História Bruxas e Caçadores II - Canção do Cisne parte 1

Dean não estava nada bem, ele se sentia culpado pela morte de seu irmão mais novo, Adam. Mesmo que Sam e Prue tentassem convencê-lo de que nada era sua culpa, aquela sensação estava em seu peito. Então, voltou à estrada para conseguir o máximo de caçadas que conseguisse até descobrir como impediria o apocalipse sem que Sam ou ele tivesse que dizer “Sim”.  O que acabou com o sequestro dos três. Dessa vez não pelos anjos, e sim por um grupo de Deuses. Eles queriam negociar com Dean, Sam e Prue para interromper o Apocalipse, mas Gabriel resolveu aparecer na pequena reunião para avisar que se Lúcifer encontrá-los iria matar a todos. Infelizmente o aviso chegou tarde demais, e Lúcifer apareceu. Ele matou todos os Deuses até chegar a Gabriel. Nem mesmo seus truques evitaram que Lúcifer o matasse. Mas foi isso que permitiu que Sam, Dean e Prue conseguissem voltar para o Impala e fugir.  Só depois que eles estavam longe o suficiente do hotel, é que Dean parou o carro e entregou um DVD a Sam.

— Casa Erótica 13? Sério isso? – Prue olhou para Dean.

— Gabriel queria que você guardasse isso como sua vida? – Sam olhou para o irmão.

— Talvez ele seja um fã. – Dean deu de ombros.

Os três voltaram sua atenção para o filme, e quando um rosto conhecido se virou para câmera, os três se olharam surpresos.

— Só pode está brincando comigo! Gabriel? – Prue olhou surpresa para os Winchesters.

— Não olhem pra mim, não faço ideia do que está acontecendo.  – Dean deu de ombros.

— Sam, Dean e Prue. Vocês provavelmente estão se perguntando o que diabos está acontecendo. Bem, se vocês estão assistindo, estou morto. Oh, por favor! Parem de soluçar, é embaraçoso para todos nós. Sem mim, vocês não têm chances para matar Lúcifer, desculpe! Mas podem prendê-lo. A gaiola da qual saltou Lúcifer? Ainda está lá embaixo. E talvez, apenas talvez, vocês possam empurrar sua bunda de volta para a gaiola. Não digo que será fácil. Vocês têm que abrir a gaiola, enganar meu irmão de volta. E uh, oh... evitem Miguel e o Esquadrão de Deus. Mas hey, detalhes, certo? E aqui está o grande segredo, nem mesmo o Lúcifer sabe - a chave para a gaiola? Está lá fora. Na verdade, as chaves. Quatro chaves, bem, quatro anéis. Dos Cavaleiros. Se vocês tiverem todos os anéis, vão poder abrir à gaiola. . Não posso dizer que estou apostando em vocês. Mas, estive errado antes. E Dean, você estava certo. Eu estava com medo de enfrentar meu irmão. Agora é com vocês.

Sam fechou seu notebook.

— Espera. – Prue disse após alguns minutos. – Dean você guardou aqueles anéis certo?

— Certo. E?

— Bom, temos o anel do Guerra e da Fome. Então ainda nos resta pegar dois. – Prue os olhou. – Tudo que precisamos é o anel da Peste e da Morte.

— É um plano a se seguir. – Dean sorriu.

Sam, Dean e Prue saem em busca dos dois anéis restantes. Eles não diriam “Sim” a Miguel e Lúcifer, então o único caminho seria devolver Lúcifer a sua jaula. Crowley descobre o plano e oferece ajuda para encontrar os anéis restantes dos cavaleiros. Os irmãos e a Halliwell ficam desconfiados, até que Crowley os leva a Brady. O servo dos Cavaleiros do Apocalipse.

— Por que estamos ouvindo ele, Dean? Isso é totalmente insano. – Prue revirou os olhos.

— Eu não discordo. – Dean a olhou.

— Nós somos uma grande família feliz, então? Fantástico. – Crowley riu.

— Você está pronto para ir? – Dean perguntou ao demônio.

— Sim. Sim. Eu estou. Só mantenha a Bruxa Halliwell comportada.

