História Bruxas e Caçadores II - Verdades

São Francisco – Califórnia

Quando Dean entrou em sua casa, não achava Prue em lugar nenhum. Ele respirou fundo, antes de pensar no pior. Quando ele estava descendo a escada, e pensando em ir até o casarão, Prue abriu a porta.

— Dean. – ela o abraçou.

— Onde esteve?

— Estava resolvendo uns problemas familiares. – Prue deu de ombros.

— Posso saber o que era?

— Bem, ontem conversamos com a vovó e...

— Vocês usaram magia? – Dean perguntou surpreso.

Prue mordeu a lateral de seu lábio inferior, e então se sentou com seu marido no sofá. Ela poderia escolher entre contar ou não o que tinha acontecido durante a ausência de Dean na cidade. Mas ela não queria segredos. Ela queria continuar aquela relação equilibrada com seu marido.

— Então não sabem, se essa garota é mesmo sua irmã? – Dean não gostou nada do que escutou.

— Não. Mas a vovó disse que ia descobrir. – Prue deu de ombros.

— Não sei. – Dean se levantou. – A Phoebe volta a ter visões, uma irmã morta que vocês nem sabiam da existência voltou do nada. Ai junta com tudo o que está acontecendo desde a volta do Sam, e mais o fato de que o Balthazar se chamar Black.

— O que? O que disse sobre o Balthazar?

Dean contou brevemente sobre o caso que estava ajudando Sam. E o anjo de mesmo nome havia lhe contado essa pequena “notícia.” Isso só serviu pra deixar os dois mais preocupados.

— Temos que falar com o Leo e as minhas irmãs.

Depois que colocaram Phoebe, Piper e Leo a par do que Dean tinha descoberto. Piper andava de um lado para o outro na sala, enquanto Phoebe foi buscar o livro das sombras.

— Sabe, eu realmente espero que isso seja um pesadelo. Isso tudo é insano demais, e eu estou grávida. Isso não devia ser permitido.

— Piper, nós vamos dar o jeito nisso. – Prue se aproximou da irmã. – Só temos que descobrir se esse anjo falou mesmo a verdade.

— Não é tão incomum um demônio ter duas caras. – Leo disse.

— Nesse caso literalmente falando. – Dean deu de ombros.

— Certo. E como vamos conseguir descobrir se o Balthazar na verdade é esse tal de Black? – Phoebe perguntou.

— Procure no livro algo sobre Black. Se ele tiver duas formas, ele pode estar dividido no livro. – Leo a olhou.

— E aqui está. – Phoebe apontou para uma pagina.

— Então sabemos que o anjo disse a verdade. E segundo o livro esse cara pode ter morrido depois do que aconteceu com apocalipse. Então não devemos no preocupar. – Piper sorriu aliviada.

— Ainda bem. – Prue suspirou aliviada.

— É, mas vamos nos manter atentos. – Dean disse. – Melhor do que ser pego distraído.

— Claro. – Leo concordou.

No dia seguinte, depois que Prue voltou do trabalho, encontrou Leo e Dean assistindo a um jogo na TV. Mas o mais estranho disso era que o Leo segurava um bebê?

— Minha sobrinha nasceu e eu não fiquei sabendo? – Prue perguntou rindo.

Deu um beijo em Dean e então se sentou ao seu lado.

— Ideia da Phoebe. – Leo riu. – Ela acha que se eu e a Piper conseguirmos cuidar desse bebê mecânico, a gente pode cuidar de um bebê e se proteger ao mesmo tempo.

— Bem pensando. – Dean riu.

— Espero que sem a parte da proteção. – Prue suspirou.

— Falando em dar certo, tenho que passar a bola pra Piper. – Leo se levantou.

***

Em algum lugar no inferno

— Você está querendo dizer que tem alguém querendo matar uma das Halliwell? – Crowley gritou com um de seus subordinados.

— É o que se anda falando pelos corredores do inferno. – um deles disse.

— Quem? – Crowley disse visivelmente entediado.

— Na verdade, o que ouvimos dizer é que a fonte está querendo pegar o inferno depois que Lúcifer voltou para a jaula.

— Eu quero saber, onde e como!

— Mas chefe, a fonte se esconde... ninguém sabe onde ela está.

— Se vira. – Crowley gritou. – Ninguém vai me roubar o inferno.

****

De volta a São Francisco

Uma semana se passou desde que Dean descobriu a verdade sobre o Black. E Penélope sumiu, deixando apenas um recado, dizendo que teve que fazer uma viagem de trabalho. E Sam ligou pedindo mais uma vez ajuda ao irmão. O caso era em Calumet City, Ilinois, e envolvia uma série de mortes.

