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História Bruxas e Caçadores II - Dois Anjos, dois Winchesters e Três Halliwell.


Escrita por: ackleholicbr

Capítulo 3 - Dois Anjos, dois Winchesters e Três Halliwell.


São Francisco – Califórnia

Depois de ser afetada pela raiva, pelos seres mitológicos da fúria, Prue resolveu parar de procurar por demônios. Finalmente tinha percebido que matar todos os demônios que pudesse, não traria Dean de volta. E por mais que doesse, ela decidiu seguir o esquema das Halliwell, que vinha dando certo desde o início. Quanto a colocar outro homem na sua vida, não estava pensando nisso tão cedo. Apesar de que Mark vinha demonstrando que ainda nutria sentimentos por ela. Mas agora, ela queria achar o equilíbrio que tinha perdido com a morte de Dean.

Dias depois...

Piper estava na sala comentando com suas irmãs que queria fazer uma festa Halloween no P3, quando Leo às gritou. 

— O Leo está aqui? – Phoebe perguntou. 

— Não que eu saiba. 

— Acho que devemos deixar essas perguntas para depois, e ver o que está acontecendo. – Prue disse indo em direção a escada. 

Quando Piper viu Leo no chão do sótão, gemendo de dor, correu em sua direção. Phoebe ainda estava atônita com que estava vendo. E Prue já imaginava que as coisas não iriam acabar nada bem. 

***

Sioux Falls - Dakota do Sul

Dean estava cochilando no sofá, com um grande livro aberto em seu colo, quando a TV ligou em uma imagem chuviscada. O rádio também ligou sozinho, emitindo um ruído irritante. Dean acordou com o som agudo insuportável, que ficava cada vez mais alto. As janelas começaram a estilhaçar com o som contínuo. Então de repente o barulho acabou, exatamente da mesma forma que aconteceu no posto de gasolina dias atrás. Dean notou que seu irmão não estava na casa, e ao olhar pela janela também não viu seu carro. 

— O que você está fazendo? Meu carro não está aqui fora.

— Não consegui dormir. Vim comprar um hambúrguer.

— No meu carro?

— Força do hábito, desculpe. 

Dean revirou os olhos e desligou a ligação. E bufou ao ver as janelas da sala, Bobby não ia gostar nada daquela cena. E dito e feito, quando ele chegou, a primeira coisa que o velho caçador fez, foi perguntar que diabos tinha acontecido a suas janelas. 

— Está preparado para ouvir? – Dean esforçou um sorriso.

***

São Francisco – Califórnia

Piper andava de um lado para o outro irritada com Leo e com sua irmã mais nova. 

— Eu não acredito que você sabia que meu namorado era sobrenatural, e esqueceu de me contar? 

— Não houve esquecimento. – Prue gesticulou com as mãos. – Eu só não podia contar, Leo me pediu segredo. O que eu podia fazer?! – ajeitou as pernas de seu amigo no sofá.

— Não se preocupem comigo. – Leo estava ofegante. – Há alguém... – gritou quando sua amiga tentou deitá-lo devagar. 

— Temos que tirar a flecha. – Prue se aproximou. 

— Não! – Leo gritou. – Não toquem nisso, está envenenada. 

— A flecha perturbou sua cabeça? – a ruiva deu de ombros. – Vou fazer ao estilo Halliwell. 

Prue se preparou e com os movimentos de seus olhos, conseguiu tirar a flecha do ombro direito de Leo que gritava de dor. 

— Ok, trouxe tudo o encontrei. – Phoebe entrou no sótão. – Só não sabia o que usar em um... O que é ele, mesmo? 

— Um guardião. – Piper disse pegando a cesta com os medicamentos da mão da irmã. 

— Sim, eles são um tipo de... vocês sabem como Peter Pan tinha Sininho? Ele é tipo isso, mas sem o saiote e as asas. – Prue disse ajudando a Leo a tirar o casaco.  – Ele protege e guia as bruxas. 

— E futuros guardiões. – Leo disse ainda ofegante. 

— Você devia ter me dito. – Piper séria olhou para irmã mais nova. 

— Eu...

— Eu pedi a ela que guardasse segredo. – Leo olhou para sua namorada. – Eu deveria ter dito a você. 

Piper estava estancando o sangue do ombro de direito de Leo, e ele gritou de dor. 

— Isso doeu? Que bom. 

Leo respirou fundo e então contou o porque precisava de ajuda. 

— Há uma mulher. Dayse. Vocês têm que protegê-la contra o Anjo Negro. 

— Ok, Anjo Negro? Foi ele que atirou a flecha? – Phoebe perguntou. 

