1. Spirit Fanfics >
  2. Burning in the cold -WinterWidow >
  3. In the end, it's never what you worry about that gets you.

História Burning in the cold -WinterWidow - In the end, it's never what you worry about that gets you.


Escrita por: LetiBz

Notas do Autor


Oi, pessoas!
Desculpe pela demora, até o início de Dezembro, ou antes se eu não ficar em nenhuma AP3(hahaha, sonha), devo ficar em modo estudar on. Aliás, demorei não só por causa disso, mas também dos trabalhos e etc.
Esse capítulo é mais calmo do que os anteriores, e eu queria ter tido mais tempo de trabalhar nele, mas também não queria deixar vcs sem capítulo novo muito tempo. Então, se tiver muitos erros, me avisem para eu acertar, pq não tive mto tempo para revisar.
Espero que gostem! e leiam as notas finais.

Capítulo 17 - In the end, it's never what you worry about that gets you.


POV NATASHA    

Ela observava Ivan mexer e apertar várias teclas e fios, e inserir dados na máquina onde estava presa. Ele parou, dando um meio sorriso, ao constatar que ela tinha acordado. Foi até ela. Ela fechou os olhos novamente, não querendo ver o que ele faria.      

– Tash... O que foi, querida? – Ela sentiu ele a beijando na testa, e se contorceu levemente querendo fugir. – Você não está assustada, não é? Não você. Nada assusta você. – Ela pensou no quanto ele não a conhecia realmente. Muitas coisas a assustavam, ela apenas aprendera a não demonstrar e nem fugir. – Sei que você não entende o que estou fazendo. Ainda. Mas você entenderá, e verá que ninguém mais poderia te dar um presente tão especial quanto estou dando. Abra os olhos.  - Ao ver que ela não abriria, falou novamente, dessa vez com irritação. - Natalia, abra os olhos.   

...  

Natasha abriu os olhos ainda temerosa, esperando ver Ivan na sua frente. Ao perceber que havia sido um sonho, ou melhor, uma lembrança, respirou fundo várias vezes, até seu coração voltar a bater no ritmo normal.  

Desde que havia retornado a Rússia, ela parecia acordar perdida e confusa todos os dias, demorando-se a localizar onde estava, e dessa vez não foi diferente. Olhou para o lado, e viu James jogado numa poltrona ao lado da cama, dormindo. Suspirou, sem saber se estava feliz ou não ao ver que ele se mantinha ao lado dela. Depois de tudo o que ela aprontara, era surpreendente que ele ainda não houvesse fugido. Sabia que cada segundo que ele permanecia só tornaria tudo pior quando ele desmoronasse. E isso aconteceria mais cedo ou mais tarde, e ela cairia junto. Ivan iria atrás dele quando percebesse que ela tinha se livrado do controle dele. Ele tinha deixado James em paz da primeira vez, lá na fábrica abandonada, mas não deixaria uma segunda vez. Não só James, mas todos os outros. Qualquer pessoa que pudesse usar contra ela, ele iria atrás.   

James acordou. Ela esperou um sorrisinho sacana dele, mas ele parecia estar... humm... envergonhado? Ela já ia rir dele, - James envergonhado desde quando? - , quando lembrou da noite passada... Sentiu seu rosto queimando. Ok, talvez eles tivessem passado um pouco, ou bastante, do limite na noite passada. E ah meu deus, pensou, Logan! Porque Logan? Se fosse outra pessoa, ela poderia rir do ridículo da situação, e aguentar uma piadinha ou outra. Mas Logan, não, ela o considerava quase como um tio, quase da família.   

James deve ter percebido que ela havia ficado subitamente tão tímida quanto ele, já que ele enfim deu um pequeno sorriso.   

– Ei você. – ele a chamou. – Você quer conversar sobre...    

- Não! – ela respondeu rápido. – Eu só fico pensando, você sabe, Logan...   

- Nem me fale. Se te serve de consolo, acho que ele está mais traumatizado que a gente. Ele lavou os olhos com sabonete umas três vezes, deve ter ardido pra cacete de tão vermelho que ficou. Estou falando sério.   

