História Bus Stop - Capítulo 10- O garoto, o amante, o segredo e o amor

Dois anos se passaram desde que tudo se estabilizou.

NamJoon e SeokJin estavam em uma relação maravilhosa, sem tirar nem por.

MinJae e Yoongi também, na medida do possível se viam e isso já era ótimo para ambos.

Jimin e JungKook não se viam sempre, mas continuavam juntos independente dos obstáculos.

Kim TaeHyung e Jung Hoseok eram os únicos tendo problemas.

Desde que Hoseok se formou, eles se viam pouco, pois o mais velho estava focado no seu curso de dança; tinha pouco tempo livre e, normalmente, nesse tempo, TaeHyung estava cuidando dos irmãos. Para ajudar, Min Yoongi disse que Hoseok tinha segredos da época do ensino médio, e Jin confirmou isso.

Então Hoseok definitivamente estava escondendo algo de TaeHyung.

E TaeHyung estava decidido a descobrir o que era durante seu aniversário.

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— O Hoseok chegou, TaeTae! — sua mãe gritou, ouvindo os passos apressados do filho descendo as escadas para chegar à sala.

— Mas já?!— disse, arrumando a roupa no corpo, enquanto enfiava os tênis de qualquer jeito — É a primeira vez que saio à noite, estou com um frio na barriga, Omma!

— Ué. — ouviu a voz de Hoseok, que já estava na sala, segurando algumas flores — Oi, Tae. Feliz aniversário.

TaeHyung sorriu, indo abraçar o namorado, que lhe sorriu e abraçou de volta, selando seus lábios gentilmente em seguida.

— Bom encontro para vocês, nada de se empolgar demais, hein?! Não quero mais crianças pra cuidar.

— Omma! — disse arrastado enquanto fazia um bico, fazendo a mãe e Hoseok rir, esse que já estava corado — Nós não vamos fazer nada demais, certo, Hobi?

— Já que a sua mãe falou, vou ter que mudar meus planos para essa noite. — brincou, fazendo TaeHyung corar mais ainda — Brincadeira, meus planos não incluíam fazer algo errado.

— Ainda bem! — disse sorrindo para o namorado — Vamos então?

— Vamos. Obrigado, senhora Kim, boa noite, vou cuidar muito bem do seu filho e prometo que vou traze-lo em segurança. — Hoseok disse, se curvando, logo levando o namorado pela mão até a saída.

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Já no restaurante, onde Hoseok reservara uma mesa especialmente para aquela ocasião, os dois estavam sentados e haviam acabado de fazer seus pedidos. Hoseok olhava TaeHyung de uma forma carinhosa, como quem diz que gostaria que aquilo durasse para sempre. TaeHyung se sentia tímido, lógico, mas estava contente por estar ali com o namorado.

— Você já sabe o que vai cursar? — perguntou Hoseok, vendo TaeHyung inclinar a cabeça em dúvida — É seu último ano, você prestou o vestibular, não é?

— Ah, sim. Faz um tempinho, já. Eu prestei para música... — sorriu, vendo o namorado imitar o gesto enquanto acariciava sua destra sobre a mesa — A lista vai sair em pouco tempo.

— Espero que você tenha passado, amor. — disse o mais velho, sorrindo gentil — Você dá duro, então tenho certeza que você vai entrar numa das melhores faculdades daqui.

TaeHyung sorriu, vendo o garçom trazer os pratos que eles pediram. Era comida italiana e TaeHyung não fazia ideia do que havia pedido, pois o nome era estranho; apenas seguiu a onda de Hoseok.

Logo os dois estavam comendo, entre pequenos goles de um vinho que Hoseok pedira. Hoseok observava o quanto TaeHyung estava lindo e feliz, comendo a lasanha que o garçom trouxera.

— Isso é bom mesmo! — disse o mais novo, sorrindo com os cantos da boca sujos de molho.

— Você parece uma criança. — disse o mais velho, limpando o rosto do namorado com um guardanapo.

— Eu… — de repente, TaeHyung ficou sério — Eu queria conversar com você, Hoseok.

— Sobre o que, bebê?

— É sobre o passado. — engoliu a seco antes de continuar falando, pois ainda hesitava. Apertou a mão de Hoseok um pouco mais forte — Yoongi hyung me contou que, antes, no seu primeiro ano, você visitava bastante o psicólogo escolar… e eu queria saber. Sei que não é da minha conta, mas por que você ia ao psicólogo?

