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História Busca implacável - Desconhecidos


Escrita por: leehsds e mahgiu732490

Capítulo 12 - Desconhecidos


Fanfic / Fanfiction Busca implacável - Desconhecidos

O Emperius já estava cheio. Sophia andava a passos largos e era difícil passar por entre toda aquela gente. Esbarrou muitas vezes nas pessoas que dançavam e nas mesas com homens grandes e de aparência horrível que estavam todos bêbados. Sentiu que estava sendo observada e olhou para trás enquanto caminhava e acabou esbarrando em um dos garçons. O barulho dos copos quebrando e dos gritos dela não chamava muito atenção em meio a música alta.

- Você é cego? Agora vou ficar cheirando a pinga a noite toda. - Ela gritou o empurrando para trás.

-Desculpa, mas você não....

-Cale a boca!!

 Só então reparou no olhar e nos cabelos negros, era o rapaz que preparava as bebidas. Rapidamente desviou o olhar para os homens na mesa. Dois deles estavam rindo do garoto que ficou sem graça e o outro a encarava de um jeito que a incomodava. O olhar tímido do garoto se encontrou ao cheio de irá de Sophia.

- O Jack esta ai?

- Está sim! Se quiser eu...

-Não precisa- Sophia o interrompeu e seguiu o mais rápido que pôde.

Estava tão distraída nem percebeu que Clarice e Nata estavam logo atrás dela. Clara se deparando com a situação e a reação no rosto do rapaz, se sentiu com pena e se agachou para ajudá-lo.

- O... Obrigado! Coitada da moça, não queria ter feito aquilo. - Diz o rapaz meio sem graça

- Clara sorriu - Fique tranquilo - Sophia é nervosa assim mesmo!

- Você a conhece? - Os dois se levantam com os cacos maiores na bandeja e o restante que não avia quebrado

- Sim, ela é minha amiga... - Nata a interrompe

- Vamos amor? Os outros devem estar nos esperando

- Okay, vamos amor! - Clarice sorri para o rapaz que correspondeu com um outro.

Natanael e clara chegaram logo atrás de Sophia e passados alguns minutos, Allan e Scott, como sempre, chegaram com as bebidas. Sophia estranhou a demora de Lean, então começou a passar algumas ideias com Clara. Diziam que Scott poderia distrair os possíveis seguranças. Allan poderia estudar o lugar e encontrar a melhor forma de chegar ao objetivo. Clara se ofereceu para ir junto de Sophia para capturá-lo. Nata as obrigou a deixarem ele ir junto por segurança. Quase uma hora depois Lean chegou abrindo a porta e olhando para todos em volta mesa.

-Onde você estava? - Perguntou Sophia

-Eu dormi e perdi hora. - Se dirigiu a mesa e permaneceu de pé com as mãos no bolso da calça.

- Enfim - disse Sophia colocando as mãos sobre a mesa. - como você conseguir pegar aquele cara do clã?

-Quem? - Lean disse sem se lembrar

- Aquele que até vieram atrás de você depois.

-Ah. Fui atrás dele num barracão.

-Barracão? - Clara perguntou confusa.

-Sim. Não sei o que havia lá. Mas não tem muita gente vigiando e também não é muito grande, ele fica na beira dá estrada seguindo em frente depois do esconderijo uns 100 km.

-Quantos caras? - Disse Scott

- Uns 2 do lado de fora eu acho. Não me lembro e tive a sorte de não encontrar mais alguém lá dentro. Mas por que o interesse?

- Um sequestro Lean. E você vai ser o pivô e nos levar até lá. É a forma mais fácil de chegar ao meu pai.

-NÃO! - Lean gritou balançando a cabeça e olhando para o chão. - Vocês não podem.

- Qual é cara. Vamos ajudar a Sophia - Scott disse sorrindo

- Por favor Lean.

- Eu já disse para ela esquecer essa história Clarice.

-E eu disse que teria cuidado.- Sophia disse em tom calmo.

-Que merda!!!! Você não entende!!! - Lean colocou as mãos sobre a cabeça e andou de um lado para o outro.

- Lean ela só...

- Cale a boca Allan. Sophia vem comigo.- Lean abriu a porta para que Sophia passasse e a fechou atrás dele. - Você tem que esquecer essa história, por favor.

-Não posso desistir agora. Nem você que esteve ao meu lado todos esses anos desde que cheguei aqui.

Por um momento os dois ficaram em silencio. Lean andava pelo corredor já quase vazio e Sophia se apoiou em uma parede admirando o relógio ao fundo do corredor.

- Está vendo. O tempo. Já perdi muito dele. - Disse ainda o observando e em seguida olhou para o chão. - Perdi tempo de mais pedindo sua ajuda. Se não quiser pode ir, eu me viro para ter um minuto de felicidade ao lado do meu pai.

Lean andou até ela, apoiou as mãos na parede de forma que ela ficasse presa.

- Você...- ele fez uma pausa - Eu só quero te proteger agora. Me escuta.

