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História Bruxas e Caçadores II - Doença fantasma.


Escrita por: ackleholicbr

Capítulo 9 - Doença fantasma.


Um dia depois da festa de Halloween 

Prue estava conversando com Sam, enquanto ele guardava suas coisas no porta-malas do Impala, quando Dean se aproximou. 

— É, eu vou deixar vocês conversarem.  – Sam deu uma desculpa e entrou no casarão. 

— Então… – Dean a olhou. – O que foi que aconteceu na sua viagem no tempo?

Prue o olhou surpresa. “Jura que ele quer saber sobre isso, mas nada de um pedido de desculpas?!”

— O de sempre. Caçadores do século 17. Assistimos o nascimento da Melinda Warren. Nada de diferente. – deu de ombros. 

— Espera, você viu o nascimento da progenitora da sua família?

— Sim, e tive que lidar com o básico da bruxaria. Mas uma coisa eu te digo, o século 17 não foi um bom ano para bruxas. – Prue sorriu de lado. 

Eles estavam rindo, quando Piper, Phoebe e Sam se aproximaram…

— Acho que é hora de dizer até logo. – Piper abraçou cada um dos Winchesters. 

— Estava pensando, porque a Pru não vem com a gente? – Sam sorriu. 

— Acho uma ótima ideia. – Phoebe sorriu. 

— Não sei. – Prue olhou para Dean. 

— Não seria ruim. – ele sorriu. 

— Então, está decidido, você vem com a gente. – Sam abraçou a amiga. 

Antes de Prue entrar no carro, sua irmã Piper a chamou pra conversar. 

— Vai ser bom você passar esse tempo com os rapazes, quem sabe assim…

— Nem começa. 

— Ele vai te pedir desculpas. Você conhece o Dean melhor do que eu. – Piper sorriu. – Use seu aquele conselho que me deu quando descobri que o Leo era anjo. 

— Vou pensar. – Prue sorriu e então abraçou sua irmã. – Te ligo mais tarde. 

***

Um dia depois – Em um motel, em uma cidade qualquer dos EUA

— Eu não entendi, se você quer manter o caso do apocalipse longe da Prue e das irmãs dela, porque permitiu que ela viesse? – Sam parou de guardar suas roupas na mala. 

— Porque sim. – Dean o olhou, não queria confessar seus pensamentos para seu irmão. – E quanto ao apocalipse, enquanto conseguir manter em segredo e é assim que vai ser. – pegou sua mala e saiu do quarto, no exato momento em que Prue estava entrando. 

— O que aconteceu? – apontou para a porta. 

— Nada. – Sam desviou o olhar. – Quer dizer, o Dean insiste em dizer que não se lembra de nada do inferno. 

— Bom, se fosse eu, acho que também teria esse tipo de barreira. – Prue sentou-se na cama. – Você conhece seu irmão, sabe como ele é. 

— Ainda está chateada com ele, não está? 

— Estou. Ele poderia ao menos ter me ligado, ou se não quisesse me ver, podia ter mandado um recado pelo meu tio. – suspirou. 

— Só entenda uma coisa, ele gosta de você. 

— Sam, eu…

— Vocês vão ficar aí? Ou vamos para Oktoberfest fora de época. – Dean sorriu de lado, ao abrir a porta do quarto. 

— E onde você achou uma Oktoberfest fora de época? – Prue perguntou ao sair do quarto. 

— Tenho meus contatos. – ele riu, entrando no Impala. 

— Nem me pergunte. – Sam riu e entrou no banco da frente. 

***

Horas mais tarde

O Impala cruza a fronteira para a Pensilvânia, em uma noite escura e tempestuosa. Dean estava dirigindo animado, sem dar a mínima para a tempestade que caia. Sam não entendia como seu irmão podia estar tão animado para uma festa de cerveja, quando o mundo se aproximava do apocalipse. E ainda mentia para Prue. 

— Então essa tal festa é em Canonsburg? Está nos fazendo viajar por mais de sete horas, só pra você beber? – Prue perguntou cruzando os braços no banco de trás. 

