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História Bubbline: os cinco cavaleiros - A visita


Escrita por: olimont

Notas do Autor


Capítulo novo! (:

Capítulo 7 - A visita


~ MARCELINE POV ~
Já passava da meia noite, e como de costume, eu tinha ficado sem sono. Em compensação, na outra cama, Bonnie dormia que babava.
Era a segunda vez que eu a via dormir, e até agora estava sendo engraçado. Ela dormia toda encolhida abraçada com um travesseiro.
- Você tem sorte de eu não poder filmar, princesa - eu pensei baixo.
De repente, eu ouvi algo estranho. Alguém estava no corredor... atrás da porta.
Fiquei alerta na mesma hora e olhei para Bonnie.
- Eu sei que você me ouviu. Abre logo essa porta.
Levantei rapidamente e fiquei do outro lado da porta.
- Que merda você tá fazendo aqui? - eu perguntei baixinho.
- Você vai abrir a porta, ou eu vou ter que falar mais alto?
Chinguei mentalmente, e dei uma última conferida na Bonnie. Ela tava se mexendo, mas parece que continuava dormindo.
Abri a porta e saí. Dei de cara com Marshall, meu irmão, encostado na parede me encarando com um sorriso cínico.

~ BONNIE POV ~
Pensei ter ouvido alguma coisa que me fez acordar. Pareceu com a porta batendo, o que era muito estranho pra aquela hora.
Mesmo com muita preguiça, abri os olhos. A porta estava fechada.
"Deve ter sido impressão minha", pensei.
Quando desviei o olhar pra cama da Marceline, ela não estava lá.
- O que você tá fazendo aqui, Marshall? - ouvi a voz da Marceline atrás da porta.
- Ué, tem algo de errado em eu querer ver a minha irmãzinha? - uma voz de garoto falou. Era a voz daquele garoto na casa dos zetas.
- Mas a essa hora? Ta muito tarde, garoto. Você pode não ter noção de perigo, mas alguém podia ter te visto. - Marceline falou tão baixo que eu quase não ouvi.
- Relaxa, Marcynha, ninguém me viu. E se tivesse visto, não seria nenhum perigo pra mim. - Marshall disse.
- É, eu sei bem disso - Marceline falou de um jeito como se aquilo tivesse se repetido algumas vezes.
- Enfim, você me mandou uma mensagem, certo? Qual o problema? - ele perguntou.
Marceline ficou em silêncio. Será que ela me ouviu? Sei la como ela faz essas coisas.
- Vamos lá pra baixo. - Marceline falou.
Ah, não. Eles iam sair daqui. Eu senti que alguma coisa estava rolando, e meu lado investigativo (curioso mesmo) estava formigando pra saber o que eles iam conversar. Ainda mais naquela hora da noite.
O silêncio se prolongou por alguns segundos, então presumi que eles já tivessem descido. Saltei da cama e olhei pela fechadura para me certificar. Não tinha ninguém do outro lado, então abri a porta com cuidado e fui atrás deles.
-- QUEBRA DE TEMPO --
Fiquei parada no corredor no topo da escada escondida. Marshall e Marceline estavam no térreo. Olhando os dois juntos, eles eram bem parecidos. Tinham quase o mesmo cabelo e praticamente a mesma altura.
- Então, pode falar. - Marshall falou.
Marceline ficou séria.
- A garota na festa... foi você?
Garota na festa? Espera... Eles estavam falando da Phoebe. Mas como assim?
- Por quê quer saber? Ou melhor, deixa eu reformular a pergunta: Porque se importa? Não vai me dizer que criou um pouco de humanidade. - Marshall zombou.
- Responde, Marshall - Marceline insistiu.
- Já sei. Aquela colega de quarto tocou o sua consciência. - Marshall estava falando da Ashley.
- A Bonnie não tem nada a ver com isso.
Eles não estavam falando da Ashley. Estavam falando de mim.
- Ela é bem bonitinha - Ele disse.
- Marshall, responde! - Marceline se irritou. De um jeito que eu nunca tinha visto.
- É claro que fui eu, Marceline. É o nosso trabalho! - Marshall falou também irritado.
- Nosso uma ova. Meu trabalho é maquiar suas encrencas! Coisa que você faz em tempo integral! - ela reclamou - Sabe como o Pai teve que lidar com o seu discuido?
- Sei, sei. E para de chamar ele assim. Nós dois sabemos muito bem que ele pode ser tudo, menos nosso pai - Marshall falou sério.
Eles ficaram alguns segundos em silêncio, até a Marceline falar.
- Se você não gosta dele tanto quanto eu, porque você ainda faz isso?
Marshall ficou encarando ela até responder.
- Porque é preciso.
- Mas podemos não precisar - Marceline disse mais baixo.
- Você sabe do que ele é capaz. Ou já esqueceu?
Marceline não respondeu. Se o clima já estava pesado, esquisito, aterrorizante e confuso, agora tinha ficado melancólico.
Marshall suspirou e se aproximou da irmã.
- Escuta, morceguinha, eu sei que você quer achar uma solução pra isso tudo... Mas eu não vejo nenhuma opção. - Ele disse - O único conselho que eu posso te dar é: não se envolva. Lembre-se do zero.
Marceline assentiu. Ela estava com uma expressão muito dolorida.
- Nós somos o que somos. Nunca se esqueça disso. - Marshall falou.
Marceline desviou o olhar e Marshall foi embora.
Não sabia o que fazer: se corria pro meu quarto, ou procurava a Fiona. Mas se eu a procurasse, Marceline saberia que alguma coisa estava errada. Pensei rápido, e corri pro quarto. Fiz o máximo de silêncio possível, e me joguei na cama.
Ouvi a porta se abrir e fechar. Tentei relaxar, mas um dos meus travesseiros caiu no chão.
Fiquei sem respirar por cinco segundos, até que a Marceline colocasse de volta o travesseiro na minha cama cuidadosamente. Com a minha surpresa, eu voltei a respirar.
Ouvi Marceline respirar fundo e eu me esforcei ao máximo pra não abrir os olhos.
- Que merda que eu estou fazendo...
Segundos depois, tudo ficou em silêncio novamente.



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