São Francisco – Califórnia
Uma semana depois
Dias tinham se passado desde que Anna tinha recuperado sua graça e sumido daquela cabana. Prue voltou para o casarão com os Winchesters, depois das grandes revelações daqueles dias que passaram com Anna. Prue até pediu para que Leo checasse com os Anciões, sobre o anjo sumido, mas ninguém parecia saber de nada.
— Como um anjo pode sumir do nada, e ninguém ficar sabendo lá em cima? – Piper perguntou andando de um lado para o outro na sala.
— Os Anciões acham que ela fez alguma coisa para se esconder dos outros anjos.
— Até agora custo acreditar que você é um anjo. – Dean olhou para Leo.
— Um anjo da guarda na verdade, luz branca. – ele riu.
— E ainda se dividem. – Dean riu e sentou-se ao lado de Prue no sofá.
— A questão agora é, o que vai vir a seguir? – Phoebe perguntou. – O que esperar desse tal Alastair.
— O pior. – Dean a olhou.
***
Prue estava na cozinha praticando seus poderes, quando suas irmãs entram na cozinha.
— Onde estão os Winchesters? – Piper perguntou.
— Pedi que eles fossem ao supermercado. – Prue disse tentando mover um castiçal de bronze.
— O que está fazendo? – Phoebe perguntou.
— Praticando. Tentando usar meus poderes no modo astral.
— Exercícios de bruxa. Desde quando? – Piper a olhou, completamente surpresa.
— Desde que fiquei cara a cara com Alastair, e não tenho ideia porque sinto dores e meus poderes não funcionam quando ele está perto de mim. – Prue apoiou as mãos na bancada da cozinha, olhando para suas irmãs. – Então achei que seria melhor ensinar meu astral a lutar.
— Bem pensado. – Piper sorriu. – E por isso mandou os rapazes fazer compras?
— Você me deu uma lista pro jantar, e eu precisava de tranquilidade para praticar. – Prue voltou sua atenção para o livro das sombras.
— Sabe o que você está precisando? – Phoebe se aproximou da irmã, fechando o livro. – Uma noite de sexo selvagem, com o Dean.
Prue olhou surpresa para suas irmãs, e desviou o olhar logo em seguida.
— É... É... Eu... Eu... Vou continuar a praticar. – tentou sair da cozinha, mas suas irmãs a impediu.
— Acho que a nossa Sis já teve essa noite selvagem. – Piper riu.
— Está tão óbvio assim? – Prue a encarou.
— O que você acha? Está na sua testa isso.
Phoebe pegou uma garrafa de vinho no armário da cozinha, e sentou-se à mesa com suas irmãs.
— Quando foi? – Phoebe perguntou.
— No dia que a Anna desapareceu.
— Isso é ótimo, vocês fizeram as pazes. – Piper sorriu.
— Sim e não.
— Ah não, nem pensar. – Phoebe disse séria. – Você não vai arrumar desculpas pra fugir dele. Vocês têm uma história.
— Eu não quero me machucar. As coisas entre ele e eu sempre foram muito confusas e intensas. Eu chorei por meses por um cara que não estava mais no inferno.
— Tem medo que ele tenha te escondido mais coisas.
— Tenho medo que ele possa querer me afastar de novo. – Prue confessou.
— Mana, você é uma Halliwell, não uma garota qualquer. – Piper a olhou. – Não é porque nossa vida é desse jeito que você tem que se afastar de quem ama. Nós somos As Encantadas e não as encalhadas. – riu.
— E por falar em amor, vou me encontrar com o Cole. – Phoebe se levantou.
— Os dois deram certo mesmo. – Prue sorriu.
— Muito…
— Mas? – Prue a olhou. – Senti que tem um “mas” aí.
— Não sei se confio muito no Cole. – Piper a olhou. – Mas pode ser apenas cisma minha.
— Ok. E o seu casamento? Vai ser em duas semanas, muito ansiosa?
— Não. – Piper riu.
— Claro que está. – Prue disse rindo. – Relaxa que vai dar tudo certo.
***
Prue estava tomando seu café da manhã, enquanto Sam lhe mostrava uma notícia intrigante no jornal.
— Acha que é um dos nossos? – Prue perguntou.