Ela, dessa vez, não conseguiu não rir. Mexeu o corpo e sentiu as costas doerem, e deu um gemido baixo de dor. James levantou a sobrancelha preocupado.   

– Humm, eu acho que nós, bem,... - Ele começou parecendo constrangido. 

- Passamos um pouco do limite?   

- É, talvez mais que um pouco. Principalmente eu. Eu não deveria ter feito aquilo sabendo que você não estava totalmente consciente...   

- Ah, por favor! - Natasha exclamou cansada. - Se for pra começar com essa história de ter se aproveitado de mim, nem comece. Eu podia estar um pouco mais, digamos, agressiva, mas naquele momento pelo menos, eu sabia exatamente o que estava fazendo. E de todo jeito, fui eu que comecei com as provocações. Disse coisas que não deveria ter tido. De todas as pessoas que conheço, achei que você seria quem mais entenderia.   

- Posso? – ele perguntou, e Natasha rapidamente compreendeu o que ele queria. Ela revirou os olhos, deixando claro que não havia motivos para ele ter que perguntar isso a ela.   

Ela deu espaço para que ele pudesse deitar ao lado dela. Ele fez uma carranca, mostrando que não era só ela que sentia os efeitos causados pela noite passada.   

- Tudo o que você disse é verdade. Eu sei que cometi muitos erros, e acho bom saber como você se sente sobre eles, mesmo que eu não possa voltar atrás para consertá-los. – ele virou de lado para olhá-la. – Sei que estou sendo meio ridículo, sei que você não deixaria ninguém se aproveitar de você, e que é forte o suficiente para isto. Eu só... estou tentando fazer que isso dê certo, e não sei bem como agir. Fico imaginando que talvez eu esteja fazendo tudo errado, estou um pouco enferrujado, você sabe. Mas também, não é por isso que você estava certa ao dizer que eu não sei o que quero. – Ela já ia interrompê-lo, já que não havia sido exatamente isso o que dissera, mas ele continuou. – Você não disse isso, mas é isso que você pensa, não é? Mas você esquece que eu não fiquei todo esse tempo desconectado do mundo. Passei alguns períodos acordado e, bem, me relacionei com outras pessoas nesses momentos.   

Natasha ficou realmente surpresa, não havia imaginado isso, mas era mais que normal que ele tivesse tido outros casinhos por aí, ela mesma também tivera.   

– Nada sério, claro, eu nem conseguiria mesmo se quisesse. - Ele continuou. - Mas todo esse tempo, eu continuava carregando aquela bailarina comigo mesmo sem saber o porquê, só sabia que era algo importante. Ás vezes, eu pensava em jogá-la fora, achava que era tolice continuar com aquilo, mas apenas não conseguia. Eu não estou tentando pressioná-la, só estou contando isso para que você saiba que não estou com você por outro motivo que não seja o fato de eu gostar mesmo de você. Eu acho que gostar não define nem para começar o que eu sinto, mas você sempre fica um pouco nervosa quando digo a palavra que começa com A, então é melhor eu não ficar dizendo isso se você não gosta... e...  

Ela o calou, beijando-o levemente, sem a urgência e a violência da noite passada.   

- Acho que já entendi, e esse negócio de ficar pirando é mais minha praia. – Ela disse arfando e ele a puxou pela cintura para mais perto dele. – e nós combinamos de ir devagar, então, acho que é por isso que fico um pouco nervosa com a palavra com A. E eu também gosto muito de você, caso ainda não percebeu.  

Dessa vez, foi ele que iniciou o beijo. Suavemente, ele explorava a boca dela. Natasha gostava da forma mais bruta que eles costumavam se beijar, mas percebeu que depois da outra noite, eles precisavam também de um pouco de calmaria e delicadeza.   

