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História Butterfly - O reencontro...


Escrita por: crazylovevk

Notas do Autor


Gente, capítulo tenso, então leiam com calma. Espero que gostem, em breve postarei um novo capítulo.

Capítulo 21 - O reencontro...


Fanfic / Fanfiction Butterfly - O reencontro...

Jungkook

 

Quatro anos depois...

 

 

“Droga, que frio insuportável, nem todo agasalho do mundo é suficiente para me proteger”.

Sentia meu corpo inteiro congelar mediante o frio glacial que pairava nas ruas. Estava voltando do trabalho, mas não tinha certeza se seria capaz de continuar andando até o ponto de ônibus mais próximo, pois todos os meus ossos estavam rígidos e não conseguia nem fechar minhas mãos.

Caminhava rapidamente tentando me aquecer, mas não era capaz de concentrar calor em meu corpo.

De repente escorreguei e caí deitado no chão congelado.

- Aish, só pode ser muito azar para uma pessoa só.

Fiquei muito aborrecido e não queria se quer levantar-me dali, comecei então a desenhar a forma de um anjo com meu corpo, movimentando braços e pernas.

Depois de um tempo fiquei ali parado, só observando o céu. Estava lindo, cheio de nuvens, cada uma num formato diferente. Então identifiquei cada formato e as vezes simulava o som dos animais que encontrava nelas, e ria sozinho.

Levantei-me e comecei a formar algumas bolas de neve e com elas resolvi fazer um boneco de neve. Depois de construí-lo, olhei-o orgulhoso e comecei a puxar assunto:

- Oi Tae, como vai indo, está feliz aí onde se encontra? Eu? Bom, não estou feliz mas estou conformado. Acabei de me formar na faculdade e já estou empregado numa grande empresa. Eu era estagiário lá e me destaquei, então agora sou um dos administradores. Você não imaginava que eu poderia chegar tão longe não é? Pois é, estou me tornando um empresário bem sucedido. Quando você me vir novamente não vai me reconhecer.

Algumas pessoas passavam naquele momento pelas ruas e duas garotas que me olhavam sem parar comentaram:

- Ó, pobrezinho, ele é doente e não tem ninguém cuidando dele aqui nesse frio.

Senti-me envergonhado e me levantei sacudindo a neve de meu corpo, e olhando ao redor sorri sem graça e comentei:

- A neve é tão linda não é mesmo? A gente até volta a ser criança.

Não esperei para ver a reação delas, e comecei a andar apressadamente.

Deixa eu ir embora antes que decidam me internar.

Esses quatro anos em que estive estudando não foram nada fáceis, afundei-me nos estudos para impedir que minha mente se enchesse de lembranças de Tae, mas quando a noite chegava, era inevitável me sentir solitário e vulnerável às minhas lembranças. Algumas dessas noites passava em claro pensando em Tae até minha cabeça doer. Mas atravessei este período, aguentei firme e subi cada degrau rumo ao meu objetivo de me tornar bem sucedido

Hyung, apenas observe e veja o quanto estou mudado, vou provar a você que sei o que sinto e que não abro mão do que desejo.

 

 

Á noite, quando cheguei em casa, logo que abri a porta Mimi veio a meu encontro. Mimi é um gatinho que crio e me faz companhia, já que saí da casa de Jimin e agora estou sozinho. Fui morar na casa do Tae hyung, eu já tinha chave, então simplesmente me acomodei lá.

Fui a cozinha e tomei um copo d’água, me recostando a pia, e suspirei pensativo. Mimi começou a se roçar em minhas pernas então me agachei e disse:

- Ora, você quer um pouquinho de atenção, venha cá. – Disse pegando-o no colo, e envolvendo-o num abraço.

- Você não vai embora e me deixar não é Mimi? Não seria capaz de fazer isso comigo.

Mimi miou me olhando perdido, então sorri e beijando-lhe a cabeça, coloquei-o no chão.

- Deixe para lá, esses problemas meus só eu mesmo entendo.

Fui para meu quarto tomar um banho, e em seguida me troquei.

Coloquei meu pijama, e deitei-me com Mimi na sala para assistir à alguns filmes. E assim eram minhas noites, acompanhado de meu gatinho que não me deixava perder a sanidade quando sentia que não ia suportar a falta de Tae.

 

 

 

Taehyung

 

 

Hoje é o grande dia... Eu e Hoseok resolvemos viajar no fim do ano para a Coreia para passarmos este período ao lado de quem amamos, e eu decidi não ficar mais longe de quem amo, se ele ainda me quiser.

Outro dia, eu e Hoseok conversamos bastante sobre nossos arrependimentos por algumas decisões, e mencionei a ele minha história com Kookie e ele disse:

- Nunca em minha vida amei alguém a ponto de decidir mudar minha vida ou o lugar onde moro. Mas se um dia amar alguém assim, prefiro morrer a ficar longe dessa pessoa se ela quiser ficar comigo também.

