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História Butterfly - Tão perto e tão longe... part 2


Escrita por: crazylovevk

Notas do Autor


Mais um capítulo, espero que gostem e aproveitem a leitura. A história está chegando a seus momentos mais dramáticos.
Boa leitura!

Capítulo 13 - Tão perto e tão longe... part 2


Fanfic / Fanfiction Butterfly - Tão perto e tão longe... part 2

Diga-me que essas palavras são mentiras.

Não pode ser verdade que eu estou te perdendo.

O sol não pode cair do céu.

Você consegue ouvir o céu chorar? Lágrimas de um anjo.

Eu não deixarei você voar, eu não direi adeus.

Eu não deixarei você fugir de mim.

 

 

Taehyung

 

No meio da madrugada levantei-me, não tinha dormido nada e até aquele momento ainda estava tentando acalmar meu coração que estava agonizando por ouvir os gemidos do choro de Jungkook. Meu coração ainda doía muito, nunca iria superar esta situação, ela deixará uma ferida que nunca cicatrizará.

Aproximei-me da porta e abri-a devagar, tinha certeza que Jungkook ainda estava ali encostado nela, pois podia ouvir sua respiração. Assim que a abri, ele caiu lentamente para dentro e eu o apoiei com meus braços para que não batesse a cabeça. Peguei-o por baixo dos braços o puxando até minha cama, e ali o deitei. Eu me deitei ao seu lado e virei-me para ele e fiquei olhando sua expressão levemente triste, acentuada pelos olhos inchados pela noite que passou chorando. Passei minha mão levemente por seu rosto e senti uma pontada no peito, pois já tinha dito uma vez a ele que não aguentaria saber que estava sofrendo por minha causa. Um ódio de mim mesmo começou a crescer em meu interior, e já não sabia como deveria agir naquela situação. Ao mesmo tempo que não queria faze-lo sofrer saindo de sua vida, também não me achava mais digno de continuar recebendo seu amor, porque traí sua confiança e fraquejei diante da acusação que sua mãe me fez. Na verdade aquela conversa só fez trazer a tona um medo que eu já tinha. O medo de estar nublando os pensamentos de Jungkook e confundindo seus sentimentos, quando ele poderia estar com uma garota de sua idade e sem medo e nem vergonha de ser julgado pelo mundo.

- Hyung~  Jungkook gemeu se remexendo um pouco e virou-se para mim. Aproximei-me devagar e beijei seus lábios suavemente.

Jungkook tinha um sono pesado, e neste momento eu agradecia mentalmente por isso, pois mesmo com todos aqueles toques e beijos que lhe dava, ele não acordaria assim tão fácil e eu poderia me despedir do seu cheiro, da suavidade de sua pele e do sabor de seus lábios.

Eu queria dar a Jungkook uma chance de se envolver com outras pessoas, viver outra história com outro alguém e somente depois disso decidir se quer mesmo ficar a meu lado, e eu estarei esperando de braços abertos.

 Ridículo? Idiota? Sim, acho que posso aceitar que estas palavras me descrevem bem neste momento, mas eu preciso mesmo tirar a prova para ter certeza de que Jungkook não esta interpretando errado a afinidade que temos e confundindo com amor.

Os desafios que enfrentaríamos não seriam nada fáceis, ainda mais para alguém tão jovem como ele que com certeza poderia sucumbir diante dos olhos cruéis de outros que não aceitassem nosso amor.

Prefiro vê-lo sofrer pelo rompimento de nossa relação, que ele pode superar com o tempo, do que com a dor de não ser aceito. Não quero vê-lo sendo excluído e se sentindo diminuído e desprezado pela sociedade e por sua própria família, que pude ver pela atitude de sua mãe, jamais aceitaria que ficássemos juntos.

Se o quero ao meu lado? Sim, cada partícula do meu corpo deseja se unir as dele e assim nunca mais nos separarmos. Mas não posso ser egoísta e levar em conta essa felicidade que pode até ser eterna para mim, mas pode ser temporária para ele conforme for amadurecendo e mudando seus conceitos.

 

Levantei-me sentindo uma angústia doer em meu peito, e troquei-me para ir trabalhar. Logo Jungkook acordaria, e não queria estar ali ainda para vê-lo chorar mais uma vez. Não suportaria e acabaria cedendo, uma vez que este era meu verdadeiro desejo.

- Me perdoe meu amor, sei que nunca vai entender e nem aceitar meus motivos, mas eu preciso fazer isso. Não posso simplesmente te pedir que vire as costas para sua família e para o mundo somente para ficar a meu lado.

Um soluço cortou-me a respiração e deixei que as lágrimas caíssem. Ainda tinha um oceano delas para derramar e tinha certeza de que conseguiria acabar com elas, porque meu sofrimento estava apenas começando.

Dirigi-me a porta do quarto e saí sem olhar para trás. Chegando a porta de saída, parei por um instante e respirei fundo, tinha uma sensação de que iria pagar muito caro por esta escolha, mas algo me impelia a continuar firme em minha decisão, então saí porta a fora.

