História Buscarei vingança - Registros do aeroporto

Depois de ter desmaiado no dia anterior, fui para o hospital. Eles me deram calmante, afirmando que eu estava com estresse e cansada.
Acordei e minha mãe estava do meu lado.

- Eu quero ver tia Maria.

- Calma Ju, ela já estar melhor. Ela acordou e já conversamos.

- Graças a Deus.

- Vai tomar um banho e toma esse café aqui. Você tem que se acalmar Ju, é cada susto que você me dar.

- Estou tentando.

- Seja forte.

- Onde está o Gus?

- Está trabalhando para o Sheldon.

- Ata.

- Vai logo tomar o banho.

- Tô indo.

Tomei meu banho e café.
Fui no quarto de Tia Maria.

Médica: Ela está dormindo.

Eu: Qual é a situação dela dra?

Médica: Fizemos uns exames. Resumindo, ela não lesionou a parte superior.

Eu: Isso é bom.

Médica: Porém, ela fraturou as pernas. E por isso ficará um tempo sem andar, e por isso vai se locomover por cadeira de rodas.

Eu me aproximei de Maria e passei a mão em seus cabelos.
Ela acordou.

Eu: Sinto muito tia.

Maria: Não sinta. Pedi para que sua mãe ligasse para uma pessoa, uma prima distante, ela vai cuidar de mim.

Eu: Nunca contou dela.

Maria: Descobrir a pouco tempo. Não vi necessidade. Ela quer que nos aproximamos mais e me chamou para morar com ela. Vou ser transferida daqui a pouco.

Eu: Eu quero cuidar de ti, a culpa foi minha.

Maria: A culpa não foi sua.

Eu: Se tivesse chegado antes. Você sabe quem fez isso com você?

Maria: Não. Os policiais estão investigando e já recolheram meu depoimento.

Eu: Rápido eles.

Maria: Quero te dizer algo que fique só entre a gente.

Eu: Diz.

Maria: Quando eu estava na cozinha sentir alguém se aproximar de mim, quando virei não havia ninguém. Descofiei dos agentes, mas talvez não fosse eles. Apenas tinha um papel, uma passagem de volta de Los Angeles.

Ela tirou do bolso e me deu.

Eu: Contou isso para a polícia.

Maria: Não achei seguro. Essa pessoa está em todos os lugares. Deixe você ter uma vantagem.

Eu: Obrigado tia. Eu vou te vingar.

Maria: Cuidado. Justiça, como a beleza, depende dos olhos de quem observa. Alguns veem uma vítima inocente. Outros veem o mal encarnado recebendo o que merece.

Eu: Vítima? Quem fez isso com você não chega nem perto de ser considerado como isto.

Maria: Vingança com as próprias mãos não é a única opção.

Eu: Quando tudo que você ama é roubado de você, às vezes tudo que resta é vingança.

Maria: Chega mais perto filha.

Eu cheguei e encostei meu ouvido em sua boca.
Ela falava calmamente e estava cansada.

Maria: Cuidado onde você lança sua âncora, nem todo porto é seguro.

E apagou.

Eu: Dra? Dra?

Chamei a médica um pouco já alterada.
Ela veio correndo.

Eu: O que aconteceu com ela?

A médica fez uns procedimentos médicos.

Dra: São os remédios, estão fazendo efeito. Ela precisa descansar. Sinto muito mas você vai ter que se retirar.

Eu: Deixa eu ficar mais um pouco.

Dra: Se quer que ela melhore, vai ter que sair.

Dei um beijo nela e depois sai do quarto.
Minha mãe me esperava em uma sala.

Eu: Sabia que ela tinha uma prima?

Mãe: Ela me contou. É bom ela ir passar um tempo com a família. Vai ver, ela se recupera mais rápido.

Eu: Sabe onde ela mora?

Mãe: No interior.

Eu: Ata.

Mãe: Ela teve sorte Ju.

Eu: Não quero nem lembrar.

Mãe: Vamos para casa.

Eu: Vamos.

Mãe: O carro está na revisão. Vamos de táxi.

