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História Bruxas e Caçadores II - O retorno de Dean Winchester.


Escrita por: ackleholicbr

Capítulo 2 - O retorno de Dean Winchester.


Cinco meses depois...

São Francisco – Califórnia

Prue estava dirigindo de forma brusca, atrás de um demônio. Suas irmãs contestavam a perseguição despreocupada contra demônios, mas parecia que ela não ligava a mínima para isso

— Desacelere! Desacelere! – Piper gritou no banco de trás.

— Mais alguém aqui quer dirigir? – Prue perguntou irritada. – Piper, o demônio não está esperando, sabia?

— Nem sabemos se temos poder para derrotá-lo. – Phoebe disse ao lado da irmã.

— Qual é?! Estamos às três juntas! – a ruiva deu de ombros.

— Só usar o cristal não ajuda! – Phoebe tornou a dizer. Não estava reconhecendo a irmã.

— Mas ele nos leva aos demônios. – Prue a olhou rapidamente.

— Mesmo assim, não temos ideia do que podemos lidar! – Piper disse.

— E o que vamos fazer? Esperar que eles nos ataque?! 

— Irmã, eu acho que devemos desacelerar um pouco. – Phoebe a olhou. – Sabemos que tem cinco meses que o Dean...

— Não fale essa palavra! – Prue freou bruscamente. – E não! Nós vamos atrás do demônio!

— Já tem um plano? – Piper falou duramente com a irmã mais nova. – Seus poderes estão congelando! Isso é loucura.

— Nada que a pratica não ajude. – Prue virou à esquerda, parando o carro bruscamente. – Hey, demônio assustador! – disse ao sair do carro.

Ao ver que se tratavam das Encantadas, o demônio tentou jogar seus poderes nelas, mas Prue foi mais rápida e o atacou. 

— Ele vai explodir! – Piper gritou entrando no carro com Phoebe.

— Próximo! – Prue entrou sorridente no carro.

***

Cicero – Illinois...

No meio de estrada em Cicero, Dean está em um lugar escuro, pequeno e abafado. Em sua mente flashes rápidos de seu corpo sendo rasgado pelas garras dos cães do inferno, e sua imagem em um lugar quente e sombrio. Dean abre os olhos, respirando pesadamente, sem saber onde está. Ele procura em seu bolso por seu isqueiro e ao acender a chama, percebe que está dentro de um caixão de madeira. Dean bateu na madeira, enquanto gritava por ajuda.

— Ajuda! Socorro! Socorro! – sua voz era extremamente rouca.

No local onde estava enterrado, tinha apenas uma simples cruz de madeira em um gramado próximo a uma estrada. Então Dean apareceu rastejando para fora do caixão, gemendo e ofegando. Ele abre os olhos com dificuldade devido à intensidade do sol. Quando conseguiu levantar-se, Dean percebeu que em torno a sua lápide tinha um circulo perfeito de árvores mortas caídas no chão. Era como se uma explosão sobrenatural poderosa tivesse provocado aquilo tudo.

Dean caminhava debaixo de um sol escaldante, por uma estrada vazia até encontrar um posto de gasolina. Para seu espanto o posto estava fechado e parecia abandonado. Ele enrola sua camisa em sua mão direita, e quebra o vidro da porta. A primeira coisa que Dean fez ao entrar na pequena loja do posto foi pegar uma garrafa de água. Ele estava com tanta sede que bebeu toda a água da garrafa em um grande gole. Só então viu que tinha uma pilha de jornal ao seu lado.

— 18 de setembro?! – soltou surpreso.

Dean lavou seu rosto, em uma pia suja nos fundos da loja. Ele olhou para seu reflexo, sem realmente entender como poderia estar de volta e como ele tinha saído do inferno. Franzindo sua testa, e então levantou sua camisa preta que estava colada ao seu corpo. Ele olhava fixadamente seu peitoral, sem acreditar no que estava vendo. Não havia nenhuma cicatriz ou marca de bala. Ao levantar a manga esquerda de blusa, se assusta ao ver uma grande marca em formato de mão em seu ombro, como se tivesse queimado a sua pele.

