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História Butterfly - Diferent paths


Escrita por: crazylovevk

Notas do Autor


Capítulo novo, ainda parte da transição da história. Espero que gostem, boa leitura.

Capítulo 17 - Diferent paths


Fanfic / Fanfiction Butterfly - Diferent paths

O tempo não vai curar minhas feridas.

Eu me pergunto se você sabe o que eu estou passando,

Todos os momentos solitários em que estamos separados

Eu sinto sua falta mais do que palavras podem dizer.

 

 

Jungkook

 

 

Chegando no portão, pude ver de longe que seu carro já não se encontrava ali.

Entrei na casa, usando minha chave reserva, e depois de vasculhar tudo, mesmo sabendo que ele não estava ali, me detive em seu quarto. Joguei-me na cama olhando fixamente o teto.

- Hyung~ 

Meu coração doía com uma sensação de abandono e medo. Sabia que ele retornaria um dia, mas não sabia quando. E se ele resolvesse passar anos fora? E se encontrasse alguém com quem resolvesse passar o resto da vida?

Minha cabeça estava a mil, imaginava como seriam meus dias longe dele sem saber quando teria chance de vê-lo novamente. É verdade que já estávamos distantes, mas o fato de que ele se encontrava num país diferente tornava essa distância mais verdadeira, mas difícil de suportar.

Respirei fundo, e engolindo o nó que havia se formado em minha garganta, deixei que um sentimento de revolta me tomasse, ocupando o lugar da tristeza que me apertava o coração antes. Fechei minha mão apertando-a e fazendo mentalmente uma promessa para mim mesmo.

“Não vou me entregar, não vou quebrar assim tão fácil. Chega de lágrimas, se o que ele quer é que eu siga com minha vida, assim será então.”

Levantei-me com outra atitude, como se tivesse acabado de abrir meus olhos para outra realidade, com outro pensamento, com uma certeza. Não seria mais o mesmo Jungkook que costumava acreditar facilmente nos outros, que se deixava enganar facilmente.

Resolvi então sair do imóvel, e quando já me encontrava do lado de fora, ao me virar me surpreendi ao ver quem estava atrás de mim.

- Oma?

- Kookie querido, finalmente te encontrei. Esta não é a primeira vez que venho aqui te procurar.

- Não deveria perder seu tempo, não moro mais aqui.

- Como não? Quando você saiu de casa, eu tinha certeza de que viria para cá. Afinal não tem outro lugar para onde você iria a não ser este.

- Como eu já disse, não moro mais aqui. Mas por que tem me procurado?

Ela me olhou com um sorriso irônico e depois de um suspiro disse:

- Você sabe por que estou aqui.

Baixei a cabeça pensativo e então respondi:

- É, eu sei... bom, já que a senhora está aqui mais uma vez para me convencer a fazer a faculdade, não vou dispensar a proposta dessa vez. Tudo bem, farei então a faculdade.

- Oh Jungkook, não imagina como fico feliz que tenha se decidido, meu filhinho de fato está crescendo e mudando seu pensamento.

- Não fique assim tão empolgada, farei a faculdade, mas não pretendo voltar para casa. Tenho outros planos.

- Tudo bem, por hora me conformo com você concordando com a faculdade.

Não sei bem porque havia aceitado a proposta de minha mãe, mas certamente os estudos me ajudariam a manter a mente ocupada para que não sucumbisse mais na tristeza. Então me agarrei a essa oportunidade como uma chance de reagir, de ser capaz de seguir em frente.

Desistir de Tae? Não, isso não era uma possibilidade, mas nesse momento preciso ser forte, preciso construir meu futuro e mostrar ao hyung que não sou mais a criança que ele imagina que sou.

 

 

Yoongi

 

 

Sentado num banco num parque de diversões , aguardava já um tanto nervoso a chegada de Jimin. Ele havia me ligado na noite anterior me pedindo para encontra-lo, dizendo que precisava conversar comigo.