— Vale à pena investigar
— O que vale a pena investigar? – Dean perguntou ao entrar na cozinha.
— Achei um trabalho. – Sam respondeu. – Em Bedford, Iowa. Um cara arrebentou a cabeça da esposa com um martelo de carne.
— E tem mais. É o terceiro cara lá a matar a mulher nos últimos dois meses. – Prue completou. – Todos sem antecedentes e bem casados.
— Parece Ozzie e Harriet. – Dean riu.
***
Bedford – Iowa
Prue ficou completamente surpresa, com o que Sam e Dean contaram quando voltaram da delegacia.
— Esse cara matou a mulher por uma stripper chamada Jasmine?
— Adam disse que um amigo dele deu uma festa de despedida de solteiro e que Jasmine foi direto falar com ele. – Sam disse sentando-se na cama.
— Tá, mas porque ele matou a mulher por ela?
— Ele disse que ele não poderia ficar junto dela, se a esposa continuasse viva. – Dean a olhou. – E o mais interessante disso tudo é que Jasmine sumiu, não está em lugar nenhum.
— E o que a médica disse sobre os exames?
— Não sabemos, ainda vamos falar com ela. – Sam respondeu.
***
Enquanto Sam e Prue conversavam com a médica responsável pelos exames dos três homens presos, Dean foi conversar com os outros dois que foram presos por matarem suas esposas. De volta ao quarto de motel, Prue é Sam contaram que nos exames dos três homens tinham níveis altos de ocitocina no sangue.
— O hormônio do sexo? – Dean perguntou surpreso.
— Sim, o famoso hormônio da paixão. – Prue sentou-se em uma das camas.
— E você o que achou? – Sam perguntou ao irmão.
— Wylie e Snyder confessaram. – Dean respondeu. – Um esvaziou sua aposentadoria. O outro, o fundo da faculdade do filho. Todos pelo mesmo motivo.
— Garotas nuas ao vivo?
— Esses caras também tiveram um caso com uma stripper chamada Jasmine? – Prue perguntou.
— Sim e não. É agora que fica interessante. – Dean sorriu. – Cada cara transou com uma garota diferente.
— Então todas as garotas estão ligadas de alguma forma?
— Todos descrevem a sua stripper da mesma forma. Perfeita, tudo o que eles queriam. – Dean olhou Prue indo em direção a geladeira.
— Pra mim, parece que eles estavam sob efeito de algum tipo de feitiço. – ela pegou um copo com água. – E por isso eles ficaram totalmente psicóticos.
Sam e Dean resolveram ir até a boate, conversar com o dono do local e com as stripers. Prue preferiu ficar e pesquisar no Livro das Sombras.
— Você parece animado. – Sam olhou para o irmão.
— Até demais, eu diria. – Prue cruzou os braços, encarando Dean.
— Vou me comportar. – ele riu a olhando.
Prue revirou os olhos, abrindo a porta do quarto para que eles saíssem logo. A primeira coisa que ela fez foi ligar para suas irmãs. Com toda certeza, algo daquele tipo deveria ter no Livro das Sombras.
— Porque não chamou o livro? – Phoebe perguntou.
— Sabe, eu esqueço que o livro pode vir até onde estou. – Prue riu. – Então acharam alguma coisa?
— Depois de tudo o que nos contou, achamos que se trata de uma Sirien. – Piper disse.
— Uma o que?
— Sirien. Uma espécie diabólica de Sereias. – Piper respondeu.
— Sério isso? Pensei que todas as Sereias fossem boas, como a Mylie. – Prue deu de ombros.
— Não essa. Essa Sereia está mais para demônio. – Phoebe riu.
— Que maravilha. – Prue revirou os olhos. – Me mande uma foto da página. Eu tenho que ir atrás dos rapazes.
***
Clube Honey Wagon
Dean e Sam estavam conversando com o dono do clube, quando notaram um cara interrogando alguns dos clientes.
— Como se chama? – Dean perguntou ao homem.
— Nick Monroe. E vocês?
— Sou Agente Especial Sam Stiles. Este é meu parceiro, Dean Murdock. De que unidade? – Sam respondeu.
— Crimes Violentos, em Omaha. Fui mandado para investigar os assassinatos. E vocês?
— Washington. – Dean respondeu. – Nosso assistente-diretor nos enviou.
