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História Burning (Descontinuada) - Senhoras e senhores,apresento-lhes A Piada Interna


Escrita por: RozaBlue e Veezos

Notas do Autor


OI PESSOAS LINDAS!
Não,nós não morremos. Após muitos problemas, finalmente conseguimos postar esse cap.
Agradecemos por serem tão pacientes,chuchus <3

Capítulo 7 - Senhoras e senhores,apresento-lhes A Piada Interna


Depois que as palavras param de se despejar da minha boca, Mel e eu ficamos em silêncio por alguns minutos. Melanie parece estar tentando  digerir tudo isso, tanto quando eu tento me manter livre de pensamentos.

Sinto que se eu começar a analisar a situação e os últimos acontecimentos de forma geral, vou enlouquecer. Minha cabeça vai acabar explodindo como malditos fogos de artifício.

Quando finalmente decido quebrar o silêncio, Mel é mais rápida.

- Eu estou sem palavras, Gaby. Sério, eu não sei o que dizer. - ela balança a cabeça de um lado para o outro. Pausa. Suspira e volta seus olhos verdes para os meus - Também tenho algo para te contar.

Me ajeito mais confortavelmente no sofá e digo:

- Pode falar.

Ela torce as mãos,começa a gaguejar:

- Bem... é que... eu estou...bem, o que eu tenho pra te contar é...é que eu estou grávida.

Ao terminar, um soluço surpreso escapa de seus lábios e ela começa a chorar, pondo as mãos de forma protetora na barriga.

Eu paraliso por alguns segundos tentando absorver toda a informação.

- Grávida? - pergunto apenas para confirmar que não escutei errado e Melanie apenas balança a cabeça em afirmação.

- Como... Como isso aconteceu? - continuo.

-Sério que não sabe, Gabriela? Logo você? - diz acidamente, mais cruel do que planejava, pois ela me olha chocada e volta a chorar com mais desespero. Suspiro e a envolvo em meus braços.

- É claro que eu sei, apenas quero entender como que você deixou isso acontecer. - faço uma pausa e logo continuo - Melanie, não temos condição de ter filhos, principalmente com a nossa profissão e com essa vida que levamos.

- E você acha que eu não sei?! - exclama com a voz embargada se afastando de mim - Poxa, eu contei pra você porque pensei que me ajudaria, não que fosse me julgar.

Droga. Ela está certa, infelizmente. Eu apenas não... entendo. Por quê? Como? Minha mente é um labirinto de pensamentos perigosos e horríveis,e de lembranças ruins. Mas agora não era hora de focar neles, volto minha atenção para Melanie.

- Você está certa - admito em voz baixa - Eu realmente estou te julgando, mas Deus sabe que eu não tenho moral para julgar ninguém, e a última coisa que você precisa agora é que alguém te aponte o dedo, então me desculpe, ok?

- Tá tudo bem. Sabe que não consigo ficar brava com você - diz fungando e se aconchegando em mim novamente.

Faço carinho em sua cabeça e acaricio seus ombros desnudos. Ela está tremendo muito, então a desenrolo de mim e busco meu casaco, para depois envolve-la com ele.

- O que eu vou fazer, Gaby? Eu não tenho ninguém - soluça enquanto aperta mais o casaco ao redor de si.

- Ei,como assim não tem ninguém? Você tem a mim,pode ter certeza que eu não vou te abandonar agora. Você é minha melhor amiga.

- Gabriela, você já tem problemas demais - fala me encarando com os olhos avermelhados pelo choro - Você não precisa de mais um. Ou dois, no caso.

Eu a fito seriamente e digo.

- Você realmente quer começar uma discussão comigo? Logo comigo? - arqueio uma sobrancelha em sua direção. Ela abaixa os olhos, seus ombros caem e eu sei que venci essa batalha. Sorrio minimamente - Então está resolvido. Eu vou cuidar de vocês dois.

- Mas, Gaby... - tenta uma última vez. Lanço-lhe meu olhar mais mortal, o que não deve ser muito, pois ela ri e diz - Oh,meu Deus,essa é a sua cara de brava? Você parece estar  constipada e um pouco vesga.

Ela se levanta e encaixa o braço no meu, depois apoia a cabeça no meu ombro.

-Tudo bem, vamos fazer do seu jeito, González.

Agora sim a batalha foi vencida.

                                                                                                        _ . . ._

Algumas semanas depois.

Melanie e eu estamos muito ocupadas nesses últimos dias. Fomos ao ginecologista e a uma nutricionista, e não é como se as notícias fossem das melhores.

A futura mamãe precisou comer mais legumes e deixar os salgadinhos de lado, além dos coquetéis. E infelizmente, Mel teve que tirar licença da boate uma semana depois de ter me contado sobre o bebê e ter ido morar comigo.

Infelizmente para mim, tudo isso significa trabalho em dobro, mas eu não me queixo. Apesar de tudo, Melanie está feliz por causa da gravidez. É óbvio que se não foi feita com amor, mas ao menos é uma criança desejada. Se depender de mim e de Melanie, ele nunca será  indesejado. Não como eu.

Não como aquela criança...

Mel não me diz quem é o pai, às vezes me pergunto se ao menos ela sabe. Mas prefiro ficar quieta. Não é importante. Nós estamos segurando as pontas por um tempo, e vamos continuar assim. Espero.

Neste exato momento, estou caminhando até a boate. Um pressentimento me segue,  como se algo ruim estivesse prestes a acontecer e eu não pudesse evitar. 

Esse sentimento ruim é meu companheiro durante todo meu turno. Quando dou por mim,  já são 4 da manhã e estou caminhando de volta para casa, andando num ritmo dolorosamente lento. Eu aumentei meus horários, de modo a cobrir a parte de Mel. Precisamos de dinheiro e eu não posso me dar ao luxo de reclamar de dor nos pés ou do fato de que eu não tenho uma boa manhã de sono a tempos.

Estou absorta em meus pensamentos quando percebo que cometi um erro ao fazer isso. Não é seguro andar nas ruas de Gotham distraidamente. Droga, não é seguro andar em lugar algum distraidamente. Isso atrai problemas, principalmente se você for um imã para coisas ruins, como eu.

Não tenho tempo de reagir quando vejo um reluzente carro roxo andando ao meu lado. Tento pular para o outro lado da calçada, mas não tenho tempo. Uma mão branca surge de uma das janelas e me agara pelo pulso. Puxa-me pra perto e me dou de cara com o Coringa.

- E aí, coração? Sentiu minha falta?

Seus olhos são tão loucos quanto são claros. E eles são muito claros. Sei o que ele quer que eu diga.

E, como em uma piada interna, eu murmuro,

- Sim.

 


Notas Finais


Comentários?Conselhos?Chocolate?
Beijos de amora!


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