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História Burning in the cold -WinterWidow - So let the games begin


Escrita por: LetiBz

Notas do Autor


Hello, pessoas. Provas acabaram e já estou de férias, então voltamos a nossa programação normal. Meu note deu pau, e tive que escrever, revisar e postar. Então, se tiverem muitos erros, me avisem. Capítulo levinho e um pouco mais parado, mas é uma calmaria do tipo "There's a calm before the storm". Estamos entrando na reta final, e tenho planos para uma 2 temporada que teria os outros personagens dos vingadores. Acho que já mencionei isso antes, mas quero saber o que vcs acham.

Capítulo 18 - So let the games begin


POV NATASHA
– E então? – Natasha perguntou a médica que havia sido enviada por Fury para examiná-la. Infelizmente, não havia sido possível que fosse a Dra Cho, mas a loira simpática, Dra Beth, parecia ser tão eficiente quanto a outra.
A ligação para Fury havia sido tensa no início, com ele demonstrando claramente sua insatisfação com as recentes atitudes dela, apesar de saber que não era exatamente culpa dela. Mas, depois de brigar com ela, ele por enfim mostrou-se preocupado, até mesmo insistindo em mandar agentes da SHIELD para ajudar a capturar Ivan. Natasha recusou veementemente essa oferta. Ivan era problema dela, e ela queria cuidar disso do jeito dela. E também, tinha o fato de que mandar agentes para a Rússia poderia causar uma confusão mundial. Os russos não iriam gostar nada de ter agentes, em sua maior parte, americanos, causando problemas no país, e Natasha bem sabia que era melhor não provocar a Mãe Rússia.
- Bem, a boa notícia é que seus exames parecem ótimos. – Começou a médica, depois de terminar os exames. - A má é que como nunca antes algo assim aconteceu, não podemos garantir com certeza se isso pode trazer alguns efeitos futuros indesejáveis ou se poderá causar problemas para você. Acredito que se você seguir um acompanhamento regular do seu estado, poderemos ver qualquer problema que esteja ocorrendo em seu corpo antes que vire um transtorno para você. 
- Ok, mas o que isso exatamente quer dizer? De que tipo de problemas estamos falando? – Natasha perguntou, tentando não se mostrar abalada com as palavras da médica.
- Eu realmente não sei como responder isso. – A outra respondeu, mexendo no cabelo desconfortável. - Vamos pensar na mutação como um vírus. Um vírus novo sobre o qual ainda não temos total conhecimento de como funciona. Posso garantir, que esse “vírus” está obviamente agindo e modificando seu corpo, porém sem inibir o efeito do soro que você possui em seu corpo, ele está se adaptando. Já analisei antes outras pessoas que sofreram esse mesmo problema que você, porém sem a variável do soro, claro.. Há casos em que pacientes que sofriam de alguma doença terminal ou incurável, após sofrerem o processo da mutação forçada, se recuperaram completamente da doença a qual sofriam. Entretanto, mesmo nesses casos, ainda desconhecemos se a longo prazo, essas pessoas possam ter que pagar um preço por esse milagrosa recuperação. – A médica suspirou cansada, limpando na camisa branca os óculos de grau que usava. – Ainda nem entendemos o que causa a mutação. Estou me referindo a casos onde a própria pessoa já nasce assim. Outras, você bem sabe, componentes externos podem ser responsáveis pelo processo. Como o próprio Dro Banner, acredito que você o conheça, não é? – Ela deu um sorriso amarelo para a cara de espanto que Natasha esboçou. – Obviamente, ninguém o chama de mutante, mas se você analisar é a situação dele é a mesma que a sua. Modificação causada no corpo humano causado por um componente externo, a diferença é que ele é um caso bem mais extremo, enquanto em você, a mutação é quase imperceptível. O garoto pupilo do Sr. Stark também é a mesma coisa. O único conselho que posso dar agora é você seja cuidadosa daqui pra frente, pelo menos, até sabermos mais sobre o seu estado
- Ser cuidadosa? – Natasha perguntou confusa. O que diabos aquilo queria dizer? Ao invés de esclarecer, a médica só frisou o que disse antes, deixando-a ainda mais estarrecida. A comparação do seu estado com o de Bruce não a agradou nem um pouco. Apesar disso, ela estava aliviada. Pelo menos, o soro ainda corria livremente em seu sangue.