— Eu não gosto de ir sabendo que aquela mulher pode não ser sua irmã. – Dean disse abraçado a sua esposa.

— Sério, nós temos tudo sob controle aqui. E depois o que uma garota normal pode fazer? – Prue sorriu. – Então vá e mate esses vermes, e volte inteiro pra mim. – o beijou.

— Você falando assim, me dá vontade de te jogar dentro do Impala e...

— Mantenha essa ideia quando voltar pra casa. Temos sorte de nossa garagem ser fechada. – Prue piscou pra ele.

— Obrigado, Deus. – ele riu antes de beijá-la mais uma vez, e então entrou no Impla.

Todas as vezes que ele e sua mulher flertavam, ele agradecia por ter Prue na sua vida. E ele tinha que admitir que ela ficava incrivelmente mais sexy, quando o mandava matar aqueles bastardos. De um jeito não esperado aquele arranjo com seu irmão estava dando certo.

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— Droga, estes queimaram, também. – Piper gritou quando tirou mais uma travessa de biscoitos queimados de dentro do forno.

— O que está acontecendo? – Prue perguntou ao entrar na cozinha.

— Eu perdi o jeito. – Piper a olhou. – Pensei que estivesse com o Dean.

— Ele acabou de sair. Ele foi ajudar o Sam em um caso. – pegou um dos biscoitos. – Uau! Super crocantes.

— Eu acho que devia fazer mais biscoitos. – Piper passou a mão em sua barriga de grávida.

— E porque está querendo biscoitos, bolo. – Prue pegou um pedaço do bolo de chocolate.

— Quero fazer um chá pro meu bebê, mas não posso fazer só com um bolo de chocolate.

— Piper, você está fazendo aquilo de novo. Está exagerando, só programe um chá de bebê com suas amigas e tudo vai correr bem.

— É por isso que eu quero que tudo saia perfeito. Afastamos de nossos amigos, quando os demônios entraram na nossa vida.

— Você está surtando. – Prue a olhou.

— Pru, quando você e o Dean tiverem filhos. Vai me dar toda razão.

— Primeiro, nós não conversamos sobre isso. Segundo, não conversamos sobre isso. – “Ele ficou aterrorizado só de ver o teste de gravidez da minha irmã. Se fosse o meu... ele corria de volta pra o inferno.” Prue completou em pensamento, e seguiu sua irmã até a sala.

— Eu só quero que minha filha tenha uma vida normal.

— E nós vamos fazer de tudo para que isso aconteça. – fez sua irmã se sentar. – Agora se acalme, não queremos que minha sobrinha chegue antes da hora.

— Congele a sala. – Leo orbitou.

— Oi pra você também. – Piper se aproximou do marido.

— É sério, congele a sala.

Piper fez o que seu marido pediu e congelou a sala.

— Então, o que está acontecendo? – Prue perguntou.

— Acho que a casa está sendo vigiada. E a sua também.

— Sério?! As coisas só estão piorando. – Prue bufou.

— Eu te disse. – Piper cruzou os braços e então o relógio badalou. – De onde veio esse relógio?

O relógio se transformou em um homem, e jogou as irmãs do outro lado da sala. Prue ficou irritada com isso. Uma coisa era os demônios terem dado um tempo, e terem voltado. Outra completamente diferente era invadir a duas casas, e tentar matá-las.

— Leo se afasta. – Prue gritou e usou seus poderes.

O demônio conseguiu correr para o perto da escada, e tentou atacar Phoebe que estava descendo a escada, enquanto escutava música.  Ele viu que ficou encurralado pelas Halliwell e sumiu no ar.

— Então, quem era o demônio? – Phoebe perguntou.

— Era um camaleão.  – Leo respondeu.

— Um o que? E o que um camaleão demônio estaria na nossa casa? – Piper perguntou.

— Ele queria informações. Acho que agora tudo voltou. Tudo parecia congelado quando Lúcifer voltou para a jaula. Os anciões acreditam que tem alguém querendo tomar posse do inferno.

— Pensei que o Rei do submundo era o Crowley. – Prue o olhou.

— Guerra de poderes. Alguém não deve estar satisfeito com isso.

— Poderíamos chamar o Dean e o Sam. – Phoebe sugeriu.

— Não vai dar, eles estão em um caso. Acho que vamos ter que aposentar nossas férias de um ano. – Prue cruzou os braços.