Fiquei intrigado com suas palavras, e refleti nelas por um tempo. Realmente o amor não é feito apenas de altruísmo, mas também pode e deve ser egoísta para lutarmos pelo que queremos. Hoseok é tão diferente de Jin hyung, ele é bem mente aberta e acha que tudo vale a pena, quando é o que se deseja de verdade. E então decidi que não devia perder mais tempo e me apressar em voltar para os braços de Kookie.

Contei-lhe sobre minha decisão e ele me abraçou feliz dizendo que estava orgulhoso de minha coragem.

Então hoje finalmente nos dirigíamos rapidamente para o aeroporto.

Estou tão feliz que não consigo conter meu sorriso, que se apossou de minha face e não sai mais.

Hoseok diz que também não vê a hora de encontrar sua mãe depois de tanto tempo sem se falarem nem por telefone.

Já no avião, estávamos tão ansiosos que não conseguíamos dormir. Seria bom se pudéssemos, para que o tempo passasse mais rápido.

Ao chegarmos em solo coreano, respirei fundo abrindo meus braços e recebendo o ar que soprava contra meu rosto. Sentia-me feliz e ansioso para encontrar logo meu amor. Olhei para o lado e vi Hoseok parado como estátua apreciando a paisagem, sorrindo com os olhos marejados. Abracei-o de lado e sorri dizendo.

- Vamos, temos que ir logo encontrar nossos amados.

- Você vem comigo?

- Que foi, está nervoso?

- Muito, não sei como minha mãe reagirá ao me ver, não sei se aguentarei a emoção de vê-la. Não quero estar sozinho neste momento.

- Tudo bem, mas vamos então deixar nossas coisas em minha casa e descansarmos um pouco. Depois nós iremos à casa dela.

- Ok, vamos.

 

Chegando em casa, Hoseok disse que iria a padaria que havíamos visto ali próximo comprar algo para comermos, porque estava faminto e não esperaria eu cozinhar algo. Entrei sozinho então, estranhando a limpeza do imóvel. Andei pelos cômodos deixando as malas na sala, fui a cozinha, e em seguida fui a meu quarto.

Abri a porta e entrei com as malas, colocando-as próximo a parede. Levei um susto ao olhar para minha cama e ver Kookie dormindo ali.

- Kookie, o que faz aqui?

Ele acordou de repente, assustado pelo meu grito, e depois de um tempo quando se situou, olhou-me arregalando os olhos e disse:

- Hyung~ - Sua voz saiu um pouco cortada evidenciando que ele estava emocionado. Aproximei- me dele e o abracei, e ficamos assim por um tempo sem nada dizer. Um sentimento familiar e confortável se fez presente, e no calor um do outro, podíamos notar que nossos corpos estavam sedentos daquele sentimento, do pedaço que faltava.

Ouvimos então batidas na porta da sala e nos separamos, indo juntos até lá. Abri a porta e Hoseok entrou com algumas sacolas na mão e indagando sem parar:

- Ai comprei tanta coisa porque estava indeciso sobre o que queria comer. E... quem é você? – Perguntou diretamente para Kookie sem antes nem se quer se apresentar, afinal ele que estava chegando.

Kookie o olhava nervoso, depois olhou para mim com uma expressão de quem se sentia decepcionado e traído.

- O que significa isso? Isso é golpe baixo hyung, se já tinha alguém só precisava me avisar antes, para eu não atrapalhar o casal. Não era necessário esfregar um namorado em minha cara assim.

Disse tentando controlar a respiração.

Eu olhava de um e para outro meio perdido, e olhando nos olhos de Kookie, tentei falar.

-  Kookie não pense besteira, ele é apenas...

Não pude completar a frase, pois Jungkook saiu pela porta, empurrando Hoseok para o lado e passando como um furacão.

Hoseok me olhou confuso e perguntou:

- É ele seu namorado? Nervosinho hein?

- Hoseok, me desculpe preciso ir atrás dele, arrume suas coisas e tome um banho.

Saí pela porta também sem olhar para trás. Enquanto andava sem saber que direção tomar, tinha minha cabeça cheia de pensamentos e uma preocupação que me deixava inquieto.

Por favor Kookie, não pense besteira, não agora que decidi que devemos seguir nossos corações e nos amar sem medo.

Dê-me essa chance de recuperar o tempo perdido. Eu preciso de você.

Andei bastante, procurando em cada canto sem nenhuma pista de onde ele poderia estar. A essa altura eu já me encontrava sem esperança e angustiado, temendo que nunca mais conseguisse recuperar sua confiança. Cada vez mais inseguro e com um medo crescente que era ainda pior do que eu vinha sentido no tempo em que estive longe dele. Porque pelo menos antes eu sabia que no momento que eu voltasse querendo ele de volta, existia esperança, mas agora com esse mal entendido, como vou convence-lo de que não tenho nada com Hoseok.

