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História Bus stop - Dua puluh satu


Escrita por: Tilikun e Busan_bxys

Notas do Autor


Desculpem-me pela demora, mas eu disse que ainda iria postar nesse mês, não disse? :V

Primeiro: obrigada pelos 151 favoritos, estou realmente gratificada por tudo isso de pessoas estar gostando do que eu e a Carol escrevemos.

Segundo: Obrigada a TODOS que comentaram no capítulo passado, porra, 24 comentários? Eu espero que vocês continuem a comentar desse jeito!

Bom, muito obrigada mesmo!

Capítulo 21 - Dua puluh satu


Fanfic / Fanfiction Bus stop - Dua puluh satu

“Por mais que a gente cresça há sempre coisas que a gente não pode entender.”
••••••••••••••••••••••••••••••••••••••


  Respira fundo, Jungkook. Feche os olhos, respire fundo e solte o ar devagar. Depois tente controlar esse teu nervosismo, moleque, ele é só um garoto, não é a professora de coreano que bate na gente, ele não é agressivo não, fica de boa e tente não corar mais do que você já está.

  Você é um homem! Aje como um, porra!

- Mas então... ─ Ai caralho a voz dele é tão grossa e gostosa de se ouvir que da vontade de gravar e sair escutando nos dias ruins. ─ Quais são os nomes de vocês? 

- Kim Taehyung. — Como sempre, Tae foi o primeiro a se apresentar, soltando seu maravilhoso sorriso quadrado e pouco amarelo. — Mas pode me chamar de Tae.  

- Meu nome é Jeon Jungkook. — Ajeitei-me melhor na cadeira ao perceber que não minha voz não havia falhado na hora de me apresentar.

- Hm, Jungkook, okey. E você? ─ Jackson apontou o dedo para aquele maldito que estava ao meu lado. Eu fiquei com uma imensa vontade de bufar, mas me controlei.

O nome dele é Park Jimin, mas pode chamá-lo de bactéria humana.

- Park Jimin. ─ Franzi o cenho e olhei rapidamente para aquele gorila ao meu lado. Ele estava encarando o potinho de batatas fritas que estava em cima da mesa enquanto seus dedos se remexiam em seu colo. 

  Não sei por quê, mas eu senti uma dorzinha no peito ao mesmo tempo que sentia a dor de um tapa na cara, acompanhado de uma imensa vontade de abraça-lo, mas eu consegui superar isso quando pude ouvir aquela voz abençoada se instalando no ambiente de novo.

- Bom, meu nome é Jackson Wang. Mas podem me chamar do que acharem melhor. — Espera, eu juro que ele me lançou uma piscada! Eu juro juradinho e de dedo mindinho! 

  Eu já vou avisando agora, se ele estiver mencionando indiretamente aquela merda de daddyKink eu juro que chuto o cu dele e o mando para a puta que o pariu. Não tenho saco de ficar com essa brincadeirinha imbecil, porra, que novo mano, eu vou chamar o cara que eu transo de papai ou de bebê! Que vontade de morrer, eu iria me sentir praticando incesto! Credo. Que horror.

  Se ele gostar desse fetiche horrível, e muito esquisito, o meu pequeno crush por ele já vai estar acabado.

- Tudo bem, agora todo mundo se conhece e já são amigos. Podemos ir agora? ─ Hoseok disse e logo se levantou, arrumando a cadeira e esperando que fizéssemos o mesmo.

   Me levantei juntamente de Taehyung e parei do lado do Jackson. Não foi de propósito, juro, é que realmente não tinha lugar para mim ficar, já que Hoseok estava do lado de Jimin, e eu não quero ficar perto dele. Pelo menos não aqui.

 Jimin continuou sentado, olhando para baixo e brincando com o potinho de batata frita. Eu ja estava pronto para gritar com ele e fazê-lo levantar logo, mas Hoseok fez um gesto com a mão para irmos na frente. Eu gostei, finalmente eu iria ter um pouco de paz do reclamão e infantil que é o Park Jimin. Dá até vontade de perguntar se ele tem treze anos, argh, essa idade é uma porcaria para algumas pessoas.

  Nossa, agora que eu percebi que não sei a idade do Jimin. Será que eu perguntei isso para ele? 

