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História Bubbline: os cinco cavaleiros - O passado


Escrita por: olimont

Notas do Autor


Não fiquem confusos. Bjs e aproveitem (:

Capítulo 10 - O passado


~ BONNIE POV ~

- O que você fez?! - eu nos tranquei no quarto com medo de que alguém tivesse ouvido aquela loucura.

- Vai lá embaixo, e procura corda e alho. Muito alho. - Finn falou tentando colocar Marceline, desacordada, na cadeira.

- Alho? Você ta brincando! 

- Bonnie, quando ela acordar ela vai ficar muito puta com a gente, então vai! Depressa! - Finn falou apressado.

Eu o chinguei por isso e desci as escadas correndo. Pelo menos Fiona e Jake ainda não tinham chegado.

Fui na dispensa do alojamento e achei algumas cordas, mas alho... Que se dane, eu pensei. Subi as escadas depressa somente com as cordas na mão,  e algo me dizia que isso não podia acabar bem.

-- QUEBRA DE TEMPO --

Acabou que Finn conseguiu amarrar a Marceline na cadeira, sem o alho. Não conseguia esconder a repulsa que eu estava sentindo. Mesmo com toda essa loucura acontecendo, nós não podíamos nos dar ao luxo de virar esse tipo de pessoa.

Marceline começou a se mexer e abriu os olhos aos poucos. Ela me ditou até se dar contar do que tinha acontecido, e seu rosto ficou tenso de novo.

- Finn, espera la embaixo - Eu disse.

- De jeito nenhum.

- Sua irmã está pra chegar, e vvocê tem que estar lá embaixo. - eu o encarei séria - Eu resolvo isso. Confie em mim.

- Eu confio em você. É nela que eu não confio - Finn encarou Marceline que continuava me encarando.

- Por favor - eu pedi. - Vai.

Ele me observou tenso e assentiu. Abriu a porta e saiu, deixando eu e Marceline a sós.

-- QUEBRA DE TEMPO --

- Precisamos conversar. De novo. - eu disse.

Ela continuou me encarando séria, quase sem piscar. Estava ficando difícil quebrar a tensão no olhar dela, e isso me desconcentrava.

- Então... Você é uma vampira? - pra mim era óbvio, mas eu precisava ouvir isso.

- Sou. - Marceline confirmou - Como descobriu? Eu fui muita discreta.

- E-eu-

- Você tem me seguido?

- Você não tem o direito de fazer perguntas agora! - eu me irritei e Marceline ficou em silêncio. - Tudo o que você fez foi mentir pra mim. Você me enganou, Marceline!

- Sim, eu fiz isso! Se nenhuma merda tivesse acontecido, você não saberia de nada e não precisaria se envolver nessa história toda!

- Foi o que o seu irmão disse pra Phoebe antes de sequestra-la? Ou fazer qualquer coisa que um vampiro faria com ela? - eu disse.

- Isso não era pra ter acontecido - ela disse irritada.

- Ela ainda está viva? - eu quis saber.

- Está sim.

- Então porque vocês a levaram? 

- Eu não levei ninguém! E quanto menos você souber dessa história, melhor pra você - Marceline falou.

- É uma ameaça?

- Não. É um conselho. - ela falou séria - Se ouviu mesmo minhas conversas com o Marshall, sabe que é verdade eu querer manter você longe desse assunto.

Lembrei-me na conversa que Marceline teve com Marshall aqui no alojamento e eu suspirei confusa.

- Porque? Porque você tentaria me proteger? Me diz o que tá acontecendo. Agora. Você me deve isso, Marceline. 

Ela respirou fundo e baixou a cabeça por alguns segundos e depois voltou a me encarar.

- Quando eu te contar, nada vai ser como era antes. - Marceline falou séria e desviou o olhar - Não precisa chamar seu namorado. Não quero que ele saiba.

- Não. Quero ouvir sozinha - eu disse.

- Ok... - Marceline respirou fundo - Então lá vai. Não vou começar do começo porque a história é muito longa. Marshall e eu somos vampiros há muito tempo. Conhecemos um homem, Hudson, e ele nos deu abrigo, comida... enfim, "cuidou" de nós. Ele era um vampiro, e o Marshall ficou encantado com a ideia de ser imortal. Então um dia o Hudson se ofereceu pra nos transformar, mas com duas condições: tínhamos que lhe dar um presente e ficar pra sempre ao lado dele. É claro que nós nem pensamos duas vezes. 

- Que tipo de presente? - eu perguntei. 

Marceline me olhou desconfortável, e notei que tinha quebrado a concentração dela e tocado num assunto desagradável. 

- Acontece que o Hudson não tinha muitos vizinhos, e a casa mais próxima da dele morava uma garota com os pais. Marshall e eu conversávamos com ela algumas vezes. Mas acontece que eu acabei me apaixonando por ela. Eu era muito nova e ingênua. Quando eu contei a ela que viraria uma vampira, ela me viu como todos veem: um monstro. Eu fiquei furiosa e fui embora. No outro dia, eu virei uma vampira. Mas quando eu disse pro Hudson "eu ainda não tenho um presente pra você", ele disse "Você me deu o maior presente de todos". Era a garota. - Marceline me encarou com a expressão pesarosa.