— Se você não ficar calado, a Bruxa Halliwell vai te matar em dois minutos. – Prue sorriu irônica.

— Escute a garota. – Dean riu abrindo a porta do Impala.

— Não vejo como isso vá da certo. – Sam olhou incrédulo para seu irmão.

— Sabe, eu não perguntei a você e nem a você. – Crowley olhou para Sam e Prue. – Eu perguntei a ele. – apontou para Dean. – O que vai ser? 

— Está bem. – Dean deu de ombros.

***

West Nevada

Dean parou o carro do outro lado da rua, onde ficava o prédio farmacêutico. Ele pediu que Prue e Sam esperassem por ele e Crowley no carro.

— Saiba que estou preparada para usar magia, se algo acontecer. – Prue encarou Crowley.

— Não vai. – Dean piscou o olho para ela, e então atravessou a rua.

Alguns minutos se passaram, e Prue realmente chegou a pensar que as coisas estavam indo bem. No entanto, Brady se recusou a informar as localizações dos Cavaleiros. E as coisas ficaram realmente complicadas para Dean. Prue e Sam correram para o prédio ao escutar vidros quebrando. Crowley estava olhando Dean apanhar de Brady. Prue jogou Brady para o outro lado da sala, e foi ajudar Dean. Sam amarrou as mãos e os pés de Brady e com a ajuda Crowley o colocou no carro. Eles voltaram à estrada até encontrarem uma casa abandonada, e ai sim poderiam tirar todas as informações que precisassem.

Brady revela a Sam, que ele era um amigo próximo da faculdade de Stanford. Durante seu segundo ano, durante o feriado de Ação de Graças, ele foi possuído por um demônio. Quando ele voltou para Stanford ele "saiu dos trilhos", festejando e caindo bêbado por aí. . Azazel tinha colocado Brady perto de Sam para matar Jess, e garantir que sua morte levaria Sam voltar para a caça. Dean o arrastou o irmão para um dos quartos da casa ao perceber como estava furioso. Prue fez sinal dizendo que ficaria de olho em Crowley enquanto ele tirava as informações de Brady.

— Onde está o Crowley? – Dean perguntou assim que voltou para sala.

— Saiu e disse que não demorava. – Prue o olhou. – E o Sam?

— Esfriando a cabeça.

— Que divertido, eu...

— Você nada. – Prue se voltou furiosa para Brady. – Se você ousar dar um pio, vai desejar ter sido morto pelo Dean ou Sam.

— Gosto quando faz isso. – Dean se aproximou.

— Esse cara me irritou, foi isso. – Prue se virou sorrindo.

— Detesto estragar o clima do casal vinte. Mas estou de volta. – Crowley disse ao aparecer na sala. – Onde está o Alce?

— Pegando um ar. – Dean respondeu. – Onde esteve?

— Na verdade é o que ele fez? – Brady se manifestou.

— Fui até um ninho de demônios. Foi um pequeno massacre.  – Crowley riu. – E eu posso ter deixado a entender que você e eu estamos juntos contra Lúcifer.  Agora você é o numero um da lista do Lúcifer.

— Está de volta? – Sam disse ao ver Crowley.

— Alce.

— Oh, não, não, não, não. Não. – Brady gritou.

— Então, agora, por que você não me diz onde está a Peste?

— Isso foi um cão do inferno? – Prue perguntou depois de escutar um uivo.

Crowley jogou uma moeda em Dean e então desapareceu. 

— Merda! – Dean gritou.

— Eu te disse. – Sam olhou para o irmão.

— Com sorte temos sal em algum lugar nessa casa.  – Prue foi em direção a cozinha.

— Me tirem daqui.  – Brady gritou.

Prue estava prestes a colocar sal nas portas e janelas, quando um cão do inferno quebrou uma das janelas e invadiu a casa. Dean atirou nele, mas não impediu que outro tentasse atacar a mais nova das Halliwell.  Prue sentiu sua perna queimar e sair muito sangue. Ela caiu no chão ao sentir uma dor aguda. Dean matou o cão do inferno, e correu para ajudá-la.

