na outra bem rápido.

Eu fiz o que ela mandou.
E surpreendente chamas de fogo surgiram na minha mão.

Eu: Minha mão tá pegando fogo.

Eu balancei minha mão.

Luna e Bia continuaram em seus lugares, intactas com as chamas saindo de suas mãos.

Maria: Respire e acalma-se.

Eu respirei.

Maria: Me diga, sua mão está queimando? Esta sentindo alguma dor?

Eu: Não.

E realmente não estava. Foi como minhas mãos estivessem sem nada, leves e limpas.

As chamas sumiram.

Maria foi pegando na mão de cada um de nós. Ela falava alguma coisa em nossos ouvidos e depois cada uma ia se levantando.
Eu fui a última.

Ela cochichou em meus ouvidos.

Maria: Os poderes, eles estão se unindo. Você tem que fazer a escolha rapidamente, a escuridão está lhe tomando.

Eu não disse nada, assim como a Bia e a Luna. Apenas levantei.

Nós caminhamos até a varanda da casa.
Nos despedimos e entramos em um táxi que havíamos pedido para buscar naquele horário.

Estamos dentro do carro.

Eu: Que coisa estranha.

Luna: Você tá bem?

Eu: Eu estou incrivelmente bem mas ainda me sinto estranha, eu acho. Ela me assusta  e o que ela falou no meu ouvido, não tem sentido nenhum. E aquelas chamas, o que foi aquilo?

Bia: Sempre que venho, eu saio daqui restaurada. 

Eu: Isso é bom. Não sei porque sinto isso, mas é bom. Eu não sei, se fosse há 4 horas atrás acharia isso um absurdo. Aquilo que ela falou de deuses, isso não tem sentido.

Luna: Não tem agora.

Bia: Pergunta sua avó.

Luna: Beatrice, ela ainda tem 15. Esqueceu?!

Bia: Foi mal.

Luna: Poise.

Bia: Mas a família dela. É aquela família.

Luna: Cala a boca Bia.

Eu: Gente eu ainda tô aqui. Minha nossa, o que qui vocês sabem e eu não sei? O que qui tem minha família gente? Desde que eu cheguei aqui eu só tenho perguntas sem respostas.

Luna: Kat.

Eu: Fui chamada de aberração por causa do meu sobrenome. Coisas estranhas acontecem e eu também não sei o porque. Eu já entendi que vocês sabem muita coisa e não me dizem. Pelo amor de tudo que é sagrado, me dizem.

Bia: Desculpa Kat.

Eu: Ta. Eu descubro.

O taxista parou na porta de minha casa.
Eu me despedi das meninas e desci de carro.

Era tarde já.

Eu entrei.

Avó: Porque não foi para a escola Katherine? Onde estava?

Eu: Por aí.

Avó: Por aí? Você mora comigo! Me deve satisfações Katherine.

Eu: Me responde então, porque tem pessoas que temem a família Adams?

Ela ficou em silêncio.

Eu: Foi o que eu pensei.

Eu sair da sala onde estávamos e fui para o quarto. Fiquei trancada evitando minha avó o restante do dia e só saia por conta das necessidades básicas.



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