James desceu os beijos por toda a extensão do seu pescoço, sem se apressar. Ela o sentiu duro contra o seu corpo e  resistiu ao impulso de tocá-lo. Ele enfiou uma das pernas entre as dela, como na noite passada, pressionando-a exatamente onde ela queria. Gemeu o nome dele baixo, o instigando a continuar. James. Era difícil para ela vê-lo como Bucky. Bucky era o amigo de Steve, um americano despreocupado e meio galinha, que tinha toda uma vida feliz e tranquila a sua frente, antes de ir lutar na guerra. Era até possível imaginar esse homem voltando da guerra, talvez um pouco mais taciturno, mas superando dia-a-dia os horrores que vira. Era possível imaginá-lo cansando das farras em algum momento, casando com uma boa moça americana, tendo filhos e indo morar numa charmosa, mas sem graça, casinha. Mas o homem que estava na cama com ela, era totalmente distinto desse outro, apesar de serem a mesma pessoa. Por isso, para ela, ele sempre fora e sempre seria James. Ás vezes, taciturno, frio, melancólico, agressivo e meio fora do ar. Outras vezes, engraçado, amoroso e sexy.   

- Sabe- ele disse enquanto apertava de leve os seios dela. – Nós temos assuntos inacabados de ontem a noite.    

Ela riu.   

– É mesmo? Acho que você vai ter que me lembrar.   

A porta abriu, os assustando.   

- Oh deus, de novo não. – Logan exclamou irritado- Qual o problema de vocês dois?   

- Eu não chamaria isso de problema. - James respondeu com malícia.  

- Não quero saber como você chama, soldado. Então, parece que funcionou. – ele disse conferindo se Natasha estava em seu espírito normal. – Detesto ter que atrapalhar, mas você, pirralha, tem muita coisa para explicar.                                                                                                           

POV BUCKY   

Depois da interrupção de Logan, Natasha pediu alguns minutos para se arrumar e encontrar os outros. Bucky foi com Logan para o andar de baixo, onde todos já estavam reunidos. De fato, havia muito a ser discutido ainda, pois, apesar de Natasha ter voltado ao normal, Ivan ainda estava solto por aí.   

Após alguns minutos, ela desceu vestida casualmente com uma calça jeans e uma blusa de lã, e com os cabelos molhados. Deu um pequeno sorriso constrangido para eles, cumprimentando-os, tirando Reiko, que ela havia escolhido ignorar. A japonesa pareceu devastada, abaixando a cabeça, e olhando para as unhas.  

James sabia que apesar de Natasha estar aparentemente lidando bem com tudo o que tinha acontecido, por dentro ela devia estar destruída. Pelo o que sabia dela agora, ela tinha trabalhado duro para deixar o passado para trás e conquistar a confiança das outras pessoas. E Ivan havia a obrigado a jogar tudo isso no lixo, tentando obrigá-la a ser a pessoa que ela precisara ser no passado. Em algum momento, isso voltaria para atormentá-la e ela arrumaria um jeito de se culpar por tudo o que havia acontecido. A única coisa que ele podia fazer era ficar ao lado dela, garantido que ela não se esquecesse que a culpa era de Ivan e não dela.  

Will estava deitado em um dos sofás, com a cabeça apoiada no colo de Hanne. James ficou surpreso. Depois de tudo o que a loira aprontou, inclusive amarrando o namorado, imaginara que as coisas entre eles ficariam, no mínimo, confusas, mas Will parecia já ter superado os acontecimentos anteriores. Definitivamente, o amor tornava as pessoas tolas, mas quem era James para julgar? Ele também estava apaixonado e Natasha podia ser um problema tão grande quanto a loira.   

- Então, acho que já pode explicar o que aconteceu depois que Ivan a encontrou. - Logan disse, cortando as reflexões dele sobre o amor.   

Natasha narrou brevemente o que tinha acontecido, falando sobre Ivan, Yelena e a outra mutante que havia conhecido. Contou também que Alexei estava vivo e trabalhando para Ivan, mas não parecia se lembrar dela - esse último detalhe havia deixado James atônico e um pouco ciumento - ainda mais que Natasha pareceu triste ao falar do ex-falecido-mas-não-tão-falecido-assim-marido.   

Contou que Ivan estava por trás tanto dos novos mutantes quanto das novas viúvas negras, pelo menos era o que ele contara, já que ela mesma não tinha visto nada.   

