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História Bruxas e Caçadores II - Dois homens e meio.


Escrita por: ackleholicbr

Capítulo 35 - Dois homens e meio.


São Francisco – Califórnia

Dean não conseguiu pregar o olho durante toda a noite. Ele queria conversar com o Bobby sobre a volta do Sam. Ele deixou Prue dormindo, e foi preparar o café da manhã. Ao longo do ano, eles criaram a rotina que durante a semana a Prue ficava por conta do café, e nos finais de semana era a vez dele. Quem olhasse por fora, iria dizer que o Dean nunca foi um caçador, mas a realidade era completamente oposta.

Depois disso, Dean pegou seu celular e ligou para o Bobby. Agora sim, eles teriam aquela conversa...

Dean?!

É bom falar com você também, Bobby. Faz algum tempo

Se você está me ligando, algo está errado. – Bobby suspirou do outro lado da linha.

Você sabia? Você sabia que Sam estava vivo?

Quanto tempo? – Dean perguntou travando o maxilar.

Olha...

Bobby há quanto tempo sabe do meu irmão?

Todo o ano.

Ah, você tem que estar brincando comigo. – Dean passou sua mão direita em seu rosto, frustrado com a resposta.

E eu faria de novo.

Por quê?!

Porque você saiu, Dean! Você e a Prue saíram dessa vida. E eu estava muito agradecido, você não tem idéia.

Você tem alguma pista do que isso significava para mim?          

Sim. Uma mulher e uma família. E você e a minha sobrinha não terem as tripas arrancadas. Isso é o que isso significava. E graças a isso, a Piper e a Phoebe saíram dessa vida também.

Dean tentou argumentar, dizendo o quanto ele sofreu tentando lidar com sua dor, e procurando uma maneira de salvar Sam. Mesmo tendo Prue ao seu lado. Ele sabia que tinha sido difícil para ela no inicio, e que só tinha conseguido seguir em frente por causa dela. Mas ele merecia saber que seu irmão estava de volta. 

Garoto, não seja um idiota. Não estrague o que você conseguiu. – Bobby desligou a ligação, antes que o Dean tivesse tempo de retrucar.

Prue acordou e notou que Dean não estava mais ao seu lado. Ela se vestiu e foi até a cozinha. Sorriu grata por ele ter feito o café, e então foi procurá-lo. Acabou encontrando o Dean na garagem de casa, olhando para o Impala.

— Sente falta de sair por ai com ela, não é? – Prue se apoiou no batente da porta da garagem. – Porque não leva ela para sair um pouco?

— Não. – Dean sorriu e voltou a cobrir o Impala com a capa. – Mas aceito a susgestão de sair. 

— P3?

— Ótima ideia. – Dean a beijou.

***

Casa das Halliwell

— Hey manas. – Prue abriu a porta da cozinha.

— O que você faz aqui há essa hora em pleno sábado? – Piper encarou sua irmã.

— O Dean está estranho.

— Estranho como? – Phoebe perguntou.

— Estranho do jeito que ele estava olhando para o Impala. – Prue sentou-se a mesa com suas irmãs.

— Mas porque isso te deixou assim? – Leo perguntou.

— O cara ama aquele carro. Mas desde que tudo aconteceu, Dean apenas o deixou na garagem.  E agora...

— Você acha que ele se arrependeu de não ter ido com o Sam? – Piper perguntou.

— Não sei. Quer dizer, uma parte dele quer ficar vivendo essa nova vida... mas sei que a outra quer estar por ai caçando.

— Mana, eu acho que é normal. Ele teve que lidar com a volta do irmão, do avô, e conhecer uma parte da família que ele não conhecia. – Phoebe tomou seu café.

— Eu sei. – Prue suspirou. – Ele precisa distrair, por isso vamos ao P3 hoje à noite.

— A banda que contratei é ótima. – Piper sorriu orgulhosa.

Prue e Phoebe começaram a rir. E então Leo ficou calado por alguns minutos, pediu desculpas e orbitou.

— Pra onde ele foi? – Phoebe perguntou.

