História Bucket List - The Happiest Girl In The Whole USA

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- Não Santana - Jake segurava o celular contra o ombro e a orelha enquanto suas mãos estavam ocupadas fazendo algumas omeletes para o café da manhã. A mesa estava completa, faltando apenas Lexa e Clarke - A festa será um sunset, começará no final da tarde. Então... não... Santana para de falar em espanhol! - pediu girando os olhos, Abby sorriu sabendo que mesmo parecendo irritado Jake não estava, ele aprendeu a ter aquela latina como uma terceira filha - Okay, eu irei até o resort, em uma hora estarei aí - Jake levou a frigideira até a mesa e depositou a última omelete no prato de Kane, o homem continuou de pé enquanto observava sua família a mesa -

- Papai, você deveria demitir essa garota e a namorada, essas du - Octavia começou a falar com a boca cheia e recebeu uma tapa na cabeça vinda de sua avó, a florista olhou para a mulher e resolveu não falar nada -

- Nada de falar de boa cheia mocinha, um pouco de educação à mesa okay? - bronqueou falando de boca cheia, Octavia queria retrucar dizendo que sua avó estava fazendo exatamente a mesma coisa, mas ficou com receio de levar outra tapa. Jake sorriu com a interação das duas mulheres e voltou para o comentário da filha -

- Brittany e Santana são ótimas funcionárias e já tenho as duas como filhas, não sei, elas me lembram você e Clarke de alguma forma - Octavia só não retrucou o comentário de seu pai porque estava de boca cheia, mas ela nunca iria aceitar ser comparada com Santana -

- Ei, alguma de vocês duas sabem o que aconteceu? - perguntou Kane parando de comer e olhando para Raven e Octavia, as duas garotas se entreolharam achando que haviam perdido alguma coisa -

- Do que está falando? - Raven tomou um gole de café e deixou seus olhos no homem -

- Clarke - respondeu Abby. - Todos os dias eu acordo às quatro da manhã e vou para a beira da praia fazer minha yoga, Clarke já estava acordada - Abby não sabia o que pensar, mas também não queria questionar a filha quando ela estava em seu mundo privado - Ela estava na praia sentada na areia olhando para o horizonte como se tivesse algo ali, essa não é  a minha Clarke. Ela nunca acorda as quatro da manhã, e ela estava triste - Jake suspirou e esperou por mais informações -

- Deve ter sido algo com a Niylah não? - imaginou Octavia, Abby franziu a testa não acreditando que teria sido algo com a sua surpresa - Qual é Abby? Pelo o que eu sei Clarke era apaixonada por essa garota e sofreu muito quando teve que se separar, desde então elas nunca mais se reencontraram e você do nada reaparece com ela? Acho que foi muito para assimilar - foi então que um monstrinho da culpa começou a sussurrar na orelha de Abby, dizendo que ela deveria ser a culpada por sua filha está tão para baixo - 

- Não - Jake então havia perdido a vontade de comer apesar da fome que estava - Eu conheço Clarke melhor do que ninguém, ela não está assim por causa de Niylah, ela está assim por causa da  L -

- Bom dia - Lexa apareceu na cozinha vestindo seu melhor sorriso para aquela família. Todos olharam para a garota e com um sorriso desejaram o mesmo para a publicitária, Lexa sentou-se ao lado de Raven na ponta lateral da mesa -

 

- Quem é essa adorável moça? - perguntou Ingrid abaixando a cabeça de Octavia para a mesa tentando ter uma visão melhor de Lexa que estava ao lado de Raven -

- Essa é a amiga de Clarke, Ingrid. - informou Kane do outro lado da mesa, Lexa levantou e foi até a senhora -

- Meu nome é Lexa, Sra. Griffin - Lexa estendeu sua mão para a senhora que ainda sentada fazendo e isso fez Ingrid sorrir - É um prazer conhecê-la - Ingrid pegou a mão de Lexa e sentiu um aperto da garota, a mais velha sorriu como se estivesse certa de algo -

- Finalmente o Senhor ouviu minhas preces e fez com que minhas netinhas encontrassem alguém bem melhor do que os relacionamentos passados -  Lexa sorriu, mas não se importou de informar para a mulher que ela estava errada -

- Amém! - retrucou Raven sorrindo e ganhando um olhar desaprovador de Octavia - O quê? Não é culpa minha se eu sou a resposta para as preces de sua avó - a publicitária deu de ombros fazendo todos gargalharem. Lexa aproveitou e voltou para seu lugar a mesa. Jake continuava em pé apenas observando tudo -

- Alguém sabe onde Claire está? Eu acordei e ela simplesmente tinha sumido - Lexa imaginou que a loira estivesse com a família, mas ao chegar na cozinha e ao primeiro momento descobrir que Clarke não estava, ela não pôde evitar de pensar que a empresária estaria com Niylah. Todos olharam para a garota quando ouviram “Claire”, mas ninguém pareceu querer questionar -

- Era exatamente sobre isso que estávamos falando - lembrou Octavia buscando o olhar da outra publicitária, a que não a levava a loucura - Você sabe o que aconteceu com ela? Abby disse que a viu na praia bem cedo e ela estava parecendo triste - Lexa que estava prestes a levar um pedaço de melão a boca quando parou, ela não lembrava de Clarke triste -

- Não, ela voltou para o quarto e conversamos um pouco, mas ela estava normal e então adormecemos e quando eu acordei ela não estava mais - Lexa realmente não tinha ideia do que poderia ter acontecido, ela não achou que Clarke havia ficado chateada pelo o modo como havia agido na noite anterior, Lexa havia pedido desculpas e a loira pareceu aceitar. Ela não tinha ideia do por que Clarke estava triste -

- Eu vou procurá-la - informou Jake saindo da cozinha e deixando o cômodo em silêncio -

- Mas então querida, estava pensando aqui comigo - Ingrid procurou por Lexa que imaginou que a mais velha estaria se referindo a ela - Podemos fazer um casamento duplo, Clarke e você, Octavia e Raven - Octavia e Lexa tossiram como se estivessem engasgadas com algo, Raven por outro lado apenas sorria exatamente como Kane e Abby -

- Eu já disse que amo você, Ingrid? - retrucou Raven sorrindo genuinamente para Ingrid, a mulher apenas piscou para a publicitária como se compartilhassem dos mesmos pensamentos -

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- Sabe, da última vez que eu vi você pensativa assim foi quando eu disse que nos mudaríamos e você não poderia ficar com o guaxinim de estimação - Jake estava em pé atrás de sua filha que continuava na mesma posição desde as quatro da manhã, o que já fazia cinco horas. A loira olhou para trás, porém não falou nada e isso foi um convite para Jake sentar ao lado da filha - Eu sei exatamente quando algo está incomodando você, então quer poupar meu trabalho e me contar? Ou vou ter que ficar chutando até você olhar para mim e dizer que estou errado, o que significará que estou certo - Clarke deixou um sorriso fraco sair enquanto continuava a olhar para o horizonte onde o mar parecia não ter fim - Filha... Eu sempre fui seu melhor amigo, você sabe que entre nós não tem segredos... - Jake passou seu braço sobre o ombro da loira e a trouxe para mais perto de si - É Lexa não é? - Clarke olhou para o pai e quando estava para negar não conseguiu, ela e seu pai não tinham segredos entre si -

- Eu gosto dela papai... - admitiu olhando para os azuis dos olhos de seu pai, azul que se assemelhava bastante com o que ela via ao olhar no espelho - Eu, eu achava que com Niylah eu tinha experimentado todos os clichês de quando se está apaixonada, mas então Lexa apareceu e tudo que eu já senti por qualquer outra pessoa na vida não é nada comparado ao que sinto por Lexa -

- Então o que está atrapalhando tudo? - perguntou sabendo que havia um motivo para sua filha não está segurando a mão da outra garota naquele momento -

- Eu não sei e isso está me deixando louca papai, eu não sei o que fazer quando o assunto é Lexa - Clarke estava tão cheia de dúvidas em relação a Lexa que até mesmo suas certezas haviam sido engolidas pelo o fato de não saber o que fazer -

- Eu já contei a estória de como conheci sua mãe? - Jake sabia que já havia falando incontáveis vezes sobre como havia conhecido Abby, mas ele sempre perguntava se sua filha lembrava -

- Papai, incontáveis vezes, eu até sei d -

- Ela  usava um blusa com um grande deus hindu estampado na frente, ela estava sentada de baixo de uma árvore no meio do parque ambiental de Oklahoma, eu estava jogando frisbee com meu cachorro e então eu acabei acertando a cabeça dela - Jake sorria ao lembrar exatamente de cada detalhe daquele dia, ele jamais poderia esquecer de quando sua vida passou a ter sentido - Ela não ficou furiosa, ela não quebrou meu frisbee, ela simplesmente o arremessou para mim com um sorriso e naquele momento eu sabia com toda a certeza de que minha vida seria ao lado daquela mulher -

- Papai, qual é o ponto dessa história? - Jake sorriu e beijou a testa da filha -

- Eu soube que sua mãe seria a mulher da minha vida, a mulher com que eu queria sempre ao meu lado e quando eu soube disso eu fui atrás, eu me aproximei, eu busquei formas de passar a ter mais contato e tempo ao lado dela, eu não desistir mesmo quando eu via vários outros garotos terem oportunidades de chamá-la para sair, por muito tempo eu fui o melhor amigo de sua mãe e quando minha vez chegou e percebi que se não desse o primeiro passo ela jamais me veria como alguém mais do que amigo - Então Clarke entendeu qual era a lição do homem - Pelo o que eu percebi você está na mesma situação que eu estava anos atrás, não acha que está na hora de você dar o primeiro passo e tentar mudar como Lexa ver você? -