— Alguns deles seduzem mulheres inocentes. Seu objetivo é geral o mal através da reprodução. 

— Que bom, a geração 666 – Prue foi irônica. 

— Mas ele quebrou as regras. Ele se apaixonou por uma de suas vítimas. Uma humana. E ela se apaixonou por ele. – Leo olhou para Piper. 

— Até descobrir quem ele era na verdade, não é? – ela o olhou. 

— Piper, você tem todo o direito de estar zangada comigo. 

— Obrigada pela permissão. Vou buscar mais gaze. 

Depois que Piper saiu do sótão, Leo pediu para que elas encontrassem Daisy antes do Anjo Negro. 

— Você tem que encontrá-la! De outro modo, não vai poder fazer o bem a que está destinada e não vai poder se tornar uma guardiã. 

— Alguma dica sobre como aniquilar um Anjo Negro? Só para caso esbarramos em um? – Prue perguntou cruzando os braços. 

— Não. – Leo gemeu de dor. – Só não deixem que ele toque vocês. Os poderes deles estão em suas mãos. Quando quer, tem o poder da morte. 

***

Sioux Falls - Dakota do Sul

Dean desenhou símbolos no chão, teto e parede de todo o armazém.

— Me responda de novo. – Bobby colocou as armas em cima de uma mesa. – Porque estamos fazendo isso, se não temos ideia com que estamos lidando?

— É por isso que nós temos que estar prontos para qualquer coisa. Temos a grande faca mágica e um arsenal.

— Esta é uma ideia estúpida! Deveríamos esperar pelo Sam, três é melhor que dois! 

— Ele ia tentar descobrir de outro jeito. E depois ele foi comprar hambúrguer.

— O que?!

— Nada! Vamos manter o plano... – Dean disse revirando os olhos. – Temos armadilhas, amuletos, estacas, ferro, prata, sal e uma faca.... Estamos praticamente prontos pra pegar e matar qualquer coisa que já ouvi falar.

Bobby começou o ritual, enquanto Dean estava de braços cruzados, encostado a mesa. E mesmo depois de todas aquelas palavras em latim, nada aconteceu. 

— Tem certeza que fez o ritual certo? – Dean o olhou.

Bobby e Dean pegaram suas espingardas, apontando para a porta do armazém, quando elas começaram a abrir e fechar sozinhas. E então surgiu um homem de terno preto e sobretudo cinza. Enquanto ele se aproximava de Dean, as lâmpadas do armazém se quebravam. E pra deixar a situação ainda mais estranha, o cara parecia ser imune a balas. 

— Quem é você? – Dean perguntou, travando o maxilar. 

— Eu sou aquele que te pegou firme e te trouxe da Perdição.

— Precisamos conversar, Dean. A sós. – o homem se aproximou de Bobby e assim que tocou em sua testa ele caiu em um sono profundo. – Não se preocupe, seu amigo está apenas dormindo. 

— Quem é você?

— Castiel. 

— O quê é você? 

— Eu sou um anjo do Senhor. 

— Nessa eu não caio, não existe isso. 

— Este é o seu problema, Dean. Você não tem fé! 

Dean observou as enormes asas saindo das costas do Castiel, e não podia acreditar no que estava vendo. Ele acreditava em demônios e coisas sobrenaturais das quais ele já tinha visto e matado, mas anjos? Era loucura. E onde estavam todos eles, enquanto demônios faziam a festa na terra? 

— Que anjo que você é! Queimou os olhos daquela pobre coitada. 

— Eu a alertei para não espiar na minha verdadeira forma. Pode ser devastador para humanos. Assim como a minha verdadeira voz, mas você já sabia disso. 

— Quer dizer no posto de gasolina e na casa do Bobby? Aquilo foi você falando? – Dean revirou os olhos. – Cara, da próxima vez, diminui o volume. 

— Foi erro meu. Certas pessoas podem perceber minha verdadeira aparência. Eu pensei que você seria um deles. Eu estava errado. 

— E que aparência você está agora? Um sagrado contador tributário?

— Isso aqui é um receptáculo. 

— Você está possuindo um pobre coitado? – Dean perguntou indignado. – Quem é você de verdade? 

— Eu já disse.

— E por que um anjo me resgataria do inferno?

— Coisas boas acontecem, Dean. 

— Não no meu mundo.

— Qual é o problema? Acha que não merece ser salvo? 

— Por que você fez isso?  

— Porque Deus ordenou. Porque nós trabalhamos para você. 

***

São Francisco – Califórnia

Prue entrou no sótão, levando comida para seu amigo. Ele estava fraco pelo veneno da flecha e até saber como curá-lo completamente, ele tinha que se manter nutrido. 

— Como está Piper? – Leo perguntou. 

