História Buscarei vingança - Treinamento

Acordei.
Gus estava do meu lado.
Eu me assustei e acabei dando um pulo da cama.

Gus: Não sou tão feio assim.

Eu: Isso pareceu aquelas cenas de que o cara é todo psicopata sabe e fica observando a "presa" dele.

Gus: Magoou.

Eu ri.

Eu: Me olhar dormindo. Isso é estranho.

Gus: Nem tanto.

Eu: Como entrou?

Gus: Janela.

Eu: Isso é assustador.

Gus: Nem tanto.

Eu: O que qui te deu hoje?

Gus: Vim confirmar se você está só.

Eu: Sério?

Gus: Na verdade eu vim te acordar para irmos treinar.

Eu: Tô com preguiça. 

Gus: Novidade.

Eu: Mais eu vou.

Gus: Levanta daí.

Eu: Tá.

Eu levantei.

Gus: Esse pijama, você fica lindo com ele.

Eu: Eu fico linda de qualquer jeito.

Gus: Convencida.

Eu: Axo que está na hora de você descer e entrar pela porta.

Gus: Ou eu poderia ficar aqui e esperar você esperar.

Eu: Você não vai querer isso.

Gus: Certeza que quero.

Eu: Você não presta Gus.

Gus: Não tanto quanto você.

Eu: Desce e entra pela porta.

Gus: Tem certeza?

Eu: Vai logo.

Ele saiu pela janela, onde havia uma escada.
Eu fui fazer minhas higienizações, depois desci e tomei o café.

Fiquei assistindo com o Gus e depois fomos para a RSC de táxi.

Atendente: Ela esta com você agente 66?

Gus: Sim.

Atendente: Ok.

Nós entramos e fomos para mesma sala que ele estava ontem.

Gus: Bem vinda ao meu lar.

Eu: Estive aqui ontem Gus.

Gus: Mas não com a mesma intenção e começamos mal.

Eu: Mas terminamos super bem.

Gus: E eu que não presto né?!

Rimos.

Eu: Vamos começar.

Gus: Primeiro saco de pancadas.

Eu: Sério?

Gus: Muito.

Eu fui comecei a fazer sequências: "murro, murro, perna, perna".

Gus: Mais rápido.

Eu: Tô tentando.

Gus: Você não tem que tentar você tem que conseguir.

Eu: Isso cansa Gus.

Gus: Aqui eu não sou o Gus, aqui eu sou o agente 66.

Eu: Ok agente 66.

Ele andava para lá e para cá me observando.

Gus: Se você estiver em situação em que você tem lutar para salvar uma vida ou até mesmo a sua, você não vai poder parar né ou vai?

Eu: Claro que não.

Gus: Mais rápido.

Eu cada vez mais fazia a sequência mais rápido.

Gus: Rápido.

Teve uns agentes que se aproximaram da gente.

Gus: Agente 36.

Agente 36: Agente 66. Deixe-me lhe apresentar, esse aqui é o agente 178 e esse é o agente 179.

Gus: Iai.

Agente 179: Treinando a?

Gus: Essa é a Juliet, filha do Green.

Pensei: Eu aqui me matando e eles conversando como se nada tivesse acontecendo.

Agente 36: A famosa Green.

Agente 178: Ela manda bem.

Falei com a respiração ofegante.

Eu: Obrigada.

Agente 179: Vamos indo.

Agente 36: Vamos.

Gus: Até.

Eu: Até.

Eles saíram.

Eu: Agente 66, eu tô morrendo.

Gus: Continua.

Eu fiquei ali por uns minutos, depois fiz flexão, treinei um pouco de luta com o Gus e paramos.
Ficamos sentados no chão, um de frente para o outro.

Eu: Acho que amanhã não vou conseguir me mover.

Gus: Você se acostuma.

Eu: Sei não.

Gus: Axei que quando você está estressada, você fazia essas sequências.

Eu: Eu evito o máximo, sabe?!

Gus: Não é fácil. Almoço?

Eu: Boa idéia.

Fomos almoçar no refeitório do departamento.

Eu: Vamos continuar?

Gus: Vamos pra teoria.

Eu: Odeio teoria.

Gus: Estou te treinando não só pra se defender mas como você agir com esse tipo de pessoa.

Eu: Certo agente 66.

Gus: Vamos sair algum dia desses?!

Eu: Aqui você é um agente e não meu ficante.

Ele riu.

Gus: É melhor a gente ir.

Eu: Espera só um minuto, vou no banheiro.

Gus: Ta.