Eu: Ok.

Pegamos o táxi e fomos pra casa.

Passei o dia vendo TV.
Minha mãe pediu almoço de fora, comemos e depois dormimos.

Pela tarde recebi uma ligação do hospital falando que Tia Maria já tinha sido transferida.
 
Tomei um banho e fui para fora de casa.
Tinha vários seguranças ao redor, era meio estranho.

Vi Romeu vindo em minha direção.
Continua lindo. Mas o meu foco agora é Gus.

Romeu: Soube o que aconteceu contigo. Bom queria te dizer que eu sinto muito. Se precisar de mim, estou aqui.

Eu: Não sinta. Mas na verdade, eu preciso de ti.

Romeu: É só dizer.

Eu: Me leva na aeroporto agora?

Romeu: Vai viajar?

Eu: Não.

Romeu: Então é o que?

Eu: Me leva ou não?

Eu queria ir ver os registros para ver se eu descobria quem é o ameaçador, mas não queria que Romeu soubesse.

Romeu: Tudo bem. Meu carro está logo ali.
 
Eu e ele fomos até o carro dele e fomos em direção ao aeroporto.

Romeu: Eu achava que estava com problemas, mas vendo você.

Eu: Costumo ter tipo uma ímã para essas coisas.  Mas me conte ai, o que aconteceu com você?

Romeu: Depois que brigamos as coisas começaram a dar errado.

Eu: Não quero discutir de novo. Esquece isso.

Romeu: Continuando... Eu estava apaixonado por você e não podia continuar sendo seu professor, por isso mudei de turno na escola.

Eu: E-eu não sei o que dizer.

Romeu: Fui demitido. Vazou uma notícia, dizendo que fiquei com uma aluna. Axei que estavam referindo a você.

Eu: Sabrina.

Romeu: Como você sabe?

Eu: Axa que eu não quis ficar com você porque?

Ele fez uma expressão de assustado e confuso.

Romeu: Mas eu não fiquei com ela, foi uma armação.

Eu: Eu vi vocês se beijando na escola.

Romeu: Não nos beijamos.

Eu: Ahram. É porque estão eu vivo drogada né?!

Romeu: Não. Teve uma vez.

Eu: Claro.

Romeu: Ela estava fumando atrás da escola e eu vi. Disse que ia levar ela para diretoria e ela me beijou.

Eu: E você gostou né?! Claro que gostou.

Romeu: Odeio pessoas que fumam, você sabe disso. Ela me beijou e na mesma hora eu afastei ela. Ouvi barulhos, pessoas se aproximando, então afastei ela.

Eu: Não acredito que aquela putinha de cabaré fez isso.

Romeu: Pois fez.

Eu: E na noite depois do jantar lá em casa, você saiu. Eu ouvi ela dizer que vocês... hum.. que vocês transaram.

Romeu freio o carro e deu um murro no volante. Sorte que a rua estava vazia.

Romeu: Não acredito que essa prostituta fez isso.

Eu: Se acalma.

Romeu: Como se acalmar com tanta idiotice e você ainda acredita.

Eu: Vai me dizer que foi mentira?!

Romeu: Claro que foi. Dormi na casa de um amigo.

Eu: E porque ela estaria inventando esse monte de coisa?

Romeu: Porque eu ia reprovar ela e foi isso que fiz. Mas essa notícia vazou, os pais não querem que eu trabalhe mais lá e por isso fui demitido.

Eu: Eu sinto muito.

Romeu: Tudo bem. Estou trabalhando na RSC, conhece?

Eu: Sério? Parabéns.

Romeu: Fico na área dos agentes. Disseram que levo jeito.

Eu: Pelo menos aquele curso de tiro que você fez, serviu para alguma coisa.

Romeu: Eu que o diga. Tô gostando, mas o problema mesmo é minha mãe, ela está doente.

Eu: O que qui tem dona Helena?

Romeu: Ela descobriu que está com um nódulo nos seios.

Eu: Meu Deus.

Romeu: Não está sendo fácil.

Eu: Pode contar comigo pro que der e vier.

