História Buscarei vingança - Despedida

Acordei, levantei e fiz minhas higienizações e tomei café.
Meu pé amanheceu um pouco adormecido, mas mesmo assim fui para a escola. Fui de táxi, novamente Mike não apareceu.
Sentei perto de Mel e logo mais Alice chegou e se sentou ao meu lado.

Mel: Advinha de quem Ju se esqueceu?

Alice: Oi gente, tudo bem? Ah sim, eu estou ótima.

Eu: Engraçadinha.

Alice: Jamais. Agora conta.

Mel: Os vizinhos.

Alice: Porque será em?

Eu: Na verdade, esqueci coisas que aconteceram quando era mais nova.

Alice: Ata.

Tivemos 3 aulas e depois fomos para o intervalo.
Eu, Mel e Alice estávamos sentadas em uma escada.

Alice: Bora lá no banheiro comigo?

Eu: Vai lá moça, Pense numa preguiça que eu estou.

Mel: Novidade, deixa que eu vou.

Elas foram. Fiquei mexendo no meu celular. Resolvi ir no banheiro também, meu pé estava um pouco dormente precisava me movimentar. Desci as escadas, mas antes que descesse por completa alguém me empurrou pelas costas. Não vi quem era. Cai. Não no chão. Alguém me segurou.
Olhei nos seus olhos. Era Romeu.

- Aí aí aí.

Estava gritando de dor.

- O que aconteceu?

Ele me pegou no colo.
Nessa hora pensei "Preciso ser empurrada mais vezes".

- Alguém me empurrou.

- Não vi ninguém.

Ele tocou no meu pé.

- Aí aí.

- Está doendo?

Pensei "Não, imagina, tô gritando de felicidade porque você me pegou no colo".

- Sim.

- Vamos até a enfermaria.

Ele me levou a enfermaria do colégio e me pós em cima de uma cama. No caminho vi algumas pessoas com olhares diferentes, inclusive a Sabrina.

Enfermeira: O que aconteceu?

Romeu: O pé dela.

Enfermeira: Ok, peço que se retire.

Ele saiu.

Enfermeira: Vou aplicar anestesia para aliviar a dor. Você vai dormir um pouco e depois eu te explico melhor a sua situação.

Eu: Ok.

Ela aplicou a anestesia e eu dormir por 2 horas. Acordei às aulas já tinham terminado. Romeu estava em um sofá dormindo. E a enfermeira estava me olhando.

- Dormiu um pouco mais da conta em mocinha.

- Nem tanto. E ele?

- Está aí desde que liberei a entrada para visitantes.

- Ah sim.

- É seu namorado?

- Não.

- Hum. Bom, está tudo bem com você. Não foi nada de mais. Creio que estava sentindo dormência e saiba que é normal, pois seu pé ainda está recuperando.

- Ok, já posso ir?

Romeu acordou.

Enfermeira: Pode sim.

Romeu: Eu te levo. Já avisei suas amigas.

Eu: Tudo bem.

Eu me levantei e me apoiei em Romeu. Ele me levou até o carro dele e fomos para casa.

- Obrigada.

- Que nada. Sabe que te considero muito.

- Considera?

- Claro. Ah, deve estar pensando no porque não fui na sua casa depois do acidente. Me desculpa.

- Não precisa.

- Sua mãe me falou o que aconteceu.

- Minha mãe deve ter falo também as possibilidades de perda de parte da  memória né?

- Falou.

- Então... eu não me lembro de nada da minha juventude, inclusive você.

- Então para você agora eu sou um estranho.

- Quase isso.

Eu ri.

- Quase porque? Não disse que esqueceu quem sou.

- Fiquei me informando sabe.

- Sei.

- E o que soube de minha pessoa?

- O básico. Coisas do passado, coisas do presente.

- Sei. E gostou de saber?

- Digamos que matou a curiosidade.

- Certo.

- Chegamos.

- É. Até mais Juliet.

- Até mais Romeu.

Nos abraçamos e beijamos a bochecha. Eu sai do carro, peguei a bengala e entrei em casa. E Romeu foi para a casa dele.
Sentei no sofá junto com minha mãe.

- Não foi para o trabalho?

- Cheguei cedo. E porque chegou tarde do colégio?

- Meu pé. Hum, fui empurrada da escada.

- Meu Deus!

- O Romeu me segurou

- Mas está tudo bem?

- Eu caí de mal jeito, mas está sim.

- Graças a Deus. Mas quem faria uma crueldade dessas? Te empurrar da escada?

- Talvez a mesma pessoa que me atropelou.

- Você não está segura Juliet.  Não tem noticias do caso. Mas já tenho em mente o que vou fazer.

- O que?

- Um segurança.

- A não.

- A sim. Vou chamar alguém lá da RSC. Eles vão ter que te dar uma medida de proteção.

- Agora eu vou andar com um guarda para lá e pra cá.

- Na verdade, é um agente. Ele vai se manter mais oculto.

- Sei.

- Isso é para seu bem.

- Ok.

Fui almoçar.

Recebi uma mensagem de Mike:
"Oi Ju. Me desculpa por não ter ido lhe buscar esses dois dias, estou muito ocupado. Queria saber se você pode ir comigo na Coffee Black hoje?"

Respondi a mensagem:
"Ok. Vou às 16:00 horas."

Terminei o almoço e fui assistir. Quando deu 16:00 fui na Coffee Black. Fui a pé, mas com um pouco de dificuldade.
Sentei em um sofá ao lado de Mike.

- Oi Ju.

- Oi sumido.

- Tava resolvendo umas pendências.

- Hum.

- Esta melhor?

- Tô sim. Só tô meio ruim do pé. Acredita que me empurraram da escada hoje?

- Ouvi dizer.

- As notícias correm rápido.

- Muito.

- E o karaokê?

- Então, tenho uma notícia ruim.

- Você não quer sair mais comigo?!

- É o que eu mais quero.

- Então é o que?

- Eu vou voltar para Orleans.

- Ah.

Eu abaixei a cabeça. Ele pegou e a levantou a com a mão.

- Não fica triste.

- Não estou.

- Não esta?

- Kkk só tô fazendo drama.

- Tinha que ter né.

- Ah para né. Você vai mesmo?

- Vou. Surgiu um negocio lá e vou ter que ir.

- Ah, tudo bem.

- Esse tinha ser o momento em que você chora e pede para mim ficar.

- Menos Mike.

- Haha.

- Amigos então?

- Claro.

- Não vai se esquecer de mim em garoto.

- Jamais.

- E vai que dia?

- Essa noite.

- Já?

- É.

- Falou com as meninas?

- Falei. Elas me chamam de cupido. Disseram que vão sentir falta.

- Todas vamos.

- Tenho que ir. Fiquei de passar na casa do Nick.

- Tá.

- Até qualquer dia pequena. Gosto muito de você.

- Até mais. Também gosto muito de você.

Nos abraçamos e ele foi embora.
Eu fiquei um pouco triste mas não chorei. Talvez não era pra acontecer.
Fui para casa, fiz minhas higienizações, assistir um pouco e fui dormir.