- Nós nos beijamos - Jake arregalou os olhos não esperando por isso - Mas foi em um momento confuso, estávamos em uma festa e eu meio que esqueci que isso aconteceu - Clarke ainda estava confusa por tudo o que ouvira de Lexa - Ela sabia, sabia que tínhamos nos beijado e não falou nada, ela acha que eu estou fingindo que não lembro do beijo ou algo assim. - Jake não sabia o que dizer diante daquela nova informação, ele viu os olhos da filha clamarem por uma resposta reconfortante - Papai... e se eu arriscar e perder a amizade dela? Porque com toda essa aproximação que tivemos eu não sei se consigo abrir mão da presença dela na minha vida - Jake trouxe sua filha para mais perto e a loira encostou sua cabeça no peito do pai, enquanto Clarke olhava para a mancha de molho na camisa do homem, Jake olhava para a imensidão do mar diante de seus olhos -

- Amar é como apostar em um jogo de sorte, você tem esperanças de ganhar, mas sabe que isso não depende só de você - Clarke não gostava das metáforas de seu pai, ela não entendia na maioria das vezes, mas não se atreveu a questioná-lo - Você sabe que eu não gosto de me intrometer em sua vida amorosa, mas eu não posso deixar de opinar dessa vez - Clarke tirou sua cabeça no peito do pai e os dois voltaram a se olhar - Um dia quando você casar, eu vou levar você até o altar e entregarei você à Lexa - Clarke sorriu até conseguindo imaginar a cena - Minha intuição diz que você e essa garota ainda terão uma linda estória, eu vejo o modo com ela olha para você, então saia da sua zona de conforto e arrisque Clarke, algumas pessoas vale a pena apostar todas as suas fichas - 

- Obrigada papai - agradeceu abraçando o homem, Jake sorriu e apertou sua filha em seus braços -

- Agora vamos, tenho certeza de que você deve estar morrendo de fome - Jake levantou e ajudou sua filha a fazer o mesmo, a loira limpou a areia de seu short jeans e caminhou com o homem para a casa -

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- DROGA! - gritou frustrada e com raiva a mulher de longos cabelos negros e olhos azuis. Suas mãos estavam trêmulas e deixaram o copo de vidro cair, ela tinha que aceitar que nada era como antes - 

- Ai meu Deus, Lucy! - Gabrielle correu até a esposa e segurou a mão da mulher tentando levá-la até a cadeira mais próxima - Eu aju -

- Para! Pa...para! - pediu sentindo todo seu corpo tremer, em outras situações ela diria que estava tremendo de raiva, porém naquele momento era a doença causando ainda  mais danos em seu corpo, a voz estava ficando cada vez mais cortada e ela já não conseguia segurar nada sem derrubar na primeira tentativa - Para! - repetiu com raiva, Gabrielle olhou sem saber o que fazer, Lucy nunca havia levantado a voz para ela, nem mesmo em discussões, Gabrielle entendia que a frustração estava tomando conta de Lucy por isso ela não questionava ou argumentava contra aquela atitude. Lucy lentamente andou até a cadeira mais próxima, porém caiu exatamente onde derrubara o copo -

- LUCY! - Gabrielle imediatamente levantou sua esposa com um pouco de dificuldade, viu o sangue no braço de Lucy, e pequenos brilhos na pele da mulher mostrando os cacos penetrados na esposa - Vamos até a sala okay? Eu vou cuidar de você - as duas andaram lentamente até o sofá da sala e quando chegaram Gabrielle acomodou a esposa - Eu vou pegar a maleta de primeiros socorros - pediu sentindo suas próprias mãos tremerem com a situação, estava cada vez mais difícil a situação -

Assim que Gabrielle saiu Lucy começou a chorar em silêncio, não pela a dor irritante em seu braço, mas pela a dor em antecipação. Lucy não estava com medo da dor que sua doença causava, ou pela a debilitação que vinha junto, ela estava chorando porque a cada dia que passava ela sentia que era o último com sua esposa, com Lexa mesmo longe, a dor em seu peito era esmagadora, ela não sabia como a vida de sua esposa e filha seguiriam depois que o inevitável acontecesse, mas ela tinha uma ideia do quão difícil seria.

Gabrielle desceu as escadas e logo percebeu a mulher chorando, a loira correu em direção ao sofá e olhou em desespero para a esposa.

- Lucy? Meu amor? Está doendo? Lucy? - Lucy apenas olhou para sua esposa e com um pouco de dificuldade passou seu braço nas costas da loira e a abraçou, Gabrielle apertou Lucy e ouviu o choro audível - Meu amor, por favor, me fala onde dói... - Lucy se afastou e mesmo com as mãos tremendo ela se esforçou para limpar as lágrimas da esposa, que fechou os olhos com o toque da mulher -

- Eu... eu amo amo v vo v você - completou, sua voz estava arrastada como se sua língua estivesse enrolada, havia dias em que Lucy conseguia falar com menos dificuldade, porém também havia dias que a comunicação entre elas eram complicada - 

- Eu sei meu amor, eu sei - respondeu sorrindo - E eu amo você, e sempre irei amar não importa o que aconteça, você foi meu primeiro amor e será meu último e único - Gabrielle enxugou as lágrimas de Lucy e juntou seus lábios, a loira sentia a amargura daquele gesto mesmo Lucy tendo os mais doces beijos - O que acha de depois de eu cuidar desse machucado colocarmos algum filme? Eu deixo você escolher - comentou pegando o algodão e o umedecendo para limpar o machucado causado pelo o vidro, Lucy sorriu e concordou. Em sua mente Gabrielle só pedia aos céus para que sua filha voltasse logo, ela já não sabia se Lucy aguentaria o tempo que Lexa precisava -

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- OKAY! - Jake subiu na pequena mesa central da sala e chamou a atenção de todos ali -

- Jacob Lewis Griffin, você não pode fazer isso com sua mãe! - argumentou Ingrid levantando do sofá, estavam todos reunidos ali ouvindo a ordem do homem -

- Mamãe, eu quero você sóbria até a festa pode ser? E para fazer companhia a você Raven e Octavia ficarão aqui e vocês duas não tirem os olhos dela, eu sei como ela pode dar a volta em alguém - explicou apontando para as duas garotas sentadas ao lado de Ingrid no sofá - Eu, Abby e Kane vamos tomar conta dos preparativos, vocês três só sairão daqui na hora da festa - 

- Clarke e Lexa não vão ficar também? Isso é injusto! - disse em um tom mimado, Octavia odiava as vezes em que seu pai a tratava diferente de Clarke -

- Vocês aprontaram bastante ontem, está na hora de Clarke e Lexa explorarem o resort e por falar em Lexa, onde ela estar? - perguntou Jake olhando ao redor, mas não vendo a garota entre os outros -

- Ela subiu para o quarto, vou ver se está tudo bem - Clarke levantou do sofá e seguiu para o quarto deixando os familiares e Raven ali naquela infinita discussão -

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Lexa estava no quarto checando sua lista motivo para toda a viagem, ela olhou os itens e viu que faltavam poucos para finalmente voltar para sua mãe, ela não sabia exatamente o motivo, mas naquele momento seu peito abrigava uma angústia que a fez pensar imediatamente em Lucy. Ela olhou seu celular várias e várias vezes e não havia nenhuma ligação de Gabrielle, então ela achou que nada havia acontecido, caso contrário a notícia ruim já havia encontrado alguma forma de lhe encontrar. A publicitária guardou sua lista já sabendo para onde iria depois do Havaí. Clarke entrou em seu quarto e ao ver Lexa não pôde deixar de pensar na noite passada, na confissão da garota, era a primeira vez que elas estavam sozinhas desde o acontecido e Clarke não sabia exatamente como agir.

- O que foi Claire? Parece que viu um fantasma - comentou com um sorriso brincalhão, Clarke balançou a cabeça e se aproximou sentando ao lado da garota, a empresária estava se sentindo mais confiante do que ficava na maioria das vezes que estava na presença da publicitária -

- Você dormiu bem na noite passada? - perguntou mantendo contato visual com a garota, ela queria observar se Lexa mostrava algum indício que trouxesse mais confiança para Clarke -

- Muito bem, sua cama é muito melhor do que a do trem, isso eu posso afir -

- O que você vai fazer mais tarde? - Clarke nem ao menos deixou a garota terminar de falar e disparou outra pergunta, ela estava nervosa com toda a certeza, mas o lembrete em sua mente repetindo as palavras de Lexa sobre ter gostado do beijo estava deixando a confiança de Clarke falar por si -

- Eu vou para a festa de sua avó - respondeu estranhando aquela postura e pergunta de Clarke - O que está havendo, Claire? - Lexa arqueou uma sobrancelha intimidando a loira, então toda a confiança para chamar Lexa para um encontro havia ido embora -

- Hum… não, nada, eu só… estava pensando que nós, eu e você juntas poderíamos f -

- Respira okay? Respira devagar… - pediu levando uma mão ao ombro da loira, Clarke fez o que Lexa pediu enquanto olhava para a publicitária - Eu vou para o resort, você quer ir comigo? -

- Depois eu encontro você… - disse tentando recuperar a confiança que havia perdido. Lexa concordou e levantou da cama -

- Não demora - pediu e saiu do quarto. Clarke deixou suas costas caírem na cama e levou suas mãos ao rosto em frustração - 

- Deixa de ser idiota Clarke! Você pode fazer isso, chama ela para um encontro, não vai fazer mal algum, você tem que falar alguma coisa sobre o beijo sua idiota! -