Eu fui no banheiro. Na saída vi uma sala com a porta aberta, havia uma parede cheia de imagens.
Curiosa que sou, entrei. E por incrível que pareça, havia foto minha, de minha mãe, conhecidos e de pessoas que eu não conhecia.
Tinha uma ligação, linhas de suspeitos. Nomes escritos como: "Caso Green" "Sequestro" "Quem é --O?".

Pensei: Que horror.

Olhei para a mesa havia vários relatórios.
Tinha uma lista com os nomes dos suspeitos, também havia a lista de registros de chamada e outros papéis.

Eu peguei meu celular e tirei foto das listas e quando ia tirar foto dos outros papéis ouvi um barulho.

Sair da sala e esbarrei em alguém.  Era Gus.

Gus: O que você está fazendo aí?

Eu: Estava procurando o banheiro.

Gus: O banheiro é pra lá.

Eu: Ah.

Gus: Porque parece assustada?

Eu: Não estou assustada.

Gus: Hum. Vamos.

Eu: Vamos.

Fui no banheiro de novo e depois voltamos para a sala de treinamentos.

Havia uma sala de vidro e duas cadeiras.
Ele sentou de um lado e eu do outro.

Eu: O que vou fazer?

Gus: Eu que faço as perguntas.

Eu: Okay.

Gus: Tem um cara que não quer admitir que matou a esposa, o que você faz pra ele confessar?

Eu: Insisto na pergunta até ele admitir. Certo?

Gus: Errado. Você não pode exigir a resposta certa se fizer a pergunta errada.

Eu: Pergunta errada?

Gus: Finge que eu sou esse cara, me interrogue.

Eu levantei e comecei a andar de um lado para o outro.

Eu: Eu não sei o que dizer.

Gus: Está nervosa?

Eu: Um pouco.

Gus: Percebi. Não o deixe ver sua fraqueza. É a primeira coisa que ele usará contra você.

Eu: Onde você estava na noite do crime?

Gus: Na casa de um amigo.

Eu: A casa de seu amigo é perto?

Gus: Não.

Eu: Você foi que horas?

Gus: Entre as 19:00 e 19:20.

Eu: E sua mulher?

Gus: Não sei.

Eu: Sabe como ela morreu?

Gus: Deram dois tiros nela.

Eu: Tem certeza que foram dois?

Gus: Sim.

Eu: Onde?

Gus: Na cabeça.

Eu: Tem certeza?

Gus: Sim.

Eu: Sabe onde sua mulher foi encontrada?

Gus: No porta malas do meu carro.

Eu: Tem certeza?

Gus: Eu estava lá.

Eu: Axei que estivesse na casa de um amigo.

Gus: Eu estava só que depois eu fui para casa.

Eu: E por que não foi de carro?

Gus: É é...

Eu: Sua mulher morreu as 18:48 horas daquela noite, ou seja, você ainda estava na sua casa.  Axo melhor você confessar ou as coisas vão ficar piores para você.

Gus: Eu confesso.

Eu ri.

Eu: Até que não sou tão ruim.

Gus: Pode ser melhor.

Eu: Vou tentar.

Gus: Tentar não. Você vai conseguir.

Eu: Ok.

Gus: Vários homens te sequestram. Você foge e encontra uma arma. Se você pegar a arma corre o risco deles te pegarem, porém se você fugir, tem como você esconder.

Eu: Pego a arma?

Gus: Errado.

Eu: Se for escondida corro risco de ser achada.

Gus: E você pegar a arma e for pega?

Eu: Eu atiro.

Gus: Você não acha que se eles fossem atrás de você, não iriam armados?

Eu: Eu seria mais rápida.

Gus: E você atirasse em alguem que não fosse eles só pra ser mais rápida?!

Eu: Pediria socorro.

Gus: Então colocaria a vida de outra pessoa em risco?

Eu: Claro que não. Mas ele poderia não ser alguém do bem e poderia me matar.

Gus: Ainda acha que a opção de se esconder seria uma má idéia?

Eu: Talvez não.

Gus: Quer ser agente e sobreviver? Tem que ser esperta. Tem que saber muito mais do que puxar um gatilho. Tem que saber como o mundo funciona. Como as pessoas pensam. Tem que aprender a ser psicológica.

Eu: Falou bonito.

Gus: Não é saber falar bonito. É saber fazer o certo.

Eu: Oook.

Gus: Ta bom. Por hoje é só.

Eu: Ta. Você vem agora?

Gus: Não.

Eu: Ta bom.

Gus: O agente 77 vai com você.

Eu: Blz.

Fui para casa.
Quando cheguei, fiz minhas higienizações, assistir um pouco e fui dormir.