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História Burning Heart - A Night A The Opera


Escrita por: Poeta_Invisivel e VickSaturn

Notas do Autor


Pessoal desculpem a demora, mas estava com a famosa falta de ideias. Voltei, porém não tenho previsão para outros capítulos tão cedo. espero que entendam, vou tentar deixar um cap. pronto sempre que possível, juro!

ESPERO QUE GOSTEM.

— A. P. Dartot

PS: Música do capítulo - Soul Love - David Bowie

Capítulo 4 - A Night A The Opera


Fanfic / Fanfiction Burning Heart - A Night A The Opera


Benedict

Eu mal conseguia falar, foi tudo tão rápido que fugiram-me as palavras,estava constrangido e confuso.

 Ben...? — Passou a mão a frente de meus olhos — Você esta bem? Olha façamos o seguinte, vamos...deixar o tempo passar, as coisas se organizarem e depois de você me conhecer mais...possa ter a sua opinião. Acha melhor? — Assenti lentamente, ainda digerindo as informações. — Ok...vou tomar isso como um sim... — Olhou o relógio — preso a um tira grossa de couro em seu pulso e disse:

— Ah Deus! Já está tarde! — Levantou-se rápido do sofá e pulou sobre o gato branco de olhos bicolor deitado no chão. — Oh! Ziggy! Seu gato folgado, saia daí, está no meio do caminho! — O animal se levantou com as orelhas murchas e se deitou em sua caminha ao lado da estante.

— Oh! Realmente é tarde! — Olhei meu relógio e vi que já eram 22:45. Ouvi um alto estrondo do lado de fora da casa e as gotas grossas da chuva logo trataram de fuzilar a janela. — Merda! — Praguejei. — Ah...Eva, eu acho melhor eu ir... — Levantei. Miller posicionou-se em minha frente.

— Benedict, fique aqui esta noite, a chuva está muito forte, e minha casa é longe do hotel onde você fica...tenho certeza de que não vai te matar... — Me dei por vencido e concordei em ficar. 

— Vem, vou te mostrar onde você vai dormir. — Ela me levou por extenso corredor, por trás da escada. Parou perante  uma porta branca, pôs a chave na fechadura e a rodou duas vezes no sentido anti-horário. — Aqui, tem...algumas roupas limpas no armário, eram do meu irmão, mas acho que vão caber em você, talvez fiquem um pouco justas... — Suspirou com pesar. — Bem, antes de você dormir tenho que avisar, tenho dificuldades para adormecer, costumo andar pela casa de madrugada, e ás vezes chego a tocar ou ouvir algumas músicas. Espero que não se incomode.

  —  Não....bom, obrigado Eva... — Agradeci corando.

Entrei no banheiro e tranquei a porta, me olhei no espelho, o verde de minha iris contrastando com o avermelhado dos meus orbes. Estava cansado, exausto na verdade, tirei a camisa, a calça e depois o resto das roupas, liguei o chuveiro quente e deixei a água morna escorrer pelo meu corpo relaxando meus músculos. Demorei bastante no banho e ao sair me enrolei em uma toalha, meus cabelos ainda molhados, fui até o guarda roupa e o abri, haviam várias camisas dobradas em pilhas, e a mesma coisa se repete com as outras roupas, peguei uma calça de moletom azul escura lisa e uma camisa xadrez vermelha, ambas as roupas um pouco justas como ela havia dito, olhei para o interior do guarda roupa mais atentamente e pude ver ao fundo escondido uma fotografia emoldurada em dourado fosco, na foto um rapaz que aparentava ter seus trinta e seis anos, loiro dos olhos azuis desiguais, magro, ao lado dele Eva sentada com os cabelos presos em um coque frouxo, empurrei algumas jaquetas de couro escuro e achei mais fotos do mesmo rapaz, devia ser o irmão de Eva, guardei como estava e fechei o guarda roupa, apagando a luz logo em seguida. Coloquei a toalha de volta no banheiro e me deitei. Encarei a aliança em meu dedo, a removendo e depois encarei o teto por longos minutos, relembrando os momentos felizes que havia tido com Sophie e os meninos, Christopher estava com quatro anos, Edward com dois, eram crianças inteligentes...igual a mãe...Ainda não entendo como ela pôde fazer isso comigo, nós sempre nos demos bem, trabalhamos na mesma coisa basicamente, nos amávamos...bom pelo menos eu a amava. Sinto falta dos meninos, aquela noite se repetia em minha mente incessantemente. Acabei adormecendo de cansaço.

Acordei no que penso ser horas depois, olhei para o relógio no criado-mudo, 03:45 AM, pude ouvir uma música baixa, a luz da sala estava acesa, meu sono havia ido embora, mas ainda estava cansado, caminhei até a porta tentando fazer o mínimo de barulho possível. Saí do quarto em passos lentos, não tinha ninguém na sala a não ser outro gato, este branco com uma grande mancha preta nas costas como um colete. Caminhei até o final da escada de mármore e madeira escura. Olhei para cimo, todo o andar estava apagado, a música ficava mais alta a medida que me aproximava da sala, andei um pouco mais, a música que identifiquei quando cheguei a sala era 'Another Brick in the Wall pt.1' do Pink Floyd, sendo tocada por uma vitrola. Eva tinha um bom gosto. E por falar nela, ela estava sentada no balcão de granito da cozinha com um livro em mãos, a capa era preta com detalhes brancos e laranjas, o título 'O Homem Que Caiu Na Terra - Por Walter Tevis', estava tão entretida que nem se quer notou a minha presença, voltei meu olhar para uma prateleira de vinis, todos separados por ordem alfabética e de favoritismo, me assustei ao ouvir a voz de Eva:

  — Olá Duke, está com fome? Vou pegar algo para você. — Ela falou com o gato que antes estava no sofá. O bichano se espreguiçou no colo dela, mas logo depois desceu de seu colo, Miller abriu uma lata de atum e pôs no chão, então ela me viu com seus olhos brilhantes e meigos, veio até mim.

—  Gostou da minha coleção? —  Perguntou marcando a página em que parara e pondo na estante entre um livro grosso de capa branca de título 'IT — A Coisa Por Stephen King' e outro de capa vermelha simples de título 'Labirinto - Por A.C.H.Smith'.

—  Sim..você tem um ótimo gosto para músicos... — Falei em um tom tímido e baixo, ela me encarou, usava uma blusa preta de mangas longas lisa com um pequeno bolso do lado esquerdo, uma calça de moletom cinza e um roupão de seda azul ciano.

  —  Ah, obrigada. Eles são os meus bebês... —  Havia um pouco de tristeza em sua voz. Ela uniu as sobrancelhas, deve ter percebido minhas horas de lamúria. — Estava chorando? —  Perguntou-me, desviei o olhar para baixo mirando a sua cintura, senti o peso de sua mão em meu ombro em sinal de conforto.

 Preciso falar disso com alguém... —  Ela assentiu confusa, e me levou ao sofá, eu brincava com a aliança em minhas mãos.

 


Notas Finais




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