– Acho que depois do que eu contei a vocês, já devem imaginar o quão perigoso Ivan é, nesse momento. – ela disse terminando. – estive pensando, e acredito que assim que ele perceber que o controle foi quebrado, ele não virá apenas atrás de mim, mas sim de qualquer pessoa que esteja ligada a mim. Esse é um bom momento para vocês se afastarem de mim, se querem saber.   

- Jessie- Logan ignorou o que Natasha havia terminado de dizer, e chamou a mutante que havia ficado quieta desde que Natasha havia chegado.   

- Pessoas normais transformadas em mutantes. - Jessy começou a divagar. James percebeu que a garota olhava diretamente para Natasha. - Acho que isso pode explicar como Natasha foi controlada por tanto tempo, ao mesmo tempo em que sabia que estava sendo controlada. Criar novos mutantes não é algo tão simples assim. Acho que este Ivan não sabe bem o que está fazendo, ele está criando mutantes que são aberrações. Essa garota tem um poder único, mas que é ou falho, ou ela não sabe ainda usá-lo. Houve há alguns meses atrás, um caso de um homem que controlava inteiramente as pessoas, inclusive as obrigando a se ferirem ou até mesmo cometer suicídio. Era um controle total, porém tinha um período mais curto, bem mais curto, de duração. Ele era um caso raro, um homem muito perigoso e poderoso, mas apesar disso, o poder dele se manifestava da forma normal. É normal que controladores mentais dominem totalmente a vítima, - Viu Natasha fechar a cara ao ser chamada de vítima. - mas o domínio sempre tem um prazo de validade curto, o que é totalmente diferente dessa outra mutante. Isso não é nada bom. Preciso voltar ao instituto o mais rápido possível para relatar isso ao professor Xavier.  

-Como assim voltar ao instituto. Isso é nos Estados Unidos, não é? - Reiko perguntou confusa. - Você pretende nos deixar aqui sozinhos com essa, como você disse, aberração? Se ele conseguir controlar qualquer um de nós, como nos livraremos disso se você vai estar do outro lado do mundo?  

-Sei que isso não é o ideal, mas poderá ser pior se eu não fizer isso. Além do que, é melhor que esse cara pense que o controle acabou sozinho. Na verdade, eu acredito que mesmo que eu não tivesse ido a boate com Logan, Natasha teria voltado ao normal hoje ou amanhã. Eu percebi que já estava se desfazendo. - Jessy respondeu, olhando novamente para Natasha. - Tenho certeza que o professor poderia ensiná-la a como fechar a mente, para não deixar que ele a controle outra vez.  

-Peraí! - Reiko falou de novo irritada. - É só isso que você pode fazer para ajudar?  

-Detesto ter que concordar com ela. - Disse Will apontando para Reiko. - Mas ela tem razão. É loucura você ir embora agora.  

-Sinto muito por isso. - Ela realmente parecia sentir muito. - E sinto ainda mais pelo o que vou dizer agora: essa luta não é minha. Temos muitos problemas no instituto no momento para que eu possa ficar. Posso dar umas dicas de como evitar que essa garota os controle. Geralmente, os controladores mentais tem o seu poder na voz, não todos, claro. Seria bom, para começar, que vocês usem algum fone de ouvido ou outra coisa que possa bloquear a voz dela de chegar até vocês.  

Reiko grunhiu irritada, e Logan olhou feio para ela.  

-Jessy já fez muito ao vir até aqui ajudar, ela não tem nenhuma obrigação em ficar. E como ela mesma disse, o instituto está com problemas e precisam de todos os mutantes a postos. Tenho certeza, que arrumaremos um jeito para lidar com Ivan, mas como Natasha mesmo disse, ninguém é obrigado a ficar.   

Ninguém fez nenhuma menção de ir embora, e James não ficou surpreso, De alguma forma, Natasha era importante para aquelas pessoas.  

-Espero uns minutos que te levo  ao aeroporto, Jessie. - Logan disse. - Talvez você consiga uma passagem de última hora de volta. 

