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História Buscando o sentido da vida - Estrelas


Escrita por: PamRafaela

Notas do Autor


Espero que gostem!!
Peço que leem as notas finais.

Capítulo 29 - Estrelas


Fanfic / Fanfiction Buscando o sentido da vida - Estrelas

— Sua filha? — Minha mãe perguntou o encarando indignada. — Nosso filho está no hospital e você nem liga para ele.

— Não começa Liz, pelo menos ela está me dando uma felicidade que eu nunca consegui nessa casa! 

— Gente parem de brigar eu não aguento mais isso. — Falei levantando da mesa.

— Tudo bem filha, não terá esse problema hoje eu não volto mais. — meu pai falou se retirando da sala.

Já casei de brigas. Família, qual é o significado dessa palavra, para mim é algo vazio e triste. Meus pais se amavam tanto, quando eu era menor eu jurava que via amor neles, falava que queria ter um casamento como o deles, hoje vejo que o amor acabou, ou realmente nunca existiu amor entre eles, era só uma farsa.

Droga! Eu só queria ter uma família normal, sabe como aqueles de comercial, hoje vejo que nada é como meus sonhos de criança, quando a única ambição era esta ao lado dos meus pais, hoje eu só quero distância. Saudades do tempo em que ralar os joelhos era o mais perto da dor que eu podia chegar, mas hoje a dor vive dentro de mim e não pode ser curada com um simples curativo. 

— Filha? — Minha mãe perguntou abrindo a porta do quarto lentamente. — Está dormindo?

— Oi Mãe, estou acordada, pode entrar.

— Posso dormir aqui com você?

— Claro dona Liz. — respondi com um sorriso de canto.

Ela deitou do meu lado, e me senti uma criança abraçado minha mãe, ela ficou passando o dedo entre meus cabelos como fazia antes. Me senti tão segura, uma pena que a adolescência chegou tão rápido e me tirou tudo que eu mais gostava, me fez descobrir que não havia fada do dente, nem mundo encantado, me fez descobrir que a vida é amarga e sem cor.

— Mãe, já dormiu?

— Sim.

— Deixa de ser boba mãe, como está dormindo se está me respondendo. 

— Estou brincando. — Ela falou se virando para mim. — O que quer meu amor?

— Mãe você está chateada com meu pai?

— Como assim?

— Por ele ter engravidado outra mulher, por dar mais atenção a ele do que a você, por te tratar mal.

— Bem filha, eu estou muito confusa e chateada. Mas ele fez uma escolha, preferiu ajudar a outra mulher. Confesso que amo seu pai, mas ele me magoou muito.

— Então vocês vão se separar?

— Filha eu não sei, Mas talvez essa seja a única saída. Eu não queria que acabasse assim, mas acho que é o único jeito.

— Eu entendo mãe, também não queria que acabasse assim. 

— Sei que não queria.

— Mãe?

— Fale.

— Te amo.

— Também te amo. — Ela falou se virando para o outro lado.

Eu estava realmente sem sono, tentei ler um livro, ver tv, mexer no celular, andei pela casa, tomei água, deitei de novo, mas nada do sono chegar olhei o relógio e ainda era 2:00 da manhã. Desci as escadas e fui até a janela da sala e vi as estrelas, fiquei pensando quantas pessoas tristes, apaixonadas, bêbadas, sóbrias e tantas outras já contemplaram esse mesmo brilho, umas pedindo socorro, outras loucas de amor, e eu aqui perdidinha sem saber o que fazer da minha vida. Estava em meus pensamentos quando ouvir o telefone tocar, quem será quem está ligando a essa hora?

— Oi.

— Oi Lara, eu não vou aguentar mais.

— Quem é?

— Sou eu, a Camilla.

— Camilla, tudo bem? 

— Lara aconteceu de novo, eu juro que não queria, mas aconteceu.

— Amor, fica calma. Me explica o que aconteceu.

— Eu não vou aguentar Lara, aconteceu tudo de novo, eu não queria eu juro. 

— Foi o Bill amor?

— Eu me sinto um lixo. Olha o que eu fiz com minha mãe, o que eu fiz com minha família, com você. Amor me desculpa eu não aguento mais estragar a vida de todo mundo.

— Camilla, para de falar isso. 

— Eu sinto muito amor, eu te amo.

— Camilla? Camilla? Alô?

Ela desligou a droga do telefone, eu não sei o que fazer. Tentei ligar de volta, mas nada dela atender. Subi as escadas correndo, e acordei minha mãe.

— Mãe!

— Oi filha.

— Levanta rápido, me leva até a casa da Camilla, é urgente.

— Mas o que aconteceu?

— Ela me ligou falando umas coisas estanhas, dizendo que não aguentava mais. Eu não sei o que fazer. 

— Calma filha, eu vou te levar lá. Fica calma. 

— Tudo culpa daquele desgraçado do padastro dela.

— Bill?

— Sim é ele. Espera como sabe?

— Eu era psicóloga da Camilla.

— Mas como nunca me falou isso?

— É sigilo do trabalho mesmo que eu queira eu não posso falar. — ela disse enquanto pegava a chave do carro.

— Agora estou entendendo tudo, era por isso qie já se conheciam. — Falei enquanto entrava no carro.

— Você sabe onde ela mora?

— Eu acho que sim, já fui com ela buscar algumas roupa. 

Eu estava nervosa, ligava para Camilla e nada dela me atender. Deixei caixa postau e nada. Chegamos na casa dela, a porta estava aberta então entramos, parecia não ter ninguém, subi diretamente ao seu quarto e vi ela lá, deitada na cama, tinha muitas cartela de remédios e uma garrafa de vodca. Eu, eu tentei a acordar mas ela não respodia.

— Mãe me ajuda, por favor!

— Filha o que foi, onde você está?

— Aqui em cima! 

— Meu Deus filha, o que aconteceu?

— Mãe me ajuda, acho que ela tomou isso tudo, e ainda bebeu. — Falei colocando Camilla sobre meus braços e tentando a acordar. — Camilla, não me deixa não, eu te amo!

— Filha eu já chamei a ambulância, eles estão vindo. Fica calma.

— Como eu vou ficar calma mãe, eu não quero a perder.

— Eu sei que nã... Filha, o que é isso. 

— Isso o que?

— Esse papel do seu lado?

— Esse papel? — Falei enquanto pegava o papel. — Parece uma carta.


Notas Finais


Bom gente estamos no fim da fic. Ainda vão ter muitos capítulos, mas já estamos na reta final da história.
Beijos lindos!


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