Acordei um pouco tarde, fiz minhas higienizações, tomei café e fui para a escola.
Foi uma manhã normal. Teve 5 aulas e não aconteceu nada de mais. Teve 2 provas de Matemática do professor Jorge e uma aula de Romeu na qual eu tentei desviar os olhares para qualquer coisa que não fosse ele. E as últimas foram de Artes e História.
No final da aula conversei um pouco com Mel e Alice. Combinamos de nos encontrarmos no karaokê às 19 horas.
Então fui para casa, almocei, dormir um pouco e depois decidir ir no shopping.
Fui em uma lojinha lá e comprei uma roupa para usar essa noite.
Depois fui caminhando para a praça de alimentação, porém esbarrei em um homem com aparência de 25 anos.
Eu: Ei.
Ele: Desculpe.
Ele passou direto. Eu fui para a praça, comi e voltei para casa.
Chegando em casa assistir um pouco de Tv.
Recebi uma mensagem do grupo no whatsapp:
"As piri" (abreviação de Piriguete)
Mel: Não vou poder ir para o karaokê.
Alice: Nem eu.
Eu: Porque suas prostitutas? Logo hoje que minha mãe vai dormir fora.
Mel: Tô com dor de barriga.
Eu: Você só vive com essa barriga podre Mel.
Alice: Minha mãe me pós de castigo por causa que o Pedro dormiu aqui.
Mel: Mentira, isso aí é coisa da Alice.
Eu: É o que? Estão bem rapidinhos em.
Mel: Nossa Alice.
Eu: Não quero saber suas vagabas. Vocês me fizeram comprar uma roupa linda pra nada.
Mel: Desculpa Ju.
Alice: Desculpa. Tenho que ir. Agora só é da escola para casa.
Mel: Só lamento.
Eu: Vocês me pagam viu. Mas que eu vou, eu vou.
Mel: Sozinha?
Eu: Nasci grudada em vocês?
Mel: O pert, precisa disso?! Eu não estou indo porque tô com dor de barriga e não por que não quero, até porque fui eu quem chamou vocês.
Eu: Desculpa. Vocês me dexam nervosa.
Mel: Tudo bem. Vou sair. Vou ao médico.
Eu: Até mais.
Voltei a assistir até que a campainha tocou. Era Romeu.
- Juliet.
- Romeu.
Eu ia fechando a porta só que ele colocou o pé.
- Não faz isso.
- Por favor Romeu.
- Quem é essa?
- Você sabe mais do que eu.
- Eu juro que não sei.
- Ah, não se faça de desentendido.
- Por favor Ju.
- Eu preciso ir Romeu.
Eu ia fechando a porta novamente porém ele segurou na minha mão.
- Por favor.
Ficamos nos olhando fixamente.
- Não vai fazer diferença Romeu. O que tinha que acontecer entre a gente, aconteceu no passado.
- Você se lembrou?
- Não, mas não é necessário. Então por favor me dá licença.
- Tudo bem. Mas eu ainda descubro.
Eu gostava de Romeu, mas ele tinha a Sabrina. O que me fazia ficar com ódio dele por querer traí-lá.
Ele saiu.
Dormir um pouco para passar o tempo.
Acordei e era 19 horas, era hora de me preparar para o karaokê.
Fiz minha higienizações e me arrumei. Dei 20:00 eu fui, de táxi para variar.
Cheguei no local. Era tipo um bar familiar bem espaçoso, tinha muitos casais. O que me deixou na bad. Tinha pessoas cantando ao vivo, o karaokê.
Sentei em uma cadeira no balcão.
- Ei, uma beats por favor.
- Preferência?
- Qualquer uma serve.
Ele me entregou.
Minha mãe iria me matar se soubesse que estou bebendo. Mas não vai saber.
Eu vim aqui para esquecer de todos os problemas e era isso o que eu iria fazer.
- Um energético também.
- Ok.
Ele trouxe.
- É nova por aqui?
- Digamos que sim.
Dei um sorriso.
Sai da cadeira perto do balcão e fui para um sofá ali perto.
Tinha uma cara do outro lado do bar sentado em um sofá, bebendo uma cerveja e não parava de me olhar. Ele aparentemente parecia ter 23 anos. Era bem lindo, sexy e forte.
Voltei a observar o karaokê.
Havia uma moça cantando a música de Jorge e Matheus - A gente nem ficou.
- E ai quando vem me ver?
Tô aqui esperando você.
E nem dormi e a noite já passou.
Não consigo mais me dominar
Você me enfeitiçou.