— Ótimo! – Piper bufou.

— Não se preocupe querida, vamos cuidar de você. – Prue sorriu.

***

Em algum lugar do submundo. A fonte estava conversando com o camaleão, que agora estava parecida com a Penélope.

— Vou ter que usar isso de novo? – o demônio olhou para as roupas de mulher.

— Sim, tentamos do seu jeito, e você foi descoberto. Enquanto se passar por uma irmã perdida...

— Certo. Mas consigo mais me fazendo ser invisível.

— Agora não mais. Eles protegeram os objetos da casa. – a fonte disse. – Preciso de uma delas para conseguir meu propósito. Agora vá.

Depois que a Penélope, sumiu. A fonte chamou seu oráculo. Então uma linda mulher vestindo um vestido de ceda dourado apareceu.

— Eu preciso saber qual das três irmãs é mais vulnerável. Preciso saber seus desejos, medos e sonhos.

— Cada uma é vulnerável a sua maneira. Mas a mais velha está protegida pelo bebê angelical. A mais do meio é a mais forte sentimentalmente. Então diria a Halliwell mais nova. – oráculo fez com que a água, mostrasse Prue. Ela estava conversando com o Dean, sobre o caso que ele estava trabalhando. – A mais nova poderia facilmente servi a seus planos. O seu marido caçador, é sua maior fraqueza. Ela já o perdeu para o inferno uma vez, e quase enlouqueceu.

— Dean Winchester. – a fonte disse.

— Exatamente.

 ****

De volta a São Francisco

Prue parou seu carro em um beco no centro da cidade. Penélope havia ligado pedindo ajuda a suas irmãs. Elas deixaram o camaleão de lado, sem saber que os dois eram a mesma pessoa.

— Certo. Temos três becos. – Piper disse. – Cada uma vai por um lado.

— Acha mesmo que se separar é uma boa ideia? – Phoebe perguntou.

— Não. Mas assim a acharemos mais rápido. Esse lugar me dá arrepios. – Piper foi em direção a um dos becos.

Prue entrou no beco próximo ao carro, e começou a chamar por Penélope.  Até que ela escutou um grito que vinha mais do fundo. Ela pegou seu celular no bolso para ligar para suas irmãs, quando foi atacada.

Phoebe e Piper correram em direção ao grito de sua irmã mais nova. E quando chegaram lá viram Penélope se transformar em um homem, e sumir com Prue em seus braços.

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Phoebe e Piper tentavam localizar a sua irmã mais nova.

— Porque sempre é ela que some. – Piper andava de um lado para o outro.

— Porque eles sabem que as duas irmãs mais velhas a protegeram sempre. – Leo disse igualmente preocupado.  – Nesse caso acredito que como a Phoebe esta emocionalmente bem com a volta Cole, e você por causa da gravidez...

— Ela não é vulnerável. – Piper o olhou surpresa. – Sei que demônios sentem isso. Mas ela está feliz com o Dean.

— Mas está em conflito com ele voltando para sua antiga vida, e ela querendo continuar com sua vida longe disso. – Leo cruzou os braços.

— Certo. Vamos ligar para o Dean. E depois localizar aquela vaca da Penélope. – Phoebe rodava o cristal em cima de um mapa.

***

Calumet City, Ilinois

O caso das séries de mortes, que Sam e Dean estava investigando, acabou por se revelar culpa de Veritas a Deusa da verdade que estava invocando um feitiço onde todos que tinham um segredo a esconder era revelado. Sendo assim, julgado e condenado a morte. Dean acabou sendo atacado pelo feitiço e levado junto com Sam para um cativeiro. Veritas fica chocada ao ver que Sam não é afetado por seu feitiço e que ele vem mentido para Dean o tempo todo. Enquanto Veritas se prepara para comê-los, os irmãos se libertam e matam.

Ao voltar para o quarto de hotel, Dean enfrenta seu irmão. E Sam acaba confessando a verdade. Ele diz que não sabe o porquê, mas ele simplesmente não se importa com nada mais. Enfurecido, Dean bate em Sam o deixando sangrando no chão.

E quando ele pensava que apenas entraria no Impala, e seguiria para sua casa, ficar com sua esposa... Phoebe liga dizendo que um demônio conseguiu capturar Prue. Ele bate no volante com força, e quando vê Sam saindo do carro, acelera em direção a estrada.

Enquanto Dean estava na estrada para São Francisco. Phoebe, Piper e Leo tentavam encontrar Prue. E em algum lugar, a mais nova das Halliwell aparece desmaiada no chão.