- Claire? - Clarke ainda com as mãos ao rosto pediu aos céus que aquela voz fosse em sua cabeça e não na sua frente - Claire? - chamou novamente e dessa vez tocou na perna da loira, Clarke engoliu a seco e lentamente tirou as mãos do rosto para confirmar que era Lexa - Desculpa atrapalhar sua conversa consigo mesma, mas você pode me emprestar seu protetor solar? - pediu e Clarke não falou nada, apenas continuou a olhar para a publicitária se perguntando no que a garota estava pensando - Okay. Você definitivamente não está bem -

- Desculpa eu só… só, o protetor está no banheiro - informou e Lexa seguiu para o banheiro, a loira suspirou e levantou da cama. Ela teria que dar um jeito naquela situação, Clarke correu dali e foi procurar alguém que pudesse lhe ajudar a se aproximar de Lexa de outra forma -

- Claire eu não ac - Lexa voltou para o quarto e sentiu a falta da loira ali, ela franziu a testa e olhou ao redor achando que a loira poderia ter se escondido, mas ela realmente não estava ali - Onde ela foi? - se perguntou e logo depois negou com a cabeça os pensamentos, ela nunca iria entender como Clarke agia -

- Ei, precisa de algo? - Jake que estava passando pelo o corredor parou ao ver pela a porta aberta Lexa parada parecendo confusa dentro do quarto -

 

- Eu precisava de um protetor solar, mas não estou achando - explicou levando suas mãos a cintura, Jake sorriu e entrou no quarto - Não precisa se incomodar Jake, eu posso ficar sem -

- Imagina querida, deve estar por aqui em algum lugar. Olhe nas gavetas da escrivaninha, eu vou ver nessa caixa aqui - Jake apontou para a caixa de papelão sobre a estante de livros. O homem mesmo sendo alto ficou na ponta dos pés para alcançar a caixa, seus dedos tocaram a ponta do material e antes que Lexa pudesse se mover para ajudar, a caixa caiu no chão derrubando tudo dentro - Bom, aqui definitivamente não estar - disse olhando para os diversos objetos que caíram, mas nenhum protetor solar. Lexa então se aproximou e abaixou para pegar um objeto em especial -

- Isso… - Lexa olhava para o objeto em suas mãos como se fosse algo raro e de extrema importância, Jake podia jurar que viu um rápido espasmo na mão da garota -

- Nossa, eu não via isso há séculos! Não acredito que Clarke ainda guardava - Jake pegou o pequeno urso de pelúcia das mãos de Lexa, sorriu e olhou para o colega de infância de sua filha, o urso estava velho, mas ainda dava para ver o nome "Rocco" na barriga branca do ursinho. - Clarke ganhou esse ursinho quando era criança - comentou enquanto ainda sorria lembrando de como a filha havia ganhado aquele urso - Esse tempo todo ela continuou com ele e… Lexa? Ei filha, está tudo bem? - perguntou vendo que a publicitária não parecia acompanhar os comentários do homem - Lexa? -

- Acho que não vamos encontrar o protetor solar por aqui, não é? - comentou sorrindo para o homem, Jake pôs o ursinho sobre a cama de Clarke e levou suas mãos ao ombro de Lexa -

- Octavia deve ter algum com ela, por que não pergunta? Eu estou indo para o resort e acho que Clarke vai encontrar você lá - os dois saíram do quarto da empresária e seguiram para a sala onde a maioria ainda estava ali -

...

- Não, não, não - Santana correu aquela pequena distância e tomou o drink da mão de Clarke - Desculpa Griffin, mas Jake foi claro que não é para sair nenhum drink até a festa para ninguém da família Griffin - Santana tomou todo o drink de uma vez deixando Clarke se perguntando como Santana conseguia manter o emprego sendo folgada daquele jeito -

- Qual é San? Eu estou precisando de um desses - pediu parecendo realmente necessitada, Santana apenas negou e foi atender um rapaz que chegara no local. Clarke havia conhecido Santana no começo do ano quando viajara para visitar sua família, Clarke como sempre simpática com todos acabou se dando bem tanto com Brittany quanto com Santana -

- Mas isso não foi o que eu pedi - reclamou o cliente vendo seu pedido de drink errado. Santana apenas girou os olhos -

- As vezes a vida nunca dá o que a gente pede e você tem que seguir em frente - retrucou deixando o homem horrorizado com aquele atendimento, Santana voltou para Clarke que apenas sorria não acreditando no que a garota havia acabado de fazer - Agora me fala Griffin, o que está fazendo você seguir os passos da sua avó e começar a ser alcoólatra? -

 

- Não é nada… - comentou olhando para seus próprios dedos no balcão que brincavam de fazer círculos. Santana suspirou alto e Clarke levantou seu olhar para a amiga de veraneio - É essa garota -

- Ótimo, de garota eu entendo - Santana olhou para o lado e viu sua namorada e outra ajudante preparar alguns drinks - Britt vem aqui, temos trabalho mais importante para fazer - Brittany imediatamente deixou o liquidificador de lado e correu para perto da namorada -

- Vocês vão acabar sendo demitidas - comentou Clarke vendo as duas largarem os clientes deixando apenas a outra ajudante trabalhar -

- Ser demitida por ajudar a filha do meu chefe a resolver seu problema amoroso? Isso não me parece justo - comentou dando de ombros e Clarke gargalhou, aquelas duas realmente eram umas figuras -

- O que aconteceu Clarkie? Você parece triste, triste como um unicórnio hétero - retrucou Brittany percebendo a tristeza nos olhos da garota -

- Eu gosto dessa garota e eu tinha certeza de que ela não gostava de mim da mesma forma que eu gosto dela, mas agora eu tenho a impressão de que algo mudou sabe? Parece que finalmente eu posso ter uma chance com ela, mas tenho medo de arriscar e acabar perdendo a amizade - Santana e Brittany trocaram olhares e depois voltaram para Clarke - O quê? -

- Você gosta dela como eu gosto da San? Ou você gosta dela como Raven gosta da Vaditavia? - a pergunta inocente de Brittany deixou Clarke completamente confusa enquanto Santana gargalhava entendendo sua namorada -

- O quê? -

- Ela quer saber se você realmente gosta dessa garota ou só quer entrar nas calças dela - esclareceu sabendo que era difícil para outras pessoas entenderem sua namorada -

- O quê? Claro que eu quero ter algo mais íntimo com ela, mas não é só isso, eu sou apaixonada por ela desde o momento que ela entrou na minha floricultura, ela é tão linda e os - Clarke continuava a falar todas as coisas que a fazia se apaixonar por Lexa, seu olhar era animado e o sorriso nunca deixava seu rosto, Brittany sorria ao ouvir a declaração, já Santana não aguentava mais -

- Okay, eu só fiz uma pergunta simples, não precisa descrever a alma dessa garota - retrucou não por ser rude, mas porque era o modo como tratava qualquer pessoa, menos a namorada -

- San, não seja rude com Clarkie, ela está apaixonada… pede desculpas para ela - pediu olhando para sua namorada, Santana olhou para Clarke vendo o sorriso da empresária -

- Desculpa Griffin - pediu abaixando a cabeça. Clarke gargalhou ao perceber que Santana poderia ser uma vadia sem coração com todos, mas com Brittany a latina era a pessoa mais amável de toda a América -

- Então, que conselhos vocês estão prestes a me dar? - pediu na necessidade de alguma ideia para lidar com seus sentimentos -

- Eu sempre sou a favor de arriscar, se você gosta dessa garota vai fundo diz que gosta, se ela visualizar sua mensagem e não responder você segue em frente - Santana deu de ombros como se fosse algo fácil a se fazer -

 

- Ótimo, seu conselho resolveu meus problemas Santana - Clarke não precisava do óbvio, ela queria uma maneira de poder expor seus sentimentos de forma que não deixasse a garota tão exposta -

- Já sei! - respondeu Brittany com animação batendo palmas - Quando eu e San estávamos no colegial participávamos do clube do coral - Clarke continuava sem entender o que Brittany queria dizer -

- Isso Britt! - Santana deu um rápido selinho na namorada e voltou para Clarke - Aquele clube só servia para uma coisa, ajudar expor nossos sentimentos através de músicas, isso fez com que muitos casais discutissem a relação através das canções, mas ajudou a muitos a se declararem - Clarke não sabia se seria uma ideia eficiente, ela já cantara diversas vezes e Lexa parecia não ligar, porém pensando melhor ela nunca cantou diretamente para a garota - Por que você não faz isso? Canta algo para ela e ver como ela reage, depois BAM! Você se declara e vocês duas fazem sexo na praia - Santana e Brittany fizeram hi-five e sorriram orgulhosa por terem pensado nisso -

- E se ela dizer que nunca vai acontecer? Que se eu me sinto dessa forma então não podemos ser amigas? -

- Se esse fosse seu último dia de vida, você arriscaria dizer para ela como se sente? - perguntou Santana e aquele simples questionamento fez Clarke entender algo em questão de segundos - As vezes viver como se fosse o último dia nos dá a coragem que nunca achávamos que teria - Santana levou sua mão a mão de Clarke sobre o balcão e fez a garota olhar para ela - Para de adiar sua felicidade Clarke -

- CLARKE! -

- CLAIRE! -

Clarke imediatamente olhou para trás e seus olhos logo encontraram Lexa e Niylah lado a lado, porém mesmo tendo chamado Clarke as garotas não olhavam para a loira e sim uma para outra, como se estivessem prestes a entrar em uma batalha pela a sua vida.
Brittany e Santana voltaram a se entreolhar descobrindo algo que iria ajudar Clarke.
Lexa e Niylah pararam a briga entre o olhar e caminharam lado a lado até Clarke que permanecia calada.

