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História Bubbline: os cinco cavaleiros - O livro


Escrita por: olimont

Notas do Autor


Oi, pessoal. Obrigada pela compreensão de vocês! Mais um capítulo chegando, espero que gostem! (:

Capítulo 12 - O livro


- Um livro? Você vai até a Reitoria e volta com um livro?! - Marshall reclamou.

 - Não é só um livro, Marshall, mas é claro que não adiantaria muito tentar explicar pra você - Marceline resmungou. 

 - Fique a vontade pra tentar - Marshall rebateu.

 - Parem com isso! - eu disse - O que tem esse livro, Marceline?

- É um livro mágico. Foi aqui que o Hudson aprendeu sobre esses rituais, as âncoras... - Ela explicou - Aqui também tem alguns feitiços e eu acho que isso pode nos ajudar.

- Vamos fazer o pai desaparecer? - Marceline e eu fuzilamos Marshall com o olhar - Foi mal. Continua.

- Encontrei vários feitiços de proteção, e poderíamos usar esse pra começar - Marceline falou - É um feitiço de proteção à espaços. Vai proteger o alojamento.

- De vampiros? - Marshall quis saber.

-  Mais precisamente: do Hudson. - ela continuou - É preciso de um bem material dele, então eu trouxe o seu diploma.

-  Você pirou mesmo. Vai devolver isso tudo, não vai?

- É claro, Marshall. - Marceline falou - Não sou tão idiota assim.

-  Mas como você conseguiu pegar isso tudo sem que ninguém visse? - eu quis saber.

- Você matou alguém? - Marshall zombou.

- Não! - Marceline rosnou pro irmão e depois me olhou - Não matei ninguém. O Hudson não estava lá.

- Ele deve ter ido resolver o problema do James - Marshall supôs - É, eu tava certo. Você conseguiu tempo. Meus parabéns. Bom... Então já que você voltou, eu posso ir.

- Marshall, espera - eu disse enquanto ele se levantava - É... Obrigada.

Marshall me olhou com um meio sorriso, e depois olhou pra Marceline, que também sorriu. Ele apenas assentiu e saiu do quarto.

Marceline ficou me encarando tentando esconder um sorriso.

- Que foi? Não posso agradecer?

- Eu não disse nada. - Ela desconversou.

- Isso mesmo, você não disse nada, então eu tive que falar. - eu rebati.

- Eu sou a irmã dele, não preciso dizer "obrigada" - Marceline falou.

- Você é inacreditável - eu tentei não rir.

Marceline também sorriu tímida e passou a mão no cabelo.

- Não, sério. Nós meio que temos uma conexão. - Ela disse - Marshall e eu sempre vivemos um em função do outro. Cuidamos um do outro, nos protegemos, brigamos, nos amamos... e quando se tem uma relação, um sentimento trabalhado nisso tudo, algumas coisas não precisam ser ditas porque no fundo nós sabemos o significado.

Marceline terminou de falar e nós ficamos nos encarando. Senti que a estava olhando como uma idiota, porque ela começou a rir.

- Bonnie, você me ouviu?

- Uhum - eu pisquei nervosa - Quero dizer, isso foi... lindo.

- Ta bom. Então eu acho que a gente já pode começar.

- C-c-como assim? - eu gaguejei compulsivamente.

- O feitiço, Bonnie - Marceline estava visivelmente se divertindo.

- Ahh, isso! Isso mesmo! É... Ok. - eu tentei me recompor.

Que droga que eu tava fazendo?

- Ok, mas tente respirar. Parece que você está tendo um ataque cardíaco.

-- QUEBRA DE TEMPO --

Enquanto Marceline lia o feitiço, numa língua esquisita, eu a observava. Ela estava completamente concentrada e eu continuava a encarando.

De repente, Marceline me encarou e eu senti um calafrio.

- D-desculpa atrapalhar.

- Não atrapalhou. Eu já terminei. - Ela disse.

Notei que as últimas frases da página brilharam e depois voltaram ao normal.

O diploma do reitor começou a chacoalhar encima da cama da Marceline.

- Isso... É um sinal de que funcionou? - eu quis saber.

- Eu não sei - ela segurou o diploma e fechou o livro - Acho melhor levar isso de volta antes que o Hudson perceba alguma coisa.

- Marceline, eu-

- Não me agradeça ainda, Bonnie - Marceline me interrompeu já de pé.

Eu fechei a boca na mesma hora enquanto ela me encarava.

Não queria que a Marceline saísse. Queria que pudéssemos conversar mais um pouco. Agora por que eu queria isso, eu não sei.

- Jake está aqui. - Ela disse do nada.

E do nada, alguém bateu na porta.

- Bonnie? - a voz de Jake soou do outro lado da porta.

