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História Butterfly - I won't give up


Escrita por: crazylovevk

Notas do Autor


Novo capítulo, espero que gostem, e sem mais, boa leitura.
Ah e obrigada pelos favoritos, isso me incentiva a continuar levando esta história adiante. Muito obrigada a todos.

Capítulo 12 - I won't give up


Fanfic / Fanfiction Butterfly - I won't give up

Jungkook

 

No dia seguinte pela manhã voltava para casa no ônibus com a cabeça encostada no vidro da janela, olhando as pessoas que andavam pela rua e relembrando cada momento que havia passado com Tae. E a cada lembrança de algum gesto ou palavra dita por ele, eu esboçava um sorriso, tal qual um adolescente apaixonado, afinal eu sou um adolescente não é mesmo?

Nós combinamos, nós nos encaixamos perfeitamente e está mais do que claro que fomos feitos um para outro. Sinto-me completo quando estou como ele, sinto-me feliz e realizado.

Será que o hyung me vê da mesma forma? Será que só se sente completo quando está comigo, será que depende de mim para se sentir feliz e realizado?

Essa curiosidade me corrói e me faz temer que o hyung se canse de mim e que eu não tenha sido nada além de um passa tempo. Não quero pensar nisso agora, prefiro guardar os momentos maravilhosos que passamos juntos no meu coração e acreditar que se fizer assim, preservarei nosso amor e ele será para toda vida.

 

Notei que o ônibus se aproximava de onde eu deveria descer então me levantei. Chegando ao ponto desci e fui em direção a minha casa, ainda trazia aquele sorriso bobo, andando como se estivesse flutuando.

Assim que bati à porta minha mãe atendeu como se já esperasse do outro lado. Olhei-a notando que estava tensa e que me olhava com uma expressão irritada.

- Bom dia oma, eu dormi na casa de um colega, fui a casa dele depois que saí da biblioteca.

- Isso, continue a mentir para mim. Acha mesmo que não sei que você dormiu na casa de Taehyung?

- Oma, eu estou falando a verd...

- Chega Jungkook, você agora só vai sair de casa no dia de sua prova, para fazê-la e retornar para casa até o dia em que suas aulas começarem.

- Eu não vou ficar trancado em casa só porque você resolveu implicar com o hyung.

- Vá já para seu quarto Jungkook, e não saia de lá até segunda ordem.

- Não mesmo, estou de saída. – Disse eu virando-lhe as costas e saindo novamente em direção à rua. Minha mãe agarrou minha mão forçando-me a entrar em casa e fechou a porta trancando a mesma.

Em seguida guardou a chave no bolso e apontou em direção a meu quarto. Olhei-a desafiador e não mais esperando corri para lá, entrando e fechando a porta. Planejava pular a janela e fugir, mas chegando lá, a janela tinha grades por fora do vidro que me impossibilitavam de sair. Deixei-me cair de joelhos rendido e puxando meus cabelos agressivamente gritei, gritei com todas minhas forças porque não queria me deixar vencer, eu jamais iria desistir de meu amor.

 

 

 

Taehyung

 

Estava distraído em meu escritório quando de repente meu celular tocou.

- Alô?

- Alô Taehyung, aqui é a Sr. Jeong, precisamos conversar.

- Sr. Jeong quanto tempo, como a senhora está?

- Não precisa ser tão formal comigo porque o que tenho para conversar com você não é algo agradável.

- Nada agradável? Do que a senhora es...

- Taehyung, não me faça perder mais tempo e me encontre neste restaurante que lhe passarei o endereço.

- Tudo bem Sr. Jeon, já entendi.

Desliguei o telefone e respirei fundo fechando os olhos. Até onde teria que ir para lutar por meu amor por Jungkook? Eu sabia que estes momentos difíceis eram inevitáveis, mas acho que não estava preparado para enfrenta-los agora.

Enfim, já que o momento chegou, não me resta mais nada a não ser fazer-me de forte e não ceder diante do desafio. Precisava convencê-la de que minha amizade com Jungkook era algo bom para nós dois e que não tem motivos para não continuarmos amigos.

Fui até o banheiro, lavei o rosto, respirei fundo novamente e retornando ao escritório, peguei minhas coisas e saí.