- Vamos para a praia -

- Comigo Claire -

As duas voltaram a falar ao mesmo tempo e Clarke não sabia a qual daria sua atenção.

- Oh me desculpa, mas quem é você? - perguntou Niylah com o desprezo em sua voz ao olhar para Lexa que estava do outro lado de Clarke -

- Claire, vamos - Lexa ignorou completamente Niylah e pegou a mão de Clarke a deixando presa a si. A empresária olhou para a publicitária e depois para Santana e Brittany como se pedisse ajuda –

- Okay, vocês duas deem vinte passos para trás porque preciso conversar em particular com Clarke - Niylah e Lexa não se moveram e Santana girou os olhos - Eu vou jogar álcool na cara de vocês se não saírem agora -

- San...- repreendeu Brittany e Santana suspirou -

- Eu falo com vocês em um minuto - pediu Clarke olhando para Lexa e depois para Niylah, as duas garotas obedeceram a Clarke e saíram - O que foi Santana? - Santana se inclinou para frente ficando bem próxima do rosto da garota -

- Qual das duas você sonha sentando na sua cara? - Clarke ficou completamente vermelha de vergonha com a pergunta da latina, Santana apenas girou os olhos com a expressão envergonhada de Clarke - Qual das duas você está apaixonada? -

- Lexa -

- Claro, até porque eu sei qual delas é Lexa - Santana voltou a girar os olhos e olhou pelo o ombro da loira observando as garotas discutindo com algo - Não importa, as duas claramente mostraram por esse simples ato que estão afim de você, então meu outro conselho além da música é o clássico e infalível ciúmes -

- Não, eu acho que L -

- San tem razão, um pouquinho de ciúmes vai fazer você perceber se ela realmente se incomoda com você estando com outra pessoa - assegurou Brittany. Clarke olhou para trás e viu que as duas garotas pareciam entrar em uma discussão. Clarke imediatamente saiu do banco e correu até as garotas temendo que saísse algo físico daquela discussão - Somos boas com isso San, deveríamos montar uma barraquinha de resolvedoras de problemas amorosos - Santana sabia que Brittany realmente estava considerando aquilo, a latina sorriu sabendo que a inocência de Brittany para certos assuntos era exatamente um dos vários motivos que a fizeram apaixonar pela a garota -

...

- Que ótimo jeito de aproveitar meu aniversário - resmungou Ingrid cruzando os braços e olhando para a televisão que passava uma maratona de episódios sobre uma família qualquer, Raven que estava com a cabeça deitada sobre as pernas da mulher deixou a sua atenção da tv e olhou para a mulher - Vamos sair daqui Rae - pediu e a publicitária levantou do sofá -

- Nem pense nisso Reyes - ordenou Octavia tirando sua atenção do livro e olhando para a publicitária que já estava em pé preparando para seguir o plano de Ingrid - Vovó, só mais algumas horas e a senhora poderá beber o quanto quiser, só não queremos que aconteça o mesmo que ontem quando você simplesmente apagou antes das cinco da tarde - Octavia colocou o livro ao seu lado na poltrona e observou Raven voltar a sentar ao lado de Ingrid - Você não pode beber assim vovó, vai acabar fazendo mal para sua saúde - Ingrid gargalhou sozinha e voltou para sua neta -

- Odeio concordar com os outros, mas Octavia está certa Ingrid. Eu quero a senhora bem viva e esperta para ir ao meu casamento com Octavia e para aproveitar seus sete netos que virão - Octavia jogou seu livro em Raven, mas o objeto caiu no chão antes de encostar na publicitária que sabia que iria doer se tivesse atingido alguma parte de seu corpo - 

 

- Sabe qual o segredo da minha felicidade, queridas? - perguntou olhando de Raven a Octavia, ela não estava com seu tom de bronca ou sarcasmo, seu tom era como de uma professora que estava prestes a ensinar a maior lição de sua vida - 

- Margaritas antes do café da manhã? - chutou Raven e Ingrid sorriu -

- Viver ao máximo, e isso não significa quanto tempo eu vou durar, mas sim o quanto eu aproveito minha vida. Não houve um momento nesses meus oitenta e cinco anos que eu não vivi da forma como eu quis, se eu tinha vontade de algo eu ia lá e fazia, alguns até me acham louca ou acham que eu não dou valor a minha vida, mas é exatamente o contrário, sempre fui lúcida de tudo e o que mais faço é dar valor ao que tenho, porque quando eu finalmente fechar meus olhos e ir embora dessa terra meu último pensamento será que eu vivi cada segundo intensamente e sem arrependimentos - Raven pareceu entender a mulher, ela sabia que aquela lição de Ingrid era sábia - Então se eu tenho vontade de tomar meus drinks alguns dias na semana não é porque eu quero acabar no caixão no próximo segundo, e sim porque minha vontade de fazer algo sempre prevalecerá em mim. Eu não sou alcoólatra, se é isso que estão preocupadas -

- A senhora não me cansa de surpreender - comentou Raven sorrindo para aquela fascinante mulher - O, nossa primeira filha se chamará Ingrid - Octavia já não argumentava ou negava os comentários da publicitária, ela sabia que quanto mais ela replicasse a implicância de Raven, mais a publicitária continuava -

- Enfim, por que Clarke não está aqui conosco mesmo? Eu não passei um minuto a sós com meu bebê - Ingrid sentia falta de sua neta e naquele aniversário mesmo com todos juntos ela sentia que Clarke estava mais longe do que antes -

- Clarke está aproveitando o dia com a namoradinha vovó - comentou Octavia com um sorriso brincalhão no rosto o que Ingrid não gostou muito -

- Aquela garota que chegou ontem à noite? - perguntou Raven lembrando do motivo para todos terem entrado para casa na noite passada, Abby queria deixar Clarke com a nova companhia -

- Com sua amiga - 

- Oh, aquela adorável garota do café da manhã está realmente namorando Clarke? - era perceptível a animação no tom de voz de Ingrid, ela havia gostado de Lexa mesmo a conhecendo apenas por menos de uma hora -

- O quê? Elas não estão namorando - Raven estava confusa com aquela nova revelação, ela sabia que era mentira e olhava para Octavia como se pedisse para a garota esclarecer tudo -

- Okay, elas não estão namorando de verdade, mas Clarke é louca por sua amiga e é apaixonada por ela desde o primeiro momento que Lexa entrou na floricultura - Raven não sabia o que dizer e Octavia pareceu curiosa com aquela expressão indecifrável no rosto de Raven -

- Oh... isso não é bom - Raven tinha um olhar em uma mistura de assustada e com dó de Clarke -

 

- Do que está falando querida? Por que não é bom? Elas formam um lindo casal - Ingrid então estava até esquecendo o dia fora daquela casa, a conversa estava ficando cada vez mais interessante -

- Ela só vai se machucar - explicou e Octavia saiu da poltrona para sentar próximo de sua avó e Raven, ela queria ouvir melhor o que a publicitária iria falar - Eu conheço Lexa desde a faculdade, conheço toda a estória dela e desde então eu sempre estive ao seu lado - Ingrid e Octavia olhavam para Raven como se a garota estivesse contando o segredo da vida - Lexa sempre segue o mesmo padrão de relacionamento, conhece a pessoa, fica por um tempo, depois começa a namorar, mas antes mesmo de completar cinco meses ela parece entediada e chuta a pessoa, Lexa sai ilesa sem nenhuma dor, mas a outra pessoa sai com o coração sangrando na mão. Ela não faz isso porque quer sabe? -

- E por que então? - retrucou Ingrid já não sabendo se queria sua neta com a garota -

- Ela ainda está presa a uma pessoa que ela nem ao menos sabe se está viva, acho que o maior desejo dela é reencontrar essa garota da infância, então ela nunca deixa seus relacionamentos irem muito longe porque ela acha que ainda vai reencontrar essa garota, então para o bem de Clarke eu acho bom ela desencantar de Lexa, porque no final ela só vai sofrer - Raven nunca havia se intrometido na vida amorosa da amiga, mas Clarke parecia uma boa pessoa e ela queria ajudar a garota –

- Não acredito nisso... - Octavia levantou do sofá e ficou em pé olhando para as duas mulheres - Mas, mas você acha que ela não pode realmente chegar a gostar de Clarke? -

- Claro, eu acho que ela pode gostar da sua irmã, mas eu tenho certeza absoluta que se essa outra garota aparecer na frente de Lexa ela larga qualquer pessoa sem pensar duas vezes. Então meu conselho para sua irmã seria não tentar com Lexa, eu sei como é ficar destruída por conta de um relacionamento, e eu não desejaria isso para ninguém - Octavia então ficou com a leve curiosidade em saber sobre a estória de Raven, mas resolveu não perguntar, seu pensamento estava em Clarke e em como ela diria essa novidade para a irmã -

...