  Parando para pensar agora, eu nunca tive uma conversa normal com ele para saber a real personalidade dele, mas não é como se desse, né?

  Dei uma última encarada no Jimin e ele continuava do mesmo jeito, parecia até que ele iria chorar a qualquer momento. Sua cabeça balançava para sim e, às vezes, ela tombava para a esquerda, sinal que ele estava confuso e, provavelmente, estaria tentando achar uma solução para a pergunta que brotou na mente dele. Se é que ele esta pensando em algo mesmo. Ele pode estar apenas olhando para o pote de batata frita e imaginando como seria legal ser uma formiga e escalar aquele pote.

  Vai que é isso mesmo.

  Virei-me e comecei a andar, sendo acompanhado pelo Jackson e pelo Taehyung. Não estávamos conversando e nem nada, estávamos caminhando em direção ao hall de entrada para esperarmos aqueles dois que ficaram para trás. Eu já estava quase colocando o meu braço no pescoço de Taehyung, como sempre faço, mas ai eu senti que aquele camarada novo e gostoso havia posto o seu braço esquerdo em meu pescoço.

  Tudo bem, ele é gostoso e eu tô um pouco afim dele, mas e ai, e a intimidade primeiro? Cadê? Adquiriu ela sozinho, colega?

  Eu já havia dito uma vez para Taehyung que eu gostava de pessoas que tomavam atitude, mas eu exigia que ela, pelo menos, tivesse um pouco de intimidade comigo, né! Um pouco estranho tu ficar com o pescoço debaixo do braço de um desconhecido. Eu eim!

  Eu já estava erguendo minha mão para segurar e tirar o braço daquele guri do meu pescoço quando ouvi a voz de Hoseok bem do nosso lado e uma nova presença ao meu lado, com uma auréola um pouco negativa. 

  Não me chame de louco, dá pra perceber quando a pessoa está com sensações positivas e quando está com negativas, e esse é o caso do Jimin aqui. Ele visivelmente está irritado e magoado, só não sei o por quê. Eu só sei que a vontade de tirar o braço do garoto do meu ombro aumentou dez vezes mais ao encarar os olhos de Jimin e vê-lo me dar um sorriso um pouco triste.

  Eu acho que a minha consciência ficou um pouco pesadinha, mas, sabe... é, eu devo ter sido um pouquinho infantil com ele, pouquinho inho inho.

  Olhei para a frente e, em um gesto rápido, retirei o braço de Jackson do meu ombro e, sem esperar para ver a reação dele, me voltei para onde Jimin estava e caminhei para o lado dele, continuando o trajeto até a entrada desse jeito.

  Ah, fala sério, pelo menos nós dois temos alguma intimidade, né.

 


•Bus Stop•

 


  Eu acho que assim, eu sei que eu sinto uma grande atração, um grande desejo carnal pelo Jackson, mas eu também desejo aquele maldito Park Jimin, e sei que é mais forte do que eu sinto pelo Jackson, mas... cara... é tão difícil lidar com o Jimin. Uma hora da vontade de jogar uma faca na testa dele, e outrora da vontade de esmagar aqueles lábios junto com os meus e ficar assim por muito tempo.

  E eu não sei o que fazer.

  Mas eu tenho certeza de uma coisa: eu não vou ficar com o Jackson e nem dar mole para ele, eu vou tentar de tudo para ficar longe dele e não deixar meu corpo reagir a elogios que ele solta de vez em quando. Porque... sabe... eu beijei o Jimin duas vezes, quer dizer, ele me beijou, mas eu não recuei — essa foi a merda que eu fiz —, então eu acho que seria muita sacanagem eu ficar com esse cara ai. Mesmo que eu e Jimin não tenhamos nada, nada mesmo, eu sei que ele gosta de mim e... eu... bom, um pouquinho, talvez bem pouquíssimo, eu goste dele também — Mas é bem pouco. 

  Se a situação fosse ao contrária, eu não gostaria de ver o Jimin beijando uma outra pessoa enquanto eu estou por perto, então eu não vou fazer isso. Não vou. 

