Lin - Já tomou seus remédios? - A doutora senta ao lado da maca de Oyuky que não falou nada, não se mexia, quase nem respirava. - Oyuky? - Ela rodeou a cama para olhar a jovem.
Ela estava segurando uma faca, e chorando ao mesmo tempo. Lin estava com medo, aliás Oyuky estava bem violenta, a cada dia mais. Seus olhos estavam sombrios como sempre mas desta vez, era diferente, tinha algo nela, alguma coisa macabra. Como se ela estivesse possuída.
Oyuky - Me ajuda. - A jovem Emplorando por ajuda, seu choro aumentava. Era como se ela tivesse medo, de si mesma.
∆ Flashback ∆
Depois do ocorrido na sala de consulta Lin preferiu deixar a jovem descansar. Mas hoje ela iria conversar com Oyuky, precisava esclarecer as coisas. Seu caso piorava e a doutora Lin precisava de um diagnóstico, para poder cura-la logo.
Lin - Como se sente? - Ela pediu para Oyuky que acabara de entrar na sala e sentar-se no sofá cinza.
Oyuky - Mais triste. - Lin gostou dá resposta, geralmente ela não respondia e isso era um bom começo.
Lin - Quer falar sobre isso? - Lin não estava com medo desta vez, estava preocupada como sempre, mas receosa.
Oyuky - Quero. - Lin sorriu, mas logo tomou a pose de psicóloga. - Cansei sabe, quero desabafar.
Lin - Pode me cotar tudo. - Lin queria saber sobre a consulta passada, mas tinha de se segurar pois podia prejudicar o avanço neste dia.
Oyuky - Eu tenho medo de mim mesma. - Lin anotou o que a jovem falou. Embora sua mente embaralhada pensava coisas fora do comum. - Eu fiquei mal, do nada sabe.
Lin - Ninguém fica mal do nada. - Suspirou, ela sabia que Oyuky escondia algo. - Me diga, você se lembra de alguma coisa pelo menos...Não lembra? - Oyuky virou para o outro lado do sofá e uma lágrima escorreu de seus olhos fundos e sombrios. A garota de pele pálida e boca rosada estava fraca demais, precisava de uma amiga.
Oyuky - Eu lembro. Sempre me lembrei. Nunca deixei de lembrar. De uma coisa. Uma pessoa. Uma história. - Aquilo foi tão profundo que Conseguio arrepiar Lin que a olhava de olhos arregalados.
Lin - Me diga tudo que lembra. - Anotou o que a jovem disse e bebeu mais um gole de seu doce, cheiroso e quentinho cappuccino que tanto amava.
Oyuky - O menino de quem eu me lembro, se chama... - Suas lágrimas caiam depressa, a dor vinha em cada palavra que a jovem dizia. Seus olhos pesavam em seu choro, como se estivesse chorando chumbo. - Jung Hoseok. - Lin não interrompeu, apenas continuou a escrever as coisas que a jovem dizia. - Nos apaixonamos, um amor adolescente que era cheio de ....Coisas pesadas se é que me entende. - Lin assentiu deixando-a continuar. - Eramos bem frenéticos. Via ele todo dia, saia com ele todo dia. Até que em uma viagem, uma pessoa má fez com que a gente brigasse. - Lin ficou nervosa, como se ela fosse a mãe da jovem, ela realmente estava brava. - Então voltamos a nos falar. Essa mesma pessoa fingiu a morte dele.
Lin - QUE? COMO QUE ABSURDO! - Ela gritou batendo a mão na mesa, mas se recompôs e continuou a escutar a jovem.
Oyuky - Todos ficaram tristes, foi os piores dias de minha vida naquela época. Até que nos reencontramos e nos apaixonamos mais e mais. Meus amigos e eu conseguimos construir uma casa e morarmos juntos, ele dormia comigo. Então em um dia do baile de formatura ele me pediu em namoro na frente de todos, mas as imagens de eu beijando a mesma pessoa má passou na tela. Eu havia sido obrigada a fazer aquilo minutos antes. Ele saiu correndo de lá e fui atrás, mas quando cheguei em casa ele foi grosso e me mandou embora. - A jovem olhou para Lin, seus olhos desta vez estavam normais, calmos, mas desesperados, de uma pessoa que precisava de ajuda.
Lin - Eu....Não sei o que dizer. - Ela suspirou e Oyuky limpou o choro. - Pode continuar?
Oyuky - Então peguei um ônibus e vim parar aqui, não sei como voltar, aonde estou, quem sou. Não lembro dos meus amigos, dos meus pais, a pessoa má. Apenas dele. - Lin achava aquilo peculiar, lembrar apenas do amor, isso era lindo, mas esquisito embora. - Eu mudei. Eu estou má. Estou triste querendo se matar. E creio que nem o amor dele me salvará.
∆ Flashback ∆
Lin - Ei, calma, está tudo bem OK? - Lin foi se aproximando para pegar a faca. - Me de a faca?
Oyuky - Não, sai daqui eu vou te machucar. - Os olhos dá jovem brigavam entre si, a cada segundo ficava mais sombrio ou mudava para a jovem indefesa.
Lin - O que você está sentindo? Eu posso ajudar você. - Quando a doutora disse isso, se arrependeu amargamente. Isso era fato, não se dizia a uma pessoa em seu estado que podia ajuda-la. Oyuky ficou mais agressiva, seu lado sombrio tomou conta de si, e acabou que por esfaqueando a mão Lin. - SEGURANÇAS?!! - Ela gritou tão alto que os ajudantes ouviram e puderam ir ajuda-la.
Oyuky - Me desculpa....Eu..Não queria machucar a senhora. - Lin apenas sorriu para ela e saiu da sala com a mão enfaixada.
[•••]
Lin - Sua amiga veio aqui novamente. - Lin voltou apenas no dia seguinte para visitar a jovem, deixar ela mais calma.
Oyuky - O que ela queria? - A jovem pintava um quadro, com desenhos peculiares que só ela entendia.
Lin - Acho melhor ver com os próprios olhos. Ou melhor, ler. - A doutora entregou um bilhete para Oyuky que no mesmo instante pegou um pouco receosa, mas cedeu e leu.
∆ Flashback ∆
Oyuky - Eu estou sombria, má, nada me assusta nem me anima. - Lin não entendia sua dor. Embora tivesse que se colocar no lugar dela. - Quando lembro dele, uma dor enorme toma conta de meu peito, uma queimação gigante junto a gelo. Meio complicado de explicar.
Lin - Ja disse o bastante. Já tenho seu diagnóstico. - Oyuky levantou-se rápido indo até a Grand mesa de madeira dá doutora Lin.
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