- Lexa, você se importa se eu for dar um mergulho com Niylah? - Clarke havia conseguido acalmar aquelas duas da discussão e então com o consenso de todas, elas resolveram aproveitarem o dia juntas. Clarke estava agindo com base nos conselhos de Santana, ela estava tentando provocar ciúmes em Lexa e aparentemente estava conseguindo -

- Claro que não - informou sorrindo para as duas loiras a sua frente, Clarke e Niylah começaram a correr em direção ao mar e Lexa fechou o sorriso - Aqui pode até não ter tubarão, mas piranha eu sei que tem - comentou semicerrando seus olhos para a figura de Niylah mergulhando no mar - Quem essa garota pensa que é para se jogar assim para Claire descaradamente? E por que Claire deixa essa garota ir tão longe?! Argh! Para Lexa, para! Você não tem nada com isso - Lexa falava consigo mesma e ignorava o olhar confuso de uma senhora que a olhava como se a garota fosse uma louca -

Lexa parou de falar e observou as mulheres saírem do mar, Niylah sorria enquanto Clarke falava algo, os dedos de Niylah se entrelaçaram com os de Clarke e as duas seguiram de mãos dadas de volta para as cadeiras ao lado de Lexa. A publicitária tentava segurar sua língua para não deixar sair todos os venenos que ela queria jogar para cima de Niylah, ela não poderia fazer isso com Clarke. A empresária percebeu o incômodo em Lexa, ela como boa observadora da publicitária sabia que quando Lexa travava o maxilar era quando a garota estava chateada com algo.

- CLARKE! - Clarke levantou seu olhar e viu Kane chamando a garota -

- Eu volto logo meninas - retrucou e correu para saber o que Kane queria, Niylah e Lexa voltaram a se olhar -

- Qual é o seu problema comigo? - Niylah sentou na cadeira ao lado e olhou para Lexa, a publicitária deixou sua posição de deitada confortavelmente na cadeira de praia para ficar sentada diante de Niylah - O que foi? Nos conhecemos de algum lugar e eu fiz algo ruim para você? - desde a noite anterior Niylah havia percebido a forma como Lexa havia olhado para ela e toda aquela aproximação forçada que elas estavam tendo por conta de Clarke havia deixado claro para Niylah que Lexa tinha algum problema - 

- Você não fez nada, mas eu não gosto de você - retrucou de forma simples e dando de ombros, Niylah sorriu sabendo o que estava havendo -

- Ela ainda sente algo por mim, sabe? - Niylah tinha suas apostas que o motivo de Lexa não gostar dela era por causa de Clarke - Nós nos beijamos na noite passada e eu tenho certeza de que ela lembrou de tudo o que vivemos, eu não sei se você sente algo por ela ou não, mas se sentir eu aconselho a desistir agora porque eu pretendo recomeçar com Clarke - a mente de Lexa praguejava Niylah de todas as formas, seus olhos mostravam o quanto furiosa a publicitária estava - 

- Ei, do que estão falando? - Clarke voltou a aparecer e percebeu a fúria no olhar de Lexa enquanto Niylah parecia tranquila - Lexa? Você está bem? - perguntou tocando o ombro da garota, Lexa imediatamente despertou e levantou da cadeira fazendo Clarke tirar sua mão da garota - Lexa? Para onde vai? - Lexa começou a andar para longe dali sem dizer uma palavra, Clarke olhou para Niylah e percebeu que algo a mulher havia dito - O que aconteceu Niylah? - Clarke não esperou Niylah responder e correu tentando alcançar Lexa - LEXA! PARA! - gritou e enquanto todos que estavam por ali deram atenção a Clarke, a única que ela queria seguia ignorando-a. Clarke continuou a correr e alcançou Lexa, segurou seu braço e trouxe a atenção que tanto queria - Lexa... - disse lhe faltando o ar -

- O que está fazendo Claire? Volta para sua namorada - disse em um tom sério, mas não rude, Clarke sabia que era sarcasmo -

- O que aconteceu? Por que está agindo de forma estranha a manhã toda? - perguntou soltando o braço de Lexa sabendo que ela não iria dar as costas novamente, havia apenas um casal deitado na areia e aproveitando aquela conversa diante deles -

- Não é nada... -

- Para okay?! Para! - pela a primeira vez durante toda a viagem Lexa viu e ouviu Clarke elevar a voz para ela, era como se a garota estivesse frustrada e Lexa não retrucou aquela atitude - Por que você não pode dizer o que quer?! O que te incomoda? O que está sentindo?! - Lexa engoliu a seco tentando fazer o mesmo com suas palavras que estavam prestes a sair -

- Eu não digo o que quero? Por que parece que essas palavras deveriam servir para você, Claire! - Lexa não iria gritar ali e perguntar por qual motivo a loira estava fingindo não lembrar o que aconteceu em Storybrooke, ela estava frustrada por admitir para si mesmo que estava com ciúmes, que odiava a presença daquela garota perto de Clarke, que odiava se sentir daquela forma - 

- Para de me chamar de Claire! Esse não é meu nome! - o casal assistia tudo como se fosse uma versão ao vivo de seu filme favorito. Clarke respirou fundo sabendo que não deveria ter elevado sua voz - Quer saber, esquece -

- É o que você faz de melhor, não é? Simplesmente esquecer - Lexa ao dizer aquelas palavras imediatamente voltou a andar para longe de Clarke, a loira sentiu que havia muito mais ali naquelas palavras, ela suspirou e se parabenizou por não ter gaguejado naquela situação -

- Eu só queria que você fosse honesta comigo... - pediu sabendo que Lexa não ouviria, ela já estava a distancias. O casal olhou para Clarke como se estivessem prestes a chorar com aquela discussão das desconhecidas. Clarke girou seus calcanhares e voltou para onde estava -

...

- Não Ingrid, você está cantando errado! - disse Raven parando o karaokê da sala e olhando para Ingrid como se a mulher tivesse atrapalhado sua grande performance, Octavia fingia que estava lendo o livro, mas a todo momento olhava para a interação de sua avó e Raven -

- Eu não consigo, eu não acompanho o ritmo - respondeu frustrada e cansada como se faltasse fôlego, era a vigésima oitava vez que Raven parava a canção e repreendia a mulher. Aquele karaokê estava sendo a distração delas até poderem sair daquele cativeiro -

- É fácil! Presta atenção, é assim: destiny said it, you got to get up and get it get mad independent and don't you ever forget it  got some dirt on your shoulder then let me brush it off for ya If you're feeling me, put your five high - Raven disse pausadamente a parte da canção que estava fazendo Ingrid atrapalhar o momento de Raven - Ai depois disso eu canto, é fácil - encorajou e nem ao menos notou o sorriso estampado no rosto de Octavia, a florista poderia jurar que nunca conhecera alguém tão boba quanto Raven - Vamos lá, mais uma vez - Raven reiniciou a canção e começou cantando, Ingrid prestava atenção na tela da televisão enquanto Raven parecia em seu próprio show cantando como se sua voz fosse digna de um grammy - You got up before you'll be good to go, good to go... - Raven apontou para Ingrid que parecia nervosa, ela olhou para a tv e continuou sua parte -

- Destiny said it, you got to get up and get it get mad independent and don't you ever forget it got some dirt on your shoulder then let me brush it off for ya If you're feeling me, put your five high! - Ingrid cantou em um fôlego só e Raven pulou animada, porém sua animação parou quando Ingrid caiu no chão desacordada, seus olhos arregalaram e ela correu para o chão -

- VOCÊ MATOU MINHA AVÓ RAVEN! - gritou Octavia checando o pulso da mulher, ela ainda estava ali, talvez o esforço para cantar aquele trecho da música havia sido muito para sua condição. Raven não conseguia raciocinar ou se mover, ela apenas olhava para a mulher deitada ao chão com Octavia abanando com sua mão a senhora. Então como se tivesse sido acabado de ser resgatada de um afogamento a mulher levantou seu corpo e procurou por ar - Vovó? Vovó, está bem? - perguntou vendo a mulher olhar para Raven, e sorrir -

- That's my girl - foi o que a senhora disse lembrando que faltava apenas algumas palavras para completar a parte da canção. Raven gargalhou e abraçou Ingrid prometendo a si mesma que já era hora de acabar com o karaokê –

- Eu amo essa mulher! - disse a publicitária ainda abraçada a Ingrid, Octavia girou os olhos, mas mesmo assim não pôde conter o sorriso bobo em seu rosto com aquela cena -

A atenção de todas foi para a porta da entrada que se abriu mostrando Lexa que parecia chateada com algo, a garota ignorou a imagem das três garotas ao chão e seguiu para as escadas, ela queria ficar sozinha por um tempo, ela queria pensar em algumas coisas, ela teria que fazer isso. Raven sabia que não deveria ir atrás da amiga, pelo menos não enquanto a fúria estava tão recente na garota. As três se olharam como se compartilhassem do mesmo pensamento.

...