— Não faço ideia. – Prue deu de ombros. – E o Cole? Noticias dele?

— Nem me fale nesse cara. – Phoebe bufou. – Ele me ligou ontem. Mas não sei o que vou fazer ainda. Ele sumiu por dez meses, e agora volta como se nada tivesse acontecido?

— Se você for conversar com ele, me avisa, porque eu quero dar um soco na cara dele. – Prue sorriu irônica.

— E eu ajudo. – Piper disse séria.

— Calma, manas Schwarzenegger. – Phoebe riu. – Ainda não tomei nenhuma decisão. E eu sei como dar um soco bem dado.

Quando Prue voltou para casa, viu que o Dean estava vendo jogo de futebol americano, e tomando sua cerveja favorita.

— O que aconteceu? – Dean a olhou.

— Porque está me perguntando isso? – Prue perguntou confusa.

— Porque eu te conheço, você está pensativa de mais. O que foi? Se foi pelo carro, eu...

— Não. É o Leo. Ele orbitou.

— Orbitou? Mas não é isso que os anjos fazem?

— Dean, nesse um ano, quantas vezes você viu o Castiel? Ou viu o Leo orbitar?

— Nenhuma. – Dean desligou a TV. – Você não acha...

— Que alguma coisa estranha está acontecendo? – Prue suspirou. – Sim. Eu acho.

— O que você quer fazer?

— Sinceramente? Nada. Não quero ficar pensando nesse tipo de coisa.

— Então está ótimo pra mim. – Dean sorriu a puxando para mais perto dele. E então tornou a ligar a TV.

***

Noite – P3

Phoebe estava conversando com um colega de seu trabalho que foi conhecer a casa noturna de sua irmã. Prue e Dean estavam sentados ao bar.  E Piper estava irritada, porque Leo ainda não tinha voltado.

— Piper, solta essa garrafa. Antes que ela se quebre... – Prue se debruçou sobre a bancada do bar, pegando a garrafa de cerveja das mãos de sua irmã.

— Nada do Leo ainda? – Dean perguntou após tomar um gole de sua cerveja.

— Nada. E se demorar mais um pouco, ele nem precisa voltar. – Piper olhou para o teto do P3.

— Certo. É melhor se acalmar. Não quero que o meu sobrinho nasça rebelde. – Prue brincou.

— Ah, ele não vai ser como a tia dele. – Piper brincou.

— Ótimo, está retrucando minhas brincadeiras. Minha irmã voltou…

— Dean, como você a aguenta? – Piper riu.

— Não é difícil. A gente se acostuma. – Dean riu. – Au. Porque me bateu?

— Se não quiser ficar sem diversão, é melhor se comportar bem Winchester. – Prue segurou o riso.

— Ah que bom que voltou. – Piper foi irônica, ao ver Leo se aproximar.

— Desculpe sair daquele jeito, mas tive que ir atender a um chamado.

— Depois de um ano? – Dean perguntou.

— Nova bruxa em uma cidade aqui perto. Eles queriam que eu instruísse seu anjo. – Leo deu de ombros.

— Tem certeza que foi apenas isso? – Piper o encarou.

— Sim. Nada que precise da volta das Halliwell.

— Então... Já que está tudo bem, que tal curtimos a banda? – Prue sorriu para o Dean.

Uma semana depois...

Dean acordou com uma ligação de seu irmão. Ele deixou Prue dormindo, e saiu do quarto.

Eu preciso da sua ajuda. Agora.

O que há de errado? – Dean perguntou, fechando a porta da sala.

Estou em um caso e...

Sammy...

Olha, eu só preciso da sua ajuda, só isso.

Eu estou fora. Nós estamos fora.

Faça uma exceção. Não precisa trazer a Prue se não quiser. Mas eu preciso de ajuda.

Pra que? – Dean deu de ombros.

Em trinta minutos chego a sua casa, e te arrasto pra fora. – Sam foi direto.

Não estou falando que vou te ajudar, mas me espere onde você está ok!

***

Mais uma vez, Prue acordou e não viu Dean ao seu lado. Mas desta vez, tinha um recado em seu travesseiro.