— Ah que bom que você resolveu voltar. – Dean foi irônico ao ver Corwley na sala.

— Claro! Eu trouxe o meu próprio. E o meu é maior. – Crowley riu.

— Sam tire o Brady daqui. – Dean disse pegando Prue nos braços.

— Eu aposto mil dólares que o meu cachorro ganha. – Crowley disse rindo.

Enquanto os cães se enfrentavam, Brady não vê outro jeito a não ser revelar o paradeiro da Peste. Depois disso Sam o matou com a faca da Ruby. Crowley sumiu, e Dean olhou preocupado para Prue que estava no banco de trás do Impala.

— Hey como você está? – Dean se aproximou.

— Perdendo uma perna. – Prue tentou brincar.

— Acha que aguenta chegarmos a um lugar antes de ligar para o Leo?

— Acho que sim. – Prue tentou sorrir.

— Eu dirijo. – Sam disse se sentando no banco do motorista. – Você vai com ela.

Dean sentou-se ao lado de Prue, e a abraçou durante todo o caminho até o motel. Ele estava preocupado que Leo não pudesse ajudá-la. Estava perdendo muito sangue, estava pálida e dormindo com a cabeça encostada em seu ombro. Dean nem ousava pensar que algo de ruim pudesse acontecer a sua garota. Não enquanto ele estivesse ali para salvá-la.

— Ela vai ficar bem. – Leo garantiu a Dean. – Só acho que vocês deveriam pedir ajuda para Piper e Phoebe. Vai ser bom contar com o poder das três pra impedir o apocalipse.

— Juro que vou pensar nisso, mas por agora... Não quero me preocupar com as minhas irmãs no meio disso tudo. Elas estão ajudando como podem lá de casa. – Prue sorriu. – E obrigada por me ajudar.

— Não tem que me agradecer. – Leo sorriu.

— Sabe alguma coisa do Castiel? – Dean perguntou.

— Nada. Nem mesmo os Anciões estão falando dele.

— Ele sumiu com aqueles anjos, já era pra ter voltado. – Sam disse.

— Vou tentar descobrir algo. – Leo se aproximou da amiga. – Se cuida. – beijou seus cabelos e então sumiu.

***

Dean acabou descobrindo que Sam pretendia dizer sim para Lúcifer. O que levou mais uma intensa discussão entre os irmãos Winchesters. Prue tentou fazê-los parar, mas estava impossível se fazer ser ouvida pelos dois Winchesters. Até que ela jogou a TV do quarto no chão.

— Ah que bom. Só assim pra vocês dois pararem de discutir. – Prue disse cruzando os braços.

Sam se afastou ficando de costas para ela, quando o celular de Dean começou a tocar. Era Castiel dizendo que estava em um hospital.

— Como assim em um hospital? – Dean perguntou surpreso

Castiel então revela que devido suas ações na Califórnia, ele se tornou efetivamente mortal. Ele pediu desculpas por ter duvidado de Dean em assumir que ele estava indo para concordar com Miguel.

***

Davenport, Iowa

Sam, Dean e Prue acabaram ficando doentes ao se aproximarem da peste. Eles estavam prestes a serem mortos, quando Castiel apareceu. O Cavaleiro reconheceu que Castiel não é mais um anjo completo. No desespero para derrotar o Cavaleiro, Castiel cortou o anel do dedo da peste, desabilitando suas capacidades essenciais. E o demônio foi morto com faca de Ruby

Casa do Bobby

Bobby revela que Chicago está prestes a ser tirada do mapa pela Morte. Prue questiona seu tio, querendo saber exatamente de onde ele tirou tal informação. Forçando Crowley a aparecer. Bobby revela que ele vendeu sua alma para saber onde estava a Morte. Prue assim como Sam e Dean fica furiosa com seu tio por ele ter feito essa idiotice. E vai buscar um jeito de livrar seu tio desse pacto.

***

Chicago, Illinois

Morte está em uma pizzaria em Chicago a espera de Dean. A morte menciona que ele é muito velho e também afirma que em comparação a ele, o universo e a Terra estão apenas fora de suas fraldas. 