- Eu estava pensando... - Niylah finalmente havia conseguido um momento a sós com Clarke, a empresária estava deitada na cadeira que antes havia abrigado Lexa enquanto Niylah permanecia sentada olhado para a garota ao seu lado - Seattle não é tão distante de Polis, e agora como somos donas das nossas próprias vidas acho que podemos recomeçar Clarke... - Clarke imediatamente olhou para o lado e viu o olhar esperançoso de Niylah - Eu não imaginava reencontrar você, não com a vida que seus pais levavam e então por destino voltamos a nos encontrar, eu acho que isso é algum sinal - Niylah esticou sua mão e pegou a de Clarke, a empresária não queria magoar a garota, ela não se sentia nesse direito - 

- Niylah... -

- Eu até posso me mudar para Polis, até acho que estou mesmo precisando de uma mudança na minha vida e seria perfeito com você. Você não pode negar que sentiu algo quando nos beijamos, eu sei que sentiu Clarke - Clarke deu um rápido sorriso e beijou as mãos da garota -

- O que tivemos foi incrível, eu realmente amei você e esse reencontro só afirmou que eu ainda tenho um carinho enorme - Niylah não precisava de todas as palavras de Clarke para saber o que aquilo significava - Mas agora eu não consigo entrar em um relacionamento com ninguém que não seja - Clarke parou antes de dizer o nome de Lexa, ela não deveria expor para a garota -

- Você pode dizer o nome dela -

- Eu estou apaixonada por Lexa, Niylah... Ela é a única pessoa que todas as noites está no meu pensamento antes de dormir, ela é a única imagem nítida que eu vejo sabe? Tudo em volta são apenas borrões quando ela está na minha frente - Niylah sorriu vendo que não era apenas uma paixão que Clarke sentia, e sim algo maior e Niylah por mais que quisesse algo com Clarke não poderia ficar no meio daquilo - 

- Me fala dela - pediu, mas Clarke pareceu relutante ao pedido - Vamos Clarke, antes de namorarmos éramos amigas, me fala sobre ela - pediu mais uma vez, Clarke sorriu lembrando de algumas coisas que a fizeram se apaixonar por Lexa -

- Ela é de New Jersey e da primeira vez que ela apareceu na minha floricultura ela tinha o sotaque carregado, eu acho que essa foi uma das primeiras coisas que notei, quando ela dizia certas palavras eu conseguia ver a língua dela subindo para o céu da boca e formando um som nasal - eram simples detalhes, mas que Clarke jamais esqueceria, pensando naquele momento ela lembrou que esse primeiro encontro havia sido a única vez que ela ouvira o sotaque de New Jersey da garota, depois de outras visitas a floricultura a garota parecia ter perdido um pouco mais - E então eu gravei a voz dela em mim, depois o olhar e quando eu menos esperava eu sentia algo novo toda vez que ela aparecia na loja -

- Você está me dizendo que se apaixonou à primeira vista por essa garota? - Niylah não pôde deixar de sentir uma ponta gigante de ciúmes com aquela descoberta -

- Eu não sei... a sensação é que eu estive a vida toda apaixonada por ela e quando eu finalmente a encontrei esses sentimentos puderam se libertar, eu sei o quão idiota e sem sentido isso parece, mas é como eu me sinto. - Clarke sorriu com algumas imagens de Lexa que apareceu em sua cabeça - Mas Lexa é como uma estrela, por mais que eu olhe para o céu e ache que está próximo de mim a realidade é que eu nunca vou poder alcançá-la - Niylah suspirou e levantou da sua cadeira apenas para sentar ao lado de Clarke, ela beijou o ombro exposto da loira e depois o rosto da garota -

- Clarke Griffin é capaz de tudo, inclusive alcançar uma estrela no céu - Clarke olhou para a garota e sorriu com o comentário da mesma, Niylah juntou seus lábios com os de Clarke em um selinho demorado e sentiu o amargo da certeza de que eles não pertenciam mais a ela - Seja honesta com ela, algo me diz que ela também sente algo por você - Clarke apenas concordou com um simples balançar de cabeça, Niylah tentou sorrir e deu um último beijo no canto dos lábios da loira, Clarke suspirou e observou a garota levantar da cadeira - Encontro você na festa - Clarke observou a garota sair e a acompanhou com o olhar, até que Niylah desapareceu entre as pessoas na praia -

Clarke ouvira de tantas pessoas, até mesmo de pessoas que ela conhecera durante essa viagem, e sempre era a mesma coisa, o mesmo conselho, falar sobre seus sentimentos com Lexa. Ela se deixou deitar novamente na cadeira e tentou colocar em uma balança o que estava em jogo se ela arriscasse, ela poderia dizer tudo o que estava sentindo e esperar com coração em sua mão que Lexa sentisse o mesmo ou pelo menos se deixasse sentir, essa era a esperança de Clarke, porém ela sabia que poderia acontecer algo pior, Lexa poderia simplesmente esmagar o coração da loira e dizer que era melhor as duas seguirem caminhos diferentes dali em diante e Clarke não queria que isso acontecesse, mas então ela lembrou de um dos discursos de Lexa e em como a publicitária havia comentado sobre ninguém saber quanto tempo tem ou o que vai acontecer no próximo segundo, e com esse pensamento Clarke decidiu que ela iria apostar todas suas fichas e dizer como se sente, se Lexa decidir se afastar ela terá que aceitar... Ela teria que aceitar.

...

Lexa estava sentada na cama com suas costas apoiada na cabeceira, ela olhava para o nome de sua mãe Lucy na tela do celular e enxugou rapidamente as lágrimas do rosto não querendo que elas caíssem em seu celular. Ela tocou no nome da sua mãe e levou o aparelho até a orelha, os toques que pareciam infinitos a levou para caixa de mensagem e por algum motivo Lexa agradeceu por isso.

- Mamãe… - chamou como se pudesse ver a mulher ali, ela levou uma mão a boca tentando parar o choro audível, ela respirou fundo e engoliu o nó que havia se formado em sua garganta - Eu sinto sua falta - mesmo contendo o choro era possível ouvir a voz embargada de Lexa - Em poucos dias eu estou voltando, preciso que você aguente firme mamãe… - Lexa desejava com todas as suas forças que sua mãe estivesse ali, e pudesse lhe aconselhar sobre suas dúvidas - Você lembra quando um dia me falou para ser como uma guerreira que não importa quão difícil seja a batalha, nunca desistir? Agora eu peço para a senhora fazer o mesmo, não se entregue agora, continue lutando… - Lexa não sabia por que, mas naquela manhã havia sentindo uma angústia ao lembrar de sua mãe, ela só queria que fosse apenas um sentimento desnecessário - Amo você mamãe… - Lexa desligou a ligação e se deixou quebrar, seus joelhos vieram de encontro com seu peito e ela abraçou suas pernas escondendo o rosto ali enquanto chorava silenciosamente. -

**

O dia passou rápido e quando a lua apareceu foi quando Ingrid agradeceu aos céus. Já era seis horas quando Jake voltou a aparecer em sua casa para libertar suas prisioneiras, já prontas para a festa Octavia, Ingrid e Lexa foram para o resort onde iria se dar a festa, Raven e Clarke continuaram na casa. Desde o pequeno desentendimento de Clarke e Lexa as duas não se falaram, estiveram no mesmo local, compartilharam o mesmo quarto, mas nenhuma palavra foi dita entre elas. Clarke percebeu os olhos avermelhados de Lexa quando voltara para casa, mas não se atreveu a perguntar o que era, a loira resolveu não falar nada até a hora certa, permaneceu sem dizer uma palavra com Lexa. 
Clarke entrou em seu quarto para pegar o violão e encontrou Raven segurando um papel em suas mãos, a loira olhou para cama e viu a mochila de Lexa aberta mostrando que Raven havia tirado o papel dali.

- O que está fazendo? - perguntou ainda parada a porta. Raven levantou seu olhar e sorriu amigavelmente para a loira -

- Obrigada - Clarke franziu a testa e Raven sorriu - Obrigada por ter embarcado nessa viagem com Lexa, é notável que você é uma pessoa incrível e ter aceitado entrar nessa loucura com Lexa só faz de você uma pessoa ainda melhor - Clarke sentiu seu rosto corar com o elogio e se atreveu a se aproximar de Raven na cama - Vocês estão perto de completar a lista… - Raven tinha a lista aberta em suas mãos, mas Clarke não deixou a sua curiosidade ganhar e olhar para os itens - Octavia me contou que você gosta de Lexa muito mais do que como amiga - Clarke imediatamente olhou para Raven, porém dessa vez ela não ficou apavorada como ficava quando alguém percebia seus sentimentos, dessa vez ela estava com muito mais confiança sobre tudo -

- É, eu realmente gosto dela - declarou nunca tirando seus olhos da publicitária. Raven abaixou seu olhar e viu alguns itens da lista. -

- Você é uma boa pessoa Clarke, e por isso eu me sinto na obrigação de dizer que para seu bem é melhor você tentar parar seus sentimentos - Clarke abriu a boca para falar algo e foi quando Raven a interrompeu e mostrou um dos itens da lista para Clarke - O topo dessa lista é o item que diz "encontrar a garota da infância" - a mente da loira imediatamente mostrou um momento em que Lexa falou sobre isso - Lexa é apaixonada por essa garota mesmo não tendo contato com ela desde a infância, se Lexa realmente conseguir encontrar essa garota você sabe o que vai acontecer - Clarke sentiu seu coração apertar de uma forma que ela precisava urgentemente de ar fresco - Como falei, você é uma ótima pessoa e está fazendo um bem enorme ao ajudar Lexa, mas vai acabar se machucando feio se continuar alimentando esses sentimentos -

- Mas ela… Lexa… - Raven levou sua mão para o ombro da loira como se quisesse confortá-la -

 

- Não importa quem aparecer na vida de Lexa, o coração dela sempre estará com essa garota e se o destino for bom o bastante para ela e as duas se reencontrarem, alguém ficará magoado nessa estória e sinceramente? Eu não quero que seja você - Raven soltou o ombro da garota e percebeu o quão abalada a loira estava, mas ela precisava alertar Clarke. A publicitária guardou a lista que havia pegado escondido e pôs de volta na bolsa de Lexa, logo voltando para Clarke - Você não vem? -

- Em um minuto - respondeu e Raven entendeu que a garota precisava ficar sozinha e saiu do quarto. Clarke levantou e foi até o violão próximo a sua estante de livros, ela não iria desistir de falar como se sente para Lexa. Clarke iria tentar sua chance, se no final de tudo seu coração fosse esmagado por quem ele mais batia, então que assim fosse, mas nada e nem ninguém iria fazer com que Clarke se calasse naquela noite - Você pode fazer isso Clairke! - disse balançando a cabeça com a confusão dos nomes -

…

- É, parece que mamãe está se divertindo - comentou Jake tomando um shot de tequila. Sua mãe estava na pista de dança próximo a piscina do resort dançando com dois homens que pareciam ter saído de uma página de revista -

A festa estava sendo realizada na parte externa do local, a piscina naquele lugar ficava ao lado do bar onde Santana e Brittany eram responsáveis e diante da praia onde se estendia a festa. Jake estava com sua filha e Lexa enquanto observava todos os outros dançarem e aproveitarem a piscina.

