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História Bulma e Vegeta - Como Tudo aconteceu - Parte 2 - O sacrifício de Vegeta


Escrita por: lemos888

Notas do Autor


Esse capítulo me emocionou bastante. Espero que gostem. Abraços

Capítulo 4 - O sacrifício de Vegeta


Fanfic / Fanfiction Bulma e Vegeta - Como Tudo aconteceu - Parte 2 - O sacrifício de Vegeta

Quando chegamos ao torneio foi estranho ver o pai do Goten com ele. Eles eram muito parecidos. Mas o pai do Goten não parecia ser muito forte. Eu acho que o meu pai era bem mais forte que ele.

Foi decepcionante saber que iríamos lutar no torneio infantil e não com os adultos. O torneio infantil acabou sendo mesmo muito chato até a final quando pude lutar com o Goten. Eu o venci e para consolá-lo prometi entregar uns brinquedos meus para ele.

Depois que eu ganhei o torneio eu decidi me fantasiar de Mighty Mask junto com o Goten para assim podermos participar do torneio dos adultos. Lutamos contra a naº 18 e ela era muito poderosa. Bem que meu pai tinha me alertado sobre ela. Era estranho porque ela não tinha um ki e isso tornava tudo mais difícil. Então ela nos descobriu e nós tivemos que fugir dali. Droga! A luta estava tão divertida!!

Depois encontramos a Videl e ela nos avisou sobre um tal de mago Babidi e seu demônio Majim Boo e que meu pai e Gohan tinham ido atrás desses caras. Uau! Um mago! Isso devia ser muito mais legal que o torneio! Por isso eles tinham ido embora!! Esse mago devia ser bem fraquinho, mas podia ter poderes bem divertidos. Devia ser legal de ver. Eu e Goten decidimos voar até lá. 

Quando chegamos ao local só encontramos duas estátuas do Kuririn e do Sr. Picollo. Que estranho! Porque tinha uma estátua deles aqui? Como eram feias... Eu fui mexer na do Sr Picollo e ela acabou caindo e se quebrando. Droga! Tomara que o Sr. Picollo não fique chateado por eu ter quebrado sua estátua.

Depois vimos aquele sujeito gordo cor de rosa derrotar e comer o outro cara vermelho.

Então de repente a estátua do Kuririn se transformou no próprio Kuririn. Quando fui olhar a estátua do Sr Picollo ele também tinha voltado a ser uma pessoa normal, mas estava totalmente em pedaços. E era por minha culpa!!! Ah! Não!

-Não vamos contar isso a ninguém está certo? Isso será um segredo! – eu disse ao Goten e ao Kuririn envergonhado.

-E que segredo é esse? – disse o Sr. Picollo aparecendo inteiro.

Ele tinha voltado ao normal. Mas como??

-Escuta Picollo. Como fez para voltar ao normal?

-Eu posso reconstituir o meu corpo desde que minha cabeça esteja intacta. Mas o que aconteceu aqui? Onde estão todos?

-Eu não sei. Acabamos de chegar.

Nossa! O Sr. Picollo era muito estranho.

Nos escondemos atrás das rochas e começamos a observar. Podíamos ver um gordo rosa e um velho pequeno. Então eles nos disse que o velho era Babidi e o outro provavelmente Majim Boo. Então uma explosão aconteceu e eu pude ver. Era meu pai!!!! Seu ki era mesmo muito forte!

-Senhor Picollo!! É o meu pai!!! Ele é incrível! Vai derrotar o Majim Boo!!

********

Eu estava certo. Quando a poeira baixou percebi que tinha chegado ao lugar onde estava Majin Boo.

Pude vê-lo e constatei que apesar de ser um sujeito com um ki muito poderoso ele tinha uma aparência de um ser muito fraco. Era um verme! Eu o derrotaria facilmente.

-E esse palhaço gordo?? É Majin Boo?!?! – eu disse.

Mas eu não podia me deixar enganar. Apesar da aparência, ainda assim esse cara devia ser muito forte. Seu ki era estranho. Ele era um demônio e certamente podia lidar com magia assim como Babidi. Além disso, ele tinha eliminado Daburá e Gohan muito rapidamente!!

-Argh! Inseto! Foi muito esperto em matar Gohan!

Eu já vinha pensando nisso. Depois de tudo o que fiz...assassinar todas aquelas pessoas...a morte de Gohan...eu não merecia o perdão de todos e nem mais fazer parte desse mundo.

Todos aqueles anos no espaço matando tantas pessoas, destruindo famílias... Agora que eu tinha a minha própria eu podia imaginar o sofrimento que causei a tanta gente. Finalmente eu entendi que o que fiz foi errado e eu odeio isso. 