— Finalmente achei vocês! – Prue se aproximou. – Quem é você?
— Sou o agente federal Nick, é você é?
— Irmã do agente aqui. – abraçou Sam. – E por falar nisso, eu posso roubá-los um minuto, é um assunto urgente.
— Claro, eu espero vocês aqui. – Nick apontou para uma das mesas.
Prue esforçou um sorriso, é foi com os Winchesters até um canto mais afastado do clube.
— O que está fazendo aqui? – Dean perguntou
— Eu tentei ligar para vocês, mas nenhuns dos dois atende o celular. – Prue bufou. – Estávamos procurando no lugar errado.
— O que quer dizer com isso? – Sam a olhou.
— Depois que vocês saíram, eu pedi que minhas irmãs olhassem no livro das sombras. E, estamos lidando com uma Sereia.
— Você não lidou como uma Sereia antes? – Sam perguntou.
— Mylie era uma sereia boa. Essa sereia de agora é uma Sirien do mal.
— Como assim? – Dean perguntou
— Segundo o livro, a Sirien procura homens casados. Quando ela acha a presa, se transforma naquilo que sua presa deseja. Ou seja, se torna a mulher perfeita.
— Como vamos achá-la?! – Sam perguntou.
— Pode ser qualquer garota daqui.
— Incrível. – Dean deu de ombros. – Temos que achar um jeito de descobrir quem é, antes que ela faça mais uma vítima.
— Você fica aqui com o Nick. – Sam olhou para o irmão.
— Por que eu? – Dean perguntou.
— Porque precisamos ficar de olho nele, para não nos atrapalhar. E eu Preciso coletar o sangue.
— E eu vou procurar um jeito de descobrir qual das garotas pode ser a nossa sereia do mal. – Prue seguiu Sam até o estacionamento do clube.
***
Dean estava sentado a uma mesa no clube de striper, conversando com o agente Nick.
— Qual é a desse caso, cara? – Nick perguntou. – Como uma garota provoca quatro assassinatos?
— Mundo maluco. – Dean respondeu, olhando para as horas em seu celular.
— Posso ser sincero com você? Descobri um lance estranho. Bem...
— Desembucha. – Dean o olhou.
— Fui à cena do crime hoje cedo. E embalaram isso. – Nick mostrou um saco com uma flor. – Então revisei todos os arquivos. Uma flor como essa foi deixada na cena de cada crime.
— Foi deixada de propósito? – Dean perguntou.
— Às vezes, assassinos em série deixam objetos para trás. Como um cartão de visitas.
— Mas nesse caso? – Dean o olhou confuso.
— Para falar a verdade... não faço idéia do que está havendo.
— Acho que eu faço. Já vi uma flor como essa antes. – Dean bufou.
***
Prue estava procurando um jeito de descobrir quem era a garota Sirien, para então conseguir matá-la, quando Sam entrou no quarto. Ele disse que mais um homem tinha sido preso depois de matar a mãe, pela Sereia. Depois que Prue disse que precisava do sangue do infectado para matar a Sereia. Sam foi conversar com a Dra Cara, é de lá ia encontrar o irmão no clube de striper. Prue estava esperando que Sam ligasse, quando seu celular começou a tocar em cima da mesa. Era Dean dizendo que tinha Nick tinha achado Jacintos em todas as cenas dos crimes.
— Certo, Jacintos, mas e daí? – Prue perguntou sem entender porque isso era tão importante.
— Jacintos? Mar mediterrâneo, da ilha onde o mito da sereia começou?
— Dean, apesar do mar mediterrâneo ter jacintos, não existe em nenhum lugar da mitologia, que as Sereias deixavam jacintos espalhados por aí.
— Ela pode estar querendo aparecer. – Dean revirou os olhos. – Acho que nossa Sereia é a Dra Cara.
— Porque acha isso?
— Investiguei sobre ela. Está na cidade há dois meses. – Dean respondeu. – Ela tem um ex-marido falecido: Carl Roberts. Caiu morto, inesperadamente. Suposto ataque cardíaco.
— Vai ver foi mesmo. Essas coisas acontecem Dean. É uma fatalidade.
— Tá de sacanagem! – Dean bufou.
— E depois, não acho que é ela. Seria muito óbvio.