- Parece que Raven também está aproveitando - comentou Lexa apontando para a pista de dança onde Raven trocava beijos com outra garota, Jake imediatamente olhou para sua filha e sorriu ao ver que a garota não havia ficado feliz ao ver aquilo -

- Ela está certa, tem mais que aproveitar a vida, aproveitar o momento! - Jake tomou outro shot e Lexa entendeu que beber daquela forma havia passado de mãe para filho - Por que vocês duas estão aqui? Por que não estão dançando até seus pés doerem? Conhecendo outras pessoas e se divertindo com isso? - Lexa e Octavia se entreolharam como estivesse recebendo uma bronca do pai -

- Existem pessoas consciente e responsáveis, papai - respondeu Octavia brindando seu shot com o de Lexa, as duas beberam ao mesmo tempo e fizeram uma cara feia quando o líquido desceu na garganta -

- E essas pessoas são as que acabam nunca aproveitando a vida de fato, não fazem o que querem porque têm muito medo da consequência -

- Eu não tenho medo! - impôs-se Octavia e Jake sorriu aproveitando aquela situação -

- Não? E por que você está aqui quando realmente queria está naquela pista de dança se agarrando a Raven e a beijando? - Lexa não pôde deixar de gargalhar com aquela revelação, Jake conhecia sua filha e sabia o que iria acontecer. Octavia saiu da presença daqueles dois - E mais um casal prestes a se formar, eu deveria investir nisso de cupido - comentou apontando para onde sua filha estava indo, Lexa acompanhou com o olhar e observou -

Octavia marchava empurrando quem estivesse em seu caminho, ela ouviu o chamado de sua avó, mas ignorou, passou por um casal e finalmente chegou até Raven, a florista empurrou a outra garota a tirando próxima da publicitária e antes que Raven pudesse falar, Octavia levou suas mãos ao pescoço de Raven e a beijou, Raven mesmo surpresa não hesitou em nenhum momento e passou suas mãos em volta da cintura da garota, Raven sentiu a língua de Octavia pincelar seu queixou e chegar ao lábio inferior e o mordiscar, foi quando Raven deu passagem para a língua de Octavia encontrar a sua e aprofundar ainda mais o beijo. Todos que estavam ao redor haviam parado para ver a cena, Brittany e Santana sorriam enquanto Ingrid batia palma em animação. 
As duas se separaram e Octavia levou sua mão para limpar o batom manchado no canto da boca de Raven, a publicitária sentia seu corpo em chamas enquanto era observada por aqueles olhos azuis, ela não esperava que o beijo da garota a deixasse daquela forma.
Octavia levou sua boca até a orelha de Raven e toda a pele da publicitária se ouriçou.

- Só por que eu beijei você não significa que eu sinta algo por você - sussurrou e soltou-se de Raven, porém a publicitária continuou segurando a florista -

- Ah, mas você vai… - após sua certeza Raven voltar a beijar a garota, dessa vez de forma mais delicada, como se tivesse domado aquela fera -

Jake continuava a sorrir e voltou para Lexa, ele percebeu que a publicitária já não tinha sua atenção em Raven e Octavia e sim em Clarke que estava conversando com Niylah e Santana.

- Lexa? Está tudo bem? - perguntou trazendo a garota de volta, a publicitária sorriu e concordou mesmo não sabendo o que o homem havia falado -

- JAKE! - Abby apareceu e trocou um rápido selinho com o homem - Ei querida, por que não está dançando? - perguntou ficando ao lado do homem e olhando para Lexa -

- Vou em um minuto - respondeu tentando parecer animada, mas a verdade era que ela não sairia dali -

- Eu vou dançar um pouco, faz companhia a Lexa? - pediu o homem e Abby de imediato concordou. Lexa nem ao menos ouviu o que Jake havia falado, ela só o observou sair. Ela não conseguia parar de olhar Clarke interagindo com aquela outra garota -

**

- Vamos Clarke! Você pode fazer isso - Santana segurou os braços da loira que segurava o violão com suas duas mãos - Você canta, quando terminar desce do palco e beija Lexa, fácil assim - aconselhou a latina achando o plano mais simples que passara por sua cabeça -

- Vai dar tudo certo Clarkie, depois que San admitiu seus reais sentimentos por mim com uma canção foi quando as coisas começaram a evoluir - Brittany entrelaçou seus dedos com os de Santana e as duas trocaram um rápido selinho -

- Vai… Está na hora - ninguém nunca iria saber o quão difícil era para Niylah dizer aquelas simples palavras. Clarke respirou fundo e seguiu com Santana para o pequeno palco na pista de dança que seria usado para o discurso de Jake para com sua mãe -

- Olá - disse Santana dando duas batidas no microfone, ela parou o dj e todas as pessoas ali olharam para ela e Clarke. A distância do palco para onde Lexa estava não era grande e Clarke conseguiria facilmente olhar para a garota - Clarke vai cantar então fiquem calados, boa noite - e essa foi a apresentação de Santana, ela saiu da pista e foi para ao lado de Brittany e Niylah -

 

- Hum… boa noite a todos - Clarke sentiu a luz focar em si e corou com toda a atenção. Ela podia ver bem ali a sua frente seu pai ao lado da avó e de Octavia com Raven, do outro lado mais no canto estava Niylah com Brittany e Santana e um pouco atrás dessas garotas ela viu Lexa e Abby parecendo curiosas - Eu quero dedicar essa canção a uma pessoa que é muito importante para mim, espero que entenda -

Clarke passou o suporte do violão sobre sua cabeça caindo nos ombros e começou a tocar os primeiros acordes, como de costume ela olhou para seus dedos trocando a cada novo tom, era uma versão acústica de uma de suas músicas favoritas e que ao seu ver parecia encaixar na situação.
Ela procurou por Lexa e começou a cantar.

New Jersey tongue, not saying too much
I'm feeling your attitude
That East Coasting, babe, is driving me crazy
Just like it's supposed to do

- Só eu que estou achando inapropriado minha neta cantar isso para mim? Eu não sou de New Jersey - sussurrou Ingrid para seu filho achando que Clarke estava cantando para ela, Jake apenas ignorou sua mãe, era a primeira vez que via a filha cantando para um público -

With hands that could save me, face that could break me
Sort of in love with you
But I wouldn't say that to ya

Clarke olhava em direção a Lexa esperando que dessa vez a garota entendesse que a música era apenas para a publicitária. 

And now I'm tryna find the words
To tell you how I feel and show you that it's real
And now I'm tryna find the words

Lexa sentia uma ansiedade percorrer todo o seu corpo, e pela primeira vez ela havia gostado daquela ansiedade, era como se ela soubesse que daquela vez se sentir ansiosa fosse algo bom.

I don't know what else to say

But you're pretty fucking dope

Just so you know

Clarke sorriu ao continuar trocando os acordes e ela pôde jurar que viu Lexa sorrindo de volta, ela esqueceu que estava sendo observada por um grande público curioso, seus olhos esqueciam qualquer outra imagem ali, só havia Lexa.

I've been thinking about the ways

That I wanna hold you close

Just so you know

I don't know what else to say

But you're pretty fucking dope

Oh just so you know, oh

I don't know how else to say it

But you're pretty fucking dope

Clarke voltou a se sentir confiante com aquela situação, já decidida que iria negar qualquer lembrança de Raven dizendo que ela deveria desistir, ela não iria fazer a não ser que Lexa disse tais palavras.

Do you already know? Do you already know?

Clarke fechou os olhos e ao cantar a seguinte estrofe não conseguiu impedir por muito tempo e lembrou da garota que aparentemente Lexa estava a procura.

Do you got a girlfriend

'cause if you don't then

I'm coming after you  

Niylah sorriu ao ver Clarke cantando como se seus medos já não estivesse mais ali, apesar de tudo o que houve ela estava orgulhosa por Clarke conseguir.

Don't wanna be selfish

But I can't help it

I'm wanting more of you

I know I'm cool as shit

You want more of it

This much I know it's true

But I wouldn't say that to ya

As outras pessoas só conseguiam admirar a garota no palco, algumas seguiam o olhar de Clarke, e Octavia ficou na dúvida se a irmã estava cantando para Niylah ou para Lexa, ela não conseguia identificar na posição que estava.

And now I'm trying

To find the words

To tell you how I feel

And show you that it's real

And now I'm trying

To find the words, oh

I don't know what else to say

But you're pretty fucking dope

Just so you know

I've been thinking about the ways

That I wanna hold you close

Just so you know

I don't know what else to say

But you're pretty fucking dope

Oh just so you know, oh

I don't know how else to say it

But you're pretty fucking dope

Com a canção acabando Clarke sentiu seu frio na barriga aumentar, e a incerteza de não saber o que Lexa faria estava começando a importunar sua cabeça, mas ela não deixou a música parar.

Do you already know? Do you already know?

Clarke parou os movimentos repetitivos dos acordes para cantar a próxima estrofe, as alternâncias das cordas que tocava deu outro ritmo a música.

What I think about ya

And all the ways that you make me feel

Do you know what I think about ya?