Depois que saiu de seu transe ao tentar entender como tinha surgido aquela marca em seu ombro, Dean pegou uma sacola e a encheu com lanches e barras energéticas, junto com várias garrafas de água. Passou por uma das prateleiras da loja, ele viu exemplares de uma revista de adultos – “Asiáticas peitudas” ele ri, pegando um exemplar e a coloca dentro do saco também. Dean estranhou quando conseguiu abrir facilmente a caixa registradora. Ele pegou todo o dinheiro do caixa, quando a TV se liga sozinha mostrando apenas uma imagem estática. Dean a desligou e então um rádio a sua direita, ligou transmitindo um ruído irritante e alto.

Sem perder tempo, ele pegou uma caixa de sal em uma prateleira a sua esquerda, e começou a derramá-lo ao logo das janelas e da porta. Um som estridente começa, e Dean tampa seu ouvido esquerdo enquanto ele continuava a jogar o sal pelas janelas. O som ficava mais agudo e estridente, fazendo com que Dean largasse o sal e tampasse seus ouvidos gemendo de dor. Devido à intensidade do som que ficava cada vez mais alta, a janela caiu em cima de sua cabeça. Ele tentou se afastar, mas então os vidros da porta de quebraram, o jogando para o chão. Enquanto as janelas da loja se quebravam, Dean ainda tampando seus ouvidos, olhava sem entender que diabos estava acontecendo ali.  

***

São Francisco – Califórnia

Phoebe entrou no sótão, e encontrou sua irmã mais nova riscando a foto de um demônio no livro das sombras.

— Sei que está feliz por termos pego o demônio. Mas é totalmente desnecessário fazer isso com o livro!

— Esse podia incinerar carne humana com os olhos. – Prue disse lendo a página. – Isso deve doer! 

— Acha que isso é engraçado? – Piper perguntou cruzando os braços, ao entrar no sótão. – Você podia ter sido morta, sabe disso, não sabe?

— Sim, Piper. Eu entendo “morta” muito bem. 

— Então porque continua arriscando sua vida? – Phoebe perguntou séria. – A nossa?!

— Quer saber! Da próxima vocês ficam em casa. – Prue voltou a olhar o livro. 

— Sabemos que está sofrendo, mas não pode ir nessas missões suicidas! – Piper se aproximou da irmã.

— Sabe do que mais?! – Prue gritou. – Vocês não têm ideia do que é ver a pessoa que você ama ser estripado por um cão do inferno! Então não tentem entender o que vocês nunca saberão! – saiu a passos duros do sótão.

— Ela vai acabar se matando assim! – Piper suspirou.

— Não vamos deixar. – Phoebe abraçou sua irmã.

***

Sioux Falls - Dakota do Sul

Bobby estava bebendo whisky, quando escutou algumas batidas na porta. Dean estava do outro lado, ele suspirou e abriu um sorriso em seguida.

— Surpresa!

— Eu, eu não...

— É, nem eu. Mas aqui estou eu. – Dean entrou na casa do velho amigo.

Bobby não podia acreditar no que estava vendo, só podia ser algum tipo de coisa sobrenatural. Dean estava morto há seis meses. Então Bobby tentou matá-lo, mas Dean conseguiu provar que era ele mesmo. 

— Bobby! Sou eu! – Dean disse levantando as mãos. – Seu nome é Robert Steven Singer. Você se tornou um caçador após sua esposa ficar possuída, você tem três sobrinhas e... Você é a coisa mais próxima que tenho de um pai. Bobby. Sou eu!

Bobby não acreditou e tentou atacá-lo novamente.

— Eu não sou um metamorfo! 

— Então é uma aparição! 

Dean avançou em Bobby segurando sua mão com força, lhe tomando a faca de prata. Ele então levantou um pouco mais a manga esquerda de sua camisa, e fez um corte em seu braço.

— Se fosse qualquer um dos dois, faria isso com uma faca de prata? Sou eu, Bobby! 