De certa forma, essa expectativa me causava um desconforto quase que insuportável, não aguentava esperar nem mais um segundo. Respirei fundo fechando os olhos, e quando pegava meu celular para ligar para ele e perguntar porque não havia chegado ainda, o vejo se aproximando ao longe com um sorriso pequeno.

-  Desculpe pela demora, o ônibus demorou para passar.

- Não, tudo bem, sente-se.

Disse eu apontando para o espaço ao meu lado. Jimin sentou-se e me olhou em seguida, seu olhar me pegou de surpresa, fazendo-me desviar o meu sem graça.

- Yoongi, eu sinto falta de quando conversávamos diariamente, quando a gente estudava junto.

Apertei os lábios com um sorriso fraco e repliquei:

- Eu também sinto falta, acho que a gente se dava muito bem naquela época.

Olhei para ele novamente e desviei mais uma vez o olhar, parecia que se o encarasse diretamente ele poderia ler o que se passava em minha mente.

Me surpreendi ao sentir sua mão sobre a minha que estava pousada sobre o banco e olhei-o num impulso.

Engoli em seco, de certa forma angustiado, porque eu sabia o que aquilo significava. Ele estava mais uma vez me pedindo ajuda para aliviar seu coração machucado, para esquecer sua dor.

Não conseguindo disfarçar meu desconforto perguntei de repente:

- O que está fazendo?

- Yoongi, eu me sinto muito sozinho, preciso de você.

- Ele te rejeitou de novo não é?

- Não Yoongi, não é nada disso. Eu realmente quero ficar ao seu lado.

Olhei para o outro lado, não queria responder ao seu pedido, não queria mais me envolver e sair ferido, não queria ser deixado de lado no final novamente.

Suspirei e apertando levemente sua mão, soltei-a e me levantando ficando de pé a sua frente, respondi.

- Não Jimin, me desculpe, mas dessa vez não posso te ajudar.

Ele me olhava com uma expressão incrédula de quem tinha certeza de que eu iria ceder e depois de um tempo me encarando, baixou os olhos sorrindo timidamente, levantou-se. Pude notar que ele tremia um pouco, parecia nervoso e então disse:

- Tem razão, acho que estou pedindo demais. – Dizendo isso ele se apressou em sair de minha presença.

Me segurei para não segui-lo, respirei fundo e sentando-me novamente, estava quase enlouquecendo com uma voz que me dizia que tinha de ir atrás dele.

Fiquei olhando para os brinquedos no parque e tudo o que acontecia ao meu redor, como se eu estivesse assistindo a tudo no meu quarto e não fizesse parte daquele cenário, aos poucos fui me distanciando da realidade, perdido em pensamentos e uma sensação de vazio. Sorri triste e olhando o céu, pensei:

“É Jimin, você está pedindo algo além da minha capacidade, está me pedindo para te amar e ignorar que você pensa em outro enquanto te beijo.”

Droga, mas por que me sinto tão culpado por ter recusado ficar com ele e lhe ajudar mais uma vez a superar?

Por que não consigo me conformar com minha decisão de não ser mais o quebra galho? Não posso me conformar só com isso, não posso aceitar ficar com alguém que amo mas que não me ama de volta. Aish, assim vou enlouquecer, por que não consigo esquecer seu sorriso triste.

 

 

Abri a porta de casa e adentrando a sala, notei que minha mãe estava na cozinha cantarolando enquanto cozinhava.

- Oh, meu querido você já voltou, não quis ficar um pouco mais no parque?

- Ah oma, é que fiquei entediado e resolvi vir embora.

- Como isso é possível num parque de diversões? Mas e seu amigo, não quis vir com você?

Puxa, como ela conseguia me ler tão facilmente, sorri com o pensamento e respondi:

- Não ele não quis vir, ele foi para casa.

- Tudo bem, vá então para seu quarto que daqui a pouco te chamo para o jantar.

