Como decidiram fazer tudo ao contrário do que estava escrito. Eles mudaram de motel, e ao invés de dois quartos, eles pegaram apenas um com duas camas de casal. A primeira coisa que Dean fez, foi espalhar sacos de proteção por todo o quarto.
— O quê está fazendo? – Sam perguntou
— Espalhando sacos de bruxa, pra deixar o lugar à prova de Lilith.
— Feitos com os sacos de proteção da Melinda. – Prue sorriu.
— Onde vai? – Dean perguntou ao vê-la pegando a chave do Impala.
— Dar uma volta, o livro dizia que eu ficava o tempo todo perto de vocês. – Prue o olhou surpresa. – Você se lembra que hoje é o dia do contrário, e que não devemos fazer o que estamos acostumados a fazer.
— Sim, eu lembro. Mas não acho que precise sair de carro.
— Se eu continuar aqui vamos acabar tendo aquela briga, e não podemos brigar, lembra?
— Você me frustra com isso. – Dean se aproximou dela.
— Não tenho culpa se você é complicado. – Prue riu.
— Não saia, ainda não... – Dean trancou a porta, antes de atender seu celular.
Chuck ligou pra dizer que teve outro sonho estranho, e que particularmente esse Dean não iria gostar nenhum um pouco. Dean pensou que era mais novidades sobre a Lilith, mas na verdade era sobre os anjos. Eles estavam atrás da Prue, provavelmente porque Alastair ainda estava solto por aí. Pela expressão que Dean fez ao olhá-la, Prue já sabia que era algo relacionado a ela. Dean desligou o celular e a seguiu para fora do quarto, a impedido de entrar no impala
— Os anjos ainda estão atrás de você.
— Grande novidade. – ela deu de ombros.
— Acho que seria melhor você… – Dean a olhou.
— Nem ouse falar, que eu deveria voltar pra casa. – Prue bufou. – Aqui ou em casa, estou na mira deles do mesmo jeito. Então eu fico.
— Você é teimosa!
— Não tanto quanto você!
Dean sabia que ela não mudaria de ideia. Ele sabia que ela era a mulher mais teimosa que já conheceu, mas ele temia por ela e por seu irmão. Se alguma coisa acontecesse, como ele conseguiria ajudar aos dois?!
— Nada de briga, lembra?! – Prue sorriu.
— Você tem sorte que hoje é o dia do contrário. – Dean sorriu de lado.
Eles estavam se beijando, quando escutaram o vidro do carro sendo quebrado. Um grupo de adolescentes estavam tacando pedras nos carros do estacionamento. Dean ficou furioso, entrou no carro, sendo seguido por Prue, e foi em direção a casa de Chuck. Dean o pegou pela camisa, o empurrando com toda a força contra a parede.
— É isso? Tudo o que você escreve sobre mim se realiza, e tudo o que tem a dizer é "Oh"? – Dean gritou.
— Por favor, não grite comigo.
— Dean! – Prue gritou. – Se acalma e solte ele.
— Não, eu preciso saber como ele faz isso. – Dean gritou. – Porque é que eu sinto que tem alguma coisa que não está nos dizendo...
— Eu não sei como. Eu só vejo. – Chuck estava se tremendo todo de medo.
— Dean, solte-o. Este homem deve ser protegido. – Castiel disse o aparecer na sala. – Ele é um profeta do senhor.
— Você... Você é Castiel?
— É uma honra lhe conhecer, Chuck. Eu... admiro o seu trabalho.
— O quê? Esse cara aí? Um profeta? – Dean perguntou surpreso.
— Sim. – Castiel pegou um dos livros.
— Qual é... ele é praticamente um ex-escritor da "PentHouse". – Dean disse ainda surpreso. – Você sabia sobre isso? – perguntou ao Chuck.
— Eu posso ter tido um sonho sobre isso...
— E você não nos contou?! – Dean esbravejou.
— Era muito ridículo, sem mencionar arrogante... Me colocar no meio de uma estória é diferente, mas como um profeta? Isso é tipo um nível extremo de besteira.
— Esse é o cara que decide o nosso destino? – Dean perguntou a Castiel.
— Ele não está decidindo nada, ele é um canal para a palavra inspirada. – Castiel disse passando as páginas do livro.
— A palavra? – Prue perguntou. – A palavra de deus? Tipo, um novo "Novo Testamento"?
— Um dia, esses livros serão conhecidos como os "Livros de Winchester"... – Castiel disse sério.
— Você tem que estar brincando comigo... – Dean e Chuck falaram ao mesmo tempo.
— Se me derem licença por um momento... – Chuck correu escada à cima.
— Ele? É sério? – Prue se virou para o anjo.