— Dean? 

— É o que eu venho tentando lhe dizer.

Bobby lhe deu um abraço apertado, e quando se afastaram Dean estava aliviado.

— É bom te ver, rapaz. Mas... como escapou?

— Não sei. Eu só... acordei rodeado por pinheiros... 

Dean parou de falar quando Bobby jogou água benta em seu rosto. Dean cuspiu a água e passou a mão em seu rosto.

— Sabe, eu também não sou um demônio. 

— Desculpe. O seguro morreu de velho. 

***

São Francisco – Califórnia

Prue estava com um mapa aberto na mesinha de centro da sala. Ela procurava demônios com um cristal.

— Ouça querida... – Piper cruzou os braços, olhando a irmã mais nova. – Não é apenas porque é perigoso.

— Vocês deveriam me ajudar e não me julgar por estar fazendo as coisas de um jeito diferente.

— Me conta o que está acontecendo. – Phoebe se aproximou da irmã. – Você está diferente e...

— Dói contar! – Prue encarou sua irmã, com lágrimas nos olhos. – Dói respirar, por isso a menos que tenha uma ideia de como trazer o Dean de volta, não quero falar sobre isso!

— Então é isso?! Nos culpa por não consegui trazê-lo de volta?

— Eu não culpo vocês. Eu culpo o mal, os demônios... Por quê? Por que acha que estou fazendo isso tudo? Pelo prazer? – Prue ainda balançava o cristal no mapa.

— Quer a verdade?! – Piper olhou para a irmã, com medo do que ela pudesse fazer para conseguir trazer Dean de volta. – Acho que do jeito que está agindo é mais fácil do que enfrentar o que realmente está sentindo.

— Demônio. – Prue disse assim que o cristal parou no mapa.

— O que?

— Tenho trabalho a fazer. – ela disse pegando a chave do carro. – Phoebe! – gritou ao se aproximar da porta.

Phoebe e Piper não concordavam com o que ela estava fazendo. Leo não podia ajudar porque até onde elas sabiam, ele tinha viajado. Mas Prue sabia o que realmente tinha acontecido, Leo tinha sido chamado pelos anciões. É claro que ela queria contar a suas irmãs a verdade sobre Leo, mas tinha prometido a seu amigo, e depois não queria mais drama para sua vida. Então Piper e Phoebe teriam que dar um jeito em sua irmã mais nova, antes que ela se matasse. 

— O que está esperando, exploda! – Prue gritou nervosa.

— Ok! Já vai. – Piper explodiu a porta.

Um cara saiu tossindo de uma fábrica abandonada, e ao passar por Prue a jogou com tudo no chão! Depois dele, outras quatro pessoas passaram correndo.

— Não! Deixe-os! – Phoebe gritou. 

Mas Prue não escutou, e atacou as três últimas pessoas que saíram do lugar. Mas seus poderes estavam descontrolados, e ao invés de jogar algo em direção as mulheres, ela acabou tacando fogo em um carro na frente delas. 

— Ow ow – Prue olhou para o carro em chamas e então para as mulheres. – Elas são imunes aos meus poderes!

As Halliwell não tiveram escolha a não se lutar contra aquelas mulheres. 

— Piper tente as congelar! – Prue gritou.

Uma das mulheres aproveitou o momento de distração de Prue e a jogou no chão, lançando uma fumaça em seu rosto.  No momento que Piper ia explodir as mulheres, elas sumiram como fumaça.

***

Sioux Falls - Dakota do Sul

Dean enxugava seu rosto, enquanto via Bobby andar de um lado para o outro na sala. 

— Isso não faz o mínimo sentido.

— Está pregando para um convertido. – Dean deu de ombros. 

— Seu peito foi rasgado, suas tripas estavam para fora de seu corpo. E você foi enterrado há cinco meses. Mesmo que pudesse escapar do inferno e voltar para seu corpo, isso seria impossível. 

— Era para eu ser tipo aquelas caras rastejantes do Thriller. – Dean disse sorrindo de lado.

— O que você lembra? 