-Certo. - Jessy respondeu. Depois olhou para Natasha. - Não precisa se apressar, Logan. Eu gostaria de ter uma conversa com Natasha. Em particular. 

Bucky percebeu que Jessy havia pego Natasha de surpresa. A mesma parecia não entender o que a outra queria falar com ela. Ele também não tinha ideia, mas achou que não deveria ser nada de bom. 

Natasha a levou até o quarto onde ela estava hospedada, e após vários minutos as duas retornaram. Enquanto Jessy parecia pensativa, a ruiva parecia preocupada e nervosa. O que diabos a americana tinha dito para deixar Natasha daquele jeito? Ele olhou para Natasha, que desviou o olhar discretamente. 

... 

Só depois que Logan e Jessy saíram, James foi atrás de Natasha, tentar descobrir o que tinha deixado-a tão perturbada. Procurou por ela em todos os cômodos da casa, não a achando em lugar nenhum. Já estava começando a se preocupar, quando finalmente a encontrou do lado de fora. 

A portas do fundos dava para um pequeno quintal que poderia ser até bonito, mas o clima frio deixava-o com uma aparência solitária. Natasha estava sentada em uns dos degraus, próximo a porta. 

-Não importa quem for, apenas me deixe em paz por alguns minutos. - ela falou ao ouvir o barulho da porta se abrindo. 

-O que aconteceu? - Ele perguntou ainda mais preocupado. 

-Nada. Tudo - Ela riu amarga. - Essa é uma pergunta séria? 

-Eu sei que as coisas não estão muito bem - Ela o olhou debochada, e ele percebeu com quem Reiko havia aprendido.- Entendo que você esteja furiosa e triste pelo o que Ivan fez, mas mesmo assim, você parecia estar bem antes de conversar com Jessie. O que ela falou? 

Ele quase podia ver as engrenagens do cérebro dela trabalhando para inventar uma mentira que parecesse minimamente razoável e se irritou. 

-Droga, Natasha. – Ela olhou um pouco chocada com o tom ríspido dele. – Eu disse mais cedo que estava tentando arrumar um jeito que isso dê certo, mas parece que você não quer isso. Você me afasta, cria um muro entre nós, ao ficar cultivando essas mentiras e segredos.   

-Eu não precisaria mentir se você não me pressionasse. Algumas coisas na minha vida, acredite, não tem nada a ver com você. Qual a diferença então de eu contar ou não?  - Ele percebeu que ela estava se fechando ainda mais. 

- Tem a ver comigo desde o momento que estamos juntos. Aliás, esse não é o único segredo que você está mantendo de mim. Logan me contou tudo o que aconteceu depois que fomos pegos. Por que você não me contou que se meteu em problemas por minha causa. E o que você fez para me tirar do problema? 

- Logan e sua boca grande! Você não tem o mínimo direito de me cobrar sobre isso. Pelo o que eu me lembro, você não me contou que pretendia se responsabilizar por tudo o que fizemos. E você sabia que seríamos pegos, não é? E mesmo assim não disse nada. 

- Você está certa. - Ops. Ele tinha esquecido disso. - O que você parece não ter percebido é que eu estou tentando consertar isso, você não. 

- Merda! Esqueça isso, não foi nada demais. Isso é passado, não importa mais. Fiz o que queria e paguei por isso. 

Mas para ele aquilo importava. Ela havia se metido em problemas por causa dele. Por que ele tinha que inventar aquela maldita história de fugir? Entretanto, ele a conhecia, e pressioná-la não daria em nada. Ela contaria apenas quando estivesse pronta para isso. 

- Mas e quanto a Jessy? - ele questionou. - Por que você não pode me dizer o que ela queria com você? 

Natasha ficou por alguns segundos olhando o horizonte, meio perdida em seus pensamentos. James achou que aquela era forma dela fugir da pergunta, quando ela enfim respondeu. 

-Lembra o que ela disse sobre esses novos mutantes que Ivan está criando? Lembra de como ela os chamou? Aberração. - Ela diminui a voz, quase sussurrando. - Eu sou uma aberração. Ivan me transformou numa aberração. 

Ele ficou confuso, tentando entender o que ela queria dizer. 