Acenei confirmando com a cabeça e retirei-me para o meu quarto. Lá adentrando, sentei-me na cama ainda pensativo. Olhei para uma das paredes onde tinha um calendário especial de três anos atrás que tinha escrito: “Só por hoje não vou me drogar...”

Fiz uma expressão angustiada ao lembrar das vezes que Jimin tinha dormido comigo em meu quarto, e a gente riscava dia a dia uma data no calendário comemorando aos beijos mais uma superação. Deitei-me em posição fetal abraçando os joelhos.

“Será que fiz certo em rejeitar ele daquele jeito? Será que ele não irá se entregar a sua frustração e se afundar nas drogas novamente? Será que ele conseguirá ser forte o bastante? Será que eu vou conseguir me perdoar algum dia se alguma coisa acontecer a ele.” 

Depois de agonizar com estes pensamentos e notando que não conseguiria continuar me forçado a ser forte e resistir a influência de Jimin, levantei-me decidido, e ao sair batendo a porta, ouvi minha mãe perguntar.

- Filho não vai jantar, onde você vai?

Segui sem responder, tinha pressa, tinha que alcançá-lo, tinha de vê-lo, tinha de entregar mais uma vez meu coração às suas vontades.

Engraçado, sempre fui tão decidido e não cedia facilmente, porém Jimin conseguia me tornar alguém diferente do que realmente sou, e por mais que eu lutasse contra minha fraqueza com relação a ele, sempre perdia, afinal eu o amava louco e incondicionalmente.

 

 

 

 

Taehyung

 

 

 

Uma hora depois do avião decolar...

 

 

Deitei-me confortavelmente na poltrona, já fazia algum tempo que estávamos no ar, e o sono começava a me tomar. Sentia o efeito de ter passado a noite em claro, então resolvi dormir para que o tempo passasse rapidamente.

Meu corpo relaxou totalmente, e sentindo os olhos pesados, entreguei-me ao sono. Comecei então a me remexer na poltrona, sentindo-me inquieto por um sonho que começava a surgir:

 

 

“Jungkook continuava de costas e nada respondia, seguia olhando pelas janelas enormes de vidro, por onde podíamos sair em uma varanda. Estávamos no apartamento do térreo...

Acabei adormecendo ... quando acordei, levantei um pouco a cabeça e notei que estava sozinho. Decidi então me levantar, porém algo prendia meu pulso, impedindo-me. Ergui o braço revelando uma algema presa a meu pulso e a cabeceira da cama...”

 

 

Acordei assustado, e olhando ao redor, me dei conta de onde estava. Fechei os olhos relaxando novamente.

Era tudo muito vago em meus sonhos, eles eram estranhos e eu não sabia porque sonhava com estes acontecimentos. Por dentro pedia que nada disso se tornasse realidade pois parecia que anunciava coisas ruins, acordava ainda sentindo a angústia que me tomava durante aqueles sonhos.

Olhei pela janela do avião, vendo só nuvens do lado de fora. Estávamos muito alto e não podia ver as cidades abaixo de nós.

Relaxei os ombros tentando acalmar a ansiedade que me tomava pela expectativa da chegada.

Não sei o que me aguardava nesse novo cenário, como seria minha vida nesse tempo que permaneceria nesse novo país. Para piorar, meu japonês não era lá essas coisas, então tinha certeza de que momentos difíceis me aguardavam pela frente, ainda que nada fosse tão difícil quanto lidar com a dor da distância de Jungkook...

 

Se foi, o murmúrio dos seus silêncios

Se foi, seu sorriso de fábula

Se foi, o doce mel que provei em seus lábios

Se foi, e meu amor se cobriu de gelo

Se foi, e a vida com ela se foi

Se foi, e desde então só tenho lágrimas

 

Preso em noites de tristeza

Toda uma vida não basta sem ele...

 

 


Notas Finais


Até próximo capítulo.


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