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História BTS My Demon - Taehyung - Question: What do you want?


Escrita por: Vvidall

Notas do Autor


Olá queridos, como estão? Bem?
Temos hoje mais um episódio, e passei uns dias sem internet fazendo os próximos, então amanhã mesmo já tratei mais um. Muitas surpresas, espero que gostem ❤

OBS: A fanfic antes era um imagine, mas devido a pedidos eu coloquei um nome na personagem principal. Atualizei os outros capítulos também, então só substituam os espaços em branco de antes por Yuna.

Capítulo 5 - Question: What do you want?


Yoongi encarava Tae com uma certa raiva. Eu não me arriscaria com ele se fosse você... Disse mentalmente para Tae, mas não que ele pudesse me ouvir, é claro. Por mais demônio que ele seja, ler pensamentos definitivamente era a última coisa que eu gostaria que ele fizesse.
O rapaz desviou seu olhar de Tae para mim e bufou, dando meia volta com um leve tapinha no ombro de seu amigo. Ambos começaram a se retirar e eu me vi em uma rua desconhecida com Tae.
- Se ele te perturbar mais uma vez é só me gritar. Estarei aqui em dois segundos. – Ele disse me dando um sorriso de canto e uma piscadinha.
Desviei o olhar conforme meu coração disparava em meu peito. Não se exalte... Dizia a mim mesma. Mas então me lembrei da situação em que estávamos. E as fichas começaram a cair.
- E como apareceu agora? Eu não te chamei. 
Tae desviou o olhar e começou a ficar vermelho, gaguejando palavras que eu não conseguia entender. Eu diria que ele pareceu corado, ou envergonhado. Isso era ao menos possível? 
- Bom, isso... Eu.... 
Dei uma risada e cobri a boca com a palma da mão, tentando controlar. Ele era tão fofo!
- Estava nos seguindo, certo? 
Ele me olhou, um pouco sério agora. Respirou fundo e apenas respondeu com a cabeça, concordando. Uma parte de mim gostava de saber disso. Essa parte de mim fazia meu coração bater forte, e ter vontades estranhas pelo meu corpo. Mas a outra parte, a parte racional, me dizia o quão estranho isso era, para correr o mais longe possível. Mas, uma garota como eu não deixaria a parte racional falar mais alto.
Ele se importava comigo, embora não dissesse isso com todas as letras. Eu conseguia sentir também. Essa conexão estranha que tinha entre nós dois.
Fui tentando mudar de assunto, olhando ao redor da rua. Estava perdida, na verdade. Yoongi e Jimin me levaram para algum lugar estranho. Comecei a andar na direção oposta a que viemos, e Tae veio atrás de mim, puxando ar para falar.
- Sabe, não precisa fazer o que Yoongi te mandou. Ficar longe de mim. – Ele disse. – Digo, eu sou perigoso, e sei disso. Eu sei. Mas... Não vou machucar você. Eu prometo.
Me virei em sua direção e fitei seus olhos. Tae parecia mais calmo, mais sério. Eu quase pude acreditar que ele estava falando a verdade.
- Se você perder o controle... Vai se lembrar dessa promessa?
Tae hesitou um pouco. Essa hesitação, bem agora, foi o que despertou a dúvida dentro de mim. Aquele “e se”. Talvez, e se ele realmente me machucar? Mas então ele respondeu. Eu senti um toque na minha alma com aquelas palavras. Foi como se pela primeira vez, nessa minha vida pacata, eu sentisse que alguém realmente se importava.
- Eu não vou te machucar. Tenho medo disso acontecer, mas eu sei que não vou. Por que por alguma razão você me acalma.
Concordei com a cabeça apenas para esconder a vontade que senti de abraçá-lo. Isso era estranho. Eu tinha a sensação de que éramos amigos há anos. Embora apenas tenhamos nos conhecido durante a tarde. E foi uma das melhores tardes que já passei no colégio em toda minha vida. Ficamos trocando bilhetes, notas durante a aula, e rindo das piadas sem graça que Tae escrevia naquela folha de papel. Fui chamada a atenção duas vezes pelos professores e certamente deixei as alunas com inveja. Lógico... Um rapaz tão lindo assim trocando mensagens secretas comigo em uma folha de papel deixaria qualquer uma com inveja. Mas só eu conhecia seu segredo.
- Vem, eu te levo para casa. – Ele disse. 
E me acompanhou realmente. Foi uma caminhada amigável, eu tive muito o que pensar a respeito das coisas. Conversamos mais no caminho, rimos, Tae fez palhaçadas, riu também, tropeçou... Foi divertido. Eu queria que não chegássemos nunca. Mas quando alcançamos minha casa fui obrigada a me despedir dele. Tae também parecia não querer ir embora. Eu fiquei igual idiota dando tchau até que ele sumisse mais abaixo na rua.