  A única coisa que eu tentarei fazer é tirar o Jimin daquele sofá, porque faz quase duas horas que chegamos na casa de Hoseok e Jimin está sentando naquele canto como um depressivo enquanto olha pro chão, fazendo uma carinha que me dá vontade de apertá-lo muito forte.

  Desde que chegamos eu estou aqui, junto da galerinha conversando sobre sei-la-o-que. E Jimin... bom, ele só ficou conosco por alguns minutos e não disse  nada antes de sair; ninguém estava incluindo ele nas conversas e nem tentavam fazer isso, e essa fora a segunda vez que me deu vontade de abraça-lo.

  Agora ele está lá, sentado no sofá enquanto abraça as suas pernas e olha para o chão.

  Se ele começar a chorar agora eu juro que jogo essa minha merda de orgulho e infantilidade e abraço ele, eu posso até sentar no colo dele e enche-lo de beijos, mas só se ele fosse voltar a agir como um idiota novamente, porque, mano, eu não aguento ver esse garoto tão tristonho assim, me dá dó, e eu não gosto de sentir dó. Então, se ninguém desviar o olhar para o Jimin e perceber o quão tristonho ele está, eu mesmo vou lá abraçar ele — mesmo que haja, pelo menos, dois por cento dele querendo me bater.

– Então foi assim que vocês se conheceram? — ouvi a voz de Taehyung e já preparei o meu cronograma mental para estipular o tempo que eles têm para olhar o Jimin.

– Sim! — dessa vez foi a voz de Jackson, que soou, estranhamente, perto demais de mim, mas eu não liguei. Eu iria sair daqui de qualquer jeito, eu acho.

  Vamos lá, a hora de contar vai começar a... gora!

  1 segundo.

  Todos conversando.

  2 segundos.

  Todos conversando.

  3 segundos.

  Todos conversando.

  4 segundos.

  Hoseok desviou o olhar, mas eu não faço ideia para onde ele tenha olhado. Então eu irei descartar essa pequena falha minha.

  5 segundos.

  Começaram um assunto que me deixou com nojo: daddyKink.

  6 segundos.

  Taehyung olhou na direção em que Jimin estava, mas não esboçou nenhum tipo de reação e voltou a se concentrar na conversa.

 7 segundos, 8 segundos, 9 segundos, 10 segundos e nada. Ninguém olhou para ele, ninguém percebeu que ele estava distante, ou, pior, ninguém sequer percebeu que ele não estava sentado ao nosso lado. Ninguém percebeu que a voz dele não está no ambiente! Que tipo de pessoa consegue ignorar a voz de Jimin? É tipo, totalmente impossível! A voz dele é tão maravilhosa quanto ele; deveria ser considerado um pecado ignorar isso tudo.

  Respirei fundo umas três vezes. A primeira vez foi para mim tomar coragem de levantar do sofá e ir até ele, e a segunda vez, que é a mais importante, foi para implorar ao meu psicológico para que ele desligue o botãozinho do meu orgulho. E a última vez que eu respirei fundo foi para avisar ao meu orgulho que eu não iria precisar dele. 

  É, essa foi a coisa mais difícil que eu já fiz na vida. Meu orgulho vai sair gravemente ferido nisso daqui.

  Quando eu já estava levantando para ir até o Jimin, o Taehyung — de alguma forma totalmente estranha, já que ele nem lembrava que eu estava nessa casa — puxou o meu braço, com um pouco de força, fazendo-me voltar a sentar no sofá e me lançando um olhar que foi incompreensível para mim. Poxa, eu só queria fazer uma boa ação nesse dia e ir me sentar ao lado do Jimin, tadinho, o bichinho está todo sozinho, sentado num canto do sofá. Longe das pessoas, longe do mundo. Está bem, não é para tanto, ele só estava um meio metro longe de nós.

— Que tal pedirmos pizza? — Ouvi a voz alta de Hoseok soar pela sala, fazendo com que a minha atenção se voltasse totalmente para ele. E não foi só porque ele mencionou a pizza.

— Ótimo, eu estou com fome mesmo! — Jackson acrescentou e Taehyung concordou com ele. O único que não respondeu ou pareceu não ouvir foi Jimin. — Você vai querer pizza do que? — Ele virou-se para mim e abriu um sorriso de meia boca. Tudo bem que ele é gostoso e isso eu não posso negar nunca na minha vida, mas eu estou mais focado no Jimin para me preocupar com essas cantadas totalmente úteis dele.