— Enfrentando a situação. – Prue colocou a bandeja em cima de uma caixa ao lado do sofá.  – Não é todo dia que se descobre que o namorado não é humano. 

— Não queria que ela tivesse descoberto desta forma. 

— É foi mais traumático que eu te ver flutuar na nossa sala. – Prue brincou. 

— Estar com ela quebra as regras e não estar, quebra meu coração.

— Sabe Leo... – Prue puxou uma cadeira e se sentou. – Eu passei por uma situação parecida com Dean. Eu não contei a ele que era bruxa logo no início, e ele e o Sam descobriram da pior maneira possível. Levou um tempo até que as coisas se acertarem.  Minha irmã sabe o que é ter um segredo que não se pode revelar. 

— Alguma notícia da Daisy? 

— Sim e não. Phoebe ligou, Darryl descobriu onde Daisy está. Estão vindo pra cá. 

Prue se aproximou do amigo, e começou a trocar os curativos. E se assustou ao ver o quão grave a ferida estava. 

— Leo, você não disse que os guardiões tinham o poder da cura? Por que você não?

— Meu poder é para os outros.  Não posso usá-lo em mim mesmo. 

Leo começou a tossir...

— Temos que fazer você melhorar, para que você e minha irmã tenham tempo para falar das coisas quando você melhorar. 

— Prue, eu não vou melhorar. 

Não aquilo não ia acontecer de novo, Prue pensou. Ela já tinha perdido o cara que amava, não ia perder seu melhor amigo, e nem deixar que sua irmã passasse pela mesma coisa que ela estava passando. 

— Isso é ridículo, Leo. Claro que vai. Eu vou achar alguma coisa no Livro das Sombras. 

— Não, o veneno do Anjo Negro não tem antídoto. Serve para matar guardiões, e é o que está fazendo. É só questão de tempo. 

— Escute bem o que vou te falar, Leo. Eu já perdi o Dean, e não vou perder meu amigo. Nós vamos dar um jeito. 

***

Sioux Falls - Dakota do Sul

Bobby estava sentado a sua mesa, com uma pilha de livros na sua frente. Enquanto Dean contava sobre o Castiel para o irmão. 

— Bem, então me diga o que mais pode ser. – Sam disse cruzando os braços, esperando pela resposta do irmão. 

— Olha, tudo que sei, é que não fui salvo por um anjo.

— Dean, por que você acha que esse Castiel mentiria para você?

— Talvez ele seja um tipo de demônio. – ele disse dando de ombros. – Demônios mentem. 

— Um demônio que é imune a roda de sal, armadilhas do diabo e a faca da Ruby? – Sam olhou indignado para o irmão. – Dean, até a Lilith tem medo dessas coisas. 

— Você não acha que se anjos fossem reais, algum caçador em algum lugar, teria visto um? Em algum ponto na história! 

— Sim, você acabou de ver, irmão.

— Vocês dois vão continuar discutindo religião? – Bobby perguntou os olhando. – Ou vão dar uma olhada nisso aqui? – os irmãos se olharam e, então se aproximaram da mesa. – Eu tenho pilhas de folclore aqui: Bíblicos, pré-bíblicos e uns da idade da pedra... Todos dizem que um anjo pode salvar uma alma do inferno. 

— O que mais? – Dean perguntou. 

— O que mais, o quê? – Bobby perguntou olhando confuso. – Tirar seu rabo do forninho? – perguntou de forma sarcástica. – Que eu saiba nada. 

— Dean são boas notícias. – Sam o olhou. – Pela primeira vez, não é outra rodada de demônios. Quero dizer, talvez você tenha sido salvo por um dos mocinhos, sabe?

— Ok. Digamos que seja verdade. Digamos que anjos existem. Então o quê? Existe um Deus?!

— Nesse momento, as apostas estão em "sim". – Bobby disse dando de ombros. 

— Não sei gente... 

— Ok, eu sei que você não está feliz com isso. – Sam disse. – Mas está se tratando cada vez menos de fé e, cada vez mais de provas. 

— Prova de que existe um Deus que se importa comigo, em particular? Sinto muito, mas não acredito. 

— Porque não? –  Bobby perguntou. 

— Por que... por que eu? Se existe um Deus por aí, por que Ele iria dar a mínima para mim? Digo, eu salvei umas pessoas. Achei que ia compensar pelos roubos e pelo sexo casual, mas por que mereço ser salvo? Sou apenas um cara comum. 

— Parece que você é um cara comum mais importante pro cara lá em cima. – Sam disse sorrindo.

— Bom, isso me assusta. Quero dizer... não gosto de receber atenção nem no meu aniversário. Ainda mais de... Deus.