Chegando a porta do restaurante, parei por um tempo tentando me preparar psicologicamente. Até parecia que eu iria pedir a mão de Kookie em casamento, eu sei pensamento ridículo, mas o que é um amante senão alguém que age ridicularmente por amor?

Arrumei meu paletó e a gravata e adentrei o recinto, e olhando ao longe pude vê-la sentada de costas. Fazia tempo que não a via e desejava sinceramente que a ocasião de nosso encontro não fosse por conta de um mal entendido. Eu tenho muito carinho pela senhora Jeon e não tinha porque me desentender com ela, não queria isso.

Aproximei-me da mesa, curvei-me cumprimentando e ela respondeu com um leve aceno de cabeça. Puxei uma cadeira para me sentar, ajeitei-me junto a mesa e a encarei.

- É muito bom vê-la Sr. Jeon depois de tanto tempo. – Disse eu sorrindo gentilmente.

- Não acho que vá continuar pensando assim depois que tivermos esta conversa.

Franzi o cenho tentando imaginar o que ela teria para me dizer de tão terrível, mas nada me prepararia para o que viria a seguir.

- Kim Taehyung, eu sempre o considerei como a um de meus filhos, sempre tive um carinho muito grande por você.  – Eu ouvia atentamente cada palavra, extremamente nervoso, com as mãos abaixo da mesa sobre meus joelhos.                                     – Não esperava ser apunhalada nas costas por alguém que eu praticamente criei, alguém que se mostrou uma verdadeira serpente traiçoeira. – Eu já estava de olhos arregalados e boquiaberto me recusando acreditar que alguém que eu considerava como minha mãe estivesse me dizendo palavras tão duras e afiadas que eram desferidas diretamente em meu coração. – Eu estou tão decepcionada que mal consigo olhar em seus olhos, não aguento encarar você de tanta raiva que estou sentindo neste momento.

Engoli a seco e sem que me desse conta, algumas lágrimas começaram a rolar. – Kim Taehyung, quero pedir a você, pedir não, quero ordenar a você que nunca mais procure meu filho para incitá-lo a se envolver numa relação tão errada e nojenta como esta que você vem mantendo com ele. – Deixei escapar um soluço quando tentava recuperar meu fôlego por ter segurado a respiração devido a tensão que estava sentindo. Podia jurar que ouvi meu coração estilhaçando, estava sentindo um aperto por dentro que me dava ânsia de vômito. Não aguentava mais ser tão ofendido, e fiz menção de levantar, quando ela agarrou minha mão que estava sobre a mesa e me olhando de olhos arregalados disse-me cuspindo cada palavra.

- Eu te odeio Kim Taehyung, odeio no que você está tentando transformar meu filho, afaste-se dele, ele é só uma criança e tem todo um futuro pela frente. Não seja tão egoísta a ponto de não enxergar o mal que você está fazendo e o quanto irá prejudica-lo. Desapareça da vida dele. – Puxei minha mão num açoite e saí mais do que apressadamente daquele restaurante. Sentia-me sufocado, estava agonizando por dentro, gritando desesperadamente em meu íntimo, sofrendo num choro silencioso e sentido.

Será que meu amor por Jungkook poderia ser tão nojento assim? Eu realmente fazia tão mal para ele? Eu estava sendo egoísta? “Por favor Deus, me perdoe por amar do jeito errado, eu realmente acreditei que todas as formas de amor eram aceitáveis. Me perdoe Jungkook por arrastá-lo junto comigo.”

Não sabia que direção tomar, estava perdido, minha cabeça doía, meu corpo todo doía como se estivesse cheio de agulhas. Dirigia meu carro sem rumo e não tinha certeza se deveria voltar para casa, não tinha mais certeza se queria continuar vivendo...

 

Mesmo que você me abrace até que isso se torne sufocante,

nós jamais nos tornaremos um só.

Nos tocarmos é apenas dor, por favor, nos amarre um ao outro, mesmo que isso nos machuque depois.

 

Nós não sonharemos mais unir nossas mãos no incerto

caminho em direção ao cruel amanhecer.

 

Nós não sonharemos mais?

