1. Spirit Fanfics >
  2. BTS: Camera Prive >
  3. Bitches

História BTS: Camera Prive - Bitches


Escrita por: knamjaworld

Capítulo 4 - Bitches


Fanfic / Fanfiction BTS: Camera Prive - Bitches

Jimin estava sentado sozinho em sua carteira, novamente esperava por Hyuna e nem sinal dela. Até aí normal, a professora não tinha chegado ainda.

O garoto fitava seus belos anéis quando ela entrou, e não era sua amiga.

— Sentem-se todos de dupla que hoje vamos fazer um trabalho avaliativo.

Hyuna ia levar um rala danado por chegar atrasada, pensava Jimin.

A professora estava distribuindo os trabalhos quando o garoto idiota que não olha por onde anda entrou esbaforido.

— Licença professora.

A mulher encarou-o com uma expressão severa.

— Está tendo problemas com o despertador, senhor Kim Taehyung?

Ele corou e olhou pra baixo, envergonhado.

— Bom, mais ou menos...

A professora bufou, impaciente.

— Entre e sente-se com o senhor Park Jimin.

O referido garoto arregalou os olhos. “Que?!”, pensou e olhou para o garoto com uma expressão nada amigável. Taehyung entrou andando devagar e analisando as fileiras, parando no centro.

— Desculpa, mas quem aqui é Park Jimin?

Jimin passou a mão pelos cabelos tentando se controlar para não agredir o projeto de pessoa que se encontrava ali parado com cara de tacho.

— Sou eu, sua anta. Todo mundo sabe quem eu sou.

Taehyung deu um sorriso sem graça.

— Ah sim... Mas sabe como é, — disse, sentando-se, — a esperança é a última que morre.

Jimin não entendeu.

— Como assim?

— Eu queria acreditar que Park Jimin não era você, mesmo tudo indicando que era. — respondeu sem encarar o colega de dupla.

O garoto moreno estava incrédulo e encarava-o com os olhos semicerrados.

— Seu insolente.

Taehyung deu de ombros.

— O que temos que fazer?

Jimin jogou com desdém a folha do trabalho para perto do colega.

— Temos que responder isso aí.

Taehyung pegou a folha e leu. Ao chegar no final sua expressão não era das melhores. O trabalho consistia em ler um grande texto e responder a 10 questões de interpretação, todas abertas.

— Eu vou fazer as 5 primeiras e você faz o resto. — estabeleceu Jimin.

Taehyung assentiu meio a contragosto.

Começaram a ler o texto juntos e tiveram uma pequena discussão quando chegaram à palavra “walk”, a qual ambos pronunciavam como “work”. Jimin teimava que o significado era “trabalhar” e Taehyung teimava que era “caminhar”.

— Querido, larga de ser burro, nunca ouviu a música da Rihanna não? — Jimin se irritou.

— Que música?

— “Work work work work...” — Jimin cantou um trechinho.

— Ah... — fazia sentido. — Mas tem aquela música que fala “will we work down the same load”, e significa caminhar na mesma estrada.

Jimin bufou.

— Que música é essa?

“Blow a kiss, fire a gun...” — Taehyung cantou.

Jimin riu.

— Sua voz é muito grossa pra cantar isso. — debochou.

Taehyung deu de ombros.

— Tanto faz, continuamos sem saber o significado.

Jimin pegou seu Iphone e quase o esfregou no rosto do colega.

— Isso aqui tem todas as respostas.

— Então olha aí.

Jimin acendeu a tela do celular, mas antes que pudesse entrar em seu dicionário virtual Taehyung segurou sua mão.

— Espera!

 Jimin ficou estático olhando para a mão do colega que segurava a sua e pasmo com tamanho atrevimento.

— Vamos fazer uma aposta. — continuou o garoto de cabelos castanhos.

— Quer apostar o quê?

— Quem tiver errado responde uma questão do outro.

— Então tá. — Jimin tinha certeza de que estava certo.

Abriu o aplicativo, pesquisou a palavra “walk” e o significado era... — Taehyung sorriu triunfante — ...caminhar.

— Já que eu ganhei quero que você responda a questão 7.

Jimin deu de ombros.

— Não vou responder.

— Mas a gente apostou que...

— Cala a boca. — interrompeu-o. — Já falei que não vou responder.

Taehyung preferiu não contrariar o garoto que pelo jeito era um riquinho mimado, então resolveu deixar pra lá.

