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História Bruxas e Caçadores II - Metamorfose


Escrita por: ackleholicbr

Capítulo 7 - Metamorfose


Duas semanas depois...

São Francisco – Califórnia

As Halliwell tinham recebido uma tarefa de treinar um jovem bruxo. Mas as coisas não estavam saindo tão bem quanto elas esperavam. 

— Ainda não entendi essa tarefa. – Piper disse andando de um lado para outro. 

— Na verdade essa mais uma tarefa para o Dave. – Leo disse. – Ele é que tem que provar que...

Leo foi interrompido com um forte barulho que veio do sótão. As irmãs se entre olharam e subiram correndo a escada. 

— O que você está fazendo? – Piper soltou irritada ao entrar no sótão. 

— Relaxe. Ele está preso em uma armadilha. – Dave disse. 

— Desculpe, você disse "relaxe"? Você trouxe um Anjo Negro para a nossa casa, e quer que eu relaxe? – Phoebe quase gritou. 

— Vocês pediram para que eu praticasse magia, e...

— Sim. Nós pedimos para você praticar magia simples. – Prue revirou os olhos. – E não trazer um Anjo Negro! Ele pode matar o Leo, ou nos matar. – disse nervosa.

Enquanto as irmãs discutiam, o anjo negro conseguiu sair da armadilha, e quase acertou as irmãs com uma espada envenenada. Quando Piper foi lançar seus poderes, ao invés de explodir o anjo negro, lançou fogos de artifício em cima dele. 

— O que é que...? – Piper perguntou surpresa. 

Prue olhou para a espada, e ela foi direto a sua mão. E então matou o anjo negro. 

— Vê, é por isso que não trazemos Anjos Negros para casa! – ela riu.

— Ok! Agora vamos falar dos poderes da Piper. – Phoebe olhou para o garoto. 

— Eu fiz isso aqui. – ele lhe entregou um papel.

— Isso explica os fogos de artifícios. – ela disse lendo o papel. 

— Sem feitiços pra você por enquanto, rapazinho. – Piper disse nervosa.

Dave estava envergonhado por ter colocado suas tutoras em perigo, mesmo que sem querer. E foi tentar fazer algo para agradá-las. Mas não deu muito certo, porque ele quase colocou fogo na cozinha. 

— Olha, eu vou deixar vocês com isso e vou dar um pulinho na casa do titio. – Prue riu. – Espero que quando eu voltar, ainda tenha uma casa. 

— Há, há, há... Engraçadinha. – Piper riu.

— E você Dave, faça o que minhas irmãs falarem e vai se sair bem na magia. – Prue sorriu para o garoto. 

***

Sioux Falls - Dakota do Sul

Os Winchesters ainda estavam na casa de Bobby, quando do nada Sam sumiu.

— Sei não, o Sam anda muito estranho ultimamente. – Dean andava de um lado para o outro na sala. – Ele está me escondendo alguma coisa, só não sei o que é, mas vou descobrir. 

— E vai descobrir como?! Você nem sabe onde o garoto está.

Prue chegou à casa de seu tio, por volta das quatro da tarde. Parou seu carro do outro lado da rua, e quando entrou na casa, pegou a conversa de Dean com seu tio, que ela julgou ser bem séria. 

— Quem não sabe onde está quem? – ela perguntou ao entrar na sala. 

— Prue! – Bobby se aproximou da sobrinha e lhe deu um abraço. – Então o que faz aqui? 

— Eu vim conversar com senhor, mas já vi que está ocupado.

— Nunca estou ocupado para minha sobrinha. – Bobby sorriu.

— Oi. – Dean finalmente se manifestou.

— Oi. – ela sorriu fraco, ainda estava chateada pelo o que ele tinha feito. – E o Sam?? – então sua ficha caiu ao ver a expressão deles. – Opa! Foi ele que sumiu... Ok, eu vou tentar localizar o irmão fujão. 

Prue pegou um mapa e um cristal. Depois de abrir o mapa na mesa, ela recitou um feitiço...

— “Sobre um mapa um cristal vai buscar e o ponto vai me mostrar onde o Sam está!” 

Então o cristal parou.

— O Sam está onde? – Dean perguntou se aproximando. 

— Ele está a duas cidades daqui, em um depósito nesta rua. – Prue falou, enquanto escrevia em um papel. – Aonde vai?

— Buscar meu irmão. – Dean respondeu já saindo da casa.

Prue olhou para seu tio, que apenas acenou com a cabeça para que ela fosse atrás do Winchester mais velho. Ela pegou seu casaco, sua mala e saiu correndo atrás dele.

— O que está fazendo aqui? 

— Eu vou com você! – Prue disse entrando no carro, e jogando sua mala no banco de trás. 