Eu fiquei sem responder.

- Entra, Jake. Ela ta aqui. - Marceline falou.

Eu pisquei confusa pra ela, mas Marceline apenas guardou o livro e o diploma na mochila.

Jake abriu a porta e entrou, desconfiado. Também pudera.

Ele ficou parado na porta olhando pra Marceline e depois pra mim.

- Oi, Jake - Marceline falou e ele a encarou confuso.

- Hã... Oi - Ele respondeu.

- Vou deixar vocês conversando - ela disse e se dirigiu até à porta.

- Marcy - eu chamei e Marceline se virou pra mim surpresa - Er... Tenha cuidado.

Ela sorriu, desviou o olhar e saiu do quarto.

Enquanto isso, Jake voltava a me encarar, ainda mais confuso.

- O que ta acontecendo aqui? - Ele perguntou.

Eu pisquei algumas vezes pra ele e me fiz de desentendida.

- Primeiro: o que a Marceline ainda ta fazendo aqui? Segundo: por que você tava falando com ela daquele jeito? E terceiro: por que você não foi pra aula hoje?

Jake perguntou tudo de uma vez que me confundiu.

- Eu sei que você ta pensando sobre a conversa da Marceline com o Marshall, mas Jake... - eu suspirei - É complicado.

- Complicado? Então descomplica pra mim, Bonnie. - Jake insistiu.

- Jake... você tem que confiar em mim, ok? Está tudo bem. Sei que pode parecer esquisito, mas a Marceline não é uma má pessoa.

- É, deu pra perceber pelo jeito que você tratou ela. Você estava flertando? - ele quis saber.

- Q-quê? Não, eu só- Eu não estava flertando - eu tentei desconversar. - Jake, chega de perguntas! Vamos mudar de assunto.

Jake ficou me olhando meio preocupado, meio curioso.

Por mais que eu quisesse contar pra ele o que estava acontecendo, o que eu descobri, Marceline estava certa porque eu não podia envolve-lo.

E se eu tentasse explicar o que estava acontecendo comigo, eu não conseguiria.

- Você não está me punindo só porque eu contei ao Finn sobre a Marceline, não é? - ele finalmente falou.

- É claro que não, Jake. Além do mais, eu já conversei com o Finn. Foi só um... grande mal entendido. - eu disse.

- É, eu falei com ele hoje de manhã, e ele me pareceu bem mais calmo do que ontem. Como se nada tivesse acontecido. - Jake falou.

- Viu? Mal entendido. Sabe que eu não consigo esconder nada de você.

Eu sorri pra Jake e ele estreitou os olhos, zombeteiro.

- Ta bom. Vamos mudar de assunto. - Jake falou - Por que você não foi hoje? Sério, quando eu entrei na sala e não vi você, pensei que o fim dos tempos tivesse chegado.

Eu ri nervosa. Era quase isso que poderia acontecer mesmo.

- Eu não dormi muito bem, acabei acordando muito cansada e perdi a hora. - De certa forma, eu não menti - Aproveitei e fiz algumas atividades pra não acumular. Inclusive, depois você me passa a aula de hoje.

- Sem problema - Jake assentiu - Então você e a Marceline passaram o dia todo juntas?

- Hã... Não o dia todo. Ela saiu por algumas horas - eu disse - Por quê?

- Ah, nada não. Eu só queria saber como ta a relação de vocês. - Ele fez cara de cínico - Vocês viraram amigas?

Eu acabei sorrindo nervosa e Jake percebeu.

- Nós meio que... Quer dizer- Eu não sei... É complicado...

- É, dá pra notar.

- Nós estamos nos entendendo muito bem. É só que-

- Bonnie, eu entendi. - Jake falou e sorriu pra mim.

- Sério? Então me explica, porque eu não. - eu suspirei.

Ele riu contagiante e me olhou compreensivo.

- Relaxa, Jujuba, você vai entender. Hoje tem a nossa noite de jogos. Não ta esquecendo, não é?

- Hã- Não, não. Eu vou estar lá. - eu disse tentando parecer animada.

- Ok. Então eu te vejo mais tarde.

-- QUEBRA DE TEMPO --

Anoiteceu e Marceline ainda não tinha chegado. Devo admitir que eu já estava ficando preocupada.

Terminei meu banho e estava me arrumando quando ouvi a maçaneta da porta girar.

Marceline entrou no quarto com a mochila dela e me olhou com um sorriso tímido.

- Hey.

- Graças a glob você está bem. Por onde esteve? Eu estava ficando preocupada!

- Nossa, Bonnie, vai com calma-

- Eu sei que você pode se proteger, mas o que você tá fazendo é perigoso-

- Bonnie, relaxa! - Marceline se aproximou de mim e segurou meus braços.