What I think about ya

And all the ways that you make me feel

Do you know what I think about ya?

Clarke procurou novamente a figura de Lexa e terminou a canção com os últimos versos.

I don't know what else to say

But you're pretty fucking dope

Just so you know

I've been thinking about the ways

That I wanna hold you close

Just so you know

I don't know what else to say

But you're pretty fucking dope

Oh just so you know

I've been thinking about the ways

That I wanna hold you close

Clarke terminou a canção e recebeu vários aplausos, ela sentiu sua avó lhe abraçar e dizer algumas palavras que ela não conseguiu identificar, então veio seu pai junto com Octavia e em questão de segundos ela estava presa a um círculo de pessoas falando coisas o que ela não queria ouvir.

- Ela nunca canta assim na frente de todos, ela deve gostar mesmo de Niylah – comentou Abby sorrindo satisfeita por ter feito algo para ajudar sua filha. Lexa imediatamente olhou para Abby não entendendo o que Niylah tinha a ver com aquela canção –

- Niylah? – se atreveu a perguntar –

- Sim, é óbvio que Clarke estava cantando para Niylah. Não notou que ela estava ali – apontou Abby e Lexa pôde ver as duas loiras abraçadas. A publicitária podia jurar que a música era para ela, ela podia jurar que Clarke estava cantando unicamente para ela, mas então caiu na realidade, foi quando resolveu sair dali – Lexa? Querida para onde vai? Lexa?! – Abby chamou várias vezes mais Lexa simplesmente fez seu caminho para em direção para areia, ela queria se distanciar dali. Minutos depois a loira apareceu -

- Mamãe? Onde Lexa foi? Cadê ela?! – Clarke finalmente conseguiu sair dos braços que lhe parabenizaram e correu para onde vira Lexa pela a última vez -

- Eu não sei, ela simplesmente saiu sem dizer nada – Abby não entendeu aquela atitude de Lexa, e estava tentando lembrar se falou algo errado – Ela começou a andar para aquela direção – apontou para onde era a volta de sua casa –

Clarke imediatamente correu tentando alcançar Lexa, a única luz naquele local da praia era a que a lua disponibilizava, a loira ouvia o barulho das ondas se formando, sentia o vento balançando seus cabelos enquanto corria, mas seus olhos não conseguiam encontrar Lexa, ela não podia acreditar que havia assustado a garota apenas com uma canção.

Clarke parou e olhou ao redor, olhou para o horizonte no mar, olhou todos os lugares que seus olhos alcançavam, mas não havia nenhum sinal de Lexa, então a loira gritou pelo o nome da publicitária, gritou até sua garganta doer, gritou até sua consciência pedir para que a loira parasse e foi quando Clarke obedeceu, a jovem deixou seus joelhos caírem na areia e de cabeça baixa ela fechou os olhos, ela deveria ter escutado Raven, deveria ter ficado em silêncio.

A loira voltou a sentir o vento em seus cabelos, mas dessa vez ele trazia um perfume conhecido, foi quando a loira abriu os olhos e lentamente levantou sua cabeça e encontrou Lexa em pé, Clarke não sabia se era a luz da lua, mas Lexa parecia um sonho a sua frente. Clarke não sabia exatamente quanto tempo ficou chamando pela a publicitária, talvez por dez a quinze minutos, o que foi o tempo suficiente para Lexa reaparecer ali com uma mochila nas costas e com um olhar de despedida.

- Vo... você está indo? – Clarke levantou e ficou na mesma altura de Lexa. A publicitária já havia pensando nisso antes e por mais que não quisesse ela teria que fazer, Clarke estava abrindo mão de sua vida para poder seguir com Lexa e depois da publicitária saber que Clarke realmente estava tentando algo com Niylah ela resolveu não mais segurar a loira em sua viagem -

- Eu não sei como agradecer tudo o que você fez por mim, Claire... – Lexa se aproximou lentamente de Clarke e hesitou por um momento, seus olhos encontraram os tristes azuis de Clarke e Lexa olhou para baixo, seus pés deram mais um passo e ela abraçou Clarke. A loira em piloto automático passou seus braços ao redor da garota – Você merece o mundo, e eu desejo que você seja feliz – sussurrou para sua voz não parecer tão quebrada, Lexa segurou a loira por mais um tempo não querendo largá-la, Clarke apertou ainda mais seus braços e foi quando Lexa decidiu que era hora de ir – Nós vamos nos encontrar novamente – afirmou olhando para Clarke e dessa vez a loira viu que os olhos verdes estavam marejados – Se cuida, Claire – Clarke sentiu os lábios de Lexa tocar sua bochecha e ela fechou os olhos, a publicitária não esperou nenhuma palavra e se afastou, começou a andar deixando Clarke para trás –

Lexa andava lentamente como se a cada passo fosse pesado demais para se dar, as lágrimas desciam de seus olhos, mas eram rapidamente secadas pelo o vento, ela não olhou para trás, não olhou para frente, ela olhava para a areia em seus pés.

- Eu gosto de você! – disse Clarke. Ela continuava de costas e foi quando se desprendeu de todas as correntes que prendia seus sentimentos – EU GOSTO DE VOCÊ! – gritou novamente e dessa vez virou-se, ela encontrou Lexa há poucos metros de si e a loira correu, correu até que a distância entre as duas fosse mínima. –

- O que –

- Eu gosto de você e não como amiga Lexa – ela não se importava o que aconteceria depois que ela falasse aquilo, ela só queria que Lexa soubesse antes de realmente decidir ir – Eu sei que você me considera uma amiga, e acredite eu não queria ultrapassar esse limite, mas eu não posso deixar você sair da minha vida sem que saiba como eu me sinto – não era possível saber qual das duas estava mais nervosa, Clarke por finalmente se expor ou Lexa por não saber como terminaria tudo – Eu não consigo mais guardar isso, eu não consigo está ao seu lado e esconder todos esses sentimentos que você desperta em mim, em como eu fico nervosa quando você olha para mim, ou como meu dia ficar melhor quando você sorrir, ou até mesmo quando erra meu nome e eu sorrio porque de alguma forma eu acho adorável, apesar de me irritar muitas vezes – Clarke viu um sorriso aparecer em Lexa e se sentiu um pouco mais confiante, ela pediu a sua cabeça para não lhe deixar gaguejar ou embaralhar as palavras – Quando você entrou naquela floricultura houve uma troca, você esqueceu uma gardênia e levou me coração, eu sei que dizer essas coisas só faz você me achar ainda mais idiota, mas eu não me importo, eu sei que você pode seguir em frente depois dessa minha declaração e acabar com nossa amizade, mas eu não posso mais deixar que passe um segundo guardando o que sinto – Lexa tinha a sensação que seu coração tinha se duplicado e um deles estava pulsando em sua garganta, ela não podia acreditar que Clarke estava ali se declarando para ela - Minha vida toda eu achei que sabia o que era felicidade, mas felicidade teve um novo conceito quando eu conheci você, então se você sente algo por mim, nem que seja mínimo, nem que seja quase nada, mesmo assim eu te peço para não ignorar... – Clarke se sentiu ceder as lágrimas, mas não deixou isso parar seu discurso – Uma vez você me perguntou se eu tinha algum desejo, e desde que você entrou na minha vida o meu único desejo é que você seja feliz, e que eu seja aquela que faça você feliz... –

Os olhos delas se encontraram e pela primeira vez desde que entraram naquela viagem, as duas se olharam de maneira exatamente iguais, o mesmo sentimento estava ali, a esperança, o alivio e outro que era o mais importante e que as duas pareciam finalmente entenderem. O mar e o vento se juntaram, o barulho da onda quebrando em uma rocha acalmou o coração de Clarke e o vento frio fez Lexa fechar os olhos por alguns segundos, quando se abriram os verdes voltaram a encontrar os azuis, e em um momento inexplicável onde as emoções corriam por todo o corpo de ambas, elas estavam em uma perfeita comunicação. Lexa tirou a mochila das costas e deixou cair na areia, e como uma garotinha envergonhada ela se aproximou de Clarke, a loira sentiu as borboletas em seu estômago serem esmagadas por uma família de elefantes e seu coração escapou uma batida quando Lexa enlaçou seus braços ao redor do pescoço de Clarke.

A loira se atreveu e lentamente encostou seus lábios com os de Lexa e naquele simples encostar de lábios, ou melhor, de almas, fez os flashes na cabeça de Clarke formarem um filme nitidamente, ela lembrou exatamente de tudo o que acontecera em Storybrooke, cada momento, cada cena e dessa vez ela teve a certeza de que não havia sido sonho, ela lembrava.
O beijo apesar de ter encontrado uma intimidade maior, continuava lento diferente da aceleração no coração de ambas, era como se os sons fossem audíveis demais para cada uma saber o que a outra estava causando com um simples beijo.
Lexa parou o beijo porque seu corpo estava cada vez mais pedindo um toque maior, Clarke terminou o beijo com um rápido selinho enquanto ainda segurava Lexa em seus braços, as duas colaram suas testas e Lexa sorriu.

- Nós nos beijamos em Storybrooke, desculpa só ter lembrado agora – admitiu causando um sorriso tímido em Lexa, a publicitária descansou sua cabeça na curva do pescoço de Clarke e ficaram assim por um tempo -

Clarke então esqueceu de tudo o que havia sido contra aos seus sentimentos, ela havia esquecido do alerta de Raven sobre Lexa ter outra pessoa, ela esqueceu de tudo que tentasse fazê-la segurar seus sentimentos por Lexa, naquele momento ela se sentia a garota mais feliz em todo o EUA.