— Por quê? – Dean a olhou.

— Porque tenho a impressão de que talvez você precise de ajuda. – ela deu de ombros.

Àquela viagem foi completamente estranha. Era a primeira vez que os dois ficariam tanto tempo sozinhos, depois do que aconteceu. Dean não tinha coragem de tocar no assunto, e Prue esperava que ele pedisse desculpas. Como nenhum dos dois teve coragem de abrir a boca, a viagem foi apenas ao som do bom e velho rock clássico que tocava no rádio.

— Ele está aí dentro? – Dean perguntou ao chegar no tal depósito. 

— Sim! – Prue respondeu saindo do carro junto dele.

Dean se colocou na frente dela e entraram no depósito. Eles andavam cautelosos, até que do nada Dean parou ao escutar a voz do irmão.

— Com quem ele está falando? – Prue cochichou. 

— Eu não acredito que ele fez isso! – Dean bufou. 

— Fez o que?!

Dean fez sinal de silêncio, e entrou no enorme galpão. 

— E ai... Tem alguma coisa para me contar, Sam? 

— Dean, espera aí está bem? Eu posso... Prue?!

— Oi Sam. – a garota sorriu.

— Você ia dizer, “eu posso explicar?!” – Dean foi irônico. – Como você explica isto? Porque não começa dizendo quem é ela... – foi se aproximando do irmão. – O que ela faz aqui? 

— Bom ver vocês de novo! 

— Ruby? – Prue soltou surpresa. – Como?

— É a Ruby? 

— Não! – Sam tentou tirar o irmão de cima de Ruby.

Quando Sam conseguiu tirar a faca do irmão, Ruby foi com tudo para cima de Dean. Mas Prue foi mais rápida, usando sua magia com ela.

— Vejo que está mandando ver nos poderes. – Ruby riu ao se levantar.

— Você não faz ideia. – Prue foi irônica. – Então da ultima vez que eu soube você estava morta. 

— Coisas aconteceram quando Dean saiu do inferno. – Ruby disse o olhando.

— Ruby! Ele está mal, vai. – Sam falou, apontando para um homem caído no chão. 

— Onde você pensa que vai? – Dean a encarou.

— Pronto Socorro. A não ser que você queria brigar antes.

Dean passou por seu irmão e foi em direção à porta. Prue não pensou muito e foi atrás dele, ela tinha a sensação de que ele ia fazer alguma coisa muito estúpida. Não mais estúpida do que vender sua alma e ir parar no inferno, ou voltar e levar meses para contar a verdade a ela. Mas mesmo assim seria estúpido! Sam abriu a porta da frente do carro e entrou. O silêncio predominou durante todo o caminho. Dean estava quieto, e isso estava deixando Prue nervosa. Ela sabia que faltava muito pouco para que o Winchester mais velho explodisse com o irmão. Dean começou a arrumar suas coisas dentro da mala.

— Dean o que você está fazendo? Você vai se mandar?! 

— Você não precisa de mim. Você tem a Ruby agora. 

— Espera! Dean, qual é cara?! – Sam se aproximou, e recebeu um soco de seu irmão. – Está satisfeito?! – outro soco. – Acho que não! – limpou o sangue de seu nariz.

— DEAN! – Prue fez com ele se afastasse de Sam. 

— Você ao menos faz ideia de como você passou dos limites? Do normal? Do humano? 

— Eu só estou exorcizando demônios. 

— Com a mente! – Dean gritou. – O que mais você faz?

— Sam, não....

Mas Prue não foi ouvida pelo mais novo dos Winchester.

— Mando todos eles para o inferno, só funciona com demônios é só isso. – Sam disse tentando acalmar o irmão. – Eu devia ter contado antes, foi mal Dean! Mas tente ver o outro lado. 

— Qual outro lado?!

— Eu tiro demônios de dentro de gente inocente. 

— Use a faca! – Dean gritou. 

— A faca mata a vítima, com o que eu faço, elas sobrevivem. Eu salvei mais pessoas em cinco meses, do que nós salvamos em um ano. 

Dean pegou seu irmão pela blusa, eles estavam a ponto de saírem na briga. Prue estava irritada com toda aquela situação e não sabia mais o que fazer para fazer os dois pararem de brigar. Então usou seus poderes para abrir e fechar a porta do quarto com força. Os dois se afastaram, e Dean travou o maxilar, se apoiando na TV.

— É o que a Ruby quer que você pense. Foi assim que ela te convenceu a usar seus poderes. É roubada irmão. Espere e verá. Você vai ladeira abaixo e só Deus sabe onde vai acabar. 

— Eu não vou deixar ir longe demais. – Sam falou.