E então entrei em casa. Primeiro recebi uma bronca, sei nem por que, as vezes acho que eles não suportam a minha felicidade. E depois fui obrigada a ir comprar vegetais em uma mercearia ali perto. Desci a rua ainda com um sorriso no rosto e escolhi com cuidado a salsinha. Passei para as batatas e levei um susto quando a figura do pai de Kook apareceu ao meu lado. Ele sempre parecia que surgia do nada.
O pai de Kook fazia juz à beleza da família. A diferença era que ele tinha os olhos claros, arredondados, diferente dos filhos. Ele era tão lindo quanto eu imaginava. Eu o conhecia desde pequena, já que nossas famílias eram parte do mesmo culto na igreja, embora ele nem sempre estivesse lá. Mas nunca o vi tão de perto assim, por algum motivo.
- Hey, Yuna. Tudo bem com você? Perdida aqui? – Ele perguntou por cima do meu ombro, escolhendo uma batata para mim.
- Obrigada Senhor. 
- Não me agradeça. Eu só estava passando e te vi aqui. Pensei em ver como você estava.
- Muito bem, senhor. Estou fazendo compras para meus pais. Com licença. – Pedi tentando me retirar. 
De alguma forma me senti desconfortável perto dele hoje. Respirei fundo e fui para as cebolas. Ele me seguiu. Isso estava começando a ficar estranho.
- Eu fiquei preocupado com você hoje, já que ontem...
Minha espinha se arrepiou. Lógico que ele sabia que ontem teve um ataque estranho. Mas fique tranquila. Você e Tae ainda estão a salvo. Ele não tem como saber que vocês estavam lá. Certo?
- Eu soube do massacre, senhor. Mas acredito que eu deva ficar fora disso, uma criança como eu não poderia opinar. – Respondi sem olhá-lo nos olhos.
- É, eu só fiquei curioso, por que, isso aqui...
Ele tirou uma fita de cabelo do bolso e a pendurou entre seus dedos, exibindo-a. E... eu me assustei. Era a minha fita. Imediatamente minha mão correu para meu cabelo e ela não estava ali. Deve ter caído no meio da agitação de ontem junto com minhas coisas...
- Isso aqui estava entre os corpos. Junto com um espelho bem feminino que eu acredito ter visto em suas mãos ainda outro dia.
Meu coração começou a bater rápido. Eu iria para a cadeia? Afinal... Não havia sinais de outro suspeito no local.
- Mas sabe, o engraçado é que não foi um ataque humano. Os corpos... Uau. Estavam destroçados. Minha mulher cuidou do caso, acredito que saiba sobre o trabalho dela. Ela alegou um ataque animal. – Ele disse. Deu até uma risada quando falou sobre isso. Eu não sabia onde ele queria chegar. – Acontece que... Você e eu sabemos que aquilo não foi um ataque de animal, não é?
- O que o Senhor está insinuando com isso? – Me apressei em perguntar.
- Um ataque animal no meio da cidade em plena noite de sábado? Não... O que fez aquilo não foi um animal. E nem um humano. – Ele se aproximou demais, colocou seus lábios em meu ouvido e disse baixinho. – Pessoas como eu, procuram coisas como você, Yuna. E em nome da amizade que tenho com seu pai, irei te dar uma vantagem. Você tem até amanhã para deixar essa cidade. Ou eu juro... Vou arrancar esses olhos vermelhos do seu rosto com minhas próprias mãos. 
E então se afastou. O choque me impedia de mover qualquer parte do meu corpo. Eu estava trêmula. Ele estava achando que eu era o demônio? Isso... Como ele sequer sabia sobre isso? 
- Considere como piedade, ou misericórdia da minha parte. A partir de amanhã, onde quer que você esteja, eu vou caçar demônios com tudo o que eu tenho. E você será a primeira.
E com isso deu um sorriso. Um daqueles vitoriosos, e piscou para mim. Então começou a se retirar. Fiquei ali, paralisada, chocada. Eu não iria para a cadeia.
Iria morrer.
De forma alguma iria entregar Tae para esse monstro. Um homem que caça uma garota inocente não pode ser tão bonzinho assim. Não... Mas... Eu o conhecia desde pequena... E então... Como eu nunca vi esse lado sombrio? E entre tudo isso, eu só estava preocupada mesmo era com Tae. Mesmo se me pegarem e me matarem, seria uma questão de tempo até que descobrissem sobre ele. E Taehyung seria o próximo. Eu precisava falar com ele, alertá-lo.
Corri dali o mais rápido que pude. Com todas minhas forças. Larguei as compras no chão, junto com a sacola. Não ousei voltar para casa. Não ainda. Isso colocaria meus pais em risco. Por mais rigorosos e duros que eles fossem ainda eram meus pais e eu não queria coloca-los em perigo. Passei aquela tarde em uma praça. Fiquei ali até anoitecer. Vi os rostos que passavam pelo local, rostos desconhecidos. Aquelas pessoas não tinham a menor ideia das monstruosidades que andavam por esse mundo. Mas então, me peguei pensando... Eu também teria dito o mesmo do pai de Jungkook. E no entanto, ele queria me matar, achando que eu era o demônio.