O olhar de Sophia se encontrou ao de Lean que estavam mais negros q o normal e ela não sabia de dizer se aquilo era mesmo preocupação.

-Vai embora - disse cerrando os dentes.- VAI EMBORA AGORA - Lean a encarou, tirou os braços de volta dela, se afastando. Talvez frustrado, decepcionado, irritado. Ela não sabia dizer. Lean bateu continência e saiu sem nem olhar para trás. - TE ODEIO!!- Sophia gritou e abriu abruptamente a porta onde os outros estavam.

-Lean está fora dessa. Sabemos onde é. Allan e Natanael vão comigo amanhã ver o lugar. O plano todo a gente repassa depois. Se quiserem podem ir.

- Você está bem sophi? - Clara parecia preocupada.

-Ótima. Já vou indo.

 Sophia bateu continência e saiu batendo a porta atrás dela. Caminhou pela sala quase vazia, subiu as escadas e um velho gordo e bêbado quase a derrubou enquanto tentava subir. Olhou para trás e um grande sorriso amarelo surgiu no rosto do velho, ele levantou sua garrafa e mandou um beijo desajeitado para Sophia que desejou não ter visto aquilo. Vestiu o capuz de sua blusa e seguiu até o bar. Se sentou e observou Jack, o homem careca, entregar as chaves para o garoto que secava os copos e sair.

-ei. Quero beber alguma coisa.

 O garoto com os copos a observou se esconder no capuz e a reconheceu quando ela levantou os olhos para a porta dá cozinha.

- Você é a garota que esbarrou em mim hoje, não é? Me desculpe eu não queria derrubar o...

-Quieto. - Sophia continuou a observar a porta. -  Eles estão vindo.

- O que? - O garoto disse confuso, a encarando enquanto Sophia ia para trás do balcão - o que você está fazendo?

-Quieto. Finja q não me viu OK?

O garoto a olhou sem entender. Não demorou muito e quatro pessoas passaram pela porta dá cozinha e se aproximarem do balcão.

- Oi. Você viu minha amiga por aqui? - Perguntou clara.

-Sua amiga? Ela está...- Sophia deu um soco na perna do menino para que ficasse quieto.- aii!!!

-O que foi?

-Nada. Ela está…Quero dizer. Não a vi.

-Ok.- clara olhou envolta e sorriu. - Obrigada.

O garoto observou todos saírem e olhou para Sophia que estava sentada ao lado dele.

- Já foram.

- Eu sei.- Sophia se levantou, olhou em volta, tirou o capuz e se sentou novamente.

-Vai logo eu quero beber alguma coisa.

-Ok. O que vai ser?

-O melhor que você tiver.

Sophia observava as meninas de roupas curtas saírem com aqueles homens horríveis. Outros cambalearem pelas mesas. Um homem estava no palco e dizendo algumas palavras sem sentido e bebendo nos intervalos dá sua música. Quando terminou foi aplaudido pelos outros que estavam ali.

-Aqui está.- o garoto colocou um copo com um líquido rosa a frente de Sophia no balcão. Ele a observou beber três goles dá bebida.

-O que foi garoto? - Ela levantou o olhar para ele envergonhada pela forma que ele a observava.

- O que achou? E..eu inventei essa bebida hoje.- sorriu – E. Eu..eu achei que você era a melhor pessoa pra experimentar. - O sorriso do garoto sumiu tão rápido quanto apareceu depois que o olhar de Sophia encontrou o dele.

-É boa.- Sophia continuou a encara-lo.

-Eu...- ele sorriu um pouco tímido e andou de costas de volta a secar os copos - vou voltar a fazer o meu...- o garoto errou o passo se enroscando nas próprias pernas e quase caiu.- enfim...

Ela sorriu passando o dedo na borda do copo depois que ele virou as costas sem dizer mais nenhuma palavra e voltou a secar os copos. Sophia não parava de pensar no seu pai. Será que seriam parecidos?  Será que ele ficaria feliz de reencontra-la? E Lean...por que a deixou justo agora? Ela sentia falta dele...Mas nos últimos dias ele parecia não querer ela por perto. Parecia que agora ela estava atrapalhando a vida dele. Sua cabeça estava a mil. Ficou quase duas horas sentada naquele balcão bebendo. Exceto quando levantou e pediu um cigarro para um gordo sentado na mesa. Enquanto fumava dançava e rodopiava pelo salão. Ria dela mesma e do garoto que não tirava os olhos dela. Não viu a hora passar e quando se deu conta só ela é o garoto ainda estavam lá. Ele trancou a porta dá cozinha e andou em direção a ela mexendo no molho de chaves.

- Eu tenho que fechar.

- Só mais um pouquinho. Quer dançar? - Ela sorriu e balançava a um ritmo que só ela podia ouvir.

- Eu não...

- Vem. É legal - ela o interrompeu puxando-o pelo braço. O ritmo mudou para valsa que ela mesma cantarolava enquanto rodopiava segurando os braços dele no alto. Ele permaneceu imóvel.- dança garoto! - Ele parecia assustado e olhava para todos os lados. Sophia bebeu mais um gole dá garrafa e girou várias vezes até cair no chão.

