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História Bruxas e Caçadores III - Verdades reveladas.


Escrita por: ackleholicbr

Notas do Autor


Hoje tem atualização dupla \o/
Espero que gostem dos caps amores ;-)

Capítulo 2 - Verdades reveladas.


Um ano e seis meses depois 

São Francisco – Califórnia

Prue tinha decidido ficar a noite de sexta-feira, apenas assistindo a um filme na TV. Estava caindo o mundo em São Francisco, Matt tinha viajado para a casa de sua avó, e Marie estava na casa da mãe. E Phoebe estava em um encontro. E Piper tinha saindo em um programa de família.  Ela desistiu de assistir ao filme, quando a luz caiu pela terceira vez. Então, ela decidiu que dormir seria a melhor opção. 

Mas ela estava redondamente enganada, porque a única coisa que conseguiu foi ter o mesmo pesadelo que vinha tendo as vezes. E o mais estranho pra ela? Que era com o mesmo cara... que dizer o agente que ela conheceu a um ano na escola de Marie. 

O que era mais estanho, que em seu pesadelo. Ele dizia coisas como “Estou tentando te proteger” ou coisas como “Você não significa nada pra mim” ou “eu te amo”. Eram coisas completamente sem nexo. E mais uma vez, ela acordou com o coração acelerado. 

Isso era uma completa loucura. 

Então às oito da manhã, alguém achou que seria divertido tocar a campainha da casa. Várias vezes. 

— Pode deixar que eu atendo. – Prue disse ao ver a cabeça de Leo para fora da porta de seu quarto. Quando ela abriu a porta... – Oh, você não é o agente que achou a professora da Marie ano passado? 

— Hã... Não. Quer dizer sim. – Sam sorriu fraco. – Prue, eu preciso da sua ajuda. 

— Como exatamente eu poderia ajudar um federal? 

— Eu não sou um federal. O meu parceiro aquela vez, na verdade é meu irmão Dean. 

— Uau! Mas ainda assim... – Prue ainda estava confusa. 

— Olha o que vou te contar, vai parecer loucura... mas.... 

Prue escutou atentamente tudo o que Sam estava lhe contando. E ela só desejava acordar daquele pesadelo. Não, de jeito nenhum, aquilo que ela escutava seria verdade. 

— Isso é uma completa loucura... – ela andava de um lado para o outro. – De jeito nenhum isso pode ser verdade. 

— Mas é... – um homem beirando aos sessenta anos, de cabelos brancos, apareceu na sala. 

— Eu não... Eu estou tendo mais um daqueles pesadelos. É isso... 

— Sam, está certo. – o homem disse. – E de alguma maneira você sentiu que seria necessário falar com você do futuro. Só não imaginava que o Dean fosse fazer o que ele fez.  – pegou um envelope em seu bolso. – Você escreveu isso e entregou ao livro, e obviamente depois do acordo que fizemos com o Dean, essa carta veio parar em nossas mãos. 

Prue olhou para a carta em suas mãos, com receio de abri-la. Tinha a sensação de que logo acordaria daquele pesadelo. Mas então, uma parte de seu coração, dizia que ela tinha que abrir aquele envelope...

“Oi, Halliwell ou Winchester... como preferir bruxinha...

Mas essa sou eu do passado, e se está lendo isso, Dean fez algo realmente estupido. Não tão estupido como ir para o inferno. Bem... vou direto ao ponto. Você o ama, lembre-se disso. Ele é um grande pé no saco, por querer te proteger, e acaba fazendo coisas que vai nos deixar com o coração na mão. 

Como não tenho ideia do que ele possa ter feito, só sei que senti que tinha que fazer esse feitiço da verdade. Então leia-o, e tudo ficará bem... pelo menos sempre ficamos. Ah! E antes que eu me esqueça, chute as bolas do nosso marido, com toda certeza ele merece, e depois faça sexo de reconciliação... Agora é com você, garota...

Esse dia, essa hora, tudo volta a seu rumo.

O que foi feito será desfeito, verdades surgiram. Sua vida retornará onde parou.”

