São Francisco – Califórnia
Hobart – Presídio estadual
— O que está fazendo aqui? – Dean do futuro olhou furioso para o ele do passado.
— Vim ajudar a Prue, depois que fomos completos filhos da mãe com ela.
— Então o Cass te contou!
— É me contou sim. – Dean travou o maxilar. – E a vontade que eu tenho é de socar minha própria cara.
— Vamos deixar esse drama domestico pra depois e vamos evitar que elas morram queimadas. – Dean do futuro deu de ombros.
Dentro do presido, as irmãs Halliwell são encapuzadas e levadas para sala onde vai acontecer o grande show que segundo Nathanial Pratt, vai acabar com o vírus Croatoan. Mas durante o percurso da cela até a sala de execução, as Halliwell são levadas para outro lugar. Quando foram tirados os panos que cobrem os olhos das irmãs, elas tiveram uma grande surpresa.
— Dean?! – Piper e Phoebe soltaram surpresas.
— Dean e Dean? – Prue olhou surpresa.
— É nem me fale dessa versão de operação cupido. – Dean riu.
Prue olhou surpresa para ele, era como se visse o antigo Dean de volta. E quando se virou para o Dean do futuro, viu a mesma expressão fria em seu olhar.
— Você é de que ano? – ela perguntou ao outro Dean.
— 2009, mas não temos tempo pra isso agora! Temos que dar o fora daqui. – O Dean do futuro disse abrindo a porta do carro. – E a Mary?
— Está segura com o Leo. – Prue respondeu entrando no carro do Castiel, com suas irmãs.
— Só uma pergunta? – Phoebe o olhou. – Para onde vamos?
— Resolver as coisas com Lúcifer, e tentar acabar com esse maldito vírus. E claro limpar a barra de vocês! – Dean do futuro bateu a porta do carro e foi em direção ao seu.
Durante o caminho, Prue não se aguentou e perguntou como aquilo era possível. Dean a olhou pelo espelho retrovisor, e sorriu antes de respondê-la.
— Então aquele Arcanjo filho da mãe te mandou pra 2014 pra ver como você se transformou em cretino?! – Prue deu de ombros.
***
Kansas City, Missouri
— Então, pode nos dizer exatamente por que nos trouxe pra o Kansas? – Piper perguntou quando o Dean do futuro se aproximou.
— Lúcifer está aqui. – Dean do futuro disse ao se aproximar dos outros. – Eu conheço o quarteirão e conheço o prédio. – apontou para um mapa que abriu em cima do capô do carro.
— Ah, que bom. Bem no meio de uma área ativa. – Phoebe disse ao olhar o mapa.
— Cheia de Croates, é sim. Está dizendo que meu plano é imprudente? – Dean do futuro perguntou.
— Está sugerindo que nós, uh... entremos pela garagem, passando por todos os demônios e Croates que encontrarmos, e daí atiramos no Diabo? – Piper perguntou.
— Okay, se não gosta de "imprudente", também posso usar "despreocupado", talvez. – Castiel disse.
— Imprudente ou não, vocês vão me esperar lá. – Dean olhou para seus soldados, e apontou para um prédio. – Vocês fiquem aqui. – olhou para as Halliwell.
— Ok, e o que vamos fazer? – Resa perguntou antes de se afastar.
— Vamos esperar a hora que Lúcifer aparecer. – Dean do futuro foi em direção a seu carro.
Prue estava completamente confusa com aquilo tudo, então se afastou de suas irmãs e foi dar uma volta pelo parque em frente ao prédio. Dean se aproximou e sem falar absolutamente nada, e a abraçou. Prue se sentia como se tivesse voltado a ter aquele Dean pelo qual era completamente apaixonada. Então movida por um impulso o beijou. Dean correspondeu ao beijo, sem nem mesmo se questionar se aquilo seria uma traição com ele mesmo do futuro. A final eles eram a mesma pessoa.
— Eu não posso fazer isso! – Prue disse ofegante se afastando. – É errado. Por mais que eu queria, é melhor não.
— Sei que nunca perguntei antes, mas como se apaixonou por mim? – Dean perguntou.
— Porque você é um cara de bom coração e só usa essa mascara de durão pra se proteger... só que você não mostrava esse Dean carinhoso para todos, na verdade ele só se mostrava pra o seu irmão e pra mim. E quando eu tivesse acesso a esse Dean... me apaixonei por você.