Dean se controlou para não socar seu irmão, então jogou o abajur do quarto na parede, então Prue ficou no meio dos dois...

— Vem, vamos ali fora um pouco. – ela tentou tirá-lo do quarto. 

— Eu só quero saber uma coisa. – Dean olhou para o irmão. — Se é assim tão incrível porque você mentiu pra mim? Porque Castiel me disse pra parar você?

— Como é?! – Sam perguntou confuso. 

— Castiel? – Prue perguntou perdida. “Será o tal anjo que o Leo disse que teria força suficiente para tirar o Dean do inferno?” – Foi ele que...

— Sim! Foi ele que me tirou do inferno. – Dean a olhou. – Cas disse que se eu não impedi-lo ele vai. Sabe o que quer dizer, Sam? Que Deus não quer que você faça isto. E você vai ficar aí parado,  me dizendo que está tudo bem?

O celular do Sam começou a tocar. Enquanto o irmão falava ao celular, Dean e Prue estavam calados, de braços cruzados e se olhando. 

— É um caso em Cartago, Missouri. Temos que procurar por Jack Montgomery. – Sam disse assim que desligou o celular. 

— Então vamos. – Dean deu de ombros, saindo do quarto.

— Você vai ir? – Sam perguntou surpreso ao ver a amiga indo em direção ao Impala.

— Vou! Alguém tem manter vocês dois vivos. – Prue olhou rapidamente para o Dean, e então entrou no carro.

***

Cartago, Missouri

— Acorda Bela adormecida! – Dean falou rindo, ao chegar ao motel. 

— Idiota! – Prue falou de mau humor – Onde estamos?

— Em um motel em Missouri. – Sam respondeu.

— Por quanto tempo eu dormi? – ela perguntou saindo do carro. 

— Por um bom tempo. – Dean respondeu pegando as malas do carro. – Nem percebeu que paramos na casa do tal Jack Montgomery. – riu.

— Porque não me acordaram? – a ruiva perguntou pegando sua mala.

— Aceite isso como presente e vamos. – Dean sorriu e foi direção ao quarto. 

Prue bem que tentou pegar um quarto só para ela, mas não tinha  quartos disponíveis. Ela não teve escolha a não ser dividir o quarto com os Winchesters. Ela só não sabia se estava preparada de novo para isso. Ao entrar no quarto, os três deram de cara com um homem de cinquenta e poucos anos, chamado Traves. 

— Quem é a garota?

— Sou Prue, sobrinha do Bobby Singer. 

— Eu não sabia que o Singer tinha uma sobrinha tão linda. – Traves sorriu. 

— Ela é! – Dean concordou se aproximando da garota.

— Obrigado por ajudarem um velho, eu estou meio destreinado. – Traves mostrou o braço quebrado. – Então encontraram Montgomery?

— Sim. Nós vimos da casa dele. – Sam respondeu. 

— Ele tem um caso de boca nervosa. – Dean respondeu. – Terminou com um hambúrguer que se esqueceu de fritar. 

— É ele pode crer. – respondeu Traves. 

— O que ele é? – Dean perguntou. 

— Um Rugarú. – Traves respondeu. 

— Rugarú? É invenção? Parece invenção. – Dean riu. 

 — Eu vou dar uma volta. – Prue se levantou

Quando ela saiu, ligou para seu tio perguntando se ele conhecia Traves e se podiam confiar nele. Bobby a alertou sobre o quanto Traves não era confiável, e pediu para tomarem cuidado. 

— Pode deixar tio. – ela sorriu. – Mas uma coisa, o que o senhor sabe sobre Rugarú?

***

Sam tinha feito uma pesquisa, e acabou achando um jeito de não ter que matar Jack. Esse foi o motivo para o bate boca entre ele e o Traves. 

— E se ele não virar? Vamos matar o cara mesmo assim? Ele começou o processo, mas pode ser que ele resista e não chegue ao fim da linha. – Sam disse nervoso.

— Isso é verdade? – Dean perguntou . 

— Era isso que eu ia dizer, quando Sam me interrompeu. – Prue suspirou. 

— Sério? – Dean a olhou.

— Se eles nunca comem carne humana. Eles não se transformam. 

— Seja vegetariano e continue humano? – Dean foi sarcástico

— Nesse caso é coma carne crua, só não coma carne humana. – Sam completou.

— Gostei do interesse de vocês. – Traves disse. – Mas isso tudo é lenda, todos deram a primeira mordida. – se levantou.

— Mas não quer dizer que Jack vá. – Sam também se levantou.

— E o que vamos fazer? Esperar a contagem dos corpos? – Traves foi irônico. – Não vou permitir isso, garoto.  Confie em mim!