Depois de ler em voz alta, o que estava escrito naquela carta. O lustre da sala começou a se mexer, e uma intensa luz azul brilhou na sala, misturado com vento. Então, Prue desmaiou.

— O meu trabalho está feito agora, seja bem vida de volta ao time. – o homem disse, e então sumiu. 

— Você está bem? 

— Sam? – Prue segurou a mão dele, e se levantou. 

---

---

Uma hora depois

As três Halliwell estavam irritadas. Não. Irritada é muito pouco, com o que elas sentiam pelo Dean, Castiel e Leo naquele momento. 

— Eu vou matar seu marido. – Phoebe olhou para sua irmã mais nova. 

— Entra na fila. – Prue deu de ombros. 

— Piper, eu...

— Leo, agora não. Estou muito, muito irritada. – Piper explodiu o vidro da mesa. 

Prue ainda estava confusa, então saiu de casa para pegar um ar. Sam tinha que terminar de contar o que estava acontecendo para ela. Só então poderia ajudar seu irmão. 

— Sabe, quando os vi no colégio da Marie... eu tivesse a sensação de já tê-los visto antes. – ela disse ao ver Sam se aproximando. 

— Eu imaginei isso. 

— Sam, o que aconteceu com o Dean? Se ele fez isso, não queria que eu me lembrasse. – Prue o olhou. – Ele morreu? – seu tom de voz era de choro. 

— Não. Mas eu preciso de sua ajuda. 

Prue não tinha ideia de que encrenca Dean tinha se metido. Mas ela precisava ajuda-lo, para então mata-lo. E depois daria um jeito em sua situação com ele. As coisas poderiam ter acontecido porque o Dean quis, mas ainda tinha o Matt. O cara com quem estava há quase três anos. Mas isso, ela resolveria depois de encontrar o Dean. 

*******

#Prue 

Eu ainda estava processando tudo, e querendo matar meu marido. Mas, eu tinha que ajudar o Sam. E pela sua expressão as coisas não estavam nada boas. Parecia que dessa vez, Dean tinha se superado. Joguei minha mala no banco de trás do carro, e então entrei. 

— Obrigado por me ajudar. – Sam me olhou. 

— Somos uma família. Eu quero muito matar seu irmão, mas pra isso tenho que te ajudar a acha-lo. 

— Desculpe por isso. 

— Você não teve culpa, mas não posso dizer o mesmo do seu irmão, Leo e Cas. – me ajeitei no banco. – Então para onde estamos indo?

— Para Lebanon no Kansas.

— Certo. Então, temos 24 horas presos em um carro, para você me contar o que aconteceu nesses três anos de apagão. 

Sam sorriu fraco, e então começou a me contar tudo o que tinha perdido nesses anos. 

— E eu juro por Deus! Eu vou matar o Dean. 

— Não acho que você possa mata-lo de qualquer forma. – Sam disse. 

— Por quê? 

— Porque as coisas não acabaram com a tentativa de fechar o portão do inferno. – Sam se ajeitou no banco. 

— Eu pensei ter escutado que você tinha passado em todos os testes pra isso.  – o olhei confusa. 

— Eu não finalizei o último, que era curar um demônio. 

— Curar um demônio? Sério?

 Então, Sam me contou que Dean permitiu que um anjo possuísse seu corpo. E que nesse meio tempo Dean tinha conseguido a marca de Caim. 

— Como exatamente, o Dean conseguiu isso? Pensei que o Caim estivesse morto, ou algo do tipo.

— Digamos que o Dean conseguiu a marca para matar a Abaddon.

Durante o resto da viagem, descobri o motivo que levou ao Dean aceitar a marca do próprio Caim. E o jeito que a marca estava agindo nele. E ainda tinha esse tal de Metatrom. Para uma cara que era escrivão de Deus, ele estava sendo um completo imbecil. Mas, eu notava que tinha algo lá. Algo que o Sam não queria que eu soubesse. 

***

Lebanon – Kansas

Sam parou em frente a uma porta de metal ao final de uma escadaria. Diria que o lugar era um perfeito esconderijo antigo. E quando Sam abriu a porta, eu fiquei realmente sem palavras para o que eu estava vendo bem na minha frente. Era um verdadeiro campo de operações. Só que dos Winhesters. 