Eu sempre confrontei a morte. Apesar de gostar de lutar eu sempre tive medo de morrer. Desde que conheci Kakarotto eu soube da existência da vida no outro Mundo. Eu sabia que já tinha um lugar separado para mim no inferno. Mas agora não era hora de pensar nisso. Já estava decidido. Se eu tivesse que morrer lutando, eu morreria.

Eu olhava para Majin Boo e só via a imagem de Kakarotto na minha frente.

Kakarotto! Você sempre foi um cara odioso! Jamais gostei de você! Sempre quis estar um passo na minha frente. E quase todas as vezes procurava me salvar! E isso não era tudo. Você acabava morrendo! Mas desta vez eu vou me encarregar de resolver este problema. Continue dormindo e quando abrir os olhos isso tudo terá terminado. Acho que será melhor que eu não esteja aqui.

-Eu não irei para o inferno sozinho. Vocês terão que ir comigo! – eu disse para aqueles dois, irritado.

Eu comecei a lutar, mas por mais que atacasse Majin Boo eu não conseguia causar nenhum dano a ele.

Decidi lançar um ataque direto e fiz um grande furo em seu tórax. Por um instante pensei tê-lo derrotado, mas então ele se reconstitui como se nada tivesse acontecido.

-Majin Boo, por acaso você é imortal??

Droga! Essa luta ia ser mais difícil do que eu imaginava! Então aquele palhaço rosa aumentou o seu ki de uma vez com uma forte explosão. Eu me protegi com o meu braço esquerdo a minha frente.

Apenas com isso Majin Boo me feriu muito. Meu braço agora estava quebrado. Argh! Além de muito poderoso Majin Boo era imortal. O que eu poderia fazer agora??? De que maneira eu posso derrotar esse monstro?!?

Então Majin Boo tirou um pedaço de seu corpo e o jogou contra mim. Como um elástico aquela coisa se enrolou em volta de meu corpo e me prendeu. Eu tinha caído em sua armadilha! Droga! Eu não conseguia me mexer. Estava sendo esmagado. Sentia sufocar. Majin Boo começou a me atacar. Eu estava sendo massacrado. Não podia fazer mais nada. Já estava muito machucado. Só podia esperar a morte. Droga! Eu ia ser derrotado por aquele demônio! Que humilhação!

-PAAAIIIIIII!!!!!!

Foi quando de repente Majin Boo parou de me atacar e eu apaguei.

[...]

O que tinha acontecido?? Eu sentia que podia respirar novamente. Então ouvi a voz de Trunks. Sim era ele. Foi ele que tinha atacado Majin Boo e me livrado de seus ataques??

-Pai! Papai!!

-Está bem, Senhor Vegeta. - disse outra voz de criança.

-Pai, aguenta, por favor, pai! Pai!! Pai!!!

-Ele já morreu? – disse a outra voz. Parecia ser o filho menor de Kakarotto.

-Não diz besteira! O meu pai não pode morrer só com esses ataques!!!

-É verdade, Trunks, mas ele que não volte a lutar com esse monstro!

-Escuta aqui, Goten. Limpa bem os ouvidos pra escutar o que eu vou dizer.

-Uhum.

-A minha mãe me contou que meu pai é um guerreiro muito orgulhoso por que é o Príncipe dos Saiyajins!

Oh! Trunks!! Ele sabia esse tempo todo?!?

-O quê?!? O seu pai é um Príncipe?!?!

-Isso mesmo! O meu pai é um guerreiro muito importante. O Príncipe dos Saiyajins não pode perder desse demônio!!!!

Trunks! Então ele entendia o orgulho de um guerreiro Saiyajin! Bulma deve ter contado a nosso filho!! Ela tinha tido essa delicadeza que eu não tive! Ah! Então me veio a minha mente todas às vezes em que eu o ignorei ou não dava a ele a atenção e o carinho devido. Agora eu me sentia culpado por tudo isso. Ele era um bom filho. Merecia mais de mim. Ainda assim Bulma tinha dito a ele que eu era o Príncipe dos Sayajins!! Ela usou o meu orgulho e minha posição para explicar não apenas a origem de nossa força, mas também a minha atitude com ele. Agora eu desejava ter feito as coisas de uma maneira diferente. Mas eu já não podia mais voltar atrás. E Trunks tinha razão. O Príncipe dos Saiyajins não podia ser derrotado por aquele monstro maldito. Eu tinha que derrotar Majin Boo!!  

Fiz toda a força que pude para apenas abrir os meus olhos e mostrar para o meu filho que eu estava bem.

-Ele tá acordando!!!

-Trun...Trunks! – eu disse quando finalmente pude vê-lo.