Nós não podemos correr para um lugar quente?

Nós iremos certamente superar ao amanhecer.

 

Nós certamente encontraremos as verdadeiras palavras,

Nós encontraremos algum dia com certeza.

 

Frias estrelas de antes do amanhecer

Por favor ilumine o caminho que é apenas nosso.

 

 

 

 

 

 

Jungkook

 

Andava de um lado para o outro do quarto, de vez em quando batia nas paredes, precisava me livrar daquela raiva que me tomava. Se minha mãe achava que eu iria simplesmente aceitar e viver de acordo com as regras dela, passando por cima de meus sentimentos, ela estava muito enganada.

Abri a porta do quarto e notei que não tinha ninguém em casa, então tentei abrir a porta da rua, mas estava trancada. Andei por todos os cômodos procurando alguma janela por onde pudesse escapar, mas notei que minha casa havia se tornado numa verdadeira jaula, com grades por todo lado.

Comecei a me sentir angustiado, olhando para todos os lados em busca de uma saída como um bicho num cativeiro. Ouvi o barulho da porta sendo aberta e me posicionei próximo a mesma. Assim que minha mãe a abriu para entrar, joguei-me sobre ela forçando minha saída, e escapei, correndo em direção a rua. Peguei o ônibus, e não precisei pensar duas vezes para saber que destino tomar. Durante o trajeto sentia meu coração apertar dolorido. Precisava vê-lo e mostrar que nada nos separaria, que nada me impediria de continuar a amá-lo. Nada seria impossível se estivéssemos juntos para enfrentar.

Desci do ônibus a passos ligeiros, não podia perder tempo. Abri a porta num rompante, e adentrando a sala, vi-o sentado no sofá, imóvel e sem reação ao me ver.

- Hyung, eu vim, eu disse que nada me impediria de ficar perto de você.

Ele me olhou, seu olhar estava sem brilho e parecia sem vida, e numa voz rouca e firme ele disse:

- Não posso mais ficar com você Jungkook, não posso continuar nessa brincadeira infantil de casal feliz com alguém que carreguei no colo e que ainda cheira a leite. Siga sua vida, torne-se um adulto e então procure alguém que seja de sua faixa etária para amá-lo. Se possível constitua família e deixe sua mãe e seu pai orgulhosos.

- HYUNG- Gritei, odiava cada palavra que ele estava proferindo, não queria ouvir aquilo, porque de uma hora para outra ele resolveu agir daquela forma?    – Chega hyung, por que está dizendo estas coisas?

- Você não percebe Jungkook? Eu me cansei, não quero mais.

Aproximei-me dele prensando-o contra o sofá, deitando-me sobre ele e tentei beijá-lo, porém ele virou seu rosto me evitando. Aquilo me doeu e então mordi o lábio tentando segurar as lágrimas, mas foi em vão, pois elas escaparam assim mesmo.

- Hyung~ - Disse num gemido agoniado. – Hyung, você não pode me magoar assim, você sabe o quanto te am.... – Não consegui falar, pois um nó se formou em minha garganta forçando-me a calar. Chorei, chorei feito uma criança, grunhindo com minha cabeça apoiada a seu peito, e ele simplesmente manteve-se ali inabalável como se nada do que eu falava o tocasse.

- Hyung por favor. – Disse eu apoiando-me em seus braços e o encarando. Ele pegou minhas mãos e afastou-me de si, me olhando sério.

- Vá embora, Jungkook.

- NÃO, NÃO POSSO, NÃO QUERO.

Ele se afastou, levantando-se e indo em direção a seu quarto, deixando-me ali com os braços estendidos por tentar detê-lo, entrando e fechando a porta.

Fui até sua porta e comecei a arranhá-la levemente como se suplicasse por sua atenção. Então, não obtendo nenhuma resposta, encolhi-me junto a mesma e ali mesmo adormeci, inconsolável, deixando que as lágrimas escorressem sem parar.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, e tentarei postar um novo capítulo em breve. Então , até o próximo capitulo.
Bom e para quem tiver interesse, acho que essa música traduz bem como o kookie se sente.

https://www.youtube.com/watch?v=rF4B5ff5Nn8


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