— Bom, Tae, o fato é que eu nunca fui muito sortudo nem nada. E acho que a maior sorte que eu já tive na vida foi encontrar você... mas, quando eu era mais novo, eu contei aos meus pais que sou gay. Meu pai reagiu super bem, tão bem que eu até estranhei. Mas minha mãe... minha mãe surtou, tudo o que ela estava guardando ela jogou na minha cara. — deu uma risada abafada logo em seguida — Eles acabaram brigando por isso, e aí se separaram, porque meu pai tinha a certeza de que eu merecia viver em paz. Fui morar com meu pai depois disso, e eu passava no psicólogo... pra conversar sobre tudo isso.

TaeHyung observava o rosto do mais velho, que estava pouco visível devido à iluminação do local, mas era óbvio que estava triste. Logo uma mulher começou a cantar no palco, e TaeHyung entendeu porquê apagaram as luzes.

— E… por que você parou de ir ao psicólogo do nada?

Hoseok mordeu os lábios, prensando seu maxilar.

— O psicólogo daquele ano… — parecia um pouco desconfortável — não era um psicólogo muito bom, sabe? Mas ele acabou virando meu amigo, todos os dias que eu deitava naquele divã e chorava minhas pitangas, ele me ajudava e conversava comigo. Mas ele começou a ser amigo demais, digamos. Uma hora eu fiquei com medo, porque ele ficava muito perto e me tocava muito, eu... — Hoseok mordeu o lábio inferior, contendo um choro — Desculpa, não gosto de lembrar disso. Mas foi isso, acho que você entendeu o que aconteceu.

— Que desgraçado... — disse TaeHyung, apertando mais a mão do namorado — Você denunciou, né?

— O diretor descobriu depois de um tempo, mas abafou o caso, para eu não sofrer bullying por isso e para não manchar a imagem da Kwon… pouco depois ele foi preso. — disse, sorrindo — Mas não se preocupe com isso, já faz muito tempo. Eu passei em psicólogos de verdade depois dessa bosta aí.

— Espero que esteja bem mesmo, Hoseok… não aguentaria te ver mal. E me desculpe por tocar em um assunto sensível, só achei que precisava saber.

Hoseok sorriu, demonstrando que entendia o namorado.

O jantar seguiu calmamente, com um TaeHyung que parecia mais calmo e um Hoseok que tinha um olhar apaixonado.

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— Eu prometi à sua mãe que não iríamos fazer nada demais e que eu ia mudar meus planos pra essa noite... — disse Hoseok, enquanto parava o carro na frente de um prédio antigo — Mas eu acho melhor fazermos o que eu planejei. Ela vai reclamar se você chegar amanhã?

— Provavelmente sim. Ela vai achar que nós fomos para um motel e fizemos loucuras de amor lá, e só voltamos para casa porque fomos expulsos do motel por atrapalhar os outros casais. — o mais novo bufou, descendo do carro e vendo Hoseok rir — Que prédio é esse?

— Ah. Eu morava nesse prédio quando era mais novo. — sorriu, caminhando em direção à porta de entrada — O apartamento ainda é nosso, então não é invasão!

— E por que você me trouxe aqui?

Hoseok apenas sorriu, entrando no elevador, sendo seguido por um TaeHyung que tinha as bochechas vermelhas como duas maçãs. Será que a mãe dele estava certa sobre o que eles iriam fazer mesmo ou era tudo paranóia dele?

Quando chegaram no penúltimo andar, avistaram uma porta branca com o número 230, em dourado. Hoseok tirou a chave do bolso e abriu a porta, dando espaço para que TaeHyung entrasse antes. Quando as luzes foram acesas, o jovem Kim pôde ver do que se tratava.

Havia uma decoração simples sobre a mesa de centro, com alguns pequenos vasos de flores coloridas, doces e um espaço redondo no meio.

— Não é a maior decoração de aniversário do mundo, confesso. — disse Hoseok, fechando a porta e indo até a cozinha. Abriu a geladeira e pegou o bolo que estava lá dentro — E como você não teve festa, vamos fingir que isso é uma festa. — sorriu, colocando o bolo sobre o espaço e acendendo as velinhas antes de sentar no sofá.

