Fui a primeira a acordar. Levantei da cama bem devagarzinho, fui na cozinha, peguei uma panela e uma colher de pau. Bate nessa panela e comecei a gritar.
Eu: Acoooooooordaa!!!
Mel: Ta com o Satanás nas costas pert.
Alice: Vai durmir Ju.
Mãe: Juliet, não me faça ir até você.
Eu: Tudo bem gente. Já entendi.
Alice: Af, são que horas?
Eu: 10:00 horas de um belo domingo.
Mel: Meu Deus, eu tenho que ir.
Mel levantou da cama.
Eu: Vai fazer o que menina?
Mel: Minha mãe disse para mim ir fazer um negocio lá para ela.
Mãe: Espera! Vamos tomar um café.
Mel: Obrigada tia. Mas deixa para a próxima.
Mãe: Tudo bem minha filha.
Mel: Alice, você vem comigo?
Alice: Vou.
Eu: Abom, é todo mundo é? Não tô entendendo.
Mel: Larga de drama Ju. Kk até mais.
Eu: Vocês vão assim? Descabeladas, de pijama e com bafo de onça?
Alice: Ninguém vai nos ver nesse carro não Ju.
Eu: Tudo bem. Até.
Alice: Até mais tia.
Mãe: Até meninas.
Ela saíram.
Eu: O que vamos fazer hoje?
Mãe: Ave Maria Juliet. Queta esse facho. Você acabou de sofrer um acidente. Precisa descansar.
Eu: Eu já dormi demais.
Mãe: Então vamos no shopping. Temos que ir mesmo fazer umas compras.
Eu: Ue, porque? Fizemos mês passado.
Mãe: No feriado da sexta, vou fazer um jantar.
Eu: Para quem?
Mãe: Para o pessoal da empresa. Negócios. E talvez mais uns conhecidos.
Eu: Sei.
Mãe: Pois então. Quero algo que os impressione.
Eu: Claro.
Mãe: Vai me ajudar?
Eu: Claro.
Mãe: Bom agora vamos arrumar essa bagunça.
Eu: Em pleno domingo.
Mãe: É o jeito minha filha.
Arrumamos toda a bagunça. Depois pedimos uma pizza e fomos comer. Minha mãe não gostava muito de cozinhar quando estava de folga.
Enfim, terminamos nossas atividades, fizemos nossas higienizações e fomos assistir até dar de tardezinha para ir ao shopping.
- Mãe?
- O que menina?
- Shopping, esqueceu?
- Estava quase dormindo.
- Vamos.
- Tá bom menina.
Fomos para o shopping. Compramos umas roupas e depois fomos na praça de alimentação.
- Amei aquele vestido vermelho que você comprou.
- Tire o olho filha.
- Eu nem pensei nisso, meu Deus.
- Sei.
- Então me diz, você e o Mike já estão namorando?
- Está encaminhando.
- Gostei dele. Parece ser legal.
- Ele é.
- 3 semanas que ele se foi.
- E aqui estamos.
- Quem diria.
- E os laudos?
- Já saíram.
- E porque a senhora não me disse? Meu Deus.
- Juliet você tem que esquecer isso, não vai mudar nada.
- Mas...
- Mas nada Juliet. Você tem que esquecer isso tudo.
- Me diz como foi, por favor.
- Nos exames necroscópicos constatou-se que ele teve como causa da morte “politraumatismo”, atingido por quatro disparos (dois pelas costas).
- Meu Deus, que desumano.
- Eu te disse. Poxa Juliet você está lidando com isso tão bem, por favor esqueça isso.
- Mas mãe, como eu posso esquecer, ele é meu pai.
- Você já tinha esquecido Juliet. Essa semana você esteve tão bem.
- Eu não me conformo, eu tenho que saber quem o matou? Meu Deus. Eu não consigo imaginar, alguém tirando a vida de outro. Ninguém tem esse direito. E o pior é que ele está solto por aí, livre, sorrindo, pouco se importando para as pessoas com que ele fez sofrer.
- Eu sei que não é fácil. Não é mesmo. Mas eu não posso deixa-lá correr esse perigo. Não novamente.
- Novamente? Do que você estar falando?
- Nada não.
- Mãe para de me esconder as coisas.
- Juliet eu estou trabalhando para a empresa de seu pai.
- E o que isso tem haver com eu já ter corrido perigo?
- Quando você era criança, um cara te pegou e te fez de refém. Você não se lembra, porque como eu disse você era criança e deixou se levar por um moço que ofereceu doces.
-E o que aconteceu?
- Seu pai, ele foi te salvar. Apesar da RSC ser uma empresa de investigação, eles tem um grupo de treinamentos para aprender a lidar com pessoas ruins. Assim, se no meio da investigação a pessoa precisasse ter que brigar, matar ou seje lá o que for, eles estariam preparados.
- Então meu pai matou o moço?
- Ele foi obrigado a matar. O homem estava ameaçando seu pai, falando que ia te matar caso ele não parasse de investiga-lo.
- E porque a senhora só vem me contar isso agora?
- Talvez história esteja se repetindo Juliet. Eu estou com medo. Talvez esse acidente foi uma tentativa. Eles já estão investigando, mas quero que tome cuidado e pare de procurar coisas em relação ao seu pai.
- Ah sim, me desculpe. Eu precisava da verdade.
- Por isso que eu estou trabalhando lá. Eu quero te proteger.
- Entendo.
- Mas porque você não me deixa te ajudar?
- Eu não posso te proteger a todo tempo Juliet.
- Não precisa me proteger a todo tempo.
- Preciso. E por isso quero que se afaste do Ed.
- O que qui tem o Ed?
- Apenas se afaste.
- Como vou afastar de um pessoa sem saber o motivo?
- Juliet, não me contradiz.
- Você mesma que está se contradizendo. Disse que não o conhecia.
- E não o conhecia, mas eu passei a conhecer.
- Meu Deus. Como quer me proteger escondendo essas coisas de mim?
- Juliet, por favor.
- Tudo bem.
- Vou ao banheiro.
- Te espero aqui.
- Ok.
Ela foi ao banheiro. Eu sair para andar um pouco. Quando estava voltando vi Ed.
Dessa vez não gritei. Cheguei pertinho dele e antes que ele pudesse fugir, eu segurei ele pelo braço.
- Dessa vez você não corre.
Ele se assustou.
- Me desculpe.
- Porque estava fugindo de mim?
- Não de você. Foi como eu disse, eu estou sendo seguido.
- E o que isso tem haver com o fato de você conversar comigo?
- Esses dias fui quase atropelado por uma moto. Estão tentando me matar Julie, assim como fizeram com seu pai.
- Meu Deus. Por isso que minha mãe não quer que eu fale com você.
- Isso. Eu estou tentando me afastar mas você é bem carrapato né.
- Foi mal.
- Me desculpe mesmo por naquele dia ter deixado você acidentada.
- Não foi nada.
- Mas eu vi o carro. Eu vi uma pessoa.
- E aí? Quem era Ed?
- Não sei. Estava encapuzado.
- Ah sim.
- Tenho que ir. Estou com uma medida de proteção da RSC. Então não posso ficar muito tempo só.
- Claro. Até mais.
Ele saiu. Eu voltei a mesa. Minha mãe estava sentada.
- Onde estava?
- Andando por aí.
- Ah sim. Vamos?
- Vamos.
Voltamos para casa. Assistimos um pouco de TV, fizemos nossas higienizações e fomos dormir.
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