Acho que eu estava começando a falar muito alto.

Ela me encarou de perto e eu prendi a respiração.

- Respira, ta legal? - Marceline percebeu que eu estava tensa e me soltou meio envergonhada - Hã... Desculpa por isso.

Eu respirei fundo e também fiquei envergonhada.

- T-tá tudo bem. Eu... exagerei.

Ela se encostou no frigobar e sorriu pra mim de longe.

- É, eu ja estou acostumada com isso.

Nos ficamos no encarando e eu senti meus batimentos pulsarem nos meus ouvidos. O que tava acontecendo?

Marceline desviou o olhar e tentava não rir.

- Enfim... Eu trouxe uma coisa pra você. - Ela disse.

- Pra mim? Como assim? - eu fiquei curiosa.

- Está no bolso da frente da mochila - Marceline apontou - Pode pegar.

Olhei pra bolsa e pra Marceline. Ela levantou uma sombrancelha pra mim e eu entrei no jogo.

Sentei na cama dela e abri o bolso da frente. Só tinha um saquinho com alguma coisa dentro.

Quando eu o abri, era um colar com uma jóia Rosa como pingente. Ele era simples, mas muito bonito.

Eu olhei pra Marceline, surpresa.

- V-Você comprou esse colar pra mim?

- Ah, não comprei. Estou dando pra você. - Ela falou - Ele era meu. Você gostou?

- Hã... Sim, ele é lindo - eu disse segurando o colar.

- Então é seu - disse Marceline - Vê se fica bom.

Meio desajeitada, coloquei o cordão no pescoço. Seria bem mais fácil se eu pedisse pra que ela colocasse.

- É, ficou bom. - Marceline falou com um meio sorriso.

Eu segurei a jóia nos dedos e olhei pra ela.

- Por quê está me dando esse colar?

Marceline respirou fundo.

- Bom, primeiro que ele combina mais com você do que comigo - ela passou a mão nos cabelos e me olhou um pouco mais séria - Segundo que eu coloquei um feitiço nele que vai te proteger dos vampiros.

Eu fiquei tensa.

- Quer dizer, do seu pai, né?

- Todos eles - Marceline falou, também tensa - Inclusive eu.

Fiquei esperando ela dizer que era algum tipo de brincadeira, mas Marceline estava séria demais.

- Quê?

- Não significa que eu queira ou vá te machucar, mas assim você vai estar 100% protegida - ela tentou dizer como se fosse uma boa notícia - Pelo menos você não vai mais precisar faltar a aula.

Eu suspirei me sentindo uma completa idiota. Marceline tinha feito isso só porque eu reclamei mais cedo. Como eu fui mesquinha e mimada!

- Marceline, não precisa fazer isso.

- Tá tudo bem, Bonnie-

- Não, não está! E o quê acontece com você? - eu perguntei preocupada. 

- Nada. Eu ainda posso ficar por perto. Só não posso... me aproximar - ela disse meio séria.

Se eu não podia me sentir mais culpada, eu estava errada.

- O que acontece se você se aproximar?

Eu não queria saber... mas precisava.

- Seria muito doloroso. - Marceline disse tensa, mas mudou a expressão rapidamente - Mas não se preocupe comigo. Se preocupe com o meu pai.

Eu respirei fundo e balancei a cabeça, pensativa.

Tudo que a Marceline tem feito até agora foi pra me proteger, até mesmo dela. E tudo o que eu fiz foi ser egoísta e reclamar sempre.

- Tudo bem. Eu vou usar, mas com uma condição. - eu levantei um dedo e a encarei séria. Marceline me olhou atenta - Você não vai mais fazer isso sozinha. Se eu estou mesmo 100% protegida, eu vou ajudar você se você quiser ou não. E não adianta reclamar. Ok?

Ela tentou não sorrir e assentiu pra mim.

- Ok. - Marceline falou e respirou aliviada - Já que isso está resolvido, seus amigos estão lá embaixo, e o Jake pediu pra eu avisar pra você não demorar. Embora você já tenha demorado um pouco.

Eu fechei os olhos com força. Já estava me esquecendo da noite de jogos. Jake iria me matar.

- Acho melhor você ir antes que ele derrube essa porta - Marceline zombou.

- É... melhor. Por que você não vem também? - eu perguntei do nada.

Ela não pareceu surpresa e sorriu torto.

- Já fiz você faltar à aula hoje, não posso faltar também. Talvez quando eu voltar.

Ia falar alguma coisa, mas desisti. Marceline riu e me olhou uma última vez.

- Divirta-se, princesa. Vou estar aqui quando você chegar - Ela entrou no banheiro e fechou a porta.

Eu respirei fundo e desabei na cama dela.

- Pior crush de todos.



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