— Vai me desculpar, mas eu não confio nem um pouco em você. – Prue se levantou da cama. – Meu tio também não confia nada em você. – foi irônica. – Então fica bem espertinho, que eu estou de olho em você. – saiu do quarto, sendo seguida pelo Dean.

— Isso é verdade? – ele a segurou pelo braço.

— Sim. Eu liguei para o meu tio, ele só me confirmou que não devemos confiar nesse cara. 

— Mas ele parece saber bem o que está acontecendo. Eu o conheço há anos. – Dean falou. 

— Faça o que você quiser, meus instintos dizem que não devemos confiar nesse cara. Só não cometa outra burrice.  – Prue saiu o deixando sozinho.

Quando ela voltou para o quarto, ele estava vazio. E logo pensou que Traves estava fazendo alguma maluquice. Ligou para Dean e pediu para que ele voltasse logo para o motel.  Ela nem deixou que eles entrassem no quarto, e já foi entrando no Impala. 

— E ai o que conseguiram com Jack? – Prue perguntou ao entrar no carro.

— Nada! –Dean disse ao dar partida no carro. 

— E você achou alguma coisa? – Sam perguntou a garota.

— Eu cheguei a pensar que Rugarú fosse uma maldição, que eu pudesse quebrar sem ter que matar o cara. Mas na verdade ele é o próprio Rugarú. É da essência dele, não tem como mudar a não ser que ele nunca coma carne humana e não conclua a transformação. – a ruiva disse. – Por isso tenho a nítida impressão que o sumiço do Traves vai acabar mal. 

Minutos mais tarde, Dean parou o Impala na porta da casa do Jack.

— Agora sabemos onde Traves está. – ele apontou para um carro.

— Idiota. – Prue disse. 

— Um idiota filho da mãe. – Sam falou nervoso.

Quando perceberam que a porta estava destrancada, os três entraram e ao chegarem à sala havia uma enorme mancha de sangue no tapete. 

— Meu Deus! – Prue disse ao ver restos do que parecia ser uma pessoa. 

— Você acha que é o Traves? – Dean perguntou. 

— Ou que restou dele. – Sam disse olhando incrédulo.

— Dean!! – a ruiva gritou quando Jack o atacou.

Depois que Dean caiu desacordado, Jack foi pra cima de Prue e Sam. Ele bateu com um barril de gás na cabeça de Prue e empurrou Sam para dentro de um armário. Jack se virou, olhando para Dean e Prue que estavam desacordados no chão. Lutando contra a fome que sentia. 

— Jack! – Sam bateu na porta. – Se você machucá-los! Eu juro por Deus...

— Fique calmo! Seu irmão e sua amiguinha estão vivos... Mas não se você não ficar frio.

— Ok! Jack. Ouça. Abra a porta, vamos resolver tudo está bem.

— Acho que não. Depois do que você fez?! – Jack falou. – Você mandou seu amiguinho aqui e ele tentou queimar minha mulher viva. – se aproximou de Dean. – Como eu estou faminto.

Sam tentou a todo custo sair do armário, mas usando a força da sua mente conseguiu afastar o armário que estava travando a porta, e conseguiu sair do armário. Jack se afastou de Dean, e foi com tudo para cima de Sam que não pensou duas vezes e ateou fogo em Jack. Neste exato momento, seu irmão recobrou a consciência e olhou incrédulo para Sam. Em seguida, ele notou que Prue estava desacordada no canto da sala. Levantou-se meio cambaleante a pegou no colo e saiu da casa, chamando seu irmão. Prue estava deitada no banco do Impala, quando recobrou a consciência, dando de cara com olhos verdes maravilhosos, a encarando.  

— Você está bem? – Dean perguntou, olhando o ferimento na cabeça dela. 

— Estou. Só minha cabeça que dói um pouco. – ela sorriu.

— Pressiona isso. – Dean pegou um pano em seu casaco e colocou sobre o ferimento. 

— Vamos dá o fora daqui. – Sam falou. 

Os três estavam calados enquanto seguiam viagem. Porém, o silencio que estava dentro do carro perdurou apenas por algum tempo.

— Sam, você sabe que fez a coisa certa né? O cara era um monstro, não tinha volta. – Dean desviou seu olhar para o irmão. – Sam, eu quero que você me desculpe. Eu andei pegando pesado com você. É só que este seu lance psíquico me mata de medo. 

— Se não for problema, eu prefiro não falar no assunto. – Sam olhou pela janela.

Prue percebeu que Dean a olhava pelo retrovisor, ela não resistiu e abriu um sorriso. Ela estava feliz por estar ali com eles, como costumava ser. E ao que parecia ela já estava começando a perdoar Dean. 



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