Prue sorriu e o beijou novamente. Dessa vez o beijo foi mais calmo.
— Isso é loucura. Estou te ajudado a me trair comigo mesmo. – Dean riu entre os beijos.
— Boa observação. – ela riu.
Quando o beijo tornou a ficar mais urgente, ambos interromperam e acharam voltar. Prue se aproximou das irmãs, o Dean foi conversar com ele do futuro.
— Cara você é um idiota! – Dean disse nervoso.
— Nós somos idiotas! – O Dean do futuro disse irônico.
— É eu sei. Ferramos com a única pessoa que realmente nos amava. – Dean travou o maxilar.
— Sim.
— Só isso? Só me diz “sim”? – Dean quase gritou.
— É o que eu posso dizer agora! – Dean do futuro o olhou.
— E você precisa ver... A coisa toda, o quanto fica ruim. Pra poder fazer diferente.
— O quê quer dizer?
— Quero que veja nosso irmão.
— Sam? Pensei que ele estivesse morto. – Dean o olhou surpreso.
— Sam não morreu em Detroit. Ele disse "sim".
— "Sim"?! Espera... Quer dizer...
— Por que ele faria isso?
— Queria eu saber. Mas agora não temos escolha... – Dean do futuro pegou a colt. – Está dentro dele, e não vai sair. E temos que matá-lo, Dean.
— Não podemos simplesmente matar o Sam. O que aconteceu com você? Comigo?
Dean do futuro balançou a cabeça em negativa, então disse...
— Zach disse que te levaria de volta, não é? Pra 2009? Pois bem, quando voltar pra casa... Aceite. Me ouviu? Aceite Miguel.
— Isso é loucura! – Dean o olhou surpreso. – Se eu aceitar, Miguel lutará contra o Diabo. A batalha queimará metade do planeta.
— Olhe ao seu redor, cara. – Dean do futuro gritou. – Metade do planeta é melhor do que planeta nenhum. E é isso que temos agora. Se eu pudesse fazer tudo de novo, eu diria "sim" em um instante.
— Então por que não o faz?
— Eu tentei! – Dean do futuro cruzou os braços. – Eu gritei "sim" até meu rosto ficar azul.
— Ah, não. Tem que haver outra maneira. – Dean se virou de costas.
— É, foi isso que pensei. Eu fui arrogante. Nunca pensei que eu perderia. E nem em quem eu perderia. Mas estava errado. Dean... Eu estava errado. Olhe o que aconteceu com Sam. O que aconteceu com a única mulher que nós realmente amamos. Ela quase foi queimada viva por nossa culpa. Eu não queria isso. – O Dean do futuro olhou para ele do passado. – Estou implorando. Diga "sim". E evite isso tudo. Faça tudo o que você conseguir para não fazer isso com Sam e a Prue.
— Horas mais tarde, Dean se aproximou de seus soldados...
— Lá. Janela do segundo andar. – Dean do futuro apontou para o prédio. – Entraremos por lá.
— Tem certeza sobre isso? – Castiel perguntou.
— Sim. Eles nem vão nos ver chegando. Confie em mim. – Dean do futuro disse. – Agora, verifiquem as armas. Entraremos em 5 minutos. Vou buscar a colt.
Quando Dean do futuro voltou para o carro, Dean o surpreendeu...
— Eu te conheço. Está mentindo para estas pessoas e para mim.
— É mesmo?! – Dean do futuro foi irônico.
— É! Eu conheço suas expressões quando mente. Eu as vi em um espelho. Há alguma coisa que não está nos contando.
— Não sei mesmo do que está falando.
— Ah, é mesmo? – Dean disse impaciente. – Olhe ao seu redor, cara? Esse lugar deveria estar entupido de Croates. Cadê eles?
— Eles abriram caminho pra nós.
— O que significa que isto é uma armadilha. Então não podemos entrar pela frente.
— Ah, nós não vamos, não. – Dean do futuro foi irônico. – Eles vão. Eles são as iscas. Você, eu e as Halliwell vamos entrar pelos fundos.