“Precisei dar uma saída, volto logo. – Dean.”

Ela largou o bilhete em cima da cama, e foi até a cozinha tomar seu café da manhã. Seja o que fosse que estivesse acontecendo, ela e o Dean teriam que conversar. E ela não estava gostando nada da sensação estranha que estava sentindo.

Já passava de uma da tarde, quando Dean voltou para sua casa. E ele encontrou Prue sentada na sala, o encarando.

Vai me falar porque saiu tão cedo em pleno sábado?

O Sam me ligou. – Dean disse ao fechar a porta.

Ok! Esteve com ele. – Prue se levantou. – O que está acontecendo?

Ele me ligou porque precisa de ajuda com um caso. Mas não sei se...

Você quer ir não quer?

Eu estou fora, Pru.

Dean, eu sei que você quer ir. – ela suspirou. – E sei que se eu te pedir pra não ir, vai se sentir frustrado, e...

Não vou.

Não agora, Dean. Mas vai. Então vamos fazer o seguinte, você ajuda o Sam nesse caso. E depois volta pra casa. – Prue se aproximou dele. – Só tenha cuidado,ok.

Não quer vir comigo?

Não. Acho que vocês têm coisas pra resolver. – Prue sorriu.

Ela só esperava que depois desse tempo juntos, Dean conseguisse se entender. Ela sabia que desde que o Sam voltou, Dean estava confuso. E Prue entendia que em um relacionamento sério, um lado às vezes tinha que ceder para o bem da relação.

Dean pegou algumas coisas que precisava no porta-malas do Impala, e voltou para a sala.

Ok, me mostra. – entregou uma arma a Prue.

Dean, eu já usei uma arma antes. Acho que me lembro como se usa.

Tem um ano que não chega perto de uma arma. Por favor...

Eu posso não usar meus poderes mais, mas ainda os tenho. Está tudo bem. – Prue colocou a arma em cima da mesa, perto da porta. – Não se preocupe, eu sei me defender e você sabe.

Talvez eu não devesse ir. Sam pode lidar com isso.

Dean, sem ofensa, mas se você não sair por aquela porta, eu vou atirar em você.

Ficaria preocupado se usasse seus poderes. – Dean brincou.

Maluco. – Prue riu. – Está bem, se vai te deixar tranquilo...

Vai.

Prue pegou a arma de cima da mesa, e então mostrou para Dean que ela ainda se lembrava como acionava uma arma.

Isso foi sexy. – Dean a puxou para perto dele. – Acho que o Sam não vai ligar em esperar um pouco mais. – a beijou intensamente.

Certo, agora vá. – Prue disse após o beijo.

DEAN pega sua mochila e joga a alça por cima do ombro, então beija a sua garota mais uma vez, antes de sair de casa.

***

Tudo bem, então o que sabemos sobre essa coisa? – Dean pergunta ao entrar no carro de Sam.

Bem, uh, Um ghoul? Um zumbi, um shifter, ou uma dúzia de outras coisas. 

Não me lembro de ter visto bebês nos perfis.  – Dean olhou para um bebê de aproximadamente seis meses na cadeirinha no banco de trás do carro. – Acho que precisamos de um arsenal.

Eu tenho um arsenal no porta-malas. – Sam o olhou sem entender.

Não desse tipo de arsenal.

Minutos depois, Sam e Dean estavam andando pelos corredores de um supermercado, com o bebê dormindo no carrinho de compras.

Então, como você sabe isso tudo? – Sam perguntou depois que o Dean colocou um pacote de fraudas e uma caixa de pomada para assaduras no carrinho.

Bem, a Piper está grávida e parece que as suas irmãs estão se envolvendo no processo. A Prue está lendo alguns livros sobre o assunto, e durante o jantar em família não tem como tocar nesse assunto.

Huh... Entendi. – Sam se segurou para não rir.

Não acho isso engraçado. – Dean o encarou.

Mas eu...

Mas está com essa cara... – Dean deu de ombros e foi em direção ao caixa.