— Não muito. – Dean disse, coçando a cabeça. – Eu me lembro que era um brinquedo dos Cães do inferno e depois tudo ficou escuro... então eu apareci dentro de um caixão a sete palmos. Porque no número do Sam não funciona? Não me diga que ele está...

— Ele está vivo, até onde eu sei. – Bobby sentou-se em uma cadeira. 

— Como assim, até onde sabe? 

— Não falo com ele há alguns meses. Na verdade, com nenhum dos dois! – Bobby pensou se deveria ou não tocar no nome de sua sobrinha. 

— Você está brincando, você os deixou sozinhos? 

— Eles estavam determinados a isso. 

— Você deveria estar cuidando deles.

— Eu tentei. Estes últimos meses não têm sido exatamente fácil, você sabe. Para ele, para mim... nós tivemos que enterrá-lo. 

—  E por falar nisso, por que me enterraram, afinal? 

— Eu queria te jogar sal e cremar, o de sempre, mas os dois não quiseram. Tivemos uma discussão feia, e bem eles acabaram ganhando. E depois quando perguntei ao Sam, uns dias depois o porquê ele queria tanto que você fosse enterrado. Ele disse que você precisaria de um corpo, quando ele te trouxesse de volta.

— Como assim?

— Ele veio me visitar depois que deixou minhas sobrinhas em casa. Ele estava muito quieto e só me respondeu isso. Então ele foi embora, e não retornou minhas ligações. Eu tentei encontrá-lo e cheguei a conseguir uma vez, pela minha sobrinha. Mas o Sam não quer ser encontrado. 

— Que merda, Sammy! – Dean bufou. – Ele fez o dever de casa direitinho, mas o que ele fez foi mandinga pesada.

— Como sabe disso? 

— Você deveria ter visto o meu tumulo. Foi como se uma bomba nuclear tivesse explodido ali. E então houve essa... essa força, essa presença, e eu posso jurar que ela passou por mim assim que sai do caixão. Ah... e tem isso... – Dean levantou a manga esquerda de sua camisa. 

— Que diabos é isso? – Bobby perguntou se levantando surpreso.

— Parece que um demônio me puxou ou me arrastou de lá.

— Mas por quê? 

— Para cumprir sua parte da barganha. 

— Você acha que Sam fez um pacto? – Bobby soltou surpreso. 

— É o que eu teria feito. 

Decidido a encontrar seu irmão, Dean ligou para a operada de celular do irmão. Pediu para que ligasse o GPS do celular, então cruzou a sala e sentou-se à frente do computador. Enquanto esperava pela localização de seu irmão, Dean notou várias garrafas vazias de bebidas alcoólicas espalhadas.

— Ei, Bobby? Qual é o negócio com a loja de bebidas? Seus pais estão fora da cidade ou algo assim?

— Como eu disse. Os últimos meses não estão sendo tão fáceis. 

— Sei – Dean disse olhando para a tela do computador. – Sam está em Pontiac, Illinois. 

— Bem perto de onde você estava enterrado.

— Bem onde eu apareci. Grande coincidência, não acha? – Dean disse se levantando.

***

São Francisco – Califórnia

— Eu vou pegar essas vadias, nem que seja a última coisa que eu faça! – Prue disse nervosa, entrando no casarão. 

— E pode ser a última coisa que faça. – Piper disse séria andando atrás da irmã. 

— É isso que fazemos. Eliminamos o mau.

— Você já foi machucada, está tossindo. – Phoebe disse séria. 

— Eu estou bem! E vou acabar com as vadias do câncer, com ou sem a ajuda de vocês! 

Suas irmãs a seguiram até o sótão. Nenhuma das duas gostava dessa nova versão da Prue.

 — Acho que deveria tira um tempo pra você. – Piper disse séria. 

— Eu tentei, não se lembra? – Prue a olhou, indignada. – E o que isso me ajudou? Em nada! – voltou sua atenção para o livro. 

— Então tente não se matar! – Phoebe gritou. 