Ficaram bastante tempo sem se falar, só quebrando o silêncio nas vezes em que Taehyung pedia ao colega para que pesquisasse o significado de alguma palavra, pois ele não tinha dicionário. Quando terminou de responder suas questões jogou seu caderno para perto de Jimin.

— Confere aí.

Jimin não saberia dizer se estava certo ou não, mas olhou resposta por resposta fingindo ser um expert no assunto.

— Não tá 100% não, mas vai assim mesmo. — disse, jogando o caderno de volta para o dono.

Depois de passar a limpo sua parte, Jimin deu a folha para Taehyung fazer o mesmo. Nela já estava assinado o nome Park Jimin, mas pela lógica o nome Kim Taehyung deveria vir primeiro, para obedecer a ordem alfabética.

— Acho que meu nome tinha que estar primeiro porque K vem antes de...

— Xiu. — Jimin o interrompeu. — Só copia. — ordenou.

E assim Taehyung fez.

Foram um dos últimos a entregar a folha e quando todos entregaram, o que não demorou, a professora começou a falar sobre um trabalho para o próximo mês.

— Como aqui temos uma turma do curso de Moda e uma turma do curso de Teatro, quero que formem duplas com um membro de cada curso. Como nossa matéria é inglês, vou unir o útil ao agradável. — sorriu maldosamente. — Então o trabalho consiste em fazer um curta metragem em que a dupla apareça atuando, tarefa do membro do teatro, e usando figurinos que combinem com o roteiro, tarefa do membro de moda. E, claro, todas as falas devem ser em inglês.

A classe ficou um momento em silêncio absorvendo o que acabara de ouvir.

— Mas não da pra fazer um curta metragem só com duas pessoas, professora. — disse alguém lá do fundo, fazendo a nossa dupla dinâmica se virar para ver quem era.

— Dá sim. É algo simples, 5, 10 minutos no máximo. Vocês podem interpretar uma entrevista, uma conversa entre amigos, enfim, usem a criatividade.

— E como vai ser a avaliação? — perguntou um garoto de óculos sentado na frente.

— Esse trabalho vale 10 pontos e todos os vídeos serão exibidos na sala do cinema estudantil para toda a faculdade, e uma banca de professores irá avaliar.

Os olhos de Jimin brilharam. Essa era a chance de se promover. Iria fazer o curta metragem mais incrível da história da faculdade. O problema é que tanto ele quanto Hyuna faziam o mesmo curso. “Droga”, pensou. Olhou de cima a baixo para Taehyung.

— Você faz teatro né? — perguntou.

— Sim. — o garoto respondeu desconfiado.

— Já imaginei. — disse Jimin com desdém. — Ninguém que cursa Moda vestiria esses trapos velhos.

Taehyung olhou para suas roupas. Usava uma camiseta cinza larga e uma calça preta igualmente larga, além de calçar um tênis de caminhada azul marinho.

— Nem se fosse o único tipo de roupa que a pessoa tem?

Jimin riu debochado.

— Não, porque nesse caso a pessoa seria um zé ruela e nenhum zé ruela sequer sonha em cursar Moda. Sem ofensa, sabe, mas faculdade não é pra qualquer um. — disse encarando Taehyung, palavras essas que eram para atingi-lo.

O garoto assentiu e voltou sua atenção para um caderno com a capa de couro marrom surpreendentemente elegante, onde se pôs a escrever algumas coisas. Jimin, por sua vez, foi até a mesa da professora.

— A minha amiga Hyuna não veio hoje e...

— Você quer saber se pode fazer o trabalho com ela? — a mulher encarou-o desconfiada, desviando o olhar do livro que estava lendo. Jimin assentiu. — A resposta é não. — voltou a atenção para o livro.

— Mas... — protestou Jimin. — Ela vai ficar sem grupo.

— A Hyuna também faz moda e a dupla tem que conter um membro de cada curso.

Jimin olhou para a carteira onde Taehyung estava sentado escrevendo, alheio à realidade.

— Aquele garoto xexelento ali faz teatro, se eu fizer a dupla com ele a gente pode virar um trio com a Hyuna?

A professora pensou um pouco.

— Não.

— Aff. — Jimin bufou, teria que jogar sujo então. Começou a fazer aegyo para ela, com sua carinha mais fofa do mundo. — Por favorzinho...

— Não.