"Parabéns pra você, nessa data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida!" Hoseok cantou com uma voz doce, vendo Tae ficar vermelhinho com todo aquele carinho.

— Assopra, TaeTae. — disse, vendo o namorado fazer uma cara de pensativo enquanto fazia seu pedido antes de apagar todas as velas — Isso, vamos partir o bolo.

Em poucos minutos, os dois já haviam comido alguns pedaços de bolo de aniversário, que Hoseok confessou ter comprado numa padaria.

— Obrigado por tudo, Hobi. — disse, aninhando-se ao peito do namorado — Não sei o que seria de mim sem você.

— Eu não sei o que seria de mim sem você, TaeTae. — beijou a cabeça do mais novo, enquanto se arrumava no sofá — Eu queria falar com você...

— Ai, lá vem coisa séria.

Hoseok respirou fundo.

— Tae, tem três anos que nós estamos juntos. Quer dizer, vai fazer três anos que estamos namorando, e… bom, eu gosto de estar com você.

— Verdade, faz tempo né?

— Me deixa falar. Então, eu gosto de estar com você e eu quero ficar com você por muito mais tempo... — disse rápido, atropelando as palavras — Porque eu te considero muito, você é a melhor coisa que já me aconteceu... E você me faz bem, muito bem. E aqui na Coréia ainda não é possível, você sabe, mas nada impede a gente de ir pra outro país...

— Do que você tá falando, Hoseok? Não me arrasa.

— Casamento homoafetivo, TaeHyung. Casamento. Aqui na Coréia não pode ainda, mas podemos viajar, tem vários países que já aceitam... E o NamJoon me contou que pediu o SeokJin, eles vão casar logo, logo... Então pensei que nós poderíamos aproveitar... E como eu estive guardando dinheiro só pra isso, esse tempo todo...

— Como assim, guardando dinheiro? — TaeHyung semicerrou os olhos, segurando a mão do namorado.

— Eu... Mesmo que tivesse no curso de dança, tínhamos aulas apenas três vezes por semana... — confessou — Nos outros dias, eu estava trabalhando para juntar dinheiro para nosso casamento. Mesmo que eu queira algo simples, teríamos que viajar para algum lugar, e a lua de mel também não seria de graça...

— Você tá me pedindo em casamento, é isso?

— Agora que a ficha caiu? — sorriu, encostando a testa na do namorado.

— Hoseok, eu te amo. — os lábios deram um toque simples e rápido, logo sendo separado por TaeHyung querendo falar — E eu aceito o pedido, acho que o casamento vai dar muito certo, podemos até casar junto de Namjoon e Jin! — Hoseok murmurou em aprovação, enquanto descia beijos para o pescoço de TaeHyung — Se eu não me engano, Las Vegas já realiza casamentos homoafetivos, poderíamos ir para lá! Sempre quis que o Elvis fosse meu padre! — Hoseok murmurou mais alguns "sim, sim", enquanto despia TaeHyung carinhosamente, distribuindo beijos por seu peitoral pálido — E aí, sabe, a gente pode até chamar o pessoal, chamar seu pai! Chamar o Yoongi, o MinJae, o Kookie, o Jimin... Chamar todo mundo! — Hoseok continuou assentindo, beijando todo o corpo do noivo — E aí, em Las Vegas, nós dois...

— TaeHyung, fica quietinho. — disse Hoseok, calando o loiro com um beijo — Vamos discutir o casamento amanhã cedo, tudo bem? Estou um pouco ocupado, aqui...

TaeHyung olhou para o noivo, que claramente tinha uma ereção sob o tecido da calça. TaeHyung corou completamente; mesmo com os três anos de namoro, nunca haviam chego tão longe. As mãos frias do Jung passavam por suas coxas carinhosamente, enquanto os dois se beijavam e o loiro não sabia onde colocar suas próprias mãos.

Hoseok levou seus lábios até o pescoço de TaeHyung, chupando a tez alva com voracidade, fazendo o noivo arfar e cravar as unhas curtas nas costas do moreno, que rapidamente retirou sua própria camiseta, mostrando seu abdômen para TaeHyung, que corou.

TaeHyung rapidamente levou suas mãos até o cós da calça do mais velho, desabotoando os jeans calmamente, enquanto olhava nos olhos de Hoseok. Ao abaixar as calças dele, percebeu que a ereção estava muito grande ali, marcada na boxer preta do Jung.