— Você está precisando relaxar, eu e o Sam também. – Dean a olhou pelo retrovisor. 

— Nós podíamos ter bebido em qualquer bar a 300 km atrás.

— Relaxa, e vamos aproveitar nossa folga. – Dean aumentou o volume do rádio. 

***

Canonsburg

Como a cidade estava com um festival de Oktoberfest na primeira semana de novembro. O que era um chamativo diferente para a cidade, os motéis não tinham tantos quartos disponíveis. O que levou a Prue ter que dividir um quarto com três camas com os Winchesters. 

— Como nos velhos tempos. – Dean a olhou ao abrir a porta. – Mas o quê?!

— Oi Dean. – Castiel se aproximou. 

— Porque trouxe esse cara?! – Dean encarou o anjo que andava com Castiel. 

— Uriel. – o anjo respondeu. 

— Que seja. – Dean fechou a cara. 

— É um prazer finalmente conhecê-la. – Castiel se aproximou de Prue. 

— É, ouvi falar de você. – a ruiva sorriu. 

— Vejo que conseguiu se livrar dos caçadores. – Uriel a olhou.

— Como?

— Do século 17. 

— Foi você? – Dean perguntou travando o maxilar. 

— Não. Mas elas não deveriam ter viajado no tempo. Não deveriam ter ajudado o nascimento de Melinda Warren. – Uriel a encarou. 

— Como é? Esperava que eu e minhas irmãs deixássemos a nossa ancestral morrer? – Prue perguntou surpresa. 

— Vocês não deveriam existir. – Uriel a olhou com ódio. 

— Vamos com calma aí. – Dean se aproximou ameaçadoramente. 

— Não se preocupe, não vou fazer nada com a sua bruxinha. – Uriel riu.

— Eu não sou bruxinha de ninguém, idiota. 

— O que querem aqui? – Sam perguntou. 

— Evitar que vocês permitam que todos os 66 selos sejam rompidos. – Castiel disse. 

— 66 selos? – Prue o olhou, confusa. – Espera… esses 66 selos… não me diga que são aqueles selos do apocalipse?

Dean fechou os olhos e respirou fundo. Mais uma vez a Prue descobriria do jeito errado. Ele não mentiu, apenas queria mantê-la a salvo. Por isso achou que se ela estivesse por perto conseguiria protegê-la, e sem que ela soubesse. Pelo menos o máximo que ele conseguisse. 

— Vejo que tem alguém desinformada por aqui. – Uriel riu. 

Prue respirou fundo, dessa vez o Dean tinha passado dos limites. Escondeu que tinha voltado do inferno por meses e também escondeu que o apocalipse estava pra acontecer. Ela nem se daria ao trabalho de perguntar ao Sam, pois já sabia o papel dele naquela história. 

— Isso porque certas pessoas escondem as coisas de mim. – ela bufou, olhando para o Dean. – Bom saber que esses meses foram de incríveis novidades!

— Nós estamos fazendo tudo para evitar que os selos sejam rompidos. Então, deixe que façamos nosso trabalho. – Dean gritou. 

— Muito bem. Então faça seu serviço direito. – Uriel o olhou. – Ou teremos que nos intrometer. – se aproximou de Prue, e então sumiu. 

O quarto ficou no mais completo silêncio. E quando Sam foi abrir a boca, Prue saiu do quarto, batendo a porta atrás dela. Sam olhou para seu irmão o repreendendo e Dean sabia o que tinha que fazer. 

— O que você quer? Não me contar as coisas? – Prue bufou, assim que sentiu o Dean atrás dela. – Sabe, eu tento entender porque me escondeu que estava vivo, eu juro que tento. Mas aí percebo que você me escondia mais coisas. Eu só queria saber por quê. 

— Porque eu não quero que você passe por tudo isso. É muita merda nessa vida e…

— Dean, eu tenho a mesma vida. Ou você acha que só pelo fato de você me afastar, achando que vai me proteger do que acontece na sua vida, vai impedir que demônios ou todo tipo de coisa tente matar a mim e as minhas irmãs? Dean, eu sou uma Halliwell. E isso é o bastante pra me colocar em risco. Você sabe disso. 

