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História Bruxas e Caçadores II - Lavagem Cerebral parte 2


Escrita por: ackleholicbr

Capítulo 39 - Lavagem Cerebral parte 2


Prue acordou ao sentir dores em seu ombro. E ao abrir os olhos, viu que estava de volta ao sanatório, e que Penélope estava sentada na cama ao lado.

— Meu ombro... – Prue gemeu de dor. – O que você fez comigo?

— Você levou um tiro ao tentar impedir um assalto. – Penélope cruzou os braços. – Por sorte a bala saiu do pelo outro lado, e você não corre risco. Mas... Essa alucinação de que tem poderes mágicos vai matá-la algum dia.

— Vai de ferrar. Onde estão minhas irmãs?

— Quer dizer, Phoebe a sua colega de quarto? Ela está bem, está no andar de baixo.  – Penélope se levantou. – Prue, como eu posso salvá-la se não salva a si mesma? Precisa querer, precisa desejar isso. Senão, permanecerá perdida em seu mundo de fantasias.

— É real, vocês está tentando me confundir.

— Não, Prue. Estou tentando ajudá-la.

— Sua psicose se baseia na ideia de que tem poderes mágicos. Mas sabe que é só uma fuga.

— Fuga? – Prue riu irônica.

— De alguma dor profunda... – Penélope se apoiou na parede em frente à cama. – Alguma grande perda, provavelmente a morte do seu marido. Que foi quando os ataques começaram.

— O Dean está vivo.

— Não, ele não está.

— Ele está vivo.  – Prue gritou.

— Dean morreu há três anos, vocês sofreram um acidade de carro... Ele morreu, e você não aceitou. Então veio parar aqui.

— É mentira! – Prue gritou, e lágrimas escorriam pelo seu rosto. – O Dean está vivo.

— É a verdade, e você tem que lidar com ela. Dê fim à sua dor. Você consegue. – Penélope se aproximou da cama. – Em uma das sessões você mencionou um poema, você o chamou de "um feitiço" um com o qual renuncia aos poderes que pensa possuir.

— Vá se ferrar. – Prue limpou as lágrimas bruscamente.

— Diga o feitiço. Ele a libertará, eu prometo. Libertará de todas as alucinações que a atormentam. Dean ia querer isso, que você voltasse a ter uma longa e feliz vida.

— Se afasta de mim. – Prue gritou. – Sai daqui. Deixe-me sozinha.

— Você tem o poder de dar a si mesma a vida que você quer ter. – Penélope se aproximou da porta. – Tudo que tem a fazer é dar fim à ilusão de que é uma bruxa.

***

Em algum lugar do submundo.

Dean, Crowley e Leo estavam escondidos no submundo. Leo respirou fundo, fechou os olhos e tentou sentir a presença de sua amiga.

— Leo! – Dean o chamou.

— Ela está ferida.

— O que? Onde ela está? – Dean sentiu se coração gelar, ao escutar que Prue estava ferida.

— Eu não sei. Não consigo saber com exatidão.

Um demônio apareceu, e Crowley o explodiu...

— Vão procurar a garota, eu lido com isso.

Dean e Leo saíram correndo em busca da fonte. Mas o lugar parecia um labirinto, e Dean temia não conseguir chegar a tempo, antes que algo terrível acontecesse a sua esposa.

***

Prue tinha adormecido quando Leo se aproximou dela. E como se sentisse a presença de seu amigo, ela acordou.

— Leo, por favor... me cure.

— Isso vai ajudar. – Leo tirou uma seringa do bolso de seu jaleco.

— Com isso, não. Com seus poderes.

— Se eu tivesse poderes, eu os usaria. – Leo sorriu, e então injetou o liquido da seringa no braço de Prue. – A Drª Penélope disse que há uma forma de você ficar boa. É verdade?

— Eu não...

— Se fosse, você poderia sair daqui e ver seu filho.

— Eu não tenho um filho. – Prue disse com voz arrastada.

— Sim, tem. Um lindo menino de cinco anos. O pequeno Dylan.  – Leo sorriu. – Seu tio sempre vem com ele para te visitar.

— Eu não tenh...

— Se você ficar boa, você poderá ver o Dylan crescer e se tornar um grande homem como o Dean foi. – Leo se levantou. – Venha, quero te mostra algo.

Leo a colocou em uma cadeira de rodas, e a levou para o jardim de inverno. Que estava florido, com diversas cores e formas.

— Você vê? Há magia no mundo real também. – Leo sentou-se em um dos bancos.

— Seu tio está com seu filho lá fora, e quer te ver. – Penélope se aproximou de Prue.

— Mamãe... – um menino de cabelos loiros, olhos verdes, pulou em seu colo.

O menino era a versão em miniatura do Dean. Isso deixou Prue mais confusa ainda, ela já não tinha certeza se realmente ela era louca, ou se tudo aquilo era sua imaginação.

— Como você está querida? Dylan estava louco pra te ver.

— Tio Bobby?