A médica separou o material genético da ruiva para levar até a SHIELD para exames mais detalhados e deu um tchauzinho a Natasha, que ainda boquiaberta, agradeceu. Obrigada por nada – pensou injustamente. Bem, poderia ser bem pior. Agora poderia ir atrás de Ivan sem preocupação na cabeça.
Ela estava há alguns dias em contato por telefone e internet com o professor Xavier, que tentava auxiliá-la a trancar sua mente para influências externas. Não era algo muito garantido, mas também não mataria tentar.
Foi encontrar-se com Logan. Ele estava fumando um cigarro do lado de fora da casa que servia de abrigo para eles. Will e Hanne estavam checando todos os possíveis lugares onde Ivan poderia estar, inclusive, onde ele a havia mantido presa. Reiko havia retornado ao Bunker para buscar mais armas, e talvez, quem sabe, ter uma conversinha com Gail. A relação dela com a japonesa ainda estava tensa, e aqueles dias com Reiko longe poderiam fazer bem para as duas. Sabia que, em parte tinha razão de ainda estar com raiva e, em outra, estava sendo um pouco injusta. Ela havia perdoado James, porque então não perdoar Reiko? Eram, claro, situações diferentes, mas que a haviam ferido do mesmo modo. Talvez, ela só precisasse de um tempo.
- Hey, pirralha. – Logan a cumprimentou quando a viu. Natasha não se ofendia quando ele a chamava assim. Era, na verdade, até um pouco carinhoso, considerando que estava vindo de Logan. – Tudo certo?
- Acho que posso dizer que sim. Para a felicidade de poucos e tristeza de muitos, parece que ainda viverei por mais um tempo. – mudou de assunto: - Já temos alguma novidade?
- Acredite se quiser, sim. Quem diria que aqueles dois serviriam para alguma coisa? – falou se referindo a Will e Hanne. - Acharam o local para onde as crianças foram movidas. Quer adivinhar onde? – Logan perguntou irônico, dando uma longa tragada no cigarro. Natasha até falaria sobre os malefícios do uso de nicotina, se Logan não fosse praticamente imortal.
- Sibéria? – ela perguntou e quando ele confirmou, riu. – É claro, que Ivan tornaria isso pior para mim o máximo possível. Temos sorte que Hanne nasceu e morou lá, conhece mais a Sibéria do que confessa.
- E olha quem está falando. – Logan respondeu dando um olhar de lado para ela. - Pelo o que já ouvi, você também passou um bom tempo lá e nunca se lembrou de mencionar isso. O que foi fazer lá?
- Estive lá duas vezes. - Natasha respondeu com o olhar distante. Ele havia tocado num ponto que ela preferia não falar. – Uma das vezes foi quando estive no hospital psiquiátrico onde conheci Hanne, ela era paciente lá. Acho que isso não é exatamente difícil de imaginar. Na outra, eu era a paciente. Eu estava um pouco confusa com, você sabe, meu passado. Grande novidade, não é?
- E o que você descobriu?
- Tudo e nada. Quase todas as minhas lembranças podem ser uma grande mentira, ou talvez, não. Talvez, eu nunca tenha sido bailarina, mas se isso fosse verdade, como até mesmo James lembraria-se disso? – ela riu amarga. – Isso não importa mais, aprendi que quanto mais você tenta mexer no passado, pior fica. Se eu fosse James, nunca tentaria resgatar minhas memórias, só no que lembro, já há muita coisa feia que eu preferiria não saber. Mas isso não importa mais, Logan. Já aprendi a viver com meus erros do passado.
- Mas perdoou a si mesma? – perguntou a observando. 
- Me perdoar? – ela perguntou pensativa. – e isso é ao menos possível? Você se perdoou, Logan? Acho que o máximo que posso conseguir é viver com isso, o perdão é algo muito abstrato para se alcançar. – Natasha há tempos carregava uma dúvida dentro de si, mas que tinha medo da resposta: - Sabendo tudo o que sabe sobre mim, acha que eu mereceria ser, um dia quem sabe, feliz. –Logan levantou a sobrancelha, curioso com a pergunta, mas Natasha sabia que ele também carregava essa dúvida sobre si mesmo. – Quer dizer, James fica dizendo que quando isso tudo terminar, nós poderíamos arrumar um lugar nosso, bem longe da Rússia se depender dele, e deixar todo o resto para trás. Meu Deus- ela riu lembrando- ele até mesmo falou em adotarmos uma criança! Parece tão irreal. Tão perfeito. O que será que vem depois? Compramos esse nosso lugar num subúrbio, uma casinha com cerquinhas brancas e todo esse papo de american dream?  E eu nem ao menos sei se nós dois merecemos algo assim, não depois de tudo.