— Eu sei. Mas…

— O que? Você voltou do inferno, e com isso tudo o que aconteceu antes mudou?

— Não. Não é isso. É que não confio no Uriel, eu não confio nos anjos, e não quero por o de vocês na reta. 

Prue o olhou pensando qual seria a reação do Dean ao saber que o Leo era na verdade um luz branca. 

— Dean, escuta bem o que vou te dizer. Eu vou ajudar a impedir o apocalipse e minhas irmãs também. No fundo você sabe que nós podemos ajudar. 

— Então me desculpou? Porque você não brigou ou gritou comigo. 

— Eu só cansei disso. Cansei de tentar te mostrar o cara que você realmente é. Então vou continuar apenas pra te ajudar a impedir que os selos sejam rompidos. 

Dean desmanchou o sorriso. “Ferrei com tudo agora. ótimo!”

— E como vai fazer isso? – ele perguntou. 

— Vou contar as minhas irmãs e vamos nos dividir. 

***

Horas depois…

Prue estava sentada no banco, em frente ao impala. Ela estava com a cabeça longe, pensando no que suas irmãs e seu tio tinham dito a ela. Prue estava tão distraída que nem escutou Sam se aproximando dela. 

— Pensei que tinha se mandado como todas às vezes. – Sam sentou-se ao lado dela. 

— Não ia adiantar. O sentimento seria o mesmo. 

— Então, meu irmão me contou que vai continuar só pra ajudar com os selos. 

— Sam, eu sei que você não tem culpa. E agora não é nem mais o fato de ele ter voltado do inferno, e ter ou não me contado sobre o apocalipse. É o fato de que ele disse uma coisa muito importante pra mim antes de morrer, e agora ele simplesmente não confia em mim. Mesmo que tenhamos passado por tantas coisas. 

— E é por isso que sei que vão se acertar. – Sam a abraçou. – Vamos entrar, aqui está congelando. 

Quando eles entraram no quarto, Dean estava tendo um sono agitado. Prue e Sam se olharam preocupados. 

— Dean! – Sam chamou seu irmão. 

— O que?

— Dormiu bem? – Sam perguntou. 

— Até você me acordar, sim. 

— Dean, qual é?! Você acha mesmo que eu não vejo?

— O que quer de mim, Sammy?!

— Você podia ao menos uma vez, deixar de esconder as coisas e dizer “Sim, eu me lembro do inferno!” – Prue bufou.  

— Podemos parar com a terapia de casal? – Dean foi irônico. 

— Não somos mais um casal! – Prue deu de ombros, sentindo-se péssima. – Esquece! Faça o que quiser. 

***

Dias depois…

Rock Ridge – Colorado

A relação entre Prue e Dean estava complicada. Eles se gostavam, mas eram cabeças duras. Dean achava que estava fazendo certo em protegê-la. E Prue estava chateada por ele não ter se aberto com ela. Na realidade, ela gostava desse lado protetor do Dean, O que Prue não gostava era que junto com esse lado, ele escondia coisas importantes dela. 

Sim, ela não tinha contado que era bruxa logo quando se conheceram, mas foi por medo. E sim, Prue não tinha contado a eles que Leo na verdade também era um anjo. Não que não quisesse contar, e sim porque ninguém mais podia saber. E esse era um segredo do Leo, não dela. 

— Escutou o que eu disse? – Dean perguntou, jogando uma pasta cheia de folhas na frente da Halliwell.  

— Desculpe, o que? – Prue perguntou perdia, pegando a pasta. 

— Você poderia ficar no planeta terra?! – Dean foi irônico. 

Prue nem se deu o trabalho de responder, sabia que ele estava tentando provocá-la. 

— Então, esse tal de Frank O’Brien era um saudável maratonista de 44 anos, que morreu de um ataque cardíaco depois de dias de medo e paranóia?

— Exato. – Sam a olhou. – E ao longo de seus braços tinham vários ricos. 

— Riscos? 

— Sim, como se ele tivesse se coçado até tirar a pele. 