Ele tocou em minha mão.

Romeu: Obrigado.

Eu: De nada.

Tirei a minha mão de perto da dele.

Eu: Chegamos.

Ele estacionou o carro.
Fomos até um balcão onde estava a atendente.

Eu: Boa tarde. Eu queria fazer um reclamação.

Atendente: Boa tarde senhora.

Eu: Quero falar com o gerente.

Atendente: Pode falar comigo.

Eu: So aceito se for com o gerente.

Atendente: Senhora o gerente está em uma reunião.

Eu: Olha, esse aqui é meu marido. Sabe, ele é um dos sócios dessa empresa. Não vinhemos fazer reclamação, eu vim observar o funcionamento daqui.  E se é assim que vocês tratam os clientes, vou ter que fazer uma reforma no quadro de funcionários.

Atendente: Me desculpa senhora, me desculpe senhor. Isso não vai mais acontecer.

Romeu me olhava com cara de confuso, mas que estava achando graça.

Eu: Ainda quero falar com o gerente.

Atendente: Entre por aquela porta ali, pode ir até a sala dele. Tem uma placa que informa onde é. Só um minuto que eu vou fazer uma ligação e já já o gerente  vai atende-los.

Romeu: Obrigada.

Eu e Romeu fomos até a sala, que por sinal estava vazia.

Eu: Você não é um bom ator.

Romeu: Não sei como ela acreditou nisso. Você não tem casa de ser esposa de dono de empresa.

Eu: Você não tem cara de ser dono de empresa.

Eu estava vasculhando as gavetas e a mesa do gerente.

Romeu: O que está procurando?

Eu: Registros.

Romeu: Computador.

Eu fui até a mesa onde estava o computadora.

Eu: Boa idéia.

Romeu: Eu sei.

Eu: Droga!

Romeu: O que?

Eu: Senha.

Romeu: Deixa comigo.

Ele começou a mexer em uns negócios lá e conseguiu desbloquear.

Romeu: Nome da filha.

Eu: Que senha idiota.

Romeu: Registros.

Eu: Rápido, tem gente vindo.

Romeu: Peguei dos últimos três dias.

Eu: Rápido.

Romeu: Está imprimindo.

Os papéis saíram da impressora. Eu peguei e puxei Romeu.

Romeu: Corre.

Eu: É o que eu tô fazendo.

Corremos até a parte onde fica os atendentes.
Dali, paramos e começamos a anda discretamente.

Atendente: Senhores, o gerente já está a caminho.

Romeu: Não tenho todo tempo do mundo. E da próxima vez, quero mais agilidade.

Atendente: Sim senhor.

Eu e Romeu fomos até o carro rindo. Depois ele me levou de volta à casa.

Eu: Eu não acredito que ela acreditou.

Romeu: Nem eu.

Eu: É.

Romeu: Pra que você quer isso?

Eu: Segredo.

Romeu: Confia.

Eu: Não agora.

Romeu: Tá bom.

Eu ri.

Eu: Fazia tempo que não ria desse jeito.

Romeu: Eu que o diga.

Depois de uns minutos.

Romeu: Obrigada por hoje, fazia tempo que não me divertia.

Eu: Obrigada você.

Minha mãe estava na porta com um tanto de seguranças a sua volta.

Romeu: Qual é desses agentes aí?

Eu: São da RSC, proteção sabe?!

Romeu: Entendi.

Eu: Até mais amigo.

Romeu: Até amiga.

Eu sair do carro dele e fui para minha casa.

Mãe: Onde você estava?

Eu: Com o Romeu. Ele me levou pra dar uma volta.

Mãe: Você não está com o Gus?

Eu: Eu e Romeu somos só amigos.

Mae: Não quero você andando desprotegida.

Eu: Romeu agora é agente, então eu não estava desprotegida.

Mãe: Não quero saber.

Ela começou a falar um monte de coisa. Brigou comigo até umas horas.
Depois que ela acalmou os nervos, ficamos assistindo.

Por fim, fiz minha higienizações, tomei café e fui dormir.