 

 

 

Jungkook

 

 

Abri meus olhos rapidamente me certificando de onde estava, pois tinha certeza que o senti me levando para algum lugar, e confirmei isso ao ver que estava em sua cama. Levantei num pulo e saí correndo pela porta chamando por ele.

- Hyung, HYUNG, HYUNG...

Depois que andei por toda casa, desisti de procura-lo mais, ele já tinha saído. Levei minha mão a face, tendo a lembrança de um toque enquanto dormia. Ainda que continuasse dormindo, podia sentir nitidamente aquele toque e aquele beijo quente.

“Ele ainda me ama, estava mentindo quando disse que não me queria mais.”

Sorri imaginando esta possibilidade, e de repente meu celular tocou em meu bolso e o peguei rapidamente achando que poderia tratar-se de Tae. No entanto era Jimin;

- Alô?

- Kookie, que bom que consegui falar com você. Tenho novidades, terei alta amanhã.

- Oh que bom Jimin, fico feliz.

- Kookie, aconteceu alguma coisa? Por que sua voz está tão fraca?

- Não é nada, não se preocupe. E então já tem alguém para te buscar aí amanhã?

- Não, ainda não contatei ninguém além de você.

- Hum, sei. Bom então amanhã acho que não terei nenhum problema em te buscar. Me espere aí amanhã.

- Ok, eu esperarei.

Desliguei o celular, e depois de um tempo fitando a tela do mesmo, respirei fundo e balancei a cabeça negativamente. “O hyung não me ligaria, não do jeito que as coisas estão agora.”

Voltei para o quarto dele determinado a espera-lo, pois nossa conversa ainda não tinha terminado, não para mim.

 

 

 

Taehyung

 

A hora de voltar para casa já estava chegando, mas não queria voltar, tinha certeza de que encontraria Jungkook lá. Eu sei que ele ainda não foi embora, e com certeza está me esperando para continuarmos nossa discussão, mas eu não tenho mais forças para encará-lo e seguir adiante com essa postura.

Fui até o escritório do Jin hyung e bati suavemente em sua porta.

- Quem é?

- Hyung, sou eu, Taehyung.

- Entre Tae.

Entrei e encostei a porta. Olhei para ele e sorri fraco dizendo:

- E então hyung, como tem passado?

- Bem, eu estou bem, mas porque esta pergunta?

- É que já faz um tempinho que não saímos para beber algo e acho que essa seria uma boa ocasião.

- Hum, bem, acho que pode ser, porque o Nanjom está viajando a negócios para fechar alguns contratos.

- Ótimo, então vamos?

Ele me olhou por um instante sério, como se analisasse meu olhar, e depois sorriu levemente dizendo:

- Certo, vamos então. – E levantou-se pegando sua valise, então saímos.

Chegamos a um bar com música ao vivo, e nos acomodamos.

Pedimos nossas bebidas, nos sentando numa mesa.

O hyung me olhou novamente sério e perguntou diretamente.

- Muito bem Taehyung, desembucha, o que aconteceu para você estar assim nesse estado:

- Como assim hyung? Eu estou normal.

- Você pode enganar a qualquer outro com esse seu papo furado, mas não a mim que te conheço desde criança.

Sorri sem graça e tentei disfarçar minha tristeza evitando encará-lo.

- É sério hyung, eu estou bem.

- Bom, se não quer me dizer nada não diga, mas não minta para mim dizendo que está tudo bem.

Sorri novamente, suspirando e disse.

- Você sabe realmente ver através de mim não é hyung? Certo, então vou lhe contar desde o começo. Não tenho nada mais a perder mesmo.

 

Algum tempo depois que já tinha contado tudo ao hyung, sobre como me envolvi com Jungkook e sobre sua mãe e a situação em que estávamos agora, ele deu um suspiro e fechando os olhos disse:

- Tae, não sei se te consolo ou se te mato por ter feito exatamente o que te pedi que não fizesse, que era provocar o sofrimento do Jungkook.

- Eu sei hyung, mas ponha-se no meu lugar. O que você faria?

- É, eu não sei, talvez o mesmo. Afinal ele é muito jovem e é difícil simplesmente decidir ir em frente ignorando o impacto disso no futuro. Não sei Taehyung. – Ele correu os dedos pelo cabelo e me olhando disse:

- Tudo bem, acho que você tomou a decisão certa. Não seria sensato entrar em conflito com os pais dele e privá-lo de ter uma vida em família por não ser aceito. Puxa, mas me sinto mal pelos dois, isso parece tão cruel.

- Parece, e para piorar ele está lá na minha casa, estou certo disso. Ele ainda está me esperando para conversarmos.

- E o que você vai fazer?

Olhei para ele e fiz uma expressão que praticamente dizia “ me ajude.”

Ele me olhou e balançando a cabeça negativamente disse:

- Tudo bem, pode dormir lá em casa.

Sorri agradecido e ele pegou minha mão dizendo:

- Pode contar comigo para o que precisar, pois não vai ser fácil.

Olhei com uma expressão sofrida e disse:

- Eu sei hyung, mas eu escolhi passar por isso e talvez garantir a felicidade do Kookie no futuro ao lado de alguém que possa dar a ele o que eu não posso.

O hyung suspirou e sorriu solidário.


Notas Finais


Até o próximo capítulo.


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