Depois de um longo tempo andando sem parar, sentindo meu corpo dolorido pelo cansaço, decidi parar e me sentei em um banco de praça que encontrei. Enterrei meu rosto nas mãos e esfregava-o impaciente. Não sabia como resolver esta situação, então peguei meu celular num ultimo fio de esperança, e resolvi ligar para ele.

O celular tocou muitas vezes e ele resolveu atender.

- Alô? – Sua voz estava rouca, parecia que ele havia chorado e isso me doeu por dentro.

- Kookie, por favor me escute, não desligue.

- Hyung, eu estou muito magoado com você. Isso dói, dói muito mais do que quando você decidiu terminar comigo.

- Kookie, só escute, eu preciso te dizer uma coisa, é importante.

- Adeus hyung, eu já entendi que acabou, não precisa me dizer mais nada.

- Kook... – Ele desligou antes que eu pudesse continuar falando, então joguei meu celular longe e praguejei num grito.

“Como as coisas podem ser tão complicadas entre a gente, até mesmo quando eu decido ignorar o mundo para ficar com ele? O que mais eu posso fazer para ficar ao seu lado?”

Decidi voltar para casa, já estava bem longe de lá, por isso demorei por volta de uma hora para chegar. Já estava anoitecendo, e ao chegar, encontrei Hoseok já trocado e jogado no sofá assistindo tv.

Ele me olhou perguntando:

- E aí, encontrou o lindinho? Tae? O que aconteceu com você?

Disse levantando-se e vindo em minha direção. Eu estava com uma expressão arrasada, o rosto inchado de tanto chorar. Ele me abraçou e disse:

- Tae não fique assim, a gente vai resolver isso, eu te prometo.

Acenei com a cabeça concordando e depois de limpar meu rosto, e recuperando-me do estado em que me encontrava disse:

- Tudo bem, eu já me recuperei. Depois eu resolvo isso, vamos descansar porque amanhã você irá encontrar sua mãe.

Hoseok sorriu largamente e disse:

- É mesmo, não vejo a hora.

Suspirei triste e ele me olhou preocupado.

- Tudo bem mesmo? Se você não puder ir eu vou entender.

- Não, tudo bem Hoseok, eu vou com você.

Fomos então dormir.

 

 

Na manhã seguinte, logo cedo, Hoseok já estava na cozinha fazendo algo para comermos. Troquei-me rapidamente e fui para lá tomar o café.

- Você está melhor? - Perguntou-me ele preocupado.

- Sim, eu estou bem. Depois vou procurar ele e resolver isto.

Hoseok sorriu e bagunçando meu cabelo, disse:

- Isso mesmo, não se deixe abater, lute até o fim.

Sorri e acenei concordando.

Depois que terminamos, nos dirigimos rapidamente para meu carro e fomos em direção a casa de sua mãe.

Era um lugar humilde, mas receptivo. Hoseok ficou muito emocionado assim que chegamos, e quando parei o carro, pediu um tempo para se preparar.

Assim que estava pronto, descemos e andamos pelas pequenas ruas procurando a casa.

Quando encontramos, aguardamos mais um pouco e então ele resolveu, por fim, bater à porta.

Ninguém atendia. Batemos mais uma vez, nenhuma resposta. Então apareceu um senhor que morava na casa vizinha e disse:

- Não mora ninguém aí, a dona já morreu.

Hoseok arregalou os olhos e olhou para mim já ofegante e choroso, então eu disse.

- Senhor, tem certeza de que não está enganado e antiga dona somente se mudou?

- Não, ela realmente morreu. Eu sinto muito, eu fui uma das pessoas que invadiu a casa quando notamos que ela não aparecia a muitos dias. Morreu de infarto.

Hoseok soluçou me olhando angustiado e eu imediatamente o abracei, conduzindo-o de volta para o carro.

 

 

Chegando em minha casa, levei-o para dentro e ele deitou-se no sofá encolhido. A imagem era realmente de cortar o coração, já perdi minha mãe e sei o quanto isso dói, mas não imagino como seria se estivesse a tanto tempo sem vê-la como ele.

Preparei algo para comermos, mas ele não quis, disse que estava sem fome.

- Se eu soubesse que isso iria acontecer, nunca teria partido e deixado ela aqui sozinha, ou pelo menos teria vindo busca-la para viver comigo lá. Eu estava sentindo algo estranho, e não poderia significar algo bom.

As lágrimas corriam de seus olhos enquanto falava, ele parecia fragilizado.

Olhei-o triste, me sentindo tão mal por não saber o que dizer, queria fazê-lo sentir-se melhor. Então apenas sentei-me a seu lado e recostei sua cabeça em meu ombro, acariciando-a.


Notas Finais


Obrigada a todos que tem acompanhado até aqui, espero que tenham gostado de mais esse capítulo e em breve postarei outro.


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