História Bus stop - Sebuah

[ Primeiro ] 

  "Todos estamos matriculados na escola da vida, onde o mestre é o tempo."

  Hoje é um dia qualquer para qualquer adulto ou criança de colo, mas para nós - adolescentes - hoje é o pior dia de todos, na nossa humilde concepção, pior até mesmo que o dia de tirar sangue ou de tomar vacina.

  Sabem que dia é hoje? Volta às aulas pós férias. 

  Eu sei que eu não deveria estar tão puto assim, até porque as aulas já haviam voltado antes, mas agora que as férias acabaram, eu sinto um vazio tão grande no peito, já estou com saudades de ficar em casa fazendo nada. Não quero ter que acordar as seis da manhã todo santo dia e ter que aturar a voz aguda de alguns professores e os outros reclamando que não fazemos nada, pô, estamos quase acabando o ginásio e temos que ficar quietos? Assim não dá! 

  Nós temos que botar o terror sempre, assim os coordenadores e o diretor se lembrará da nossa sala para sempre. Isso não é o meu caso, obviamente, eu fico falando essas coisas para que as pessoas me achem legal, mas eu sou apenas uma pessoa que apenas soma na sala de aula e - ás vezes - aquele que sempre tem respostas e falas sutis. Eu sou aquele que quando está na sala, não faz diferença, e quando não está, também não faz diferença, apenas cai um número de alunos presentes. Posso dizer que vou ter grandes lembranças dessa maldita sala.

  Não vejo a hora de me formar e nunca mais ver a cara dessas pessoas infernais. Não sou pago para ter que aturar essa maldita sala todo dia, sou obrigado, mas não pago.

By the way, eu vou ficar aqui de qualquer jeito e não vai ser eu me ajoelhar para minha mãe e pedir até pro cocô do cachorro que eu saio dessa maldita escola. Já desperdicei 17 malditos anos dentro dessa escola, sim, eu estudo na mesma escola há 17 anos, e agora eu tenho 19. Grande bosta.

  Deixando meu lado dramático e sensível de lado, eu já estou cinco minutos atrasado, como sempre. É melhor eu me apressar.

•Bus Stop•

  Eu terminei de me vestir e peguei a minha velha e companheira mochila, a joguei em meus ombros e sai correndo de casa. Não preciso ouvir reclamação do diretor a essa hora da matina. Se eu ouvir ele falando um "A" eu o mando pastar na puta que pariu. 

  E eu ainda não quero levar uma advertência. Não agora.

  Olhei para os dois lados e atravessei os dois cruzamentos em disparada, não tenho tempo para perder com esses malditos carros que não dão preferência aos maravilhosos pedestres - eu mesmo - que estão sempre a passar por aqui. 

  Faço o caminho rotineiro, passando na frente do ponto de ônibus que se localiza em frente a uma igreja. Bem, não é bem um ponto de ônibus, na verdade, é apenas um poste onde algumas pessoas ficam na frente para esperar seu ônibus chegar.

  E é aqui que ele sempre fica, todos os dias, na mesma hora. Sempre pelo horário da manhã, eu acho. Quer dizer, eu nunca o vi naquele mesmo ponto quando voltada da escola pela tarde, tenho certeza de que ele só fica aqui pela manhã para esperar seu ônibus.

  Ele é um menino de cabeleira castanho-escuro, porte musculoso e pouco baixo. Não sei se ele é menor ou maior que eu, já que eu nunca crio coragem o suficiente para falar ou chegar perto dele, eu sempre passo na sua frente e vou para a escola, sem nenhuma palavra, apenas trocas de olhares - que eu também não sei que tipo de significado tem.

  Começo a caminhar mais rápido e o vejo ali novamente, como sempre, agora ele usava um óculos escuro e estava com um sorriso ladino nos lábios fartos - assim como suas coxas - e um shorts que quase ultrapassava os joelhos. 

  Que pessoa sã sorri a essa hora da manhã? Ele, sempre ele. Não sei o que o deixa tão animado assim, nem eu consigo sorrir tanto como ele sorri. Acho que ele tem problema.

  Passo em sua frente e percebo que ele me seguia com a sua cabeça, era um movimento quase-disfarçado. É agora Jeon, é agora!

  Paro de caminhar por alguns segundos e viro o meu rosto para onde o garoto se encontrava, o encarando de volta, sorrio ladino e lhe pisquei o olho esquerdo. 

  Mas como eu sou um puta vergonhoso do caralho, eu me virei para frente e comecei a caminhar mais rápido do que antes. Sem nem ter um pingo de orgulho e ver a reação que o garoto teve.

É, eu sou um imbecil, babaca e otario. Agora é oficial.

•Bus Stop•