— Você tinha que ter visto o Luke...
— Tanto faz... e como vamos sair dessa? – Dean perguntou.
— Sair do que?
— Isso do Sam com a Lilith... como impedimos que aconteça?
— O que o profeta escreveu, não pode ser apagado. Tudo que ele viu deverá acontecer. – Castiel sumiu.
***
Dean entrou a passos largos no quarto, surpreendendo seu irmão...
— Venha... vamos dar o fora daqui.
— O quê? Pra onde? – Sam perguntou perdido.
— Qualquer lugar, tá bom? Pra longe deste hotel, pra longe desta cidade, mesmo que tenhamos que nadar, estamos caindo fora. – Dean gritou
— Olha... se a Lilith está vindo, e isso é um grande "se"...
— Não, não, não, não... isso é mais do que um "se".
— O Chuck não é um paranormal. Ele é um profeta. – Prue disse cruzando os braços.
— O quê? – Sam olhou para ela e depois para o irmão.
— Castiel disse que ele está escrevendo o nosso "Novo Testamento". – Dean disse nervoso. – Então, vamos dar o fora daqui.
— Não. – Sam disse imediatamente
— A Lilith vai te massacrar. – Dean disse surpreso olhando para o irmão mais novo.
— Talvez sim, talvez não.
— Então, você acha que dá conta dela? – Dean foi irônico.
— Só tem um jeito de descobrir, Dean. E por mim, ela pode vir...
— Sam! Você vem ou não?
— Não. – Sam disse seguro de si.
Prue desencostou-se da porta, quando Dean passou por ela furioso. E pela expressão irritada que a olhou, ela achou melhor deixá-lo sozinho. Dean se afastou do quarto, e começou a rezar . Uma coisa que ele não era acostumado a fazer. Mas ele não tinha alternativa.
— Cara, eu me sinto tão estúpido fazendo isso, mas... Mas estou sem opções... Ajude por favor... Preciso de ajuda.
— As orações são um sinal de fé. Isso é muito bom, Dean. – Castiel apareceu atrás dele.
— Significa que vai me ajudar?
— Não tenho certeza do que posso fazer.
— Tire o Sam daqui agora, antes que a Lilith apareça. – Dean pediu.
— Isso é uma profecia... Eu não posso interferir.
— Você já me testou... E já me mandou pra todo lugar... Eu preciso da sua ajuda. Por favor... – Dean estava praticamente implorando.
— Isso que você está pedindo. Não está sob o meu poder... Você deve entender o porquê, eu não posso interceder. As profecias são muito especiais e protegidas.
— Eu entendi isso! – Dean bufou.
— Se qualquer coisa ameaçar um profeta... qualquer coisa mesmo... Um arcanjo virá para destruir aquela ameaça. Arcanjos são bárbaros. São absolutos. Eles são a arma mais temível do Céu.
— E esses arcanjos estão ligados a profetas?
— Sim. – Castiel sorriu.
— Então se um profeta ficar na mesma sala que um demônio...
— Então a força mais violenta do Céu cairá sobre esse demônio
***
Chuck abriu a porta, e levou um susto ao ver Dean furioso em sua casa. Chuck disse que de jeito nenhum iria se meter entre o Sam e a Lilith, mas Dean foi bastante convincente.
— Eu tenho uma arma no bolso, e se você não vier comigo, eu explodo a sua cabeça. – Dean sorriu irônico.
— Eu pensei que você tinha dito que eu era protegido por um arcanjo...
— Observação interessante... vamos ver o que acontece primeiro. – Dean sorriu irônico.
***
No quarto de motel, Lilith apareceu e não gostou nada de ver que o Sam estava com a Prue. Eles começaram a discutir, e quando Lilith prendeu Prue contra parede. Sam tomou as rédeas da situação.
— Essa briga é entre a gente, deixe-a.
— Você tem sorte, vadia. – Lilith disse a soltando.
— Não posso dizer o mesmo de você. – Prue jogou Lilith para o outro lado do quarto. – Desculpe Sam, mas não ia deixar você se aproximar dela.
Lilith conseguiu usar seus poderes, e jogou Prue contra a parede. Dean chegou com Chuck no exato momento que Sam tentava ajudar a sua amiga.
— Eu sou o profeta, Chuck!
— Vocês devem estar brincando! – Lilith disse surpresa.
— Ah, isso não é brincadeira. – Dean foi irônico. – Parece que o Chuck aqui tem um arcanjo no ombro. Você tem cerca de 10 segundos até que esta sala inteira se encha de ira e você vire carvão.
Então o quarto todo tremeu, e uma luz azul intensa invadiu o quarto. E quando tudo tinha voltado à normalidade, Lilith havia desaparecido.
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