— Bem vinda ao Bunker. – Sam me olhou sorrindo. 

— Bunker? Onde conseguiram o lugar?

— Digamos que somos uma espécie de legados dos Homens das Letras. 

— Aquele Homens das Letras, que me falou durante a viagem?

— Exato. – Sam fez sinal para que eu me sentasse. 

— E essa é a batcaverna? – dei mais uma olhada a minha volta.

— Sim. 

— Ok, Sam. Você não ia ter o trabalho de recuperar minha verdadeira memória, e me trazer em uma longa viagem. 

— Eu preciso da sua ajuda. 

— Eu sei. Mas o que está escondendo de mim? E acho que esse é o momento de me contar a verdade. Porque o Dean sumiu?

— É melhor você se sentar. – Sam apontou para uma das cadeiras. 

De tudo que tinha escutado até agora, eu não esperava ouvir que o Dean tinha sido morto pelo o Metatron.  E que o Sam tinha levado o corpo para o bunker, e então... Puff... ele sumiu.

No final de tudo, a realidade era que o Dean não queria a minha ajuda, não queria que eu estivesse mais ao seu lado. Por isso ele fez o que fez. Pedir para apagar minha memória? Era qualquer coisa, menos tentar me manter segura. E isso machucava, e eu não sabia ao certo se eu queria vê-lo novamente. Mas tinha que ajudar o Sam, mesmo que quisesse matar  seu irmão.

— E a única coisa que ele deixou, foi isso. – Sam me entregou um pedaço de papel.

— “SAMMY DEIXE-ME IR.” – olhei várias vezes para aquelas palavras. E nada fazia sentido pra mim. – Não entendo. Porque ele simplesmente iria embora assim? 

— Quem disse que ele teve escolha? – Sam disse me olhando.

— Mas a letra é dele. 

— Eu sei. Mas vou achar meu irmão. Nós dois vamos trazer o Dean de volta. 

Fiquei em silencio e confirmei com a cabeça. Apesar de tudo, não podia deixar o Sam passar por isso sozinho. E eu tinha que resolver umas coisas com o Dean. 

— Então, você tem alguma pista de onde o seu irmão possa estar?

— Eu acho que encontrei algo. Um corpo encontrado em Wisconsin semana passada de um cara desaparecido chamado Drew Neely. Pertencia a uma ordem religiosa do norte de Ohio. Drew Neely estava desaparecido há três anos. Assassinou a esposa, os filhos e simplesmente desapareceu. – Sam me mostrou alguns papeis. – Sei que não é muita coisa, mas se esse cara estava possuído. 

— Você ainda tem aquele cristal? – perguntei. 

— Claro. Eu guardei. – Sam sorriu. – Mesmo que só funcionasse com você. – ele abriu uma caixa e me entregou o cristal branco. 

— Então vamos ver onde o meu... o seu irmão está.

***

Wisconsin

Assim que chegamos a cidade, fomos à delegacia. O policial responsável pelo caso, nos mostrou um vídeo do local do assassinato. O vídeo gravado mostrava um homem tranquilamente encostado a uma prateleira, vendo uma revista pornô. Ele estava com um boné e a cabeça abaixada. Quando o homem de boné levantou o rosto, olhei para o Sam completamente surpresa. O cara era o Dean. 

Então a gravação ficou mais interessante. Um tentou atacar o Dean, mas ele rapidamente desviou e pegou uma espécie de cutelo, e atacou o cara. E quando o Dean olhou para câmera...

Olhos dele não estavam aquele tom de verde incrível. Estavam completamente... Pretos!

— Detetive, se importa se eu der outra olhada nisso? – Sam perguntou. 

Eu ainda estava perplexa com o que tinha acabado de ver na gravação. 

— Fiquem a vontade. – respondeu o policial se levantando – Eu já volto. 

— Temos que ir nessa loja no posto de gasolina Gas n’ Sip. – Sam tirou seus olhos da imagem congelada, e me olhou. 

