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História Bus stop - Dua


Escrita por: Tilikun e Busan_bxys

Notas do Autor


Quase 10 favoritos com apenas um capítulo?

Meu Deus, eu tô boba! Muito obrigadaaaaaaaaa <3

Capítulo 2 - Dua


Fanfic / Fanfiction Bus stop - Dua


 

"pizza will never break your heart."
•••••••••••••••••••••••••••••••••

  Vou me dispersando aos poucos por causa de um som estridente que está a me atormentar nas orelhas. Eu rapidamente levanto meu travesseiro e o coloco nos ouvidos, numa espécie de "proteção" - que obviamente não funciona, mas eu sou trouxa e gosto de acreditar que isso possa vir a funcionar - contra esse maldito som as... sei lá que horas da manhã.

  Fico com o travesseiro entulhado em meus ouvidos até me sentir sendo chacoalhado por alguém.

- Puta que pariu Jeon, você está totalmente atrasado. - ouvi minha mãe falando, ou melhor, berrando.

  Tirei o travesseiro de trás da minha cabeça e pulei da cama com uma rapidez que eu nunca iria imaginar ter em toda a minha vida sedentária. Fui dar um passo para desligar o relógio - já que a minha mãe não serve nem para isso - e acabei tropeçando na barra do cobertor que estava caído no chão.

- Porra Jeon, tu és burro moleque? - Minha mãe esticou a mão para me ajudar a levantar e eu aceitei a ajuda, demonstrando o máximo de desgosto possível.


- Como pode falar com seu filho assim? - indaguei e arrumei o cobertor.


- Já disse que você é adotado - revirei os olhos.


- Então eu vou faltar a aula hoje - fiz pose like a diva: mãozinha na cintura e a bunda empinada.


- Eu te como na cinta - Gargalhei. Mamãe, com certeza, não pensa antes de falar. - Para de maliciar tudo, credo.


- Eu não disse nada, eu eim - desliguei o despertador e arregalei os olhos. Eu tenho apenas dez minutos para chegar a escola. - Mãe! Eu 'tô atrasado, por que não me chamou antes?

  Indaguei afobado e comecei a tirar minha roupa para que pudesse colocar meu uniforme.

- Não sou paga para te ver nu de novo não, querido, não quero perder minha grandiosa visão. - Mamãe disse divertida e se virou para sair do quarto.


- Você fala como se não tivesse me dado banho quando era menor - Comecei a me trocar.


- Eu já te disse que és adotado - pude ouvir um mínimo riso antes dela fechar a porta na minha cara, sem nem ter ouvido a minha resposta antes.

  Eu estou pensando seriamente em colocá-la em um tratamento com algum psiquiatra ou psicólogo. Ela deve ter alguns probleminhas mentais não-muito-graves. Mas eu tenho certeza que ela tem um, onde já se viu, tratar um filho do coração, do peito, dessa forma arrogante? Eu deveria é matar aula para ela se... nah, eu que acabaria me ferrando nos estudos de qualquer forma - não que eu já não estivesse. Mas minha mãe não precisava saber disso, não agora. Ela vai acabar sabendo de qualquer jeito, então pra que antecipar a minha surra? Eu tenho que ficar com meu rosto salvo até o final do ano, que será a minha formatura - se eu não repetir.

  Peguei minha mochila e joguei os livros e cadernos de qualquer jeito dentro da mesma, não estou a fim de arrumar tudo bonitinho não, eu ainda vou ter que reencarnar no barry allen para poder chegar a escola no tempo certo.

  Se bem que... não, eu não tenho uma carteira de motorista ainda, nem idade eu tenho.

  Fui até o banheiro e joguei água em meu rosto, escovei meus dentes rapidamente e enxaguei-os com água depois com colgate. Sai de meu quarto e encarei o relógio que ficava preso na parede, em cima da televisão de tela plana.

7:55 AM

Puta que me pariu!

 

 

 

 

 

•Bus stop•

 

 

 

 

 

  Eu acho que nunca na minha vida eu consegui atravessar os dois cruzamentos em uma corrida só, acho que hoje o universo está conspirando ao meu favor - tirando a minha testa suada, meus cabelos pingando e a marca de pizza debaixo dos meus braços. Até que nada de tão ruim aconteceu comigo.

  Eu já estava esperando que quando eu colocasse meu pé para fora de casa iria começar um temporal fodido, alguma pessoa sem noção iria passar na minha frente correndo e roubaria a minha mochila escolar, algum carro/ônibus/caminhão ou bicicleta me atropelaria e entre outros desastres. Mas não, nada disso aconteceu; tirando os tropeços que estava acontecendo casualmente comigo, eu ainda estou vivo e sem nenhum arranhão em meu belo rosto, pernas ou braços.

  Eu terei que começar a frequentar uma academia daqui para frente, tenho que estar fisicamente e psicologicamente preparado para correr quase 10.000 metros, para chegar a escola, quando acordar atrasado.

  Mentira, quando eu acordar atrasado da próxima vez eu irei apenas dizer a minha mãezinha "não posso entrar atrasado" e voltar a dormir. Eu iria apanhar? Muito. Iria a escola? Talvez, é claro que minha mãe me levaria a escola e falaria para o diretor me liberar a entrada. Mas como eu adoro ser iludido, gosto de pensar que eu não irei a escola.
  
  Ajeitei minha mochila em meus ombros e coloquei minhas mãos nos joelhos, ofegante, parecia que eu tinha acabado de fazer sexo ou algo do tipo. Ergui meu pulso e chequei as horas.

7:58 AM

  Arregalei os olhos e me pus ereto novamente. Se eu chegar atrasado, o diretor irá ligar para mamãe, e eu irei apanhar. Irei apanhar 'pra caramba.

  Peguei o máximo de fôlego possível e passei meu pulso pelo meu rosto, queria amenizar a cachoeira que estava caindo da minha testa. Olhei para frente.

 Lá estava ele, como sempre... estou cansado de viver falando isso para mim mesmo, mentalmente. Ele estava com uma calça jeans surrada e cheia de rasgos pelas coxas, os rasgos iam até as coxas voluptuosas. Sua blusa era parecida a uma social, era social branca, branca quase transparente. Estava marcando seu corpo, aparentemente, definido; eu 'to com calor, com muito calor, e tenho certeza que a causa disso é a corrida.

Respirei fundo novamente e comecei a correr, acabei por imaginar a música Bad do infinite como fundo para mim ter um pouco mais de emoção ao praticar essa corrida para salvar a minha vida, e a minha pele de marcas vermelhas. 

  Eu estou sentindo meu rosto quente, aposto que a qualquer hora possa começar a sair fumaça de tão quente que deve estar. Eu estou com vergonha, e com calor. Com muita vergonha e com muito calor.

  Passei correndo na frente do menino, nem deu tempo de fazer o tal de contato visual que sempre fazíamos, agradeci a todos os deuses presente a isso. Eu estou quase me mijando de vergonha por causa de ontem, o que eu tinha na cabeça, afinal?

  Chequei o relógio novamente: 1 minuto, eu tenho a porra de um minuto para chegar na escola.


E eu não consegui.



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