- Marceline-

- Ele não a matou, nem a transformou, nem a mordeu - Ela me interrompeu - Hudson a usou como uma espécie de âncora ou sacrifício para manter um deus antigo, um ser do mal, preso em outra dimensão. Se ele se libertasse, qualquer um de nós, vampiros ou não, estaria em perigo. Uma vez ele quase se libertou e provocou um grande estrago, uma destruição enorme. Marshall e eu passamos a ser os cavaleiros dele, e de anos em anos ele vem aumentando a frota. Agora, nós somos quatro, e cada um de nós representa alguma coisa. O Marshall representa a ganância. Ele pode sugar os poderes e a energia de qualquer um e guardar pra si. Tem o ira, que é muito forte e tem um grito muito potente. Eu, represento a luxúria. Posso me transformar em qualquer coisa pra conseguir qualquer coisa, e posso hipnotizar as pessoas. E tem o orgulho, que é o mais poderoso. É o Hudson... vulgo "meu pai". Ou como vocês preferem: reitor.

Abaixei a cabeça e respirei fundo. Então minhas suspeitas eram verdadeiras. O reitor estava mesmo envolvido.

- O Marshall pegou a Phoebe justamente pra ser uma dessas âncoras. - Marceline continuou - Eu sabia que aconteceria mais cedo ou mais tarde e tentei impedi-lo. Fui la pra convencer o Marshall de que poderia existir outra solução pra impedir que aquela... coisa... saísse da dimensão fantasma. Mas eu não consegui. No dia seguinte, meu pai me mandou pra cá. Eu sei que ele sabe que eu não quero mais fazer parte disso, por isso ele me botou aqui. No instante em que eu eu vi você, eu descobri o porquê. 

Eu fiquei tensa.

- Porque?

Marceline respirou fundo antes de continuar.

- Os cavaleiros só podem tomar alguém como âncora que represente o seu oposto. - Ela tentou explicar - A Phoebe é oposta do Marshall, por isso ele a levou. E você é a minha oposta, Bonnie.

- C-Como assim?

- Digamos que nós temos uma intuição muito forte sobre isso. - Marceline arriscou um sorriso, mas sua expressao logo mudou - Mas o mais importante de tudo, Bonnie, é que eu não vou fazer nada contra você. Estou tentando te proteger, porque tem que ter uma outra maneira de fazer as coisas.

- Mas se você não vai me levar, então porque eu preciso de proteção? - eu não queria saber, mas perguntei mesmo assim.

- A parte mais importante é encontrar uma âncora. Mas a partir do momento em que ela é encontrada, qualquer cavaleiro pode ir pega-la, e não precisar ser necessariamente o seu oposto. - Marceline me olhou séria - Mesmo que eu não te leve, o pai vai vim buscar você. Ele é o mais forte de nós, e seria muito difícil derrota-lo.

- Porque você acha que o Marshall não vai vim me pegar?

- Ele não vai fazer isso.

- Como tem tanta certeza?

- Porque ele é meu irmão. Eu confio nele. - Marceline disse séria. 

- Eu sei, Marceline, e a questão é justamente essa - eu suspirei - Sendo seu irmão ele poderia fazer qualquer coisa pra te proteger... principalmente do reitor.

Ela ficou me encarando e eu sustentei seu olhar. Eu estava com medo, angustiada e extremamente confusa com essa história. Mas, por incrível que pareça, eu não estava gritando como uma surtada.

- Como consegue estar tão calma depois de tudo o que eu te falei? - Marceline perguntou curiosa.

Eu balancei a cabeça. 

- Talvez meu cérebro tenha entrado em colapso.

Ela tentou se arrumar na cadeira pra que pudesse me encarar mais de perto.

- Olha, talvez isso não signifique nada pra você, mas eu realmente sinto muito pela Phoebe. Eu vou te proteger e nós vamos descobrir como trazer sua amiga de volta. Tem minha palavra. - Marceline falou séria. 

- Como eu posso confiar em você? - eu encarei de volta.

- Vai ter que dar uma chance - ela falou - Você em confia em mim pra isso, e eu confio em você pra não espalhar essa história toda. Sobre mim, o Marshall e os cavaleiros.

- M-mas e os meus amigos? - eu quis saber.

- É muito perigoso - Marceline censurou - E o Finn... Posso faze-lo esquecer.

- Por hipnose? Não, melhor-

- Você já está em perigo por saber disso. Quer que seus amigos fiquem também? - ela me interrompeu. 

- Ta, ta bom - eu disse sem alternativas.

- Então... eu estou livre?

Encarei-a desconfiada. É claro que tudo o que ela me disse poderia ser uma mentira, e no momento em que eu a soltasse, Marceline voaria no meu pescoço e fim. Mas eu resolvi acreditar nela. Tentar confiar. Então eu tirei as amarras e ela pôde se levantar.

- Obrigada - Marceline arriscou um sorriso - Chame o Finn e vocês podem voltar la pra baixo.

- E você? - eu quis saber.

- Eu não vou fugir, Bonnie. Você resolveu confiar em mim e eu fiz uma promessa. - Ela disse - Falarei com o Marshall amanhã. Agora, o Finn.




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