História This is Real? - Anjo.

Lin - Bom dia Menina! - A doutora entra no quarto segurando uma bandeija em mãos. Como sempre toda animada. Mas Oyuky apenas olha ela e vira o rosto. - Estou preocupada com você, não comeu ontem... - Lin sabia que Oyuky piorava a cada dia, e isto era muito preocupante, pois essa doença era muito perigosa.

Oyuky - Não estou com fome. - Ela olhava a janela. Lin suspirou e acariciou os cabelos dá jovem calada ao seu lado.

Lin - Você andou meditando? - Oyuky respirou fundo e permaneceu calada. Lin já sabia a resposta.

∆ Flashback ∆ 

Lin aguardava na sala por sua paciente, Oyuky. Como sempre muito animada e ansiosa para a consulta. Embora Lin tentasse agradar a jovem, nada conseguia. Ela apenas piorava a cada dia. Várias vezes a jovem entrou e saiu por aquela porta dando pistas para Lin, mas hoje seria diferente. Faz mais de uma semana que Oyuky não se consulta e nesse período as duas pegaram confiança uma na outra.

Lin - Bom dia, Deite-se ali, como sempre. - Lin organizava os papéis em sua mesa achando a prancheta para anotar suas falas. - Hoje nós vamos fazer duas coisas como toda consulta, mas vão ser um pouco diferentes. Então vamos lá, vou lhe fazer uma pergunta e você me diga, não quero pistas quero exatidão. - Oyuky suspirou e assentiu.

Lin foi até o canto dá sala e colocou o copo sobre o acento de prata ligando a máquina para que caísse seu doce e amado cappuccino. Com a prancheta em mãos se sentou novamente na mesa e murmurou a primeira pergunta.

Lin - Em que acredita? - Oyuky sorriu psicopata dinovo. Aquilo sempre foi esquisito aos olhos dá doutora, mas nunca aconteceu nada de mais. Até hoje, Lin sentiu um grande arrepio com aquele sorriso.

Oyuky - Acreditar? Mas em que tipo de merda eu acreditaria? - Lin sorriu, ela achava que a jovem não entendeu a pergunta.

Lin - Exemplo: Deus. - Falou curto e seco. Oyuky apenas revirou os olhos e se levantou, foi até a mesa dá doutora e pegou uma bolinha azul clara. A doutora como sempre se assustou com aquele olhar sombrio e maldoso.

Oyuky - Deus! Oh! Deus! Como ele é bom né? - Ela ironizava deixando Lin confusa. - Eu sou testemunha de um acontecimento! - Ela subio no sofá incenuando a cena de uma moça que viu na rua. 

Lin - O que está fazendo? Não acredita em Deus? - Ela suspirou com medo da resposta, embora tiveras de perguntar. Anotou as falas dá garota e bebeu seu cappuccino.

Oyuky - Deus? Acreditar em Deus? Sério? - Ela desceu do sofá e deu mais um de seus sorrisos estranhos. - Mas que porra é Deus? - Aquilo assustou a Lin, mas ela havia de anotar.

Lin - Tudo bem, já entendi. - Ela suspirou novamente e sorriu doce. - Você tem alguma religião?

Oyuky - Ah....Ainda não, nunca procurei por isso. - Lin gostou dá resposta pela primeira vez.

Lin - Sua tarefa é procurar por uma que combine com você. - Oyuky assentiu com os dedos e a doutora continuou a consulta.

∆ Flashback ∆

Lin - Você sabe que precisa meditar todo dia, isso de algum modo está ajudando você. - Oyuky serrou os punhos e olhou com o olhar mais maldoso que pode para a doutora. - Pare! Você está me assustando! - Ela correu até o outro canto dá sala.

Oyuky - Viu? Ainda assusto você. - Lin mentia para Oyuky, mas ela não era besta o bastante para acreditar nas suas palavras.

Lin - Você precisa melhorar. - Lin deu uma pausa e completou a frase. - Por ele, por mim. Por você. 

∆ Flashback ∆ 

Lin - Agora vai ser meio que um jogo. - Oyuky adorava jogos, por isso colocou esta palavra em sua frase fazendo a jovem olhar para ela, parecia curiosa. - Vou te falar uma palavra e você me diz o que pensa dela, e o que sente quando eu falo. OK?

Oyuky - Tudo bem. - Colocou as mãos atrás da cabeça e os pés em cima do sofá.

Lin - Borboleta. - Oyuky estranhou a palavra mas apenas respondeu.

Oyuky - São bonitas. - Lin gostou daquilo, ela pela primeira vez elogiou algo. -Mas chatas, bregas, com cores vivas. Pra que cores vivas se tudo está morto? - Lin arregalou os olhos e anotou ignorando a pergunta dá jovem.

Lin - Esperança. - Apalavra mudou a face de Oyuky, ela parecia nervosa.

Oyuky - Uma coisa que só os trouxas acreditam. - Lin anotou vendo Oyuky sentar-se.  - Vocês são estranhos, fazem coisas que nunca vão dar certo mas falam que vão porque tem esperança e fé. Mas que diabos é isto? 

Lin - Sonhos. - Anotou ignorando novamente o que a jovem disse, tomou um gole de cappuccino e prendeu os cabelos em um lindo coque.

Oyuky - Não existem. - Disse seca. - Coisas para os desocupados. - Lin achava estranho esse comportamento, rejeitar tudo. Embora queria saber logo teria de ir com calma. - Vocês novamente sonham dizendo que vai se realizar. Mas não vai, e vocês sabem.

Lin - Amor. - A doutora por um momento viu os olhos de Oyuky lacrimejar e sua face mudar de durona para uma pequena garotinha indefesa.

Oyuky - Uma droga, não existe também. As pessoas dizem que sentem amor mas não sentem nem por si mesmas. São um bando de egoístas que falam que amam a primeira pessoa que vê na frente. Mas quando elas sentem amor de verdade, mudam completamente. - Bingo! Aquilo foi a chave para todas as pistas de Lin, por isso ela anotou e sorriu novamente.

Lin - Anjo. - Lin disse a última palavra. Nesse momento Oyuky começou a chorar, era assustador, ela gritava.

A jovem levantou do sofá gritando e tacou as coisas no chão. Ela chorava feito um bebê. A doutora nunca viu algo assim, muito menos relacionada a esta palavra.

Lin - Seguranças!!! - Lin gritou para seus ajudantes virem até a sala.

Oyuky - AAAHHH!!! ME LARGAAAAA!!! ISSSOOOOO DOOOOI! - Ela gritava isso embora ninguém segurasse ela.

Lin - Ja sei....A seringa. - Ela disse pra si mesma e pegou o objeto em sua mesinha. Foi ate a jovem e enjetou o líquido vendo ela de acalmar e fecha os olhos aos poucos.

∆ Flashback ∆

Oyuky - Posso ficar sozinha? - Ela disse colocando a mão sobre o peito. 

Lin - Tudo bem. Mais mais tarde eu volto. - A doutora entendeu o que a jovem quis dizer com seu jesto e sabia que ela precisava de um tempo, embora sempre ficasse sozinha.