- Você está bem? - Ele se apressou até ela no chão preocupado enquanto ela segurava o tornozelo reclamando de dor.

-O que você acha babaca?

-Vem vou te ajudar.- antes que pudesse levanta-la do chão ela o empurrou.

-Sai eu me viro. Merda.  Vou pra casa. Disse se pondo de pé mancando e cambaleando  até a porta de saída.

- Você é sempre assim complicada? Eu vou te levar pra casa.

-O que? - Sophia gritou - tá maluco?

Ele não disse nada, apenas a acompanhou até a porta. Trancou rapidamente enquanto ela caminhava até o carro. Antes que ela pudesse entrar ele segurou a porta pegou as chaves dá mão dela e disse.

- Você não vai dirigir comigo aqui.

-Ta pensando que é quem garoto?

- Ou você entrar e fica quietinha no banco do passageiro -ele fez uma pausa para fechar a porta e se apoiar nela e encarar Sophia. - Ou vai passar a noite aqui na rua comigo te vigiando.

-Você…- ela o olhou irritada- moleque idiota. - Ele levantou a sobrancelha na espera dá resposta. E Sophia sem dizer nada andou até o outro lado enquanto ele entrava e ligava o carro. Ela só abria a boca pra dizer o caminho.

-Você tem certeza que a por aqui, não é? - O garoto disse preocupado.

-Eu estou bêbada, mas não sou burra. E anda mais rápido.

Ele dirigiu por quase meia hora nas ruas dá cidade até chegar a um bairro pobre, repleto de casas velhas e prédios de apartamentos pequenos caindo aos pedaços.

-Ali- Sophia apontou para o que aparentava ser o melhor dos prédios.

Ele estacionou bem em frente e aproximou o rosto do volante para ver a situação do prédio todo pichado, com as janelas trincadas e sujas.

Não demorou e Sophia abriu a porta do motorista gritando para que ele entregasse a chave do carro.

-Pode ir agora. E me dê a chave.- ela estendeu a mão.

-Você não consegue subir as escadas sozinhas assim.

-Eu sei me virar muito bem sozinha OK?

O garoto de novo não disse nada apenas trancou o carro e andou até a porta do prédio. Sophia foi até ele bufando.

-Aqui tem elevador. Pode ir.- ela andou até o elevador e antes que pudesse apertar o botão um homem que estava assistindo seu jogo na televisão da recepção disse.

-Este quebrado.

-Em que andar? - O garoto disse se aproximando de Sophia.

- O último…- fez uma pausa em quanto ele pensava. - Vai desistir agora?

-Não.

Ele sorriu e a pegou no colo. Era difícil segura-la e subir as escadas enquanto ela se debatia e o xingava o tempo todo. Cinco andares de escadas depois eles chegaram a uma porta em que não havia nem número. O garoto a colocou no chão suando e muito cansado.

- Acho que agora você se livrou de mim. - Ele disse sorrindo. - Tenha um boa noite. - Caminhou de volta a escada e parou quando Sophia o chamou se apoiando na porta.

-Quer uma água? - Ele a olhou sem responder. Sophia respirou fundo e continuou- eu não consigo abrir a porta.

Os dois riram. Ele abriu a porta e assim que chegou Sophia foi direto para o sofá e não parecia estar nada bem. Ele ficou parado observando a quase casa de Sophia. Parecia um quartinho com uma pia, banheiro minúsculo e o sofá cama amarelo que ela estava sentada. No canto havia uma pilha de livros e jornais nem um pouco organizados.

- Tem um copo em algum lugar por aqui. - Ela o procurava sem sair do lugar.

-Não…Não precisa. Não se preocupe.- ele andou até a pilha de livros para dar uma olhada.

-Gosta de ler?

-Sim. Já li todos esses. - Ele sorriu olhou para ela,os dois ficaram em silêncio

- Vai ficar parado aí? - Ela olhou para ele e depois para o sofá. O garoto estava caminhando até o sofá com as mãos no bolso quando chutou o copo. Os cacos se espalham e Sophia deu um grito e depois riu.

-De...Desculpa...me desculpa.- Ele se abaixou para pega-los.

-Deixe aí…Eu não gostava dele mesmo. - O menino se sentou ao lado dela olhando para frente sem conseguir encara-la. - Como é seu nome afinal?

- É Nico.- ele fez uma pausa e olhou para ela. - E o seu?

-Sophia.

Eles continuaram em silêncio depois Sophia riu e nico a acompanhou sem entender. Conversaram pouco e pela primeira vez Sophia não gritava com ele. Nico olhou o relógio, se levantou tentando não pisar nos cacos. Sophia o acompanhou até a porta.

-Então até mais. - Ele disse com um pequeno sorriso.

-Ate...- ele continuou imóvel. - E obrigada.

Ele sorriu e os dois ficaram ali se olhando. E como se tivesse saído de um transe nico deu um pulo e desceu as escadas sem dizer nada e foi embora.

 



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