— Estou feliz por finalmente aceitar o tratamento. – Bobby sentou-se perto dela. – Dean estaria orgulhoso de você.

Dylan dizia o quanto estava com saudade de sua mãe, e lhe entregou um desenho que tinha feito. Prue começou a chorar, ela não conseguia diferenciar o que era real.

— Mamãe, por que está chorando?

— É melhor irem agora. – Penélope tirou Dylan dos braços de Prue.

— Mas acabamos de chegar. – Bobby se levantou.

— Desculpe, mas ela tem que iniciar o tratamento. – Leo os acompanhou até a porta.

— Você pode ter a vida toda ao lado de seu filho. – Penélope se aproximou. – Você já sabe como conseguir isso. É o único jeito de sair daqui. Libertar-se de uma vez por todas.

— O feitiço. – Prue limpou as lágrimas.

— Sim. O feitiço.

Penélope tirou um bloco de folhas, e uma caneta do bolso de seu jaleco.

— Tente se lembrar.

Prue pegou o bloco e a caneta. Tudo estava confuso na sua cabeça, mas se aquele menino fosse real, e fosse mesmo seu filho com o Dean. Faria qualquer coisa para estar ao lado de seu filho.

***

De volta a São Francisco

Enquanto Piper arrumava as velas no chão do sótão, Phoebe lia mais uma vez o feitiço do Elo mental.

— Devemos mesmo fazer isso?

— A ideia foi sua, não foi? – Piper se levantou.

— Bom, teoricamente sim. Usar aquele feitiço para levar o Dean dentro do sonho da nossa irmã foi uma coisa... Mas esse... Vamos estar literalmente dentro da mente dela.

— Na verdade, nossas mentes não estarão no corpo da Prue. Só nossas consciências. Exatamente como Dean fez aquela vez.

— Certo, mas o Dean conseguiu sair, quando Prue acordou. Nós não sabemos onde e como a nossa irmã está. – Phoebe entrou no circulo de velas.

            — Usaremos o feitiço reverso para sair.  – Piper segurou a mão de sua irmã. – Está pronta?

— Certo. Duas mulheres, e um bebê dentro da cabeça da nossa irmã. Nem consigo descrever o quão apavorada, eu estou... Mas vamos nessa.

De vida para vida, mente para mente, nossos espíritos se mesclam agora.  Unimos nossas almas para irmos até aquela cujos pensamentos gostaríamos de saber

---

— Funcionou. – Piper sorriu aliviada ao acordar no meio de um jardim.

— Ou estamos na mente de Mary Poppins. – Phoebe se levantou, então viu sua irmã em uma cadeira de rodas. – Prue.

— Precisamos tirá-la daqui. – Piper se aproximou da irmã mais nova. – Temos um feitiço.

— Não. Chega de feitiços. – Prue arrastou algumas palavras, enquanto escrevia no bloco de papel.

— Querida, somos nós. Suas irmãs. – Phoebe se ajoelhou a frente dela.

— Não tenho irmãs. – Prue a olhou. – Vão embora! Deixem-me em paz! – gritou.

A porta do jardim de inverno de inverno se abriu, e Penélope entrou com um sorriso irônico nos lábios. Sendo seguida por dois enfermeiros.

— Chegaram tarde demais. O pesadelo dela está no fim. – Penélope riu. – Mantenha-as aqui.

Os enfermeiros continuavam segurando Piper e Phoebe, impedindo que elas tentassem usar seus poderes. Mas elas ficariam irritadas ao saber que seus poderes não valiam de nada na mente da irmã.

— Eu quero que vocês vejam isso. – Penélope sorriu irônica. – Seus poderes não funcionam aqui.

— É mesmo? – Piper riu.

Ela tentou congelar o lugar, mas não conseguiu. Tinha alguma coisa impedido que seus poderes funcionassem.

— Eu disse. E vocês sentiram dor. Muita dor, depois que ela recitar o feitiço, três vezes. – Penélope riu. – Uma vez para os poderes de cada uma.

Leo se aproximou de Penélope, e riu ao ver o desespero de Piper e Phoebe.

— Leo, você vai de casado para divorciado, se não me ajudar aqui. – Piper gritou.

— Ele não reconhece você. – Penélope riu e se aproximou de Prue. – Vamos querida, diga as palavras. E tudo ficara bem.

— Não! – Piper e Phoebe gritaram, tentando se soltar.

Prue olhou confusa para tudo a sua volta, e então tornou a olhar para o papel em suas mãos...

De onde vieram, devolvo agora...

— Prue, não! – Phoebe gritou.

— De onde vieram, devolvo agora... Sumam as palavras, sumam nossos poderes...

— Não acredite neles, querem roubar nossos poderes. – Piper gritou.

Prue sentia sua cabeça estourar. Ela não sabia o que devia fazer, e quem era real?

— Não ouça o que dizem, as duas estão delirando. – Penélope disse em seu ouvido. Mas você, não. Nunca mais. Você vai sair daqui, e vai ter uma longa vida com seu pequeno filho. Só diga mais duas vezes, e estará livre.