— Eu não estou tentando me matar! – a irmã mais nova revirou os olhos. – Ah! Olhem o que eu achei. – apontou para o livro das sombras. – Elas se chamam “Fúria”

— Como as da mitologia? – Piper perguntou surpresa. 

— Aquelas com cara de cão do inferno? – Phoebe a olhou. 

— Elas castigam malfeitores. – Prue disse lendo o livro. 

— Isso não as torna boas? – Piper perguntou. 

— Não essas. Essas não têm moderação, podem atacar a um ladrão ou a um assassino. E sentem um grande prazer em matar. – Phoebe disse lendo a página. 

— Ótimo, porque vamos sentir um grande prazer em matá-las. – Prue fechou o livro. 

***

Na estrada até Pontiac

Desde que Dean saiu daquele buraco no meio do nada, estava louco para saber de Prue. Mas evitou tocar no assunto enquanto conversava com Bobby na casa dele. Mas agora, ali dentro do carro com Bobby, resolveu tocar no assunto. Só esperava que Prue tivesse feito o que tinha prometido a ele. 

— O que aconteceu com a Prue? Você não quis tocar no nome dela. 

Bobby se ajeitou no banco de motorista, e olhou rapidamente para Dean. 

— As coisas não foram nada fáceis para minha sobrinha. Acredite, quando a vi dois meses depois que você tinha ido para o inferno. Ela não parecia de longe a Prue que conhecíamos.

— Não me diga que ela fez alguma besteira? 

— O que você resume por besteira? Ela passou usar mais seus poderes, e começou a matar demônios e coisas do mal, suicidamente.

Dean não gostou nada do que estava escutando. Prue estava fazendo tudo ao contrário do que ele tinha pedido. 

— Tem certeza que estamos falando da mesma Prue? 

— Dean, minha sobrinha está sofrendo. Temo que se ela continuar assim, ela morra ou se esqueça de como era ser uma bruxa boa e se tornar aquilo que caçamos.

Dean o olhou, sentindo um aperto no coração de imaginar a sua ruivinha morta, ou se transformando em uma bruxa do mal. 

— E onde o Sam estava? – quase gritou. – Eu pedi para ele cuidar da Prue e não a deixar fazer nenhum tipo de loucura. 

— Foi exatamente por isso, que ela ficou assim. Sam não permitiu que ela voltasse a caçar com ele. 

— Seja como for, primeiro vamos atrás do meu irmão, e depois vou dar um jeito nessa maluca da Halliwell.

***

Pontiac – Illinois...

Quando Bobby e Dean chegaram ao quarto de motel, onde Sam estava. Quem abriu a porta foi uma mulher totalmente desconhecida. Dean tentou se aproximar de seu irmão, mas Sam puxou uma faca e olhava ameaçadoramente para ele. 

— É ele. É ele. – Bobby disse, segurando Sam. – Eu já passei por isso, é realmente ele.

Sam olhou o irmão, com os olhos marejados de lágrimas e então abraçou Dean. Depois de uns minutos abraçados, Sam se afastou do irmão, o olhando com atenção. 

— Eu sei. Eu estou fantástico, não é? – Dean riu e ficou sério rapidamente. – Então me diga. Porque fez a porcaria de um pacto para me trazer de volta?

— Você acha que eu fiz um pacto? Bem, eu não fiz. – Sam disse encostando-se à parede.

— Não minta para mim. – Dean gritou. 

— Eu não estou mentindo.

— Você tirou o meu da reta e colocou o seu? É capacho de algum demônio? Eu não queria ser salvo assim. – Dean agarrou seu irmão pela gola de sua blusa. 

— Eu gostaria de ter feito isso, tudo bem? – Sam disse com raiva, e se soltou do irmão. – Eu tentei de tudo. Essa é a verdade! Eu tentei abrir portão do Inferno, tentei fazer um pacto, mas nenhum demônio aceitou. Você estava apodrecendo no inferno por meses. Por meses, eu não pude parar. Então, eu sinto muito por não ter sido eu, ok? – gritou.

