História Buscando o sentido da vida - O beijo

P.O.V Lara

Eu não acredito ainda que estou ajudando minha pior inimiga. Mas ela me parecia tao perdida é tão frágil, me olhando com aqueles olhos tão lindos.

—Camilla eu vou chamar a Íris para  a gente ir, você me espera ai?

—Espero sim. Lara você é muito gentil, obrigada, de verdade.

—Não precisa agradecer, só estou sendo uma pessoa boa a coisa que você nunca foi comigo.

Caminhei até Íris, e como ela não perdia tempo já estava aos beijos com um menino, lindo por sinal. 

— Ei, não querendo atrapalhar, mas já atrapalhando. Íris, temos que ir agora.

—Mas já?

—Sim, já são 03:30 da manhã, eu já não estou me aguentando.

—Então está bem, vamos.

Nos despedimos de todos e fomos até Camilla. Eu já não estava aguentando de tanta dor de cabeça.

—Camilla vamos.

—Lara, quem é essa menina? Garota você está bem? não acha melhor procurar um médico.

—Médico? Não eu estou bem.

— Fica calma Íris essa é Camilla. Ela vai dormir lá em casa com a gente hoje.

—Se ela acha que não precisa de um médico tudo bem. 

Ajudamos Camilla a se levantar, ela está caminhando com muita dificuldade, parecia ter levado uma surra bem dada. Meu estômago está se revirando, e eu não paro de pensar no Tom, eu estou com tanta raiva dele. Como ele pode fazer isso comigo, estou com tanto ódio que não quero ver ele por um bom tempo. Enfim chegamos na rua da minha casa, estava tudo muito escuro, mas de longe avistei uma sombra, que reconheceria de longe. Era Tom na porta da minha casa. Admito que não queria vê-lo, mas sinto saudades daqueles lábios que me conduz a perdição. Mas eu não vou fraquejar.

—Íris, vá com Camilla pela entrada dos fundos, que tenho que resolver algo aqui, e já vou.

— Tem certeza que quer ficar aqui?

—Tenho sim, pode ir. Toma aqui a chave, quando entrar vá direto para meu quarto.

—Está bem, vamos Camilla!

Caminhei até ele, posso sentir minhas pernas tremendo e meu coração sair pela boca, mas vou ser forte.

—Lara, que bom que chegou, Sua mãe disse que você tinha saído. Eu tenho que te falar algo...

—Tom, não precisa ser tão falso assim, eu vi você beijando aquela menina na festa. Quer dizer que você ai ajudar um amigo, era isso sua desculpa?

— Lara, eu posso explicar...

— Explica o que? Que eu fui feita de boba? 

—Não é isso que aconteceu. 

As lágrimas estão caindo do meu rosto, me sinto péssima, uma verdadeira idiota.

— Saia daqui Tom, eu não quero te ver, nunca mais, NUNCA MAIS!

sai correndo, entrei pela porta e subia as escadas secando minhas lágrimas que pareciam pesar mais que uma tonelada, Respirei fundo e entrei no quarto.

—Lara, tudo bem?

—Está tudo ótimo Íris, tudo ótimo. Vocês querem tomar um banho ou algo assim.

—Por mim eu durmo de calcinha e sutiã. — Íris disse.

—Mas e você Camilla, precisa se limpar, vem aqui eu vou te ajudar, enquanto Íris separa uma roupa para você dormir.

—Não preciso de ajuda eu consigo ir sozinha. Onde fica o banheiro?

— Pode usar o do meu quarto, eu não gosto muito pois só tem uma banheira mas se não ligar, pode ir nesse mesmo.

— eu não ligo.

Camilla tentou se levantar, mas ela mal conseguia.

—Camilla, deixa eu te ajudar?

— É Camilla deixa ela te ajudar, você mal cosegue se levantar. — Íris disse já sem paciência.

Ajudei ela ir até o banheiro, sentei ela em uma bacada que tinha, enquanto limpava delicadamente seu rosto com uma toalha levemente úmida. Ela realmente estava muito machucada.

—O que aconteceu? Por que está assim? — perguntei.

—Nada...

—Vai me dizer que você está toda quebrada por nada? Mas tudo bem se não quiser falar.

Preparei um banho quente, enquanto ela esperava ainda sentada. Fui ajudar ela a tirar sua blusa mas ela recusou.

—Camilla pode confiar, deixa eu te ajudar?

Ela assentiu tirando a mão por cima da minha. Tirei seu moletom e vi marcas em seus braços, me pareciam cortes, mas não por acidente eles pareciam ser propositais, mas eu fingi que nem vi. Em seguida ela mesma tirou sua blusa e sua calça com minha ajuda. 

Eu não sei ao certo o que estou sentindo mas é um calor incomum, ela é tão linda, seu corpo é tão, tão... ela se sentou enquanto tirava seu sutiã, sem medir meus atos me aproximei mais dela, peguei em seu rosto, ela aproximou seu lábio do meu e eu posso sentir seu respirar ofegante. Me aproximei ainda mais e quando me vi já estava em seus lábios vermelhos os sentindo o mais perto que eu podia. Como se nesse momento toda raiva que eu estava sentindo sumisse. Sim, eu já estava a beijando, a sentindo da melhor forma que eu podia, eu não estava entendo o que estava acontecendo, mas eu sabia que estava gostando e muito.

— Gente vocês já acabaram, já preparei a roupa para Camilla... 

—Íris! — falei tentando recuperar o fôlego.

—Me desculpa eu não queria atrapalhar.