— Jimin! — Ergui um pouco meu tom de voz para que ele pudesse sair do transe estranho em que ele estava. E deu certo, visto que ele me encarou de um jeito também indecifrável para mim. — Eles querem pedir pizza, você vai querer? 

— Ah, sim. Pode ser, tanto faz. — Ele pegou o seu celular no bolso e começou a fuçar alguma coisa que não me interessa lá.

— Você vai querer comer do quê? — Voltei a perguntar, notando somente agora que todas as pessoas presentes naquele cômodo estavam me encarando.

O quê? Não sabem o que significa gentileza?

— Qualquer coisa que escolherem para mim eu como. — ele terminou de falar e me olhou por apenas dois segundos, voltando a mexer em seu celular.

— Tudo bem, eu vou lá na cozinha pedir as pizzas — Hoseok se levantou e bateu as mãos pelas coxas, tirando sei-lá-o-que do seu jeans cinza claro.

— Eu vou com você — Taehyung logo disse e levantou-se também, indo para a cozinha na frente de Hoseok, que o seguiu com os olhos e escondeu um sorrisinho de canto.

  Se eles não se beijarem na cozinha eu terei de falar sobre a ação engraçada de Hoseok para Taehyung, ele provavelmente irá surtar por finalmente ter chamado a atenção do senpai.

— Então, Jungkook, você realmente não namora com aquele cara, né? — Essa pergunta pareceu meio rude, mas ao olhar para a face daquele sujeito dava para perceber que ele só estava tentando ser amigável. Porém eu fiquei um pouco incomodado ao chamar o Jimin de 'cara', sei lá, eu lembro que nos apresentamos para ele.

— Não, não namoramos — Jimin respondeu por mim e, quando eu voltei para olhar para ele, vi que ele estava se levantando do sofá e ajeitando suas vestes. Antes que eu perguntasse onde ele iria eu já tive a resposta. — Eu já vou indo, tenho compromissos. Avisa o Hoseok para mim, por favor.

— Mas você não quer esperar a pizza? — Levantei-me juntamente a ele e o acompanhei até a porta, que era quase um metro e meio dos sofas. 

— Não, eu vou comer fora — ele abriu a porta e se virou antes que eu a fechasse, olhando diretamente em meus olhos — Divirta-se. — Então ele mesmo colocou a mão na maçaneta e fechou lentamente a porta, fazendo com que eu me sentisse estranho.

  Acho que eu nunca mais irei dormir a noite, eu estou me sentindo com um monstro que arranca um doce de uma criança. É desesperador pensar que ela pode, realmente, chamar a mãe dela.

 


•Bus Stop•

 


  Ajeitei minha bolsa em meus ombros e fechei o meu casaco, colocando o capuz sobre os meus cabelos. Antes de sair de casa eu pude ver, na janela de meu quarto, que estava serenando bem de leve.

— Mãe, estou indo! — Não esperei uma resposta e logo sai de casa. 

  Comecei a caminhar com toda a velocidade que existia em minhas pernas já pensando que se eu ficasse enrolando meia hora para chegar na escola eu iria tomar um banho sem precisar pagar a conta de água. O que seria uma bosta, já que eu iria chegar na escola com o cabelo  no estilo black power. É, pois é, eu não tenho o cabelo lisinho não, mas também não é totalmente enrolado, digamos que ele é de um estilo complicado.

  Parei na faxa de pedestre entre as duas travessias e olhei de relance para o ponto de ônibus.

  Eu pensei que veria o Jimin lá, com as costas escoradas naquele bendito poste e com aquelas roupas estilosas que ficam incríveis naquele corpo maravilhosamente esplêndido dele. Ou que ele estaria me encarando com um meio sorriso na boca junto daquele óculos que combina muito bem com o rosto dele. Mas não, eu não vi nada disso. Não vi ele e nem aquele melhor amigo dele, o Hoseok.

  Tudo que eu vi foram quase meia dúzia de pessoas paradas em um círculo atrás de uma ambulância.

  E a maca carregando um corpo.



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