— De onde vieram, devolvo agora... Sumam as palavras, sumam nossos poderes...

A dor em sua cabeça ficava cada vez pior. Era como se ela pudesse sentir todos os sentimentos de uma só vez.

— Diga mais uma vez, querida. – Penélope a incentivou.

***

Em algum lugar do submundo.

Dean e Leo encontraram a fonte no momento em que ele estava fazendo Prue dizer o feitiço que as livraria de seus poderes.

— Se ela dizer mais uma vez, vai estar acabado. – Leo sussurrou.

— Eu tenho uma ideia. – Dean sorriu. Ele faria qualquer coisa para salvar Prue. – Hey, acho que está brincando na cabeça da mulher errada. – atirou na perna da fonte.

Ele caiu se desconectando da mente da Prue, Leo orbitou para perto de sua amiga, mas a oráculo tentou impedi-lo. Crowley apareceu no exato momento e matou a fonte. E em seguida sumiu com a oráculo. Os outros demônios que apareceram para ajudar a fonte, sumiram com medo do que Crowley poderia fazer.

Dean apontou a arma para o Crowley...

— Estou só me certificando de que não vai fazer nada estúpido.

— Eu não quero nada com sua bruxa, pelo menos não agora. Crowley riu e sumiu no ar.

Leo se aproximou de Prue, e começou a curá-la. Mas não estava adiantando, a fonte tinha conseguido trancar mentiras em sua cabeça.

— O que está acontecendo, porque ela não acorda? – Dean se aproximou.

— Toque nela. – Leo disse. – Acho que consigo reverter se ela souber que você está bem.

Dean segurou a mão de Prue, e foi para dentro de sua mente.

— Querida, acredita nelas.

— Não vou está morto. – Prue disse chorando. – Você não é real.

— Sim, eu sou.  Isto é real o suficiente pra você? – Dean a beijou. – Agora acredite em suas irmãs. Não diga o feitiço, eu nunca pediria algo assim.

Prue sorriu, e olhou para o Dean, e para suas irmãs.

— Você realmente é meu marido? E vocês são minhas irmãs de verdade?

— Sim. – eles responderam.

— Então aquela maldita foi embora? – Prue se levantou da cadeira de rodas.

— Sim. – Piper sorriu.

— Graças a Deus, porque ela estava me deixando louca.

 — Que tal darmos o fora deste mundo maluco? – Phoebe perguntou. – Desculpa.

— Tudo bem. – Prue riu. – Droga! Minha mente parece uma copia barata da Mary Poppins.

            — Viu, eu disse.  – Phoebe riu.

***

De volta a São Francisco

— Eu não acredito que o Crowley te ajudou a me salvar. – Prue disse ao abrir a porta de sua casa.

— Pode acreditar. Ele fez pra não perder o seu trono, mas pra mim pouco importa... depois damos um jeito nele. – Dean fechou a porta de sua casa. – E você está mesmo bem? – a abraçou.

— Tirando o fato de a minha irmã fake ser um camaleão que trabalhava para a fonte. – riu. – Sim, eu estou.

— Tem certeza?

— Por que está me perguntando isso? – Prue se afastou de seu marido.

— Porque você quer uma vida normal, só queria...

— Dean. Eu nunca vou deixar de querer uma vida normal. – sorriu. – Mas sabe de uma coisa, eu não trocaria minha vida por nada. Tenho você, e é isso que importa.  E é isso que me mantém sã. – o beijou.  – E você? Como estão as coisas com o Sam?

— Acho que vou dar um tempo nesse lance de ajudar o Sam com as caçadas. – Dean foi em direção a cozinha.

— Posso saber por quê? – ma ele não disse nada, apenas a olhou enquanto abria sua cerveja.  – Você não teve culpa. Foi um descuido meu, e não seu. E peço desculpas por te deixar preocupado.

— Eu sempre me preocupo com você. – Dean a olhou.  – É só que as coisas ficaram complicadas, mas não quero falar do meu irmão agora. – se aproximou dela. – O que eu quero agora, é aproveitar a minha mulher. – puxou para um beijo.

— É, acho que o Sam pode esperar um pouco.  – Prue riu.

Dean a colocou em cima da bancada da cozinha, e começou a desabotoar a camisa preta que sua esposa estava usando. Prue não perdeu tempo, e fez a mesma coisa com a camisa de seu marido. Ela poderia ter passado por muito nas mãos da fonte, mas agora estava no lugar que ela mais amava no mundo. Nos braços de seu marido, mesmo que a vida deles fosse uma loucura sobrenatural, não trocaria esses momentos por nada no mundo. Nem mesmo por fantasias em ter sua vida normal. Porque ela tinha certeza, que seria sem o Dean. E não era isso que Prue queria. Ela queria uma vida ao lado dele, sendo como for. Estando ao lado do Dean, ela estaria feliz.

 



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