Se ele era assim, isso significa que Kook também...? Nossa amizade era falsa? Ele era um espião? As lágrimas começaram a cobrir meus olhos outra vez. O que eu iria fazer da minha vida? Me levantei do banco. A praça começou a ficar vazia àquela altura da noite, e eu precisava comer. Andei de cabeça baixa até esbarrar com alguém. 
Pedi desculpas sem olhar para o rosto da pessoa. Grande erro. Quando tentei continuar andando agarraram meu braço no mesmo instante e me impediram de continuar. Assustada e com medo do que evitei na noite passada se repetir, olhei para o agressor. Não foi um grande alívio.
Fui arrastada dali antes que pudesse fazer perguntas ou me soltar. Até por que sua força era muito superior à minha. Ou o que, o que eu podia esperar de um homem assim? Yoongi estava sozinho desta vez, Jimin não estava com ele. Me arrastou para uma rua escura, descendo, não sei bem para onde ele pretendia me levar, mas foi quando puxei meu braço, assustada.
- Me solta! – Pedi, mas mesmo que puxasse com toda minha força, eu não podia negar que a força desse rapaz era impressionante. – Para onde está me levando?
Ele me segurou com mais força e aproximou o rosto do meu. Parecia realmente irritado, com raiva. Eu não conseguia entender por que ele me odiava.
- Para qualquer lugar onde você não seja um fardo! Se te prender não for suficiente, me avise. Farei questão de cortar sua garganta. – Ele disse. E então se afastou, abaixando a voz. – Você está deixando Taehyung vulnerável. Isso é um problema.
- Do que você está falando?
- Não faça a santa, Yuna. Você sabe muito bem. Mas vê se acorda! Ele não é seu coleguinha, ou o garoto bonito da sua turma, ele não é o mocinho da história. Fica longe dele! Entendeu? 
As lágrimas voltaram aos meus olhos novamente. Não foram só as palavras dele, ou a forma rude com que ele segurava meu pulso. Foi ele me dizer para ficar longe da melhor coisa que me aconteceu esse ano. Finalmente eu tinha um amigo. Algum pingo de emoção nessa minha vida monótona. Mesmo que eu estivesse prestes a morrer por isso. Eu não queria abrir mão, mesmo assim, de forma alguma.
- Não! Não! Você pode me prender ou me torturar, se quiser, eu não vou fazer isso. Você não pode me dizer o que fazer.
- Você não entende, garota estúpida, ele não é-
- Eu sei! – Gritei de volta. – Eu sei... Sei que ele não é humano, mas... Mesmo assim...
- Você sabe? – Yoongi perguntou, assustado. Eu pude sentir seu aperto em meu pulso se afrouxando. – Você é idiota, ou o que? Sabe o que ele é e continua rindo com ele? Brincando, indo pra casa com ele?
- Eu não me importo. – respondi. Meu rosto estava coberto de lágrimas. Nem questionei como ele sabia dessas coisas. – Eu sinto... Não. Em algum lugar dentro de mim, eu SEI quem ele é. E Tae não é o vilão. 
Yoongi ficou irritado e me empurrou com força contra a parede. Me prensou ali e eu olhei em seus olhos. Eu tremia, mas não que isso o importasse. Por alguns instantes vi seus olhos se avermelharem. Uma sombra começou a cobrir as órbitas de seus olhos, e um vermelho a se estender pela íris. Isso me apavorou... Ele era um demônio também, mas diferente de Tae, eu não confiava nele. Gritei, senti que minha pressão se desestabilizou, por um fio vi que poderia desmaiar, e fechei meus olhos com força.
- Olha pra mim, Yuna! Você acha que sou o mocinho? Olha bem. Por que Taehyung e eu somos iguais.
Yoongi estava surpreso. Ele não parecia querer me matar, ou machucar. A sensação que eu tinha era que ele só queria me dar um susto. O suficiente para me afastar de Tae. Mas agora ele começou a perceber que isso não ia funcionar. 
- E-Ele não é como você. – Respondi gaguejando. – Ele nunca me machucaria.
Quando disse isso Yoongi olhou e soltou meu pulso. Uma marca vermelha a cobria no formato de sua mão. Ele pareceu se sentir culpado sobre isso. Seus olhos voltaram ao normal, e bem ai, uma voz soou alta e bem irritada em suas costas.
- YOONGI! – Tae gritou. 
Mas eu só pude vê-lo quando Yoongi me agarrou e me virou, prendendo minha cintura e meus braços com uma mão, enquanto a outra ele apontou direto em meu pescoço. Eu senti algo afiado como uma faca pontilhar minha pele. E eu não consegui ficar quieta. Estava apavorada e trêmula.
Mas Tae... Ele estava sendo tomado pelo demônio outra vez.


Notas Finais


Gostaram do episódio, amores? Fiquem atentos por mais, até amanhã, e não deixem de deixar seu comentário, ajuda bastante!


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