— Azar o seu Dean, pois Ele quer que você assopre as velas. – Sam o olhou. 

— Tudo bem, o que sabemos sobre anjos?

— Comecem a ler. – Bobby apontou para uma pilha de livros sobre a mesa. 

***

São Francisco – Califórnia

— O que é meu, é seu. O que é seu, é meu.  Que os poderes rompam limites. – Piper estava lendo um feitiço ao lado de Leo. 

— Estou ouvindo rimas? – Prue perguntou se aproximando da irmã. – O que está fazendo?

— Nós sabemos que o Leo tem o poder de cura. Talvez eu possa usar seu poder. – Piper se levantou. 

— Do que está falando? 

— Um feitiço de transferência de poder. Se eu e Leo trocarmos de poderes vou ter o toque da cura, então poderia curá-lo. 

— Oi manas. – Phoebe entrou no sótão. – Como anda as coisas por aqui?

— Você sabe o de sempre. Fiz um lanche pro Leo, li o Livro das sombras, vi jornal e vi Piper tocar de poderes com Leo, você sabe. – Prue olhou para irmã mais velha. 

— Tenho que salvá-lo Phoebe.  Ele está morrendo, e você sabe como é horrível isso. – Piper olhou para sua irmã mais nova. – Então se tiverem uma ideia melhor, sou toda ouvidos. Se não, vou fazer o feitiço. 

— Isso me lembrou alguém. – Phoebe olhou para irmã mais nova. 

Piper terminou de ler o feitiço, e em seguida testou no gato de estimação da família. 

— Não consigo congelar. 

— É um bom sinal. – Phoebe deu de ombros. 

— O que está esperando? – Prue perguntou. 

Pieper se preparou, respirou fundo e levou suas mãos por cima do ferimento de Leo.Ela fez o mesmo movimento que costumava fazer com seu poderes, mas não deu certo.  

— Porque não quer funcionar? 

— Talvez esteja fazendo errado. – Phoebe se aproximou da irmã. – Talvez tenha que tentar como ele. 

— Ok, enquanto estão aqui com Leo, vou tentar achar a Dayse. – Prue saiu do sótão. 

A ruiva estava saindo de casa, quando Darryl ligou dizendo que já tinha encontrado a Dayse. A Prue convenceu a garota que fosse para o casarão com ela, e com isso atraiu o anjo negro que era apaixonado pela garota. Prue e Phoebe lutavam contra o anjo negro na sala do casarão, enquanto Dayse assistia a tudo assustada e Piper tentava curava Leo no sótão. 

Prue e Phoebe estavam caídas no chão, quando Leo e Piper desceram a escada. Piper recitou rapidamente o mesmo feitiço que tinha trocado seus poderes com o Leo, e então acertou o anjo negro. Prue conseguiu usar seus poderes juntamente com Phoebe e Piper. O poder das três irmãs foram o suficiente e o mais poderoso para matar o anjo negro.  

Depois de tudo resolvido, Phoebe e Prue levaram Dayse a uma rodoviária. Depois do que tinha acontecido, ela só queria ir para bem longe de São Francisco, Quando elas voltaram para o casarão, Piper estava sentada abraçada com Leo. 

— Vejo que está cem por cento. – Prue sorriu.

— Graças a sua irmã. – Leo sorriu abertamente. 

— Prova que o amor prevalece. – Phoebe sentou-se no sofá. –  Fico feliz que estejam bem. 

—  Ainda estou tentando entender que meu namorado é um anjo, mas vou sobreviver. – Piper riu. 

— E morto. – Phoebe riu sentando-se no outro sofá.

— Uma coisa de cada vez, mana. – Piper soltou fazendo com que todos rissem. 

***

Sioux Falls - Dakota do Sul

Sam e Dean estavam dormindo na sala da casa de Bobby, quando Castiel apareceu na cozinha. Dean sentiu que alguém estava olhando-o, e quando olhou em direção a cozinha se assustou ao ver o tal anjo de Deus. Castiel disse que graças a um feitiço que Lilith fez, para libertar Lúcifer, vários caçadores tinham morrido. E que Dean tinha que impedi-la de continuar quebrando os selos. 

— Porque eu?

— Porque é o único que pode impedir Lilith. E.. fique de olho em Sam, ele está tomando uma estrada perigosa. Impeça-o ou os anjos impediram. 

— Impedir o que?!

Mas Dean não conseguiu a resposta, porque Castiel sumiu como fumaça, e ele despertou de seu sono. Dean olhou seu irmão e então para cozinha. Aquilo teria sido um sonho?Mas como? A única coisa que ele queria saber era porque Castiel teria que impedir Sam. 



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