— Está dizendo que vai enfiar seus amigos em um moedor de carne?! Incluindo o Cass?! – Dean do passado perguntou surpreso. – Quer usar as mortes deles como distração?! Ah, cara. A Prue estava certa quando disse que alguma coisa se quebrou dentro de você. Está fazendo decisões que eu nunca faria. Não, desse jeito não. Não vou deixar! – disse sério.
— Ah, é mesmo? – Dean do futuro foi irônico, socando a ele mesmo do passado.
Quando Dean acordou viu Piper, Phoebe e Castiel mortos. Prue estava ao lado, abraçando o corpo sem vida do Dean do futuro.
— Olá, Dean. Que surpresa! Veio de longe pra ver isto, não foi? Sinto muito. Deve ser doloroso conversar comigo nesta forma. Mas tinha que ser seu irmão.
Quando Prue sentiu que o Dean do passado estava perto dela, o olhou com os olhos cheios de lágrimas.
— Não precisa ter medo de mim, Dean. O quê acha que eu vou fazer? – Sam perguntou.
— Sei lá. Talvez, fritar todo o planeta...
— Por quê? Por que eu iria querer destruir uma coisa tão maravilhosa tão bela, em um bilhão de maneiras. O último trabalho manual de deus? – Sam perguntou. – Já ouviu a história de como eu caí do céu?
— Ah, meu deus. Não me contar uma história de dormir, vai?
— Deus me mandou pra baixo, por que eu o amava. Mais do que qualquer coisa. E daí deus criou vocês. E então ele pediu a todos nós que nos ajoelhássemos pra vocês. E pra amar-lhes mais do que ele próprio. – Lúcifer disse. – E eu disse, "pai, eu não posso.” E por isso Deus mandou Miguel me colocar no Inferno. Agora, me diga... O crime valeu o castigo? Ainda mais quando eu tinha razão? Veja o que o 6 bilhões de vocês fizeram com isto.
— Não vai me enganar, tá sabendo? Com esse seu papinho de "coitado do diabo". – Dean irônico o olhou. – Sei o que você é. Você é a mesma coisa, só que maior... O mesmo tipo de barata que esmaguei a vida inteira. Uma merda sobrenatural feia, maligna. A única diferença entre você e eles... é o tamanho do seu ego.
— Gosto de você, Dean. Entendo o que os outros anjos vêm em você. Adeus. Nos encontraremos em breve.
— É melhor me matar agora! – Dean gritou.
— Não! – Prue se levantou. – Por favor, não faça isso. Eu não aguentaria vê-lo morrer mais uma vê...
— Prue! – Dean gritou quando ela caiu no chão, depois de ser atacada pelo Lúcifer.
— Ela não pode ficar no meio do caminho. – Lucifer disse. – A sua escolha deve ser sim. E enquanto Prue estiver no caminho, você resistirá.
— É melhor me matar agora. Ou eu juro, vou encontrar uma maneira de te matar. – Dean gritou furioso. – E não vou parar.
— Eu sei que não. – Lúcifer disse. – Também sei que não dirá "sim" a Miguel. E sei que não matará o Sam. Seja lá o que faça... Você sempre terminará aqui. Sejam lá as suas decisões, ou os detalhes que altere, nós sempre terminaremos aqui. Eu venço. – sumiu no ar.
Dean estava arrasado, tinha visto com seus próprios olhos, seu irmão transformado em lúcifer. E o destino de Prue se continuasse com ele.
— LEO!!! – Dean gritou várias vezes, mas nada do anjo protetor das Halliwell aparecer. – Que ótimo momento pra você não dar ouvidos! – bufou. – Olha, se não é aquele fantasminha do Natal, o "Dane-se". – disse ao ver Zacarias.
— Basta! Você viu, não é? Viu o que acontece? – Zacarias disse. – Você é o único que pode provar que o diabo está errado. É o único que pode mantê-la viva, e o único que pode impedir seu irmão.
— E como eu sei que isso não é um dos seus truques?
— Entregue-se a Miguel. Diga "sim". E podemos atacar! – Zacarias disse. – Antes que Lúcifer chegue ao Sam. Antes que sua amada bruxinha morra. Antes que bilhões morram.
— Não. – Dean disse. — Está dizendo que não aprendeu a lição? – Zacarias perguntou nervoso.
— Não. Eu aprendi uma lição, sim. – Dean disse. – Mas não vou dizer sim.