O bebê começa chorar alto. Sam começa a passar as compras pelo caixa, o mais rápido que ele consegue, mas Dean não consegue fazer com que o bebê pare de chorar. Então uma mulher de meia idade se aproxima deles, e se oferece para trocar a fralda do bebê. Ela pega o bebê no colo, e quando Dean olha pela câmera de segurança próximo a ele, vê que os olhos da mulher, começou a brilhar.

É uma oferta muito boa, mas um... Eu acho que consigo lidar com isso.

Oh, não é nada. Vou ficar feliz em ajudar. – a mulher sorriu.

Dá-me o bebê antes de apunhalar seu pescoço. 

Dean! – Sam repreendeu o irmão.

Dean aponta para a TV atrás dele, e SAM vê na câmera que ela é uma shapeshifther. A mulher começa a correr com o bebê, e Sam e Dean saem em disparada atrás dela. Dean consegue puxar um pedaço de sua pele, e a mulher grita ao cair no chão. Sam pega o bebê e as coisa que compraram e vai correndo para o carro, sendo seguido pelo Dean.

***

Quarto de motel em Battle Creek, Michigan

Depois de o Dean ter ligado para Piper e perguntado sobre trocas de fraldas. Dean e Sam estavam conversando sobre o caso. Até que Sam tocou no assunto “a nova vida do Dean”

Então vocês se casaram? – Sam olhou incrédulo para o irmão. – Você não usa uma...

Dean mostrou sua mão esquerda...

Eu não estava usando aquele dia, porque estava indo para o trabalho.

Quando foi isso? – Sam perguntou.

Foi seis meses depois que você... bem... Nós decidimos e ai está. – Dean pegou uma garrafa de cerveja.

Uau! Eu apenas não esperava por isso. – Sam mexeu em seus cabelos.

Quem diria né?! Mas é isso...

Eu... Eu estou feliz por vocês. – Sam sorriu. – Isso complica um pouco a...

Sam, eu não vou voltar. Estou te ajudando, mas é apenas isso.

Como quiser. – Sam voltou sua atenção para os papeis em cima da mesa.

Sam acabou descobrindo que um dos pais de um bebê foi seqüestrado e está vivo e vai entrevistá-lo. Ele descobre que o homem deixou sua esposa, agora falecida, porque ela alegou que ela tinha sido impregnada por ele, embora ele estivesse fora da cidade na época.  Dean resolveu ficar com o bebê e acabou descobrindo que o bebê era um bebê metamorfo. Sam chega no quarto no exato momento que um policial metamorfo e o mata com um tiro no coração. Então Sam sugere que eles levem o bebê para Samuel. Apesar das dúvidas de Dean sobre dar o bebê aos caçadores, Samuel dá o bebê a Christian Campbell e a sua esposa, Arlene.

Outro metamorfo aparece, desta vez sob a forma de Samuel, e exige que lhe entregue o bebê, Dean tenta atirar contra o metamorfo, mas a criatura é imune a balas, uma faca no coração, e todos os tranquilizantes que os caçadores descarregaram nele.  O metamorfo mata Mark Campbell e, em seguida começa uma luta com Sam e Dean e consegue levar o bebê.

Samuel e Sam especularam que o metamorfo era um Alfa. E  Dean pergunta a Sam se ele sabia que o Alfa estava lá fora e se ele propositadamente usou o bebê como isca para trazer o Alfa para eles. Sam negou, dizendo que agora que tudo estava resolvido, e que o levaria  para casa.

***

São Francisco – Califórnia

Quando Dean abre a porta de sua casa, vê Prue dormindo no sofá da sala. Ele desliga a TV, e a carrega para o quarto. Depois de um longo banho, ele se deita ao lado de sua mulher. Era como Prue sentisse que ele estava ao seu lado, ela sorri e se aconchega mais nele.  E assim Dean sorri ao terminar aquele dia. Ele podia adorar caçar todas as coisas que assombravam o mundo, mas o que ele mais gostava era de ter Prue ao seu lado. 


Notas Finais


Hey amores, uma pergunta.... vocês gostariam de uma fic com o Jensen????


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