— E o que te dá tanta certeza? – Dean perguntou.
— Sei lá. Um palpite.
— Um palpite? – Dean riu. – Estou te dando fatos sólidos e você me vem com palpite? Ótimo! Vou resolver isso sozinho.
Prue jogou seu telefone em cima da mesa, depois te tentar ligar para o Sam. Ele não atendia a droga da ligação. Prue estava a ponto de sair do quarto, quando Sam entrou.
— Porque não atendeu a droga do celular?
— Desculpe. – Sam disse tirando o casaco. – Cadê o Dean?
— Ele saiu daquele lugar antes de você chegar. Ele está com aquele Nick.
Sam riu se aproximando da porta, no momento em que Dean a abriu. Nick passou por eles, e então Dean atacou seu irmão com uma faca. Prue estranhou o olhar de Dean, e o sorriso cínico de Nick. Então sua ficha caiu e ela não teve dúvidas. Aquele Nick não era um oficial, na verdade ele era a Sirien.
— Eu tenho exatamente o que queria. O Dean.
— Ele não seria capaz de...
— Matar o irmãozinho. – Nick riu. – Dean, por que não corta só um pouquinho o pescoço dele?
— Eu dei o que ele precisava. E não foi um irmão mentiroso e ou uma bruxa que não entende o que ele tenta fazer por ela. E agora o Dean fará qualquer coisa por mim.
Prue ficou sem saber o que faria, se ajudava Sam, se usava seus poderes no Dean, ou se acabava com a raça daquele imbecil do Nick.
— Dean solte o Sam, ou eu....
— Você o que vadia?! – Nick se aproximou dela. – Vai usar seus poderes contra o Dean. – riu. – Você nunca teve coragem de usar seus poderes nele e sabe disso. Depois que ele matar o irmão mentiroso, você vai ser a próxima a morrer, e então as suas queridas irmãs.
Prue estava quase chorando de raiva, e sabia que seus poderes poderiam se manifestar de uma forma diferente quando ficava desse jeito. O que ela tinha que fazer era pensar em uma solução rápido e não deixar que Nick usasse as pessoas que amava contra ela.
— Eu sei que você ama o Dean. – o Nick continuou. – Sei o que se passa dentro de você. Você o perdoou vocês voltaram, mas admita que no fundo você tem medo de que o Dean a afaste de novo, ou que esteja escondendo mais coisas de você.
— Cala sua maldita boca. – Prue gritou o jogando para longe.
Nick caiu no chão rindo, e então fez sua melhor cara de piedade, pedindo para que Dean não a deixasse matá-lo. Dean largou Sam, e com fúria empurrou Prue contra a parede.
— Sabe por que não te procurei quando saí do inferno? Porque eu não queria ter uma bruxa vadia ao meu lado. Você me causou problemas demais, e eu queria dar um fim nisso! – Dean colocou a faca no pescoço dela. – Use seus poderes contra mim, ou é fraca demais pra fazer isso. – a derrubou no chão. – Você não vai lutar bruxa?
Sam conseguiu jogar o Nick no chão, e pegou a adaga que estava em cima da mesa. Conseguiu cortar o braço de seu irmão, e quando Nick tentou se aproximar dele, Sam enfiou com tudo a estaca bem no coração do Nick. A imagem de uma Sirien deformava o rosto do falso agente e então sumiu no ar. Dean soltou a faca, e olhou para Prue. Ela estava com os olhos cheios de lágrimas, e ele sabia exatamente por que.
Dean se levantou, e quando foi ajudá-la, Prue simplesmente se afastou. Dean a olhava confuso, se lembrava de tudo o que tinha dito. Mas todas aquelas palavras eram mentiras, e esperava que Prue não tivesse acreditado em nenhuma delas. O coração de Prue quebrou em mil pedacinhos, ela sabia que não deveria levar aquelas palavras a sério porque Dean estava enfeitiçado. Mas ouvi-las da boca dele mesmo que sob feitiço, foi demais para ela.
Prue preferiu dormir o caminho todo de volta para São Francisco calada, Dean durante toda a viagem às vezes a olhava pelo retrovisor.
— Vocês conversaram? – Sam perguntou ao irmão.
— Ainda não, mas vou resolver isso com ela. – Dean passou a marcha e acelerou o Impala.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.