— Eu sou tão velho ou mais velho que o próprio Deus! – o cavaleiro da Morte encarou Dean.

Ele também afirma que, no final, Deus mesmo vai morrer e ele vai colhê-lo. A morte diz a Dean que se tornou "ligado" a Lúcifer após sua ascensão, e ele quer livrar-se disso. Então oferece um empréstimo a Dean. Seu anel para que ele possa trancar Lúcifer de volta em sua jaula, mesmo que Lúcifer esteja no corpo do Sam.

***

Casa do Bobby

Dean estava testando os anéis dos cavaleiros, quando eles se uniram formando a chave da jaula de Lúcifer. Prue se aproximou em silencio, e sentou-se a frente do Dean que ainda está olhando para os anéis em cima da mesa.

— Veja isso. – Dean mostra como os anéis se juntam a Halliwell.

— Então a morte te falou como isso funciona?

— É loucura. Mas é claro que eu tenho problemas maiores agora.

— Maior que o apocalipse? – Prue o olhou. E não precisou de muito pra entender o que ele quis dizer com isso. – Sam!

— Yeah. – Dean a olhou.

— E que você disse a Morte?

— Que eu estava legal com Sam dirigindo o ônibus em todo o plano de Lúcifer.

— Você está longe de reagir bem com Sam dizendo sim a Lúcifer. Então o que vamos fazer? – Prue segurou a mão direita de Dean. – Você sabe que Sam pode vencer o diabo... ou vai morrer tentando... Então eu tenho que saber do que exatamente você tem medo? Perder tudo? Ou perder seu irmão?

— Nós somos os Winchesters e não vamos perder ninguém. E temos uma Halliwell teimosa como um inferno que vai estar ao nosso lado. – Dean a beijou.

Por mais que quisesse que Prue se sentisse segura com o que ele tinha acabado de fazer, ele tinha medo de que seu irmão não conseguisse vencer Lúcifer, e as coisas que ele viu quando Zacariah o mandou para o futuro, pudesse realmente acontecer e poderia não demorar.

Dias depois:

Sam se surpreendeu ao ver que seu irmão tinha aceito que ele poderia ajudar a destruir Lúcifer. Mesmo que fosse contra o que ele realmente pensava. Mas estava grato por Dean ter lhe dado um voto de confiança.

Castiel, Bobby e Dean estavam carregando o porta-malas do Impala com galões de sangue de demônio. Prue esperou que Castiel e Bobby voltassem para casa, e então se aproximou de Dean.

— Você está bem?

— Não. – Dean guardou o ultimo galão de sangue. – Mas tenho que está. Todos os  “go suco” que Sammy pode beber estão aqui. – fechou o porta-malas do Impala.

Prue ainda o estava encarando, apoiada no Impala. Ela não estava nada bem com o jeito que o Dean estava se obrigado a fingir que estava tudo bem.

— Então o que você tem? Achou alguma coisa? – Dean a olhou.

— Não muito. Estes parecem presságios pra você? – Prue lhe entregou um jornal.

Cyclone na Flórida, queda de temperatura em Detroit, incêndios florestais em LA.

— Que tipo de queda de temperatura em Detroit? – Dean perguntou.

— A temperatura caiu tipo 20 graus de uma vez. O mais estranho é que foi apenas em um raio de cinco quarteirões do centro Motown.

— Então é esse. O Diabo está em Detroit.

Prue o olhou confusa. Como ele poderia ter tanta certeza que Lúcifer estava realmente em Detroit.

— Certo. Como tem certeza de que esse é o lugar?

— Apenas sei.

— Dean, tenho a sensação de que você está me escondendo algo. E eu mereço saber o que é. – a Halliwell cruzou os braços.

— Zacariah me disse que o grande circo de Lúcifer seria em Detroit. – Dean mentiu. Ele não contaria como descobriu isso.

— E estamos confiando na palavra daquele imbecil? O cara mentiu pra você, matou seu irmão e...

Dean a calou com um beijo. Não queria discutir com ela. Pelo menos não agora.

— Só confie em mim está bem. – ele sorriu. – Agora vamos. Temos um apocalipse para interromper.