E a gente nem ficou UÔU UÔU
Olha o que me causou UÔU UÔU
Ela terminou a música. Eu resolvi ir cantar. Escolhi a música Crazy in love - Beyoncé.
- I look and stare so deep in your eyes (Eu olho tão profundamente em seus olhos)
I touch on you more and more every time (Eu toco você mais e mais toda hora)
When you leave I'm begging you not to go (Quando você sai eu estou te implorando para não ir)
Cantei e fui bem aplaudida. A música homem cara de 23 ficou olhando para mim.
Depois que desci do palco, ele subiu. E cantou a música de Belo - Vi amor no seu olhar.
- Quando seu olhar cruzou meu caminho Decidi não mais viver tão sozinho
Vi amor no seu olhar
Vi amor no seu olhar
Ficamos nos olhando fixamente. Pedi umas bebidas e ja estava completamente louca. Ele terminou a música e veio em minha direção. Demos um sorriso breve.
Eu levantei e fui em direção ao banheiro, percebi que ele estava me seguindo.
E quando me vi, já estava nos agarrando no banheiro feminino ao som de Beyoncé - Halo.
15 minutos depois nos agarrando sem falar muita, voltamos ao centro do barzinho, sentamos no sofá e pedimos outra beats.
- Nome?
- Juliet. O seu é?
- Augustus.
- Hum.
- Costuma vim aqui sempre Juliet?
- Não. E você?
- Se não vinha. Agora eu venho.
Eu ri.
- Costuma fazer isso sempre?
- Oque?
- Agarrar qualquer garota num banheiro feminino sem conhece-lá.
- Digamos que foi a primeira vez.
- Hum.
Ficamos nos olhando.
Alguém começou a cantar a música Ainda é cedo - Legião Urbana.
- Ela também estava perdida
E por isso se agarrava a mim também
E eu me agarrava a ela
Porque eu não tinha mais ninguém
E eu dizia: - Ainda é cedo
Cedo, cedo, cedo, cedo
- Vem.
Eu levantei.
- Pra onde?
- Dançar ue. Agora levanta.
- E seu pé?
- Não tem nada de mais.
Ele levantou, dançamos e misturamos um monte de bebidas.
A música terminou. O karaokê já tinha acabado. Agora tocava músicas gravadas de diversos cantores.
Tinha poucas pessoas, apenas 3 casais.
Ficamos ali dançando e conversando.
Resumindo: Augustus tinha 24 anos, é de Orleans mas já morava ali há alguns anos, era professor e muito lindo.
E eu? Estava completamente louca e bêbada. Dançava para lá e pra cá. Só estava afim de esquecer os problemas, meu pai, Romeu, eu correndo risco de vida, tantas coisas.
- Ei.
- Oi.
- Você está um pouco alterada. Quer ir para casa?
- Você tá me chamando de bêbada e tá me expulsando daqui é?
- Não Juliet, não mesmo.
Eu comecei ter uma crise de risos.
- Você com certeza não está bem Juliet.
- Estou muito bem.
- Certeza que não.
Nessa hora eu estava em cima do sofá.
- Desce daí.
- Não.
Ele me pegou no colo, me levou para fora do barzinho e me colocou dentro do carro.
- Agora você vai sim.
- Me leva de volta.
- Não. Agora me fala onde é sua casa.
- Af. Vai dirigindo aí que eu te falo o caminho.
Ele me levou em casa. Eu realmente estava caindo no chão. Estava tão bêbada que nem conseguir abrir a porta de casa.
- Ei
- A fechadura tem dois buracos.
Ele riu.
- Deixa que eu faço isso.
Ele abriu a porta. Entramos dentro de casa.
- Entregue.
- Am? Não. Me leva até o meu quarto.
- Melhor não.
- Ah vai. Não custa. Não tem ninguém em casa.
- Quem sabe na próxima.
Eu comecei a chorar.
- Minha nossa. Porque você está chorando?
- Eu não sei.
- Cristo. Se acalma.
- Eu não quero ficar sozinha aqui.
- Muito rápido.
- Você dorme no chão.
- Tá bom.
- Você precisa de um banho.
- Corro risco de sair sem roupa do banheiro.
- Se bem que não seria tão ruim.
- Eu juro que não tô bem. Não sei o que o médico vai falar amanhã.
- O que?
- Meu pé.
- Com certeza ele já tá otimo. Você não parou queta essa noite.
- É. Vem.
- Pra onde?
- Durmir ue.
Eu fui subir as escadas mas escorreguei.
- Cuidado.
Augustus me segurou.
- Obrigado.
- Deixa que eu te seguro.
- Tá né.
Subimos para o quarto. Arrumei a cama dele e a minha. E dormimos.
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