— Você é meu, garoto. E vai dizer sim a Miguel. – Zacarias se aproximou perigosamente de Dean.
— Filho da...
***
Quarto de motel, em uma cidade qualquer dos EUA
Dean foi mandando de volta para o quarto de motel.
— Tempo perfeito, Cass.
— Tínhamos um compromisso. – Castiel disse.
— Nunca mude. – Dean riu. – E onde está a Prue?
— Estou aqui! Demorou. – ela riu, saindo do banheiro. – Onde está o café?
Dean sorriu ao vê-la...
— Cass, eu posso falar...
— Claro. – Castiel sumiu.
— Dean. Você está bem? – Prue perguntou se aproximando dele.
— Estou. – ele sorriu e abraçou. E disse em seu ouvido as mesmas palavras que tinha dito antes de ser levado pelos cães para o inferno.
Prue sentiu uma pontada em seu coração, a primeira vez que ele tinha dito aquelas palavras...
— Dean o que aconteceu? Porque me disse as mesmas palavras que...
— Porque quero que sempre se lembre disso. – ele sorriu.
— Não, sei que tem alguma coisa errada, então fala... eu mereço saber! – Prue gritou.
— Acho que tudo está ficando perigoso demais. E não quero...
— Dean Winchester! Pode parar por aí agora mesmo! – o encarou. – Nós passamos muita coisa juntos, então... NÃO! Eu não vou ir pra casa e deixar você lidar com o apocalipse sozinho. Seja lá o que você pensa que pode acontecer, eu vou estar ao seu lado!
— Presta atenção Prue, eu não quero ver que de alguma maneira você saia ferida dessa confusão toda!
— Presta atenção você! Você me conhece o suficiente pra saber que sou teimosa. Então vamos continuar nisso, e acabar com aqueles anjos imbecis.
Dean riu, e então a puxou para um beijo...
— O que eu faço com você sua Halliwell teimosa?!
— Que tal calar a boca, e continuar nos beijando enquanto nós podemos?!
— Ótima escolha! – ele riu.
Apesar de saber que deveria afastar Prue para que não acontecesse o que ele tinha visto no futuro. Preferiu aceitá-la, e fazer as coisas ao seu modo. Mas iria modificar as coisas, ele faria justamente ao contrário do Dean do futuro, mas não diria “Sim” a Miguel.
Dean dirigia estrada a fora enquanto Prue conversava com suas irmãs pelo celular.
— O que foi?
— Nada. – Prue riu. – Phoebe teve um sonho sinistro. Ela disse que você era como o Exterminador o futuro atrás do Lúcifer, que nós quase fomos queimadas vivas. Ah! Já ia me esquecendo, nós dois tínhamos uma filha.
Dean freou o carro, com o susto que levou. Como Phoebe poderia ter sonhando com tudo o que ele presenciou no futuro?
— O que aconteceu? – Prue perguntou após o susto.
— Nada. Pensei ter visto um alce.
A Halliwell deu de ombros, e ligou o rádio do carro. Na estação estava tocando AC/DC, enquanto Dean dirigia, sua garota dormia ao lado. Já era de manhã, quando Dean parou o carro, atrás da caminhonete de Sam. Prue sorriu para o Dean, ao ver que ele tinha procurado o irmão. Ela pulou para o banco de trás, e Sam sentou-se no seu habitual lugar ao lado do irmão mais velho.
— Então o que vamos fazer agora? – Sam perguntou.
— Vamos fazer nosso próprio destino. – Dean olhou para Prue pelo retrovisor. – O ponto é que somos um ponto fraco do outro e vão usar isso contra a gente. Mas sei que isso aqui é tudo o que nós temos, então nós vamos continuar fazendo o que fazemos de melhor.
— Pode contar comigo. – Sam sorriu.
— Oh! Eu sei disso. Quer dizer, você é o segundo melhor caçador do planeta!
— Segundo?! – Sam o olhou, rindo.
Prue não se aguentou e riu da cara dos dois. É os Winchesters tinha voltado a ser o que era antes! Pelo menos era o que ela esperava.
— Hey, gigante! Aumenta o som ai! – Prue riu.
Sam a olhou rindo, e aumentou o volume do rádio. Dean sorriu para garota pelo retrovisor do carro, e acelerou o Impala estrada a fora.
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