-Então, eu pedi para a minha omma convencer a Sooyoung a ficar do meu lado, eu até a ajudei promover a primeira música que ela mesma escreveu, mas quando ela fez a apresentação do seu “first single”, apresentação cujo EU paguei e EU organizei, ela foi embora sem votar em mim para presidente da associação de alunos.
-Não achaste meio o óbvio que ela fosse votar na Hyerin?
-Sei lá… Como acabei por não ganhar as eleições, criei o jornal da escola. Na altura Aron ajudava me, mas quando acabamos, tomei total controle sobre o jornal e é ótimo.
-Sim sim, mas isso não responde à minha pergunta Minhyun…
-Qual pergunta?
-Como é que consegues saber sempre tudo sobre todos e porque públicas sobre a vida alheia no jornal?
-Boa pergunta, minha pequena Minki… talvez eu seja apenas um bom Sherlock.
-Estou a falar a sério idiota!- bati no seu ombro- Já sei que és stalker e Sherlock Holmes e tal, mas quero fontes, quero saber em primeiro lugar como descobriste onde eu morava.
-Fácil, a minha mãe é a diretora da Universidade, entrei no escritório dela e fui aos ficheiros dos alunos, “Choi Minki”, “ morada”, reconheci o nome da rua então acordei mais cedo para ir a andar até lá, procurei pelo número da porta e a tua omma deixou me entrar antes de sair com o teu appa, para irem trabalhar.
-Deveria ter medo?
-Medo de quê? - riu
-De tudo, de ti, da tua omma deixar o filho psicopata entrar no computador dela e dos meus pais permitirem um estranho entrar em casa quando eu estou lá sozinha e a dormir?
-Não tenhas medo de mim não sou perigoso… e eu consultei os ficheiros em papel, eu não iria correr o risco de ser apanhado.
-Hum…- assenti- Queres vir para minha casa no final das aulas?
-Posso? Os teus pais não se importam?
-Eles só voltam às 19 horas.
-Okay então…- sorri e ele sorriu de volta- E vamos fazer o quê?
-Não sei, logo se vê. E uma coisa, mesmo que eles estivessem em casa, eles gostam de ti. Apesar de não te conhecerem.
-Passaram se 3 semanas desde que entras te na escola e os teus pais já gostam de mim? Oque lhes contas?
Corei- Nada, não… Nada.
-Okay então…- sorriu- Temos aula agora, vem!
Segurou a minha mão e ajudou me a levantar, ele ia me largar mas eu entrelacei os nosso dedos fazendo ele ficar um pouco envergonhado. Eu não estava muito melhor.
Caminhamos pelo campus, falando sobre coisas random, a verdade é que ainda faltavam 15 minutos para a aula.
-Vais pintar o cabelo de rosa?
-Hum, não. Vou deixar fica escuro mesmo... E tu, quando o loiro sair?
-Bem…- pareceu pensar durante uns segundos- Eu gosto dele assim.
-Eu também gosto assim- sorriu encarando me- Apesar de nunca te ter visto de cabelo escuro.
-Verás um dia… - parou de andar arregalando os olhos, olhei para a frente e vi a razão do seu espanto- Não…
-Então, será o novo namoradinho do Minhyun?
Olhou me de cima a baixo deixando me muito envergonhada, e ao mesmo tempo com medo.
-Deixa nos passar, Aron…
-Porquê? Tens medo que eu faça mal a ele?- olhou para mim com cara de nojo… e eu senti nojo de mim própria- Ou a ela, não sei bem….- voltou a olhar para Minhyun- Não me lembrava de teres este tipo de fetiches.
Hwang soltou a minha mão e fechou os punhos de raiva, deu um passo à frente ficando mais perto do mais baixo.
-Ouve bem oque eu digo Kwak…- apontou para ele- Eu e a Minki não temos nada, e se tivéssemos, ela não seria “fetiche” ou alguma merda dessa. Minki é a melhor pessoa que alguém pode conhecer, e se eu namorasse ou sei lá, transasse com ela seria porque eu a amo, e não porque sou um idiota nojento, porque estás cá tu para fazer esse trabalho!
Depois de tensos segundos em silêncio, Aron apenas sorri de lado, balançou a cabeça de um lado para o outro, talvez descrente com a coragem de Minhyun.
-Isso doeu Minhyunnie…- o mais velho dava passos à frente enquanto o loiro para trás, até que bateu contra a parede, ficando apenas a centímetros de Kwak. - Mas sei que doeu mais a ti do que a mim.- atingiu com um soco na barriga do Minhyun fazendo o mesmo gemer de dor.
Hwang caiu no chão e eu corri até ele mas um dos amigos de Aron agarrou me.
-Larga-me!- tentei me soltar- Solta-me!
Infelizmente não estava lá ninguém. Quando o mais alto tentou levantar se, o moreno acertou novamente com um soco no rosto de Minhyun. Kwak abaixou se até ficar ao nível do loiro. Segurou os fios descoloridos, puxando os e fazendo Hwang encará lo. O meu coração apertou ao vê-lo com lágrimas nos olhos, e o rosto vermelho pelo soco que levou. Tentei me soltar novamente, e quase consegui. Apenas queria correr até ao meu melhor amigo e abraçá-lo. Mas não conseguia.