— Está tudo bem, Sammy. Você não tem que se desculpar, eu acredito em você. – Dean respirou fundo. – Acho que já sei quem foi. 

— Não foi a Prue. – Sam o olhou. 

— Como sabe? Bobby me disse que você sumiu da vida dela. E fez exatamente ao contrário do que eu te pedi.

— Não Dean. Eu fiz o que você me pediu. Não permiti que caçasse comigo, mas estou de olho nela, acredite. Ela... – parou de falar ao ver a expressão do irmão. 

— O que você sabe Sam? – Dean perguntou cruzando os braços. 

— Ela virou uma máquina de matar demônios. 

— Isso, eu já sei. Mas pode desembuchar o resto. 

Sam olhou para Bobby, como se perguntasse se devia ou não falar tudo o que Halliwell tinha feito para trazer Dean de volta.  

— Ela tentou fazer a mesma coisa que eu. Usou todo tido de magia e até tentou entregar seus poderes a um demônio para que você voltasse. Mas ninguém aceitou.

— Como ninguém aceitou os poderes dela? – Dean perguntou surpreso. – Até onde eu sei, elas são alvos de todo tipo de maluco tentado roubar seus poderes. 

— Também não faço ideia. A única coisa que eu sei é que, não foi a Prue e muito menos eu quem te tirou do inferno.  – Sam viu seu irmão se aproximar da porta. – Aonde vai?

— Parar uma Halliwell cabeça dura. 

— Dean, nesse momento não acho que ajudaria a minha sobrinha vê-lo. Ela poderia te mandar de volta para o inferno mais rápido do que imagina. Ela não deixaria você se quer provar que realmente o Dean. 

— Bobby, eu tenho que fazer algo antes que ela se mate. – Dean travou o maxilar. 

— Eu sei que está preocupado com a Prue, mas suas irmãs estão na cola dela. Não vão deixar que ela faça nada estupido. O que temos que fazer agora é descobrir quem ou que te trouxe. 

Dean pensou melhor, e realmente Bobby tinha razão. Mas assim que descobrisse como tinha conseguido escapar do inferno, pegaria o carro e iria direto para São Francisco dá um jeito na sua bruxinha cabeça dura e marrenta. 

— O que sugere?

— Conheço uma psíquica que mora perto daqui. Algo dessa importância, talvez ela tenha ouvido o lado de lá. – Bobby respondeu.

Dean finalmente entrou em seu Impala, era como se uma das coisas voltasse a seu estado normal. Eles seguiram a caminhonete de Bobby por uns trinta minutos até pararem na casa de uma velha amiga dele, Pamela Barnes. Ela fez uma sessão espírita para invocar quem tinha salvo Dean do inferno. E a única coisa que ouviu foi um nome, Castiel. Mesmo que ele avisasse que ela não poderia vê-lo em sua forma mais bruta, Pamela continuou o invocando. E quando ele vem a sua mente, seus olhos são queimados a deixando cega. 

***

São Francisco – Califórnia

As irmãs Halliwell foram atrás das três “fúrias”. Prue estava mais raivosa que o normal e acabou explodindo as três, assustando a suas irmãs. Depois que tudo passou, elas voltaram para casa. Phoebe e Piper deixaram que a irmã fosse descansar um pouco, mas não escaparia de uma conversa séria no jantar. 

— Só quero que entenda que você foi atacada por uma fúria e isso elevou sua fúria natural. – Piper disse séria. – Você realmente poderia ter nos matado. 

— Eu sei. Me desculpem, e... 

— Nós sabemos. – Phoebe a abraçou. – Mas a culpa não foi sua, ninguém seria capaz de livrar o Dean do pacto! 

— Eu sei. – Prue disse com lágrimas nos olhos. – Eu só queria ter feito mais, sinto que poderia ter ajudado e... Me desculpem, sei que não tenho sido a irmã das mais adoráveis. É que... eu sinto muita falta do Dean! É difícil superar isso, e nem sei se vou conseguir...

— Nós vamos estar aqui para ajudar! – Piper e Phoebe a abraçaram. – As três para sempre! 



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