Não conseguimos nenhuma informação que nos ajudasse a descobrir onde o Dean estava. A única coisa que relevante que conseguimos no posto de gasolina, foi o celular do homem morto. 

Eu estava com o mapa aberto no capô do carro, enquanto Sam tentava desbloquear o celular do cara morto. E parecia que tinha conseguido, porque ficou mais que irritado, e ligou para o último número nos registros do celular. 

— Não. – então, Sam colocou a ligação na viva voz. – Só usando o celular de um morto. 

— Alce! Você demorou. – a voz do Crowley ecoou pelos alto falantes do celular. – Seu irmão e eu estávamos começando a nos perguntar se você tinha atropelado outro cachorro. Sabe? 

— Meu irmão está morto, Crowley. – Sam disse raivoso. – Eu sei que você tem algum demônio maldito por aí no corpo dele. Acredite, você vai pagar por isso. 

— Alce. Alce. – Crowley riu. – Temo que não tenha se permitido sonhar grande. Seu irmão está bem vivo, por cortesia da Marca. E a única alma edemoniada dentro de Dean é a dele mesmo. Um pouco mais distorcida, um pouquinho mais mutilada, difícil de reconhecer. Mas posso te garantir, é toda dele. Sente-se melhor agora? 

Dean um demônio?

Não. Eu esperava qualquer coisa, menos isso. Quer dizer, nunca imaginei que... Então fui chamada a realidade, ao escutar a discussão entre Sam e Crowley. 

— Se acha que está acontecendo isso então está mais por fora do que pensei. – Crowley respondeu parecendo entediado. 

— Não sei como você fez isso, que tipo de magia negra usou, mas ouça.. Eu vou salvar meu irmão ou morrerei tentando. 

— Sabe o que acho graça em tudo isso? E o que realmente está te matando? Você não se importa dele ser um demônio. Caramba, você já foi um demônio. Nós todos fomos demônios. O problema é que ele está comigo e está se divertindo pra caramba. Você não pode suportar o fato que ele é meu. – disse Crowley. – Ele é meu melhor amigo, meu parceiro no crime. Um dia escreverão músicas sobre nós, quadrinhos: “As desventuras de Crowley e Esquilo.” Dean Winchester me completa, e isso é o que faz você perder as estribeiras. 

Senti um arrepio percorrer meu corpo. Um dia, eu também cheguei a pensar que Dean me completava. Mas, no entanto ele me desprezou. Jogou fora tudo o que tínhamos passado juntos, e apagou minha memória.

— Descobri. – Sam disse ao se aproximar de mim. – Beulah, Dakota do norte, – abriu a porta do carro. – Em um bar chamado The Black Spur, no número 166 da Knife River. 

Enquanto estávamos na estrada em direção a Beulah, Dakota do norte. Sam me perguntou sobre os três anos da minha vida em que passei “no escuro”. Não tinha muito que dizer, eu apenas vivi uma vida normal de professora, e estava com Matt. Mas isso ele sabia. 

Agora se ele queria saber, como ficaria a minha situação com o Matt?! Isso, eu não poderia responder. Pelo menos não agora. Eu era uma mulher casada, namorando outro cara há três anos.  Eu estava confusa, e ninguém poderia me ajudar. 

Eu só esperava que a febre Dean Winchester tivesse passado, e que eu já não sentisse mais nada por ele. 

— O que aconteceu? – perguntei quando Sam parou o carro. 

— Não sei. O carro parou de repente.

Sam saiu do carro para abrir o capô do carro, quando escutei um corpo caindo no chão. Mal abri a porta do carro para descer, quando um homem apontou uma arma para mim. 

MERDA! Não vou usar meus poderes, e nem sei se eles estão agindo direito depois de tanto tempo. 

— Quem é você? E o que quer com o Sam? 

— Nada demais, eu preciso dele vivo.  – o cara sorriu irônico. – E de você também Prue.

— Como sabe meu nome? Nunca te vi na vida. 

— Isso não vem ao caso agora. 

E a próxima coisa que eu senti, foi uma dor aguda na minha nuca, e então minha visão escureceu.



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