Ela calou-se, imaginando a vida que James imaginava para eles. Sabia que não era certo debochar dele, mas Natasha achava que ele estava sonhando demais, talvez eles até mesmo pudessem ficar juntos, mas ele parecia ignorar todas as complicações que haviam na vida deles. A SHIELD, por exemplo. Ela já trabalhava para Fury há bastante tempo, e não sabia se conseguiria se desligar do trabalho. Primeiro, porque de certa forma era importante para ela, era como se ela estivesse compensando todo o mal que já havia causado, tentando limpar com um papo todo o sangue espalhado no chão. Em segundo lugar, vinha o fato de ela ter uma grande dívida tanto com Fury quanto com Clint. O amigo poderia até ficar magoado, mas entenderia e a apoiaria. Já Fury... ela duvidava bastante que ele a deixaria muito tempo em paz, porque ela isso o que ele fazia. Se ele precisasse de algo, de um forma ou outra, iria arrumar uma forma de convencê-la. Ele havia feito isso com praticamente todos os outros Vingadores, logo antes mesmo dos Vingadores existirem, e Natasha o ajudou nisso. E em terceiro lugar, ah sim, tinha que haver um terceiro lugar, era que ela era uma espiã e, no fundo, gostava disso. Era isso o que ela havia sido sua vida inteira, e não sabia se conseguia viver sem isso.                                                                              A ruiva preferia acreditar que James estivesse passando por um período de negação. Era tudo muito recente para ele, e por enquanto, ele só queria aproveitar. Porém, soldado invernal ou não, ele sempre carregaria uma parte sombria com ele, e o passado voltaria para atormentá-lo quando menos esperasse. 
- Eu acho que todos temos direito a recomeçar. Mesmo que eu não seja exatamente a melhor pessoa para opinar ou um bom exemplo a seguir. – Logan começou com cuidado. – Acho que se eu tivesse o poder de perdoar e curar completamente apenas uma única pessoa no mundo, eu o daria para você. Não só porque acho que você é a pessoa que mais precisa. Mas também porque você tem trabalhado bastante nos últimos anos para consertar sua vida. Não sei se outra pessoa que tivesse passado por tudo o que você passou, faria o mesmo. Então, sim. Acho que você merece. James, nem tanto. – Natasha riu. – Esse pirralho me irritou muito já no passado.  E talvez, isso não seja o que você e nem ele queira ouvir, mas acho que o destino ou karma, ou seja lá a merda que você quiser chamar, vai cobrar a parte dele. A escolha será sua, se ficará ou não do lado dele, quando a hora chegar.
- E aí. – eles se assustaram ao ouvir a voz de James, e rapidamente encerraram a conversa. Ele olhou para ela, não parecia que ele tivesse escutado o que eles estavam falando. – Tudo bem com você? –
Ela entendeu que ele estava perguntando sobre a visita médica e confirmou com a cabeça. Ele sorriu, e ela o abraçou, colocando seus braços em volta do pescoço dele, e o beijou, ignorando os resmungos de Logan.
Logan tinha razão sobre o destino de James ainda cobrar o preço dele, ela mesma pensava assim, mas estava errado sobre ela escolher ou não ficar ao lado dele. Simplesmente, não havia o que escolher. Ela ficaria ao lado dele do mesmo jeito que agora ele estava ao lado dela, e isso talvez também fosse uma questão de destino.
- Humm, e temos alguma novidade sobre o outro assunto? – ele perguntou, quando ela cortou o beijo.
- Sabemos onde as crianças estão. – Natasha respondeu.
- Ivan?
- Um pouco mais complicado. – Logan respondeu. – Will disse que chegou a localizá-lo onde Natasha ficou, mas ele já desapareceu novamente. Provavelmente, percebeu os dois atrás dele. A loira não é exatamente um exemplo de discrição, com tanto rosa.
- E agora? – James perguntou olhando para Natasha. Logan também a olhava. Até alguns dias atrás, ela estava pirada e agora estavam querendo que ela decidisse o que fariam? Obviamente, Hanne não era a única doida ali. Ela respirou fundo, já sabendo que caminho seguir. – Foda-se Ivan. Vamos resgatar as crianças.
POV BUCKY
- Boa decisão.- Logan respondeu. – Porém, existe a possibilidade de Ivan estar lá também. Caso esteja, temos de pensar no que faremos com a garota mutante. Além do que, provavelmente ela não é a única, se acreditarmos no que Ivan contou a você.