Ele estava com o Goten. Esses garotos tinham me salvado. Por quanto tempo eu fiquei inconsciente?! E Majin Boo, onde estava? Droga!

-Onde está aquele verme?? – eu perguntei afastando Trunks.

Aquele lugar não era seguro para ele. Os garotos não deviam estar aqui.

-Pai. Eu te ajudo a levantar.

-Eu estou bem, Trunks. Não se preocupe. – eu disse fazendo toda a força possível para ficar de pé sozinho e mostrar a ele que eu ainda tinha energia.

-Senhor, Vegeta. O Senhor viu o meu irmão, Gohan? O Sr. Picollo não quis me dizer onde ele está.

Hum! Eu não podia dizer a ele que Gohan estava morto. Olhei para cima e vi que Picollo tinha matado Babidi. Agora só restava Majin Boo vivo.

Há muito tempo atrás eu tinha criado uma técnica muito poderosa para usar contra Kakarotto. Nela eu usava toda a energia de meu ser concentrando-a em um único ponto ocasionando assim uma grande auto-explosão do meu corpo que seria tão forte capaz de derrotar qualquer inimigo. Obviamente era uma técnica suicida e só devia ser usada em um último caso, quando não havia mais outra forma de vencer. Para mim era melhor morrer com honra do que viver humilhado pelo Kakarotto. Seria o Resplendor Final.

Não era o caso agora. Sim, eu me sacrificaria. Mas humilhação nada tinha a ver com isso. Ver Trunks ali ao meu lado. A revelação de suas palavras. Saber o que Bulma tinha contado pra ele depois de todos esses anos...Uma emoção forte me atingiu. Pensar que não os veria mais me fez sentir novamente aquela dor no meu peito.

Eu finalmente entendia o porquê de Kakarotto se sacrificar tantas vezes para salvar aqueles que amava. Entendia por fim como ele podia seguir lutando mesmo quando sabia que não poderia derrotar o inimigo. Entendia como ele podia morrer com um sorriso no rosto por saber que tudo tinha valido a pena.

Apesar de ainda estar sob o domínio de Babidi e com o coração cheio de ódio e rancor eu pude perceber enfim que em meu coração também existia um pouco dos sentimentos dos humanos. Era uma pena ter me dado conta disso e finalmente ter aceitado tão tarde. Agora eu não tinha mais como voltar atrás. Era meu dever acabar com aquele monstro e fazer a paz voltar a Terra. Bulma e Trunks mereciam isso. Era o mínimo que eu poderia fazer por eles.

-Trunks! Cuida...cuida de Bulma que é sua mãe! – eu finalmente disse.

-Ahn?!

Eu costumava matar meus adversários e ter muito prazer com isso. Tudo era uma grande diversão para mim. Eu achava que era da natureza dos Saiyajins sermos assim. Mas Kakarotto, seus filhos e até Trunks que tinham sido criados na Terra eram tão diferentes. Talvez, por ter convivido tanto com Freeza e seus soldados eu tenha ficado mais cruel e frio do que deveria. Ou então a própria raça dos Saiyajins tivesse em algum momento de sua história acreditado que devesse ser mal por natureza.

Mas Bulma...Bulma nunca desistiu de mim. Bulma! Lembrei-me de quando nos conhecemos em Namekusei. Naquela época eu ainda sonhava em dominar o mundo no lugar de Freeza. Nossa! Como os tempos passaram! Já na Terra ela me mostrou que a vida era muito mais do que a simples luta pela sobrevivência. Lembrei-me de sua generosidade...nosso primeiro beijo....de suas carícias. Mesmo quando eu era cruel com minhas palavras ou ações...ela sempre tinha uma palavra de carinho ou apoio. Ela ignorava a minha rispidez. Acho que no fundo ela já sabia o que até eu mesmo ainda não tinha me dado conta. Que eu a amava e também amava nosso filho a minha própria maneira, mesmo sem nunca ter dito uma só vez.

Aquela mulher terráquea tão forte e determinada tinha conseguido amolecer o meu coração e minha alma. Sim. Quem diria! O Príncipe dos Saiyajins finalmente admitia que era completamente apaixonado por uma simples e comum terráquea. A mulher mais incrível que eu poderia ter conhecido em todo o universo.

Quando percebi eu estava sorrindo por pensar nela.

-Do que você tá falando, papai?! Porque que eu tenho que cuidar da mamãe?!

-É melhor se refugiarem num lugar bem longe daqui. Eu vou me encarregar pessoalmente de eliminar Majin Boo.

-Ahn?! Isso não! Não quero! Nós também vamos lutar! Se você lutar sozinho ele pode te matar. Se lutarmos juntos nós conseguiremos.