Jimin piscou os olhinhos.

— Por favor...

A professora hesitou um pouco, olhava alternadamente para o livro e para Jimin, que continuava piscando os olhinhos e fazendo beicinho.

— Ai, tá! — respondeu impaciente. — Você, o Taehyung e a Hyuna. Só. Ninguém mais!

Jimin sorriu triunfante, o aegyo nunca falhava.

— E pode ter figurantes?

— Pode, desde que os três sejam protagonistas e tenham falas.

— Obrigado. — agradeceu de maneira fofa e voltou ao seu lugar.

Taehyung continuava rabiscando em seu caderno e nem se deu conta de que Jimin tinha voltado.

— Vamos fazer eu, você e a Hyuna.

— Ué, mas não é de dupla? — perguntou sem parar o que estava fazendo.

— Para os alunos normais sim, mas eu sou vip, meu bem. Sou Park Jimin. Consigo tudo o que eu quero.

Taehyung riu.

— Uma coisa você não vai conseguir...

Jimin desdenhou.

— O quê?

— Ser presidente dos Estados Unidos.

Jimin riu.

— Eu tô mais pra terrorista, mon amour. — chegou perto do ouvido do colega e fez barulho de bomba. — Pow!

Taehyung se arrepiou e riu timidamente, disfarçando. Jimin nem percebeu, pois já estava se olhando através da câmera frontal de seu Iphone.

— Eu sou demais. — disse para a tela do celular.

“Eu, hein...”, pensou Taehyung, olhando a cena. Anotou seu número de telefone numa folha da sua agenda do Coringa e arrancou-a, entregando a Jimin.

— Caso vocês forem fazer reunião ou algo do tipo, por favor, me ligue com antecedência, porque terei de desmarcar compromissos.

Jimin pegou a folha e encarou-o.

— Você tem compromissos todo dia?

O garoto assentiu, sem dar detalhes.

— Bom, — começou Jimin, quando o sinal bateu, — amanhã ou depois provavelmente vamos nos reunir. — guardou com pressa seus materiais.

— Ok. — respondeu Taehyung, fazendo o mesmo.

— Tchau. — despediu-se Jimin, indo embora.

— Tchau.

Jimin saiu da sala e foi em direção ao estacionamento estudantil. Estava puto com Hyuna, a filha da mãe sequer avisou que ia faltar. “Para o bem dela é bom que tenha acontecido algo grave, senão...”, pensou, ligando para a amiga.

— Hyuna, sua vaca, por que você não veio hoje? — intimou-a assim que ela atendeu.

— Jimin... — ela estava com voz de choro. — Você não vai acreditar no que aconteceu.

O garoto se preocupou, pois, pelo tom de voz da amiga, era algo realmente sério.

— O que houve?

Hyuna começou a chorar.

— Eu sei que eu fui burra, mas na hora eu não pensei direito... — começou, em desespero.

— Meu deus do céu, o que foi que você fez? — Jimin arregalou os olhos. — Você sabe quem é o pai pelo menos né?

— Que? Como assim, que pai? — Hyuna pareceu não entender.

— Ué, você não tá grávida?

— Não, credo! Deus me livre!

— Que foi então, demônia? — Jimin já estava impaciente.

— Eu levantei mais cedo hoje e resolvi descolorir o cabelo sozinha porque nenhum salão de beleza estava aberto e... — ela hesitou, aumentando o choro.

Jimin já fazia uma ideia do que estava por vir e foi ficando cada vez mais branco.

— Quando enxaguei ele saiu todo na minha mão... — ela continuou, chorando ainda mais.

— Hyuna do céu... — Jimin estava chocado. — Sobrou alguma coisa na sua cabeça?

— Sobrou um pouco, mas tá horrível. — ela disse em meio a fungadas. — Não tem como eu sair de casa pelos próximos anos.

Jimin sabia muito bem como a amiga se sentia, não que já tivesse passado por isso, mas colocou-se no lugar dela e, nossa, seria o pior dia da sua vida. Entrou em seu carro.

— Una, já sei o que fazer! — ostentava o sorriso típico de quem está prestes a salvar o dia. — Fique aí quietinha que eu já tô chegando.

— Como se eu fosse a algum lugar nesse estado... Mas o que você vai fazer?

Jimin riu.

— Aguarde. Bye bye... — fez barulho de beijo.

— Jimin... — mas era tarde, o garoto já tinha desligado o celular.