— E o mais intrigante de tudo isso, é que essa é a terceira morte na cidade. Todos com os mesmos aspectos. – Dean a olhou. 

— Vocês viram os outros corpos? – Prue perguntou. 

— Não. Só dois deles. – Sam respondeu. – Está tudo bem? – perguntou ao irmão ao vê-lo ansioso. 

— Sim, por quê? – Dean o olhou sem entender. 

— Parece nervoso. 

— Estou bem. Obrigada pela preocupação, mamãe. 

— Ele está normal, Sammy. Ele está usando sua ironia. – Prue se levantou da cadeira. 

Dean soltou um riso irônico, sabia que a Halliwell faria a mesma coisa que ele. O provocaria. Ele conhecia aquela bruxinha. 

***

Depois de passarem algumas horas pesquisando e não chegarem a lugar nenhum. Dean pediu ajuda a Bobby, e foi então que descobriram que tudo se tratava de uma doença fantasma. Um espírito literalmente infectava uma pessoa com medo, até o ponto de seu coração parar. Bobby também teorizava que se o fantasma que começou a infecção for destruído, a doença teria que desaparecer. 

Conforme as horas se passavam, o comportamento do Dean estava cada vez mais diferente. Ele começou a ter alucinações e inesperadamente começa a tossir; 

— Você está bem? – Prue perguntou ao ver que Dean começou a sufocar. 

Ela se aproximou junto com Sam, quando Dean cuspiu um pedaço de madeira na pia. 

— Sam, acho que estamos ignorando a melhor pista de todas. 

— Qual? 

— O seu irmão. – Prue sorriu. 

— Eu não quero ser uma pista. – Dean a olhou. 

— Bem, você pode nos dar pista de como acabar com essa doença. – Sam deu de ombros.

— Não se preocupe, não vamos deixá-lo ir para o inferno de novo. – Prue riu, ligando para seu tio. 

***

Algumas horas depois…

Bobby parou seu carro ao lado do Impala. Dean tinha apenas duas horas até que seu coração parasse de bater, e claro que isso estava deixando Prue nervosa e com medo. Ela não queria passar por tudo o que tinha passado de novo. Vendo como sua sobrinha estava; Bobby praticamente a obrigou a ficar junto de Dean, no lado de fora de uma fábrica abandonada. 

Bobby e Sam conseguiram atrair o Buruburu para o lado de fora da fábrica.  Sam conseguiu envolver uma corrente de ferro no pescoço do Buruburu, e Bobby o arrastou por toda a estrada de terra em frente à fábrica, com seu carro. Quando Buruburu desapareceu, todos os sintomas de Dean desapareceram também, incluindo os arranhões em seu braço. Prue respirou aliviada, se permitindo a relaxar, então abraçou Dean. 

Naquele momento nada importava, nem mesmo as pequenas diferenças. Prue estava aliviada por Dean não ter voltado para o inferno. E Dean por tê-la em seus braços mesmo que por alguns instantes. 

Sam e Bobby se aproximaram do Impala e viram a cena dos dois abraçados. Por um momento, eles ficaram calados, mas os dois poderiam continuar seu processo de reaproximação depois…

— Como se sente? – Bobby perguntou entregando uma garrafa de refrigerante para cada um. 

— Muito bem. – Dean sorriu ao encostar-se ao Impala. 

— Tem certeza? – Sam perguntou. 

— Eu estou bem? Quer caçar?! Estou pronto pra caçar. 

— É o Dean está de volta! – Prue bebeu um gole do refrigerante. 

Depois que Bobby foi embora, a Halliwell pegou as chaves do impala. Dean sentou-se ao seu lado no banco de passageiro e Sam no banco de trás. Enquanto Prue dirigia estrada a fora, Sam perguntou ao seu irmão o que ele tinha visto durante as alucinações da doença fantasma. Dean olhou de relance para Prue e então olhou para seu irmão. 

— Macacos. Um bando deles. 

— Sério?! – Prue e Sam ficaram completamente surpresos

— Sério. Um bando de macacos. – Dean se ajeitou no banco, depois de ver que os olhos do irmão tinham ficado amarelos por alguns segundos. 



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