Trunks! Ele tinha mesmo ficado muito forte. Venceu Goten no torneio. Na sua idade eu não tinha nem metade de seus poderes! Senti orgulho dele agora.

-Não. É impossível. Não importa com quantos ele lute. O que importa são as técnicas de luta.

Os garotos não queriam escutar. Eles não entendiam. Ainda eram muito novos para entender sobre lutas. Trunks mostrava tanta coragem agora...

Trunks! Gostaria de ter sido um pai melhor para ele. A primeira coisa que Kakarotto fez quando viu seu filho Goten foi lhe dar um abraço, algo que eu nunca fiz com Trunks todos esses anos. Essa seria a última vez que eu o veria. Não podia perder essa oportunidade agora. A única coisa que eu poderia fazer era me despedir dele e finalmente abraçá-lo. Virei para Trunks e comecei a me despedir.

-Trunks apesar de ser meu filho, nunca tive a delicadeza de te abraçar. Nem quando você era um bebê!

-Ahn?!

-Deixe-me abraçá-lo. – eu disse me aproximando dele.

-Ahn! Pai, mas...O que foi pai...Porque está fazendo isso? Eu fico com pena! – ele disse envergonhado enquanto eu o abraçava.

Fiquei com meu filho por um instante. Lembrei-me de que não soube que Bulma tinha ficado grávida e nem acompanhei o nascimento de Trunks porque estava ocupado demais treinando no espaço com minha obsessão em me transformar em um super saiyajin e em superar os poderes de Kakarotto. Eu sempre deixei o meu orgulho falar em primeiro lugar. Sempre fui egoísta demais e fiz tudo ao meu modo. Mas agora seria diferente. Eu ia acabar com Majin Boo e faria isso por Trunks e por Bulma. Essa seria a minha última ação na Terra. Eu esperava que fosse minha redenção e que um dia quem sabe pudesse voltar a vê-los.

-Cuide-se bem, filho. – eu disse para ele sorrindo.

Queria que essa fosse a última lembrança que ele tivesse de mim. E então o acertei com um golpe.

Coloquei força suficiente para apenas deixá-lo desacordado. Eu precisava que ele estivesse longe daqui e seguro. Depois fiz o mesmo com o filho menor de Kakarotto. Então Picollo se aproximou e eu pedi que ele levasse os garotos para longe daqui.

-Por favor, Picollo. Cuide dele! – eu pedi com delicadeza.

Mas antes que Picollo partisse eu tinha que lhe fazer uma pergunta. Ele tinha sido o Deus da terra. Deveria saber a resposta para a pergunta que eu lhe faria.

-Só quero que me diga uma coisa. Se eu morrer, vou poder ver Kakarotto no outro mundo?

-Não adianta dizer mentiras só pra te consolar, então vou dizer a verdade. Isso será impossível!

Uma dor forte atingiu o meu peito. Se eu não seria capaz de ver Kakarotto isso quer dizer que eu iria mesmo para o inferno ou pra onde quer que as almas malignas fossem após a morte.

-Você matou muita gente inocente sem compaixão. Seu corpo será eliminado e a sua alma será levada para um lugar onde Goku não estará. Sua alma se esquecerá de todas as lembranças e então será usada para outro ser vivo.

Eu senti uma tristeza profunda ao pensar que jamais iria ver novamente Bulma e Trunks e que nem ao menos  me lembraria de suas existências. Mas esse era o meu destino. Eu merecia isso. Era o castigo devido por tudo de mal que fiz.

-Hum! Entendo. É uma pena. – eu disse tentando fazer parecer que não me importava.

Majin Boo estava se aproximando depois de se recuperar do ataque de Trunks.

-Isso era tudo. Pode ir. Vá, depressa! – eu disse.

-Adeus! – disse Picollo.

Majim Boo queria alcançá-los, mas eu não permiti. Eu ia acabar com ele e seria agora.

 -Descobri um jeito de eliminar você. E vou te mostrar. - eu disse.

Eu aumentei o meu ki ao máximo e comecei a reunir a minha energia em volta de meu corpo preparando a técnica fatal. Eu não conseguia parar de sorrir. Eu ia morrer com um sorriso no rosto. Sem arrependimentos. Sem temores. Sem medo.

-O jeito de acabar com você é fazer você virar pó. Pra não se reconstituir nunca mais – eu disse a Majin  Boo.

-Oh!

Adeus Bulma! Adeus Trunks! E também, Kakarotto.

-AAAHHH!!!!!


Notas Finais


No próximo capítulo vou mostrar os pensamentos de Bulma. Até a próxima. Abraços.


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