Passou em uma perfumaria, comprou vários dos produtos para cabelo mais caros que tinha, incluindo tintas coloridas. Chegou em casa e convocou seu fiel escudeiro:

— Hoseok, a Hyuna tá precisando da gente.

O garoto estava sentado no sofá escrevendo alguma coisa em seu caderno.

— Qual o problema desta vez? — perguntou curioso.

— Cabelo. — respondeu Jimin em um tom de urgência.

Hoseok prontamente se levantou e foram para a casa da garota, passando em uma padaria especializada em culinária light.

Chegaram, tocaram o interfone e logo o portão se abriu. Entraram e estacionaram o carro. Havia um grande e belo jardim na frente. A porta estava destrancada e ambos entraram sem cerimônia.

— Hyuna... — chamou.

Logo ela apareceu de roupão rosa bebê e com uma toalha branca enrolada na cabeça. Seus olhos estavam inchados e vermelhos. Jimin e Hoseok encararam-na.

— Vocês não têm noção do que está embaixo dessa toalha...

Hoseok balançou a cesta com produtos capilares.

— Nós temos a cura. — disse em tom encorajador.

— Mas primeiro vamos comer porque estou mais que faminto. — disse Jimin, indo em direção à cozinha e sentando-se à mesa.

Os três comeram e conversaram, Hoseok era bom em fazer as pessoas se sentirem bem e isso ajudou muito a garota que estava desesperada.

— Bem, hora de pôr a mão na massa. — disse Jimin, desenrolando a toalha da cabeça da amiga. — Nuss! — exclamou ao ver aquele cabelo totalmente poroso, cor de gema de ovo e curto na altura dos ombros.

Hoseok analisou o cabelo de Hyuna e não pensou que estivesse tão ruim a ponto de justificar a expressão chocada de Jimin e as lágrimas da garota, que voltavam a aparecer.

— Calma, ainda hoje você vai estar mais linda do que nunca. — tentou animá-la.

Começou fazendo uma hidratação profunda no cabelo dela, usando um produto com nome alemão e que com certeza era extremamente caro. Porém quando enxaguou viu que valia cada centavo, pois a recuperação foi imediata. Para estabilizar a cor passou um descolorante da mesma marca alemã e, mesmo Hyuna estando com medo de perder “os poucos fios que lhe sobraram”, confiou na habilidade do empregado do amigo, que já fizera vários cursos de cabelereiro. E deu certo, ficou um loiro claro super bonito. Por fim ele fez outra hidratação, dessa vez com um produto francês e o resultado surpreendeu.

— Está com um aspecto muito melhor. — disse Jimin, boquiaberto.

— Agora só falta pintar. — disse Hoseok, pegando as tintas que Jimin havia comprado. — Qual cor você prefere? — perguntou a Hyuna.

Ela pegou todos os tubos e analisou-os um por um.

— Tem certeza que meu cabelo não vai cair, né? — perguntou pela milésima vez.

— Absoluta. — Hoseok riu.

— Quero essa então.

Entregou o tubo de tinta rosa bebê para o garoto.

Jimin ficou de cima durante todo o processo, desde que Hoseok começou a passar a tinta, até quando secou e escovou o cabelo da garota.

— Prontinho. — Hoseok avisou, terminando de aparar as pontas.

A expressão maravilhada de Jimin já denunciava que o resultado fora bom, porém quando Hyuna se olhou no espelho ficou chocada: seu cabelo estava lindo e bem recuperado, e não estava tão curto quanto pensou, o corte chanel ficara sensacional, sem falar naquele tom de rosa amorzinho. Por um momento as palavras não quiseram sair de sua boca, então ela simplesmente abraçou Hoseok.

— Você salvou a minha vida. — agradeceu.

Jimin pigarreou e Hyuna abraçou-o.

— Você também salvou a minha vida.

Ainda não conseguia acreditar nesse milagre que fizeram em seu cabelo. Pegou o celular e tirou várias selfies com os dois garotos.

— Seus gatos! — exclamou, animada.

Jimin falou sobre as roupas do século 18 que havia comprado e combinaram de tirar fotos no museu abandonado no dia seguinte. Não falou nada sobre o trabalho de inglês porque sequer lembrou que existia faculdade, no momento só vislumbrava o glamour da sessão de fotos que fariam.

Foram embora ao anoitecer. Jimin quis passar na casa do noivo.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...