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História Buscando o sentido da vida - Erros


Escrita por: PamRafaela

Notas do Autor


Me desculpem mesmo pela demora. Espero que gostem!

Capítulo 27 - Erros


Fanfic / Fanfiction Buscando o sentido da vida - Erros

Formos rapidamente para o hospital, a bolsa da minha mãe já tinha estourado, estávamos todos muito preocupados. Eu não esperava que o bebê fosse nascer tão rápido. Vimos o médico vindo em nossa direção e então levantamos rapidamente para saber como minha mãe e o bebê estavam.

— Vocês são algo da paciente Liz?

—Sim, sou o marido dela, você poderia me falar como ela está? — Meu pai falou levantando rapidamente da cadeira.

—Prazer eu sou o doutor Henry. E o senhor é ? 

—Pode me chamar de Ian. Pode me dizer como ela está?

—Pois bem senhor Ian, sua esposa está com 32 semanas de gravidez e não seria adequado tirarmos o bebê agora, o ideal seria manter ela internada até completar 34 semanas. Mas...

— Mas o que doutor.—Falei preocupada.

—Mas ela não tem muito líquido, isso deixa a situação ainda mais complicada e para piorar ela está com a pressão desregulada.

—Isso significa? — Perguntei.

—Significa que teremos que fazer o parto, não podemos esperar mais!

O médico falou que ia ser complicado, pois o estado da minha mãe estava cada vez pior. Eu estava aflita, ainda bem que tinha Camilla do meu lado, aqueles olhinhos azuis me confortavam. 

Todos nós estavamos cansados, já fazia umas duas horas que não davam notícias sobre minha mãe, então eu e Camilla resolvemos descer para comer alguma coisa na cantina do hospital.

— Lara, está tudo bem?

— Não, tudo está péssimo.

— Você está assim por causa da sua mãe não é?

— Eu estou confusa, eu não sei de que lado fico se é o da minha mãe ou do meu pai. Estou cansada de viver em uma batalha que não tem fim.

— Amor, eu sei como é! Lá em casa também não está nada fácil.

— Seu pai não é!

— Sim.

— Amor me desculpe te perguntar, mas o que ele te faz, que te deixa tão mal? — Falei sem hesitar curiosidade.

— Eu não quero falar sobr...

— Ei pode confiar em mim!

— Está bem, eu vou te contar. Mas jura que não vai me olhar mal depois?

— Fale. Eu juro!

— Quando eu era pequena meu pai verdadeiro morreu.

— Espera, então ele não é seu pai verdadeiro?

— Não, ele é meu padrasto.

— Continua.

— Minha mãe depois que ele morreu ficou muito triste, ela só sabia chorar. Até que ela encontrou o Bill, realmente parecia ter encontrado a felicidade novamente. Eu tinha 15 anos e Bill tinha 29 eu o achava lindo. Eu fiz algo que não cosigo me perdoar até hoje.

— Meu Deus Camilla, o que você fez?

— Minha mãe viajou ela ia ficar fora dois dias. Bill e eu ficamos sozinhos em casa. Ele estava bêbado e me chamo no meu quarto, ele falou que não queria ficar sozinho, queria ver um filme comigo. E eu fui mesmo sabendo que não deveria. A gente sentou e fomos assitir o filme. Ele começou a passar a mão em mim, e eu estava gostando. Eu sei que não deveria, mas eu deixei. 

— Não vai me dizer que você...

— Sim eu transei com ele. Eu sei que não deveria, mas aconteceu. O pior que não foi só essa vez.

— Aconteceu outras vezes?

— Sim, até os meus 16 quando eu conheci Tom. Quando eu o conheci eu quis para. Eu falei que não queria mais aquilo, que estava me sentindo suja. Mas Bill, ele não quis parar, ele falou que se eu não quisesse mais, ele ia contar tudo para minha mãe e ia falar que eu era a culpada. E eu sei que ela iria acreditar, ela o ama mais que tudo. E eu realmente tinha culpa.

— Mas e você?

— Ele parou de me oportunar por um tempo até eu fazer 17 anos, depois começou tudo novamente. Minha mãe havia viajado. E eu, fiquei sozinha com ele. 

— Nossa o que aconteceu?

— Eu entrei para o meu quarto, e fiquei  lá quieta. Até ele ficar bêbado e bater na porta do meu quarto, ele gritava, me chamava de vagabunda.

— o que houve depois?

— Eu lembrei de tudo que havia feito, eu estava com tanto ódio de mim. Eu chorava enquanto ele tentava abrir a porta do meu quarto. Joguei contra a porta um copo, e implorei para ele parar, mas ele gritava mais e mais. Eu estava com tanta raiva de mim, que peguei aqueles cacos e me puni, eu fui a culpada de tudo isso.

— Ele consegui abri a porta? 

— Na verdade eu abri.

— Você? Estava louca?

— Não. O que aconteceu foi que um dos vizinhos ouviu a briga e ligou para a minha mãe. Ai ela me ligou e me perguntou se estava tudo bem, eu falei que sim. Mas Bill não parava de gritar, então eu vesti um moletom e abri a porta. Eu me lembro muito bem como ele falou " Aposto que estava doidinha para me ver ne, você nunca resiste". Eu falei com ele que não queria, mas ele parecia não me ouvir.

— Conta o que aconteceu?

— Ele começou a me beijar, e tirou o meu moletom, ele viu as marcas no meu braço e falou  "você quer que alguém te machuque é?". Eu tentei sair, eu falei para ele parar, mas ele não, ele não parava. Eu estava com nojo de mim, vendo ele me beijar daquela forma e eu não podendo fazer nada. Eu não aguentava mais aquilo então empurrei ele é tentei correrer, peguei meu moletom e meus sapatos e tentei sair. Mas ele me puxou e me deu um soco, eu tentei bater nele mas ele é bem mais forte. Ele me jogou no chão e me bateu, me bateu muito. Eu juro que não queria que chegasse a isso.

— Mas e você consegui sair?

— Ele me soltou depois que viu o que tinha feito. Eu fiquei um tempo no chão, mas depois que recuperei as forças me levantei e sai. Foi ai que te encontrei.

—Foi aquele dia que dormiu na minha casa? 

— Sim!

— Era por isso que estava toda machucada.

— Sabe Lara as vezes acho que o erro dele foi não ter me matado!

— Não fala assim!

— Mas é verdade, talvez eu esqueceria tudo de ruim que fiz.

— Ei para de falar assim.

— Lara, você sabe qual é o sentido da vida? Pois parece que as vezes ela é uma droga sem sentido!

— Não fala assim meu amor. Eu não sei qual é o sentido dela mas aposto de deve ser algo de bom.

— Eu duvido!

Eu achava que minha vida estava ruim, mas depois que ouvi a história de Camilla me senti até um pouco melhor. Depois nós subimos e o médico já estava conversando com meu pai, e a cara dele não era a das melhores.


Notas Finais


Beijos!


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