-Pára…- arrepiei me ao ouvir sussurrar no meu ouvido, com uma voz rouca e grave. Engoli em seco e apenas deixei que ele me agarra se.
Aron largou o cabelo de Minhyun e levou ambas as mãos às laterais do rosto do loiro secando as sua lágrimas com os polegares. Os rostos estavam muito perto, e por momentos a raiva consumiu me, apaixonado e estúpido como o Minhyun é, seria capaz de beijar aquele que lhe trouxe sofrimento e noites sem dormir passadas a chorar.
Minhyun fechou os olhos, e afastou se das mãos do ex-namorado. Não sabia se me sentia orgulhosa por ele, ou triste por saber que este episódio tinha - e muito - abalado Minhyun.
Aproveitei o momento tenso para me virar, empurrar o idiota que me segurava e ir para cima do filho da puta do Aron. Batia lhe contra a cabeça e os ombros, vantagens de ser mais alta que ele, mas o problema é eu ser muito fraca. O segundo capanga do Kwak empurrou me fazendo me cair, e foram embora.
Apenas se conseguia ouvir o vento que balançava as folhas das árvores e alguns ruídos vindos das salas do lado de dentro do edifício.
Depois do choque que foi tudo isto, apenas cheguei perto do meu melhor amigo, ele estava encolhido contra a parede e, obviamente, chorava e soluçava alto. Apenas limitei me a dar-lhe o meu silêncio e respeito, abraçando o até ele falar
-Aron sempre foi muito ciumento, mas nunca me bateu…
-Ele fez isto por minha culpa não foi?- agora eu também chorava
-A culpa não é tua Minki…-abraçou me de volta
-Kwak Aron, Kim Jonghyun, Kang Baekho…- levantou o olhar dos papéis que lia, encarando cada aluno citado- Aproveitem bem a vossa semana de detenção… E bem, divirtam se a limpar todo o primeiro andar do edifício principal.
Acho que nenhum dos três pensou em sequer discutir com a diretora, afinal, a Senhora Hwang não parece alguém com muita paciência. Levantaram se das cadeiras e saíram, ficando apenas eu, Minhyun com uma marca roxa do soco que levou no rosto, e a diretora.
-Minki, podes ir para casa, eu depois falo com os teus pais e-
-Eu quero fazer companhia ao Minhyun! Não o posso deixar sozinho.
-Se é assim…- olhou para o filho- Podem ir lá para casa, okay Min?
-Sim omma.- assentiu.
-Aqui têm a chave, ainda tenho mais umas horas aqui mas depois vou para casa. Tenham cuidado.- deu me a chave e eu curvei me antes de sair do escritório com Minhyun.
A viagem até casa da mãe do Minhyun foi um pouco longa, afinal, ela ia de carro até à faculdade, não precisava de se importar em morar perto. Quando chegamos, o loiro abriu a porta e entramos, era uma casa grande, um pouco maior que a minha, não imaginava que ele podesse ter qualquer tipo de grande riqueza.
-Casa bonita…- assentiu- Porque não queres viver aqui?
-Tenho o meu apartamento, e não me apetece viver aqui porque…- parou de falar e apenas o silêncio se podia ouvir em toda a casa
-Porque…- incentivei-o a continuar
-A minha omma herdou-a do marido. - disse enquanto subíamos as escadas para o primeiro andar
-O teu pai...morreu?- disse um pouco receosa
Suspirou- Sim. E como vejo que pareces pouco à vontade, fica a saber que eu não tenho problema nenhum em falar sobre isto… apenas não quero viver aqui porque me trás memórias de quando ele ainda era vivo. - chegamos àquilo que acreditei ser o antigo quarto dele, estava a arrumado e limpo. Entramos e eu sentei me na beirada da cama, Minhyun sentou se ao meu lado
-E o teu apartamento não te trás memórias de quando tu e o Aron estavam juntos?
Ele pareceu pensar, até que levantou a cabeça com um sorriso nos lábios e lágrimas nos olhos. Riu um pouco, secou as lágrimas com as mangas do casaco do uniforme e olhou para mim. Eu conseguia ver a sua mágoa e sofrimento.
-Não é como se eu não quisesse guardar essas memórias.
-Isso não te traz mais dor?
-Doloroso seria viver uma vida onde não pudesse sequer lembrar me dos momentos felizes que passamos juntos.
-Não compreendo como consegues ser tão forte, Minhyun, se fosse eu, possivelmente nunca mais me levantaria da cama.
-Eu não sou forte… muito pelo contrário- secou novamente as lágrimas que teimavam em cair- Eu não consigo parar de chorar- riu sem graça- Assim como não consigo compreender porque ele me deixou…
Porque me ignora…
Porque me bateu…
“-Areum!- correu até à menor abraçando a com todas as suas forças- Está tudo bem contigo? Porque foste embora?!
-Precisava de descansar um pouco… a vida no campo estava me a matar- sorriu- obrigado por procurares por mim.
-Eu procuraria por ti nem que fosse a última coisa que fizesse na minha vida…”
-Minhyun, porque não me contas mais sobre ti? Digo, sobre a tua família, o teu pai, a tua mãe, o Aron… Tudo.
-Porquê tudo isso?
-Talvez eu esteja apenas interessada…
-Eu contar-te-ei com todo o gosto, se claro, me disseres porque nunca me contas te que tinhas vivido na China.
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