- E no que Gail também já havia dito. – ela respondeu lembrando-se da conversa que tivera com Gail há algumas semanas.
- Pode ser uma armadilha. – James argumentou. – No momento que Ivan descobriu que perdeu o controle sobre você, ele pode ter ido onde as crianças estavam e até ter facilitado para que Will e Hanne achassem o local. Natasha, Ivan te conhece, mas mesmo se não conhecesse tão bem, não é tão difícil perceber que você tem... humm... - James tentou responder com cuidado para que ela não se irritasse. Quando ele comentou com ela que eles podiam adotar uma criança, depois que o problema Ivan fosse resolvido, ela quase pirou. Ele sabia que não era porque ela não queria, ele podia ver o quão fascinada ela ficava e como seus olhos brilhavam quando via alguma mãe passando na rua com uma criança no colo. Mas esse era um assunto delicado para ela, e ele sentia que ela também tinha receio de uma futura adoção. - um certo fraco para crianças. Ele saberia que você iria querer resgatá-las no momento que descobrisse onde estão, e pode ter se preparado para isso.
- Eu não chamaria de “um certo fraco”, eu apenas gosto de crianças. Quase todo mundo gosta, qual o problema? – ela respondeu já um pouco irritada. – Pode realmente ser uma armadilha, mas pelo menos agora estaremos preparados. E tirar essas crianças o mais rápido possível de perto dele é o melhor possível. Quão alienadas ou traumatizadas elas já estarão? Quanto mais demorarmos, a chance delas de se salvarem de se tornarem monstros como eu, diminuem. – James pensou em interrompê-la, odiava o fato de ela pensar tão mal sobre si mesma, mas era melhor deixar aquilo para um momento em que estivessem a sós. – Os adultos que ele transformou em mutantes, sinceramente, não sei se têm alguma chance. É mais fácil doutrinar uma criança a um adulto, mas elas também tem mais chance de esquecer e seguirem em frente. Acho que é melhor por enquanto, focarmos apenas nas crianças.
- Ok, concordo com você. – Logan disse. – mas eles ainda são um problemas que talvez tenhamos que lidar caso também estejam lá.
- Não estarão. Não muitos, pelos menos. – ela respondeu com convicção. – Isso seria arriscar de mais, Ivan nunca foi do tipo ALL-IN (Termo usado no pôker quando alguém aposta todas as fichas ou dólares em uma determinada mão). E ele também tem Alexei e Yelena, e diversos outros seguranças. Tirando esses, provavelmente só a garota estará lá, caso seja uma armadilha. E ela, apesar do poder, é só uma adolescente,  nem sei se ela tem noção em que está metida. Só precisamos arrumar uma forma de neutraliza-lá ou tentarmos usar as dicas de Jessy e do professor para que ela não consiga controlar nenhum de nós.
- Vou ligar para Will para avisar que estamos indo e para ele continuar de olho no local até chegarmos. Podemos partir logo ou teremos que esperar a japonesinha irritante? – Logan questionou já entrando no modo ação.
- Não sei, ela foi buscar armamentos, mas acho que podemos arrumar mais mesmo sem a ajuda dela, fora o que já temos. – James percebeu que a ruiva estava pensando em algo, quase sorrindo. – Quer saber? Ligue para Reiko e avise para onde estamos indo. Acho que amanhã, ou se der tempo, hoje à noite já podemos ir para lá. Acho que sei uma forma de ela ajudar bem mais do que com armas, tenho uma ideia de como ela pode tirar a outra garota do caminho.
James tentou imaginar no que Natasha estaria pensando, mas não fazia ideia. Fora que jogar Reiko para cuidar da mutante podia ser perigoso.. Porém, Natasha sempre fora esperta, se ela achava que isso poderia dar certo, ele confiava que ela sabia o que está fazendo.
- Acho que vou começar a me preparar. – Ele já ia entrar na casa novamente, quando lembrou que não fazia ideia de para onde eles iriam. – E afinal, para onde estamos indo?
Natasha sorriu e deu um beijo leve na bochecha dele.
- Para a Sibéria, soldado. – ele estremeceu, e ela riu ainda mais.

 


Notas Finais


Eu disse no último(acho) que eu tinha escolhido a música tema para o nosso casal lindo na fic, mas vou deixar para revelar num momento mais humm... propício... se é que vcs me entendem ^^^ Uma dica: é de uma das minhas divas preferidas, linda-maravilhosa Riri. Alguém aí arrisca um palpite?


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