— Que bela iniciativa a sua, TaeTae... — sentiu o mais novo lhe acariciar, enquanto pendia a cabeça para trás, sentindo prazer imenso naquele momento.

— Ei, Hoseok... Podemos apagar a luz? — perguntou, tímido, ainda acariciando a ereção de Hoseok sobre a cueca. O mais velho concordou, e logo a sala estava um breu puro, Hoseok sentado no sofá, esperando o mais novo vir a seu encontro — Você tem camisinhas?

— Minha carteira, sobre a mesa, TaeTae.

TaeHyung rapidamente levou a mão até a mesa, pegando a carteira de Hoseok no escuro e vasculhando pelas camisinhas. Tirou alguns pacotinhos de lá, abrindo o primeiro logo de uma vez.

Abaixou um pouco a cueca do Jung, posicionando a camisinha sobre a glande do mais velho, segurando a ponta e descendo levemente o preservativo, sentindo Hoseok acariciar seus cabelos carinhosamente.

— Quando você aprendeu a colocar camisinhas, TaeTae?

— Eu pesquisei esses tempos... Muitas coisas... Eu ainda não aprendi direito, então me ajude, ok? — Hoseok sentiu uma fisgada em seu membro, concordando em silêncio.

TaeHyung, carinhosamente, lambeu a glande do mais velho, sentindo seus dedos se cravarem em seus cabelos. Começou com movimentos calmos, simples, logo chupando apenas a cabeça com carinho, ouvindo o noivo arfar com aquele contato íntimo que nunca haviam experimentado. Desceu seus lábios, chupando um pouco mais forte, dando prazer para Hoseok, que já movia seus quadris involuntariamente. Logo, o mais velho passou a estocar em sua boca, TaeHyung se sentindo preenchido pelo Jung, sentia a glande tocar sua garganta e arrastar em sua língua, causando um prazer incrível para ele também, que já estava ereto.

Logo Hoseok parou com seus movimentos, puxando TaeHyung para seu colo.

— Vamos te preparar, ok? — disse Hoseok, pegando o pacotinho de lubrificante no sofá e espalhando sobre os dedos indicador, médio e anelar. TaeHyung concordou timidamente, retirando suas próprias calças, ainda sobre o colo de Hoseok. Ao observar a ereção do mais novo, Hoseok sorriu, puxando-o para mais perto de si — Você está safado hoje, garoto.

— Desculpe, eu... Não sei o que está dando em mim. — sorriu timidamente, usando uma mão para afastar a nádega direita, ajudando Hoseok a adentrar o indicador em sua entrada. O dedo entrou facilmente, e Hoseok viu TaeHyung arfar com aquele toque.

— Entrou incrivelmente fácil... — ele movimentava o dedo carinhosamente, vendo o noivo revirar os olhos — TaeHyung, você já usou isso antes?

TaeHyung corou.

— Eu sou um homem assim como você, Hoseok... Você veio pra cá com essas intenções e eu também, mas.. eu já havia usado essa parte do meu corpo antes, pensando em você...

— Você joga sujo, TaeHyung. — adentrou o segundo dedo, vendo o noivo arfar ainda mais, chocando seu membro contra o dele — Você é incrível, sabia? Eu te amo.

— Também te amo, Hobi. — beijaram-se, Hoseok ainda preparando o mais novo. Quando sentiu que era suficiente, segurou seu membro e posicionou-o sobre a entrada lubrificada de TaeHyung, pressionando levemente. Depois de um pouco de força, a glande já estava dentro, sentindo o interior de TaeHyung se dilatando para permitir sua entrada completa. — Ah, Hobi...

— Dói, bebê? — perguntou, segurando firmemente as nádegas do loiro, que arfava lentamente, no mesmo ritmo em que Hoseok entrava.

— Não... Não dói tanto... Isso sente bem, Hoseok...

Hoseok selou seus lábios apaixonadamente, e ali ficaram até que seus corpos realmente se tornaram um só, até que a manhã chegasse, despertando os dois rapazes, agora adultos e noivos, com os raios do sol batendo em seus rostos ainda corados e um tanto suados.

A mãe de TaeHyung ficaria irada ao ver aquelas marcas no pescoço do filho