-Você está dizendo que... - Ele tentou organizar seus pensamentos, entendendo o que ela estava dizendo. - O que ele fez com você, Nat? 

Ela estremeceu, puxando as pernas para seu tronco, se abraçando. 

- Eu não sei. Quero dizer, ele me prendeu numa cadeira e colocou uns fios estranhos em mim que estavam ligados a uma máquina. Depois, me injetou algo. Me disse que era um presente. - Ela riu, mas era uma risada desolada e triste. - Um maldito presente! Como se eu quisesse qualquer coisa que viesse dele! Bem, poderia ser pior. Jessy disse que é fraco, eu apenas posso manipular, não, essa não é a palavra certa. Sugestão. Eu posso sugerir a alguém que faça algo que eu queira. Não funciona com todas as pessoas, apenas as que tem uma mente fraca e estejam mais abertos a esse tipo de manipulação. Jessy não sabe se essa era a real intenção dele ou se o que injetou em mim, entrou em colapso com o soro soviético. 

-Bem, entendo o motivo de você estar chateada com isso, mas não é tão ruim assim, pelo o que Jessy falou, não é? - Ele tentou animá-la. 

-Ela não sabe bem o que isso pode causar, sou a primeira pessoa que passou por isso tendo o soro, e isso pode causar efeitos colaterais. - Ela olhou para ele. - Se isso eliminar o efeito do soro, James? É graças a ele que estou viva até hoje, por isso, que não envelheci. Eu posso morrer. 

Ele sentou ao lado dela, chocado demais pelo o que ela dissera. Não, ele não deixaria que aquilo acontecesse, nem que tivesse que ir até o inferno atrás de Ivan. Tentou aparentar calma. Natasha já estava nervosa demais. 

-Mas isso é só uma possibilidade, não é? E uma bem ruim. Você não acha que se fosse para isso acontecer, já não teria acontecido? Além do que, Ivan deve ter pensado nisso, e não acho que ele queira que você morra. - Ele a pegou pelo queixo, a obrigando a olhá-lo. - Ligue para Fury e conte isso a ele. Imagino que a SHIELD tenha muitos médicos que possam dizer o que irá acontecer com você. Você está sofrendo por antecipação por uma possibilidade, por algo que nem a própria Jessy pode prever. 

Ele sentiu a tensão dela amolecendo. 

- Você tem razão. Vou ligar para Fury, quem sabe a Dra. Cho ou outra pessoa possa saber melhor sobre isso. E acho que eu também tenho muito a explicar a ele sobre os últimos dias, Fury já deve estar tendo uma síncope nervosa por minha causa. - Ela se aproximou mais, encaixando a cabeça na curva do pescoço dele. Involuntariamente, ele colocou a mão nos cabelos dela, afagando. - Me desculpe. Acho que eu apenas pirei. Não consigo acreditar que depois de tanto tempo, outra pessoa possa me controlar dessa forma, me obrigando a fazer coisas que eu não queria e me transformando em algo que eu não sou mais. Achei que esses tempos já tivessem ficado para trás. 

-Eles ficarão no passado novamente em breve. - Ele respondeu convicto. - Mal posso esperar para que Ivan morra. E dessa vez, sem nenhum truque. Garantirei que dessa vez, ele esteja realmente morto, queimando no maldito inferno.


Notas Finais


Gnt, queria saber se vcs estão pegando as referências. Nesse capítulo, por exemplo, teve umazinha a um vilão de uma série da Marvel produzida pela Netflix, e também aos X-men e seus problemas. Mas já teve referências a outros personagens em capítulos anteriores.
Outra coisa que queria saber de vcs, é qual o final que vcs gostariam de ver para os personagens novos. Eu já tenho um final planejado para eles, mas tb gostaria de saber a opinião.
Eu estava, desde o começo da fic, pensando em uma música-tema(hahaha) para nosso casal lindo maravilhoso que combinasse com eles. Acho que enfim me decidi, não vou contar ainda, estará em algum dos próximos capítulos